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Forum Cinema em Cena

bs11ns

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  1. Vi o trailer de Melancholia, do Von Trier. Parece o máximo! Não sei se teria chances no OSCAR...Pelo trailer ao menos atores deveriam ser lembrados.bs11ns2011-05-01 23:49:07
  2. Sentimento de Culpa. Filme independente que fala de maneira delicada e sutil, entre outras coisas, da velhice e da morte trazendo bons resultados justamente quando se ocupa de debater as consequências da passagem de tempo pra todas as pessoas. O roteiro é enxuto ao retratar de maneira simples a chegada da adolescência para as crianças, da meia-idade para os adultos, a tentativa das mulheres de adiar o tempo quando se encontram pelos trinta anos, a necessidade dos homens se sentirem mais novos se envolvendo com mulheres mais novas e a chegada da velhice propriamente dita, especialmente quando deixa todos esses conflitos internos a cargo dos reflexos que as ações dos personagens – em sua maioria muito bem criados – causam neles mesmos: um território farto para belas interpretações das quais os atores não se furtam em nenhum momento (principalmente Amanda Peet, surpreendente, e a sempre formidável Catherine Keener, em outra atuação cheia de nuances). Mas o filme peca ao não investir mais na convergência das tramas, ao deixar todas as outras histórias correrem soltas sem que se crie um grande conflito até o previsível final. A acidez e amargura da excelente personagem de Peet não tiram o longa da opção burocrática de mostrar os personagens e suas atitudes em separado. Repare como as ações da personagem de Keener não têm a menor justificativa no contexto geral. Ela parece se culpar muito mais por tudo o que é feito ao seu redor do que por algo que ela mesma tenha feito (talvez explique sem justificar o comportamento do marido), correndo o sério risco de parecer mais antipática do que piedosa para quem assiste. Nem os aspectos técnicos contribuem para que haja qualquer momento de êxtase ou de clímax: tudo soa muito mais sorumbático do que tenso. Ainda assim, quando fala do reflexo do tempo nas diferentes épocas de nossa vida, é bonito e sensível conseguindo agradar mais do que aborrecer na maior parte de seus 90 minutos. 8,0/10
  3. ABRIL: 01 Cartas Para Julieta 4,5/10 01 127 Horas 7,5/10 01 Estão Todos Bem 5,0/10 02 Inverno da Alma 8,0/10 02 Abutres 7,5/10 02 Saneamento Básico 9,0/10 03 Paranoid Park 7,5/10 04 O Segredo dos Seus Olhos 9,0/10 04 Atraídos Pelo Crime 6,5/10 04 Fatal 8,0/10 04 Pecado da Carne 10/10 08 Vincere 8,0/10 09 Mary&Max 9,0/10 09 Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo 7,0/10 10 8 e ½ 10/10 21 Gran Torino 9,5/10 22 A Hora da Estrela 10/10 23 Educação 8,5/10 23 Volver 9,5/10 24 Romance 9,0/10 24 Ilha do Medo 7,0/10 28 As Melhores Coisas do Mundo 8,5/10 29 Sentimento de Culpa 8,0/10 23 Filmes - Best: 8 e 1/2; Worst: Cartas Para Julieta bs11ns2011-05-01 14:57:16
  4. Só acho que a carreira dela não tem tantos trabalhos assim memoráveis pra que ela seja considerada uma grande atriz. Ligações Perigosas e Atração Fatal são seus grandes filmes. Voltou com Damages depois de anos de ostracismo e esquecimento e faz sucesso porque o papel é adequado a ela. Veja Redgrave: aparece três minutos no final de Atonement e arrasa. Close é boa atriz mas nunca foi tudo isso.
  5. Bom, não vi o filme, não posso dizer se gosto ou não. Mas pelo que todos dizem merece estar em qualquer lista de melhores da década. Mas pra mim o melhor é Janela Indiscreta.
