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Forum Cinema em Cena

SergioB.

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Everything posted by SergioB.

  1. Sanei uma vergonha cinéfila ontem. Nunca tinha assistido a esse celebrado filme argentino de 2007, que tanto fez sucesso em Cannes. Gostei bastante de vários aspectos do roteiro, pois, já disse aqui, que costumo gostar de todos os filmes que veem a sexualidade também como uma fonte de tormento. A questão hermafrodita, da intersexualidade, é pouco tratada pelo cinema, e acho que ficou muito bom, sobretudo ao mostrar bem as reações familiares, e seu aspecto de "fuga". Quando há algo diferente, de quebra da cisnorma, as famílias fogem da conversa, fogem das perguntas, fogem, como no filme, até de cidade. É um mecanismo de defesa. Falando da direção, algumas metáforas visuais são bem ruins, como a mãe cortando uma cenoura, ou um camaleão (?) subindo no corpo da personagem...Não dá! Meu livro favorito de todos os tempos é o vencedor do Pulitzer, "Middlesex", de Jeffrey Eugenides, que conta a história de um gene (!!!) atráves de gerações, que vai resultar em um indivíduo hermafrodita, o narrador da história. O livro é de 2003, e compartilha alguns momentos com esse filme. Quando a personagem torna-se adolescente, o livro se torna escandalosamente maravilhoso e doído, nos mesmos moldes do filme. No livro, é preciso escolher. No filme "XXY", ainda não é a hora. Está quase chegando a hora.
  2. Weekend Results:1. The Secret Life of Pets 2 – $47.11 million2. X-Men: Dark Phoenix – $33 million3. Aladdin – $24.5 million4. Godzilla: King of the Monsters – $15.54 million5. Rocketman – $14 million
  3. 09/06/2019 Medalhas Brasil Total: 24 17º colocação no Quadro de Medalhas. Ouro: (7) Revezamento 4x100m livre masculino - Natação Pedro Barros - Skate modalidade Park Martine Grael e Kahena Kunze - Vela classe 49er FX Equipe de Vôlei Masculino - Vôlei Ághata/Duda - Vôlei de Praia Gabriel Medina - Surf Beatriz Ferreira - Boxe categoria -60kg Prata: (2) Letícia Bufoni - Skate modalidade Street Ana Marcela Cunha - Maratona Aquática 10km feminino. Bronze: (15) Arthur Zanetti - Ginástica Artística - Argolas Flávia Saraiva - Ginástica Artística - Solo Bruno Fratus - Natação - 50m livre Revezamento 4x200m livre masculino - Natação Rafaela Silva - Judô categoria -57kg Mayra Aguiar - Judô categoria -78kg Maria Suellen Altheman - Judô categoria +78kg Ana Sátila - Canoagem Slalom - C1 feminino Almir Júnior - Atletismo - Salto Triplo Masculino Revezamento 4x100m masculino - Atletismo Ícaro Soares - Taekwondo categoria 80kg Kelvin Hoefler - Skate modalidade Street Ana Patrícia/Rebecca - Vôlei de Praia Bruno Schmidt/ Evandro - Vôlei de Praia Isaquias Queiroz e Erlon Silva - Canoagem C2 1000m
  4. Semana Olimpíca péssima para o Brasil, certamente a pior do ano, começando do melhor para o pior: * Único resultado excelente: Bruno Fratus nadando para 21s.31, hoje no Circuito Mare Nostrum em Mônaco. Melhor tempo do Mundo este ano (que já era dele). Três dos 5 melhores tempos do mundo neste ano são dele, ratificando sua condição de medalhista em potencial. Acredito que esse tempo é um tempo para Bronze, ficaria ele portanto atrás do inglês Proud e do americano Dressel, que já nadaram na casa dos 21s.10. * Ana Marcela Cunha venceu maia uma etapa do Circuito Mundial, dessa vez em Setúbal- Portugal. Venceu por 1 centésimo a italiana Rachele Bruni (Prata no Rio), a quem imagino com o Ouro em Tóquio. Foi uma etapa bem esvaziada, coisa de 20 atletas, mar mais limpo, sem tanta batalha por espaço, mas as principais adversárias da Ana Marcela estavam lá, inclusive a outra italiana Bridi. Foi decidido no photo finish. Parei de implicância. Vou colocá-la com a Prata. Foi a 22ª vitória dela no Circuito Mundial. * Arthur Zanetti conseguiu tirar 15.200 na prova classificatória das Argolas, durante o Campeonato Brasileiro; na final tirou 15.050. Acima de 15 é fundamental, é