  6. Todas as premiações são lobby. Apenas algumas são justas. Foram citadas várias injustiças aqui e há inúmeras outras. Streep não deveria ser mais indicada a nada porque, como disse Stanley Tucci no OSCAR 2010, ela é SÓ a melhor. Se Close ganhar, será mais por reconhecimento (é anos-luz inferior a Streep, Dench, Redgrave, Maggie Smith...). E se Williams ganhar pode até merecer mas será mais pra alavancar a carreira da moça do que porque ela realmente estava estupenda, embora seja boa atriz. Depois de Reese Whiterspoon e Sandra Bullock, não duvido de mais nada.
  7. Pelo que todos falam o Sindicato dos Ladrões merecia ficar ao menos entre os dez. Amei Cantando na Chuva entre os cinco melhores. Espero que o Janela Indiscreta vença.
  8. As Melhores Coisas do Mundo. Fico feliz em ver que há alguma mente pensante no que diz respeito ao mundo adolescente no cinema brasileiro. É um universo difícil e ao mesmo tempo rico se bem explorado. Embora não seja tão profundo e denso quanto deveria pois tanto o tema principal quanto os paralelos mereciam tal tratamento, gostei muito da forma como Laís Bodansky retratou o universo aqui. A linguagem textual, cheia de gírias e expressões, a cenografia e a fotografia, principalmente da escola como um todo, os figurinos dos adolescentes e de seus pais e a trilha, recheada de músicas bem colocadas de acordo com as situações criadas, foram formando um contexto bem contemporâneo e realista com o qual milhares de jovens devem ter se identificado logo de cara. Os personagens, exceção feita a um ou outro, são todos excepcionalmente bem criados com destaque para o Mano e para Pedro. Gostei também do elenco de meninos e meninas inexperientes e que talvez tenham se mostrado bem á vontade justamente por isso. Paulinho Vilhena está correto e eficaz no personagem que achei que mais destoou dentre todos. Caio Blat também se apresenta decente e talentoso como sempre. O destaque do elenco mais velho é Denise Fraga. Está inteira, aberta, aprofundada e arrasa nas cenas dramáticas do filme (repare na quebra de ovos emblemática na cozinha). Não gosto do excesso de sub-tramas do roteiro. Todas elas são muito importantes e poderiam ter sido muito melhor exploradas de modo que resultariam, cada uma delas, em um filme. Talvez uma montagem mais enxuta e coesa tivesse maior impacto. Também não entendo o porquê de insistirem com a voz em off sendo que não traz nenhuma qualidade á narração da história (como é feito em Viajo Porque Preciso). Contudo o maior erro do filme foi entregar o personagem mais complexo, difícil e controverso da história nas mãos do inexperiente e inexpressivo Fiuk. Infelizmente o rapaz não dá conta de tanta carga dramática jogada em cima dele ao mesmo tempo. Ainda assim o longa tem seu mérito justamente por se arriscar a falar de assuntos e universos espinhosos de um modo que quase ninguém faz. Que venham mais filmes nacionais como esse pra que se aprofundem e se tornem cada vez melhores. Ponto pra diretora. 8,5/10bs11ns2011-04-30 18:04:31
  9. Vi poucos da década e amei todos. Top 10: 1. Janela Indiscreta 2. Um Corpo que Cai 3. 12 Homens e Uma Sentença 4. O Velho e o Mar 5. Rashomon 6. A Malvada 7. Suplício de uma Saudade 8. Um Lugar ao Sol 9. Cantando na Chuva 10. Ben Hur Ainda destaco Assim Estava Escrito, A Um Passo da Eternidade e Sinfonia de Paris.
  10. Romance. Diferente dos filmes românticos do gênero, temos várias vertentes retratadas sendo que nenhuma desconsidera as demais. Romance, drama, comédia... Todas essas linhas têm a mesma importância pro roteiro que discute a relação teatro-cinema-tv e como os atores lidam com isso. Com um texto belíssimo que foge dos lugares comuns desse tipo de filme, encanta por falar a vários públicos e por manter o interesse quando reconta uma história em um cenário completamente diferente. Isso acontece porque o fio condutor da história é forte e seguro, sustentando-se até o fim. Exceto Bruno Garcia (não consigo gostar dele), todos os outros atores estão excepcionais. Beltrão consegue ser sexy, possessiva e oportunista sem ser antipática. Brichta mostra-se versátil interpretando três papeis em um só (e está bem em todos). Wilker deita e rola com o texto engraçado de seu personagem e Nanini faz uma rápida e marcante aparição com direito a ataque de estrelismo (dá um show quando contracena com Brichta). Mas o destaque mesmo é o par central. Bárbaros do começo ao fim, Moura e Sabatella (um arraso de linda!) demonstram que são versáteis sem cair na pieguice e conseguem uma química genuína, justificando integralmente o final de seus personagens (repare nos primeiros dez minutos do filme: um banho de atuação dos dois). O roteiro ainda consegue debater os caminhos do amor de forma sincera e realista, ou seja, o filme é tudo de bom principalmente porque cumpre aquilo que propõe. Adorei! 9,0/10
  11. Só vi Mar Adentro e Os Outros. Ambos me perturbaram bastante mas sou especialmente apaixonado pelos Os Outros pelo tema ser bem caro á mim já que sou espírita embora também ache Mar Adentro um espetáculo.
  12. Ilha do Medo. Tive várias impressões: que era um filme de suspense, psicológico, um thriller psicológico, filme de ação... E foi exatamente isso o que mais me incomodou. Não que o roteiro seja incoerente. Mas eu fico com a sensação de que tudo aquilo não serviu pra muita coisa a não ser te divertir ao longo de 140 minutos. Que tudo pareceu uma pegadinha, que ele conseguiu te enganar no final. Cinema é entretenimento, diversão e ficção e não necessariamente precisa ter algum compromisso com a realidade. Não haveria problema se o filme não fosse pretensioso, não se preocupasse tanto com o que tenta dizer, com o ar de filme “sério” que se impõe, não tentasse te incomodar, te fustigar, te perturbar desde que DiCaprio aparece vomitando. Seria uma maravilha de realização porque, exceto a trilha muito insistente e deslocada, é muito bem filmado. A direção de arte é impecável (incluindo os figurinos da experiente Sandy Powell), a fotografia é opressiva bem como a iluminação utilizada oportunamente e o texto tem diálogos ácidos em vários momentos: -“Você seria violento se eu tentasse arrancar seus olhos com meus dentes?” - “Tente fazer isso”. - “Esse é o espírito”. Só que isso tudo não contribui pra que você conheça o personagem principal, apenas cria um clima, uma atmosfera. Você conhece o delegado apenas pelos seus sonhos e justamente por tudo girar em torno dele, deveria ter sido mais enxuto, profundo, denso. Fiquei até com a sensação de que o personagem de Ruffalo (em ótima atuação, por sinal) tenta suavizar a história. Se o filme é “sério”, pra que isso? DiCaprio está muito bem mas a dificuldade de carregar um roteiro, que não decide qual linha seguir, inteiro nas costas pesou um pouco e isso aparece nas suas caretas. Na verdade a culpa é da direção que tenta fazer o filme ser várias coisas pegando o atalho mais fácil pra te levar a um final nada mais do que divertido. Nessa linha fiquei muito mais perturbado e atormentado com o Cisne Negro. Por ser um Scorsese deixou muito a desejar. 7,0/10 bs11ns2011-04-28 18:53:39
  13. A Vila é o melhor e mais perturbador de todos. Também amo Sexto Sentido mas é menos bem resolvido. Corpo Fechado e Dama na Água são bons. Os outros dispensáveis.