regra, se pensar em medalha, mas 15.050, e mesmos 15.200, hoje, só garantiriam o Bronze, notas inferiores a do chinês e a do grego. * Liga das Nações de Vôlei. O Brasil, no masculino, é o único invicto. Mais três vitórias. Vi alguns outros jogos e só vejo a França no mesmo patamar. Quanto ao feminino, está se recuperando na competição (ganhou dos Estados Unidos, nos Estados Unidos), mas, pensando em Tóquio, não vejo a menor chance de medalhas. Quem viu o es-pe-ta-cu-lar CHINA X ITÁLIA percebeu o nível de ataque e saque que o vôlei feminino brasileiro precisa copiar. Nosso time tem ótimas jogadoras, mas estamos sem força de ataque. Meu Pódio para o masculino em Tóquio: Brasil, Ouro; Polônia, Prata; França, Bronze. No feminino: Itália, Ouro; China, Prata; Turquia, Bronze. * Legal o Caio Bonfim da Marcha Atlética fazer o seu melhor tempo pessoal na Marcha Atlética 20km e quebrar o recorde brasileiro, agora, 1h:18.47. Dois anos depois de seu Bronze no Mundial de Londres, esse tempo só deu para o sétimo lugar, no GP de Marcha Atlética em La Coruña. Atletismo é hipercompetitivo. Para angariar alguma medalha em Tóquio tem que quebrar a marca dos 18, prevejo 1h:17 baixo. No feminino, Érica Senna chegou em quinto e viu seu recorde sul-americano ser esmigalhado, por uma menina de 19 anos do Equador, surgida do nada, que quebrou o recorde mundial junior, o recorde sul-americano, e fez o melhor tempo do mundo no ano, à frente de duas chinesas, que mandam na prova. Na marcha, infelizmente, o Brasil vai terminar entre os 10 primeiros. E só. Ainda no atletismo, todo mundo esperando o retorno às competições de Núbia Soares no Salto Triplo, em competição em Salamanca, na Espanha, e ela conseguiu apenas um salto modesto em nível mundial: 14,15m, o suficiente para ganhar a prova. Modesto é até elogio. Foi um salto, para o talento dela, ruim. O índice para o Mundial de Doha, eu fui checar agora, 14,20m. Para medalha em Tóquio: espera-se acima dos 14,80m. * É horrível tentar obter informações do Taekwondo. Mas, do esperado Grand Prix em Roma, para onde o Brasil mandou 4 representantes medalhistas do último Mundial, não vieram boas notícias. Maicon Siqueira foi eliminado na primeira luta, Milena Titoneli na segunda. Obtivemos um Bronze, na categoria 67kg, com Gabriele Siqueira, mas...no geral...Mal. Edival Pontes, o Netinho, de quem se espera muito, perdeu na segunda luta. Que não seja chuva de verão. * Última etapa da Copa do Mundo de Vela, em Marselha, e Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan ficaram com o quinto lugar, na prova da 470 feminino. Não as vejo melhores do que isso, apesar de terem sido Bronze em Miami; Ouro em Gênova; 6º no Princesa Sofia...Meu Pódio na 470 é: França, Grã-Bretanha, Espanha. É esse o panorama. Infelizmente, a classe Nacra 17, da qual espero muito...Que decepção! Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino ficaram em 15º lugar. Depois da Prata em Miami, achei que fossem engrenar, mas não...Vou retirar essa medalha também. Não há constância. Japão, França e Itália estão bem fortes, e os "velhinhos" argentinos, campeões olímpicos, ainda estão no páreo. * Vou retirar a Prata de Vinicius Figueira das minhas previsões. Perdeu na segunda luta no disputado Aberto de Xangai de Caratê. Em novembro, foi vice-campeão Mundial... Será a lesão ainda? Não sei, não há imprensa nesse país, com interesse para fazer um simples telefonema. Douglas Brose ficou em quinto, perdendo a disputa do Bronze. Ai, Caratê brasileiro que não engrena! Serão poucos atletas em Tóquio. Tô começando a ficar com medo. Vão ter que vencer o Pan-Americano, pelo jeito. * Mas nada pode ser tão horrível quanto o que aconteceu com Rebeca Andrade. Como o destino pode fazer isso a uma menina de 20 anos? Terceira lesão gravíssima, terceira puxada de tapete. Estou consternado por ela. Infelizmente, não vai chegar em Tóquio no estado físico necessário para fazer as rotinas com o grau de dificuldade que gerem medalhas. Visto o que houve no Rio. São 4 medalhas de Prata que simplesmente saem das minhas fantasias. (Foto:Ricardo Bufolini/CBG)
  5. Revi-o ontem à noite, para poder compará-lo com o curta inspirador visto de dia. Mas nem dá propriamente para fazer uma comparação. Gilliam já afirmou que não viu o curta antes de dirigir o filme, para não ser influenciado. Confiou no roteiro. Roteiro este que pega a essência do curta, e o enche de mais história, de mais ação, de mais dúvida, de pistas falsas...É qualidade David Webb, né, minha gente? Todos os excessos e psicodelia de Terry Gilliam estão aqui, mas de um modo acessível graças às excelentes atuações de Brunce Willis, Madeleine Stowe, e Brad Pitt. Muita gente argumenta que o Pitt deveria ter levado o Oscar de Coadjuvante em 1996. Tomara que ele ganhe no ano que vem pelo filme do Tarantino. O que eu não consigo entender é como Jeffrey Beecroft não foi pelo menos indicado pelo Design de Produção. Ninguém fala dele, mas ele só tem trabalho bom: Um Lugar Silencioso, Dança com Lobos, até a franquia Transformers...Ele deveria ser mais considerado. Gosto muito do final. Pra mim, inclusive ele é muito claro. Aqui, sim, dá pra fazer uma comparação: No curta, os cientistas do subterrâneo tinham apenas o objetivo de entender mais o vírus, não estavam preocupados necessariamente em impedir os acontecimentos, ou favorecer romances. "The Future is History". Quando vi o filme pela primeira vez tive essa mesma impressão também, e agora ela foi confirmada, mais de 20 anos depois.
  6. Pior notícia possível: Rebeca Andrade lesionou o joelho direito ontem, no campeonato brasileiro, e está fora do Pan e do Mundial (que vale vaga olímpica). Terceira lesão séria, às vésperas de um Mundial. Volta a competir daqui a 8 meses. A par da exasperante situação individual, ela é essencial para o desempenho olímpico brasileiro em Tóquio, responsável direta por pelo menos 4 medalhas. Sem ela, a equipe corre um risco importante de não se classificar. Fiquei doente quando soube pela manhã. Meu colega: "Não se preocupa, ela saiu caminhando". Mas me lembrei da lesão passada, no Mundial do Canadá, que ela também saiu caminhando. Fiquei o dia mal. Agora à noite chegou a confirmação terrível. Mudanças doídas e drásticas no Quadro de Medalhas, amanhã.
  7. Sem lugar a duvidas, é um dos melhores curtas de todos os tempos. "La Jetée", ou "A Pista", ou "A Plataforma", de 1962, é uma aula de roteiro, montagem e direção, do francês Chris Marker, que não precisaria ter feito mais nada na vida, além desses 28 minutos. É um trabalho primoroso. O final se aplaude de pé. Subvertendo a ideia de cinema como um filme em movimento, seus 28 minutos são apenas "frames", quadros estáticos, mostrados, um depois do outro, como uma sessão de fotografias, ou slides, com uma narração em voz over. A história é uma ficção científica atípíca, bem francesa, mas pode ser vista como uma história de amor também. Após a Terceira Guerra Mundial, com Paris destruída pela radioatividade, os sobreviventes instalados nos subterrâneos da cidade desenvolvem uma técnica para viajar no tempo. O passageiro escolhido é alguém obcecado pelo rosto de uma mulher de seu passado, a quem deseja reencontrar. Lembraram de "Os 12 Macacos"? Pois o filme de Gilliam se inspirou neste curta. Não o achei em português. Vi em francês.
  8. Imagine estar no Festival de Cannes de 1996 e assistir a "Ondas do Destino", "Fargo", e "Segredos e Mentiras" - o vencedor da Palma de Ouro? Puro prazer cinéfilo. Só que pra gozar, pra gozar mesmo, melhor ir com o maravilhoso "Crash: Estranhos Prazeres". Gosto desse subtítulo. Que filmão! Há quantos anos não o via, e permanece louco e sensual. Sem blábláblá, sem lógica, sem moral, sem pudor. Obra-prima do Cronenberg. Mas o filme não seria nada sem a trilha sonora sedutora, maliciosa, e amedrontadora, do mais tarde compositor da Terra Média, premiado com o Oscar, Howard Shore. "The Dog. The dog is brilliant".
  9. Existe uma blague: "Quando não há notícia, jornalista entrevista jornalista". Este documentário da Netflix Espanha é uma série de entrevistas com jornalistas e fotojornalistas espanhóis que cobrem ou cobriram conflitos de guerra pelo mundo: Síria, Serra Leoa, Congo, Sudão, Uganda... Não é que não tenha valor temático...É que ao final sabemos a moral: enaltecer a função do jornalismo, contra tudo e contra todos. "A Vida Pela Notícia". Bem perto da mitificação. Eu só gostei pelo lado da Geografia...Amo saber mais sobre países fora do radar...
  10. Por pressão de tantos amigos ao longo dos anos, por pressão de tanta gente que eu admiro ao longo dos anos, por tanta pressão de livreiros queridos ao longo dos anos, eu resolvi ceder. Era, afinal, uma pressão do universo.
  11. Direção do Ethan Hawke envolvendo três linhas temporais, para contar um pouco da vida do cantor e compositor de country music, Blaze Foley. A fotografia quase em sépia é nostálgica, os atores são bons (Richard Linklater faz uma ponta aqui), mas...as canções...Achei-as horríveis! Não entendi a razão de ser da homenagem. Não cheguei lá. Atende a um gosto musical e a um modo de vida bem localizado, bem particular, eu acho. Não são meu estilo, definitivamente. Quando as pessoas vão parar de confundir sensibilidade com depressão, sensibilidade com alcoolismo? Cuidado com o cartaz, ele, tão lindo assim, te prepara para algo melhor do que de fato o filme é.
  12. Que beleza, heim?! Já tem gente dizendo que o Bale vai disputar Coadjuvante. Campanha pra ganhar.
  13. Weekend Results:1. Godzilla: King of the Monsters – $49.02 million2. Aladdin – $42.33 million3. Rocketman – $25 million4. Ma – $18.26 million5. John Wick: Chapter 3 – Parabellum – $11.1 million Avengers Endgame still hanging around; 7.8m weekend (6th), domestic now $815.5 million; just $75m behind Avatar for the planet’s most popular film of all (2.713B vs. Avatar’s 2.788b).
  14. Curta de Documentário da Netflix, a respeito da passagem devastadora do Furacão Maria sobre a ilha de Porto Rico, em 2017, mas, mais preciso, sobre o grande número de pessoas desalojadas depois dele. A ajuda existe num primeiro momento, em virtude da comoção, depois...cada um que se vire! Eu gostei. Como cinema, não tem nada de mais. Mas põe um tema relevante que estava fora do radar em discussão. Além de tudo, espeta a Administração Trump, e ainda o pensamento colonialista americano sobre a ilha, cujos habitantes são vistos como americanos de segunda classe. 37 minutos.
  15. Mudanças importantes: A principal: subi Bia Ferreira para o alto do Pódio.Por que mantê-la com o Bronze, se ela venceu, salvo engano, todos os torneios neste ano, inclusive derrotando, da última vez, a vice-campeã mundial? Por que esperar até o Mundial da Índia? O ciclo olímpico consistente prova que ela tem condições. Bom, coloquei um Ouro; retirei outro. Rebaixei a dupla da canoagem velocidade, para o Bronze, dados os resultados ruins nas provas olímpicas. Certo é que Isaquias e Erlon não disputaram essa prova nas Etapas da Canoagem, mas estão mais fracos individualmente. Em relação a Ouros, portanto, fica como estava, 7 Ouros. O que não altera a posição do Brasil no Quadro de Medalhas. Creio que 7 Ouros nos levarão ao 16º lugar. Em relação a Pratas...Ponderei muito se retirava o nome de Vinicius Figueira do Caratê. Ele está com uma pequena lesão, no momento. No fundo, eu acredito que ele tem tudo pra chegar à final, caso esteja são. Vou insistir mais um pouco. Infelizmente, tive de retirar a Prata de Artur Zanetti, dada a nota recente do chinês nas argolas. Prata: 7. Uma enxurrada de Bronzes. São 14. Acrescentei o Bronze, aquele Ouro rebaixado, da dupla da canoagem (perderiam pra Cuba e Alemanha); acrescentei a outra dupla de Vôlei de Praia (Ana Patrícia /Rebecca) que disputa de igual pra igual com as maiores do mundo. Parece exagero, mas no Rio2016 aconteceu a mesma coisa, ora, tivemos dois times na semifinal, ficamos ao fim em segundo e quarto lugar. Não é exagero. Acrescentei também um Bronze para o Taekwondo, na categoria mais provável de classificação direta, a 80kg masculina, com Ícaro Soares (que foi medalhista de Prata recente no Mundial). Acrescentei também o Bronze para o nosso revezamento 4x100 masculino do Atletismo. Apesar do Ouro no Mundial de Revezamentos, vejo a equipe atrás de Estados Unidos e, por incrível que pareça, do Japão (Eles se atrapalharam no Mundial, e deixaram cair o bastão; mas, em disputa recentíssima, fizeram um tempo 5 centésimos melhor que o do Brasil e lideram o ranking Mundial no ano). Se sou otimista para alguns, fico precavido em se tratando de Ana Marcela Cunha da Maratona Aquática. Está tendo um ano excelente, reconheço, mas não consigo vê-la melhor que as duas italianas e a holandesa (sem lesão). Fui obrigado também a retirar a medalha individual do Isaquias no C1 1000m. Fui olhar agora a estimativa da Gracenote, um site especializado em previsões esportivas, e eles divulgaram a deles, no início de maio e ...adivinhem?! Para eles, Brasil em 16º!! Com 7 Ouros, 4 Pratas, e 7 Bronzes! 18 medalhas no total!! Infelizmente, eles não dão os nomes nessas primeiras listas. E creio que eles são muito a ferro e fogo; olham conquistas de Mundiais; e pronto. Não é assim! É preciso ver "por dentro". Existem detalhes, como estado físico dos atletas, estado emocional, histórico...Mas, em todo caso, fiquei feliz de ver que minha visão das coisas não é destrambelhada. O número menor de medalhas no total e de Pratas em específico tem a ver, acredito, com a Ginástica Artística, quando o Brasil não foi bem justamente no Mundial, mas, agora a coisa mudou de figura nesse esporte com a recuperação física de Rebeca Andrade. Mudou, no nosso caso, para melhor.
  16. 02/06/2019 Medalhas Brasil Total: 28 16º colocação no Quadro de Medalhas. Ouro: (7) Revezamento 4x100m livre masculino - Natação Pedro Barros - Skate modalidade Park Martine Grael e Kahena Kunze - Vela classe 49er FX Equipe de Vôlei Masculino - Vôlei Ághata/Duda - Vôlei de Praia Gabriel Medina - Surf Beatriz Ferreira - Boxe categoria -60kg Prata: (7) Equipe feminina - Ginástica Artística Rebeca Andrade - Ginástica Artística - Individual Geral Rebeca Andrade - Ginástica Artística - Salto Rebeca Andrade - Ginástica Artística - Solo Letícia Bufoni - Skate modalidade Street Vinicius Figueira - Caratê categoria -67k Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino - Vela classe Nacra17 Bronze: (14) Arthur Zanetti - Ginástica Artística - Argolas Bruno Fratus - Natação - 50m livre Revezamento 4x200m livre masculino - Natação Rafaela Silva - Judô categoria -57kg Mayra Aguiar - Judô categoria -78kg Maria Suellen Altheman - Judô categoria +78kg Ana Sátila - Canoagem Slalom - C1 feminino Almir Júnior - Atletismo - Salto Triplo Masculino Revezamento 4x100m masculino - Atletismo Ícaro Soares - Taekwondo categoria 80kg Kelvin Hoefler - Skate modalidade Street Ana Patrícia/Rebecca - Vôlei de Praia Bruno Schmidt/ Evandro - Vôlei de Praia Isaquias Queiroz e Erlon Silva - Canoagem C2 1000m
  17. Semana Olímpica brasileira com grandes resultados das mulheres: * Começando com o lado negativo: Isaquias Queiroz repetiu o mal desempenho da semana passada na prova olímpica do C1 1000, agora na Etapa da Alemanha da Copa do Mundo. Se na etapa da Polônia, ele terminou em 7º; agora fechou raia, terminou em 9º, aparentemente desistindo das últimas remadas. Ele estava disputando a ponta, mas, na altura dos 250m finais, sei lá o que aconteceu...No dia seguinte, venceu o C1 500m; legal; fico contente pelo Ouro, mas...Não é prova olímpica! Sempre soube que ele era melhor em curtas distâncias, por isso lamentei a exclusão da prova do C1200m nas Olimpídas, prova na qual ele foi Bronze no Rio2016. Mas é preciso focar no que é importante. E o que é importante são os 1000m. Depois, em entrevista, disse