  14. Volver. Outro trabalho contundente, forte e primoroso de Almodovar. Talvez não seja tão bem lapidado e genial quanto Tudo Sobre Minha Mãe mas chega muito perto. Incrível como o espanhol sabe falar do que se propõe. Domina como ninguém esse universo de relações entre mães e filhos, especialmente quando é feminino. Constroi suas ações em territórios muito seguros, quase sempre sobre a fragilidade das famílias, principalmente daquelas que têm segredos, contas a acertar, remorsos e culpas a serem sanados. O roteiro é maravilhosamente bem amarrado, coeso e bem resolvido, além de conseguir acrescentar suspense na babel de emoções prontas a explodir a cada revelação. Gosto de como trabalha os personagens: cenografia, figurino, trilha sempre compõem sua personalidade, refletem seu momento, suas angústias. Repare no salão de cabeleireiro clandestino da irmã de Raimunda, uma analogia clara aos segredos que a família esconde. O mais impressionante pra mim aqui é a eficiência das quatro atrizes principais pro ritmo do filme: a montagem é feita em cima de suas ações, dando espaço pra que cada uma delas brilhe a seu tempo, da sua forma. Separadas, são um luxo. Juntas, são formidáveis contribuindo de forma maravilhosa para o êxito do longa. Espetaculares em suas linhas de atuação totalmente diferentes (a pulsante, a conciliadora, a que busca as respostas e a que as traz), as quatro atrizes são pacientes e generosas, condescendentes e serenas: jamais atravessam o caminho da companheira de cena. Elas têm um respeito mútuo que confere uma unidade e cumplicidade raramente encontrados. Repare na cena de Maura dentro do carro, vendo e ouvindo Penélope cantar. Um show! Talvez a melhor atuação da carreira de Cruz (embora também a ame em Fatal) que poderia muito bem ter sido coroada com SAG, Golden Globe e OSCAR. Pena que não só Mirren, mas todas as outras candidatas ao OSCAR estavam tão incríveis naquele ano. Entrou fácil na galeria dos melhores que vi nos anos 2000. 9,5/10bs11ns2011-04-28 01:56:25
  15. Educação. História bem interessante que tem no texto, nas locações e nos atores seus melhores momentos. Gosto muito dos ágeis e inteligentes diálogos, principalmente os de Jane e sua professora. Destaque também para a conversa com seus pais a respeito da proposta de casamento de David. Mostra bem a obscuridade hipócrita dos seres humanos que geralmente aparece quando lhes é conveniente. Aliás, a relação entre controvérsia e correção, conveniência amoral e solidez de caráter, razão e emoção são bem discutidas e conduzidas pelo roteiro, exatamente por causa do texto. No entanto, a montagem do filme atrapalha seu andamento. Demora pra começar (a apresentação de Jane é muito longa), enrola um pouco pra dizer seu propósito e revela seu desfecho antes da hora. Além de não ser ousado ou surpreendente na construção da personagem central (o que não quer dizer que ela seja ruim), subaproveita outros personagens e tem uma voz em off dispensável como sempre. No mais, é corretinho, bacana e tem músicas que dizem bastante sobre Jane (junto com os livros, as únicas coisas que dizem algo sobre ela; o resto a gente descobre pelo texto). Assisti Never Let Me Go antes de Educação e fiquei ainda mais impressionado com Carey Mulligan. A diferença de postura, de expressão, de presença cênica dela é surpreendente. A desenvoltura e funcionalidade das atuações são gritantes: ela faz o que precisa, usa tudo o que tem, se doa sem medo. Gosto menos de Never Let Me Go agora por ter ainda mais certeza de que ele só vale por ela ser brilhante, afinal de contas um filme não pode se apoiar apenas no brilho de uma grande atriz ou de um grande ator. Ajuda mas não é tudo. Se continuar assim será uma grande atriz. 8,5/10
  16. Encontros e Desencontros é o melhor disparado. Gosto demais de Maria Antonieta (visuais e Dunst belíssimos) e acho Virgens Suicidas apenas bom.
  17. A Hora da Estrela (1985 – Suzana Amaral). Não descansei enquanto não consegui assistir esse aqui pois pensei que um filme brasileiro com uma atuação premiada em Berlim deveria ter algum diferencial. Não estava enganado. A história da imigrante nordestina que trabalha em São Paulo como uma datilógrafa poderia parecer repetitiva á primeira vista. Mas esse é apenas o pano de fundo pra um belíssimo e comovente retrato sobre a ignorância, a angústia, a dor, a solidão dente outros sentimentos retratados pelos personagens – quase todos fantásticos – do longa. Todos os atores estão fabulosos, a trilha sonora é espantosa de boa e a cenografia e figurinos são de um realismo tão impressionantemente bem concebido que me deu um certo asco de lembrar que toda essa dura realidade ainda persiste até hoje em boa parte desse país. Esses detalhes de composição mostram como a economia na hora de contar uma história faz toda a diferença pois a diretora é extremamente delicada na criação do universo de sua personagem central resultando numa identificação e torcida imediatas por parte do espectador. Macabéa é humana, possível, rica na sua pobreza material, nos oferece muito com sua ignorância, é conscienciosa de sua nulidez, magnífica em seus sonhos irrealizáveis... A gente esquece que já está condenada, que seu destino está lacrado esperando a hora de brilhar como uma estrela, como diz o título, por causa de sua encantadora e desnorteante ingenuidade. O texto tem pérolas como “Ser feia doi?”, “Macabéa, você já deu pra ele? – Dei? Dei o que?” ou “Futuro? O que é futuro?”, entre outras e a atuação de Marcélia Cartaxo é simplesmente extraordinária. Seus olhares têm uma eloqüência profunda, refletem uma dor grande e um isolamento feroz ao mesmo tempo que deixam claro que sua personagem não faz a menor ideia que tudo isso exista. Talvez não fará nunca como o poético e sensacional final sugere. Ela é daquele jeito e ponto. Inesquecível e obrigatória visão sobre a vida. É até ridículo dizer que esse filme é brasileiro em face aos horrores nacionais lançados atualmente. Uma verdadeira obra-prima. 10/10
  18. Cisne Negro é um dos melhores filmes dos anos 2000, se não for o melhor. Disparado o melhor do Darren. Gosto bastante de O Lutador e Requiem. Pi e A fonte da Vida não assisti.
  19. A Origem - 10 The Dark Knight - 10 Amnésia - 9,0 Os outros são bons mas menores do que os três acima.
  20. Pra mim O Jardineiro Fiel é uma pequena obra de arte. Ensaio Sobre a Cegueira é belíssimo e difícil e Cidade de Deus é muito bom, forte. Os outros dois são ótimos mas menores.
  21. O que mais amo mesmo é Peixe Grande. Choro com o filme sempre que assisto. A Noiva Cadáver, Edward e Ed Wood também são excelentes.
  22. Gran Torino. Impossível não se envolver com o universo que Clint cria em seus filmes. Até mesmo quando a premissa é mais rasa ou clichê, a qualidade de tudo o que envolve seus personagens é tanta que você, em algum momento, sempre acaba se identificando com aquilo. Acontece mais uma vez aqui. Embora a história seja batida – mais um durão e ex-combatente que vira heroi sem querer, repudiando o título inclusive – seu desenrolar e método de criação são tão bem elaborados que nem mesmo a tragédia do fim traz algum demérito á história justamente porque foi preparada para acontecer exatamente daquela forma. Do contrário invalidaria todo o roteiro. Coerente, detalhista, humano, imparcial, comovente e muito econômico, Eastwood extrai o máximo do mínimo facilmente nos encantando e arrebatando com a simplicidade e sutileza com as quais conduz sua história. Tecnicamente impecável – com destaque para as sombras cenográficas magníficas (em Menina de Ouro e A Troca já tinham sido eficazes) e a fotografia externa indispensável para a construção dos personagens –, o longa tem uma narrativa segura e que nos deixa tensos justamente pela previsibilidade. Afinal, como já dito, o filme não poderia terminar de outra forma. O carro que o entitula é apenas um artigo de luxo em mais essa grande obra desse puta diretor que se despediu com uma atuação estupenda da carreira de ator aos quase 80 anos. 9,5/10bs11ns2011-04-24 02:45:02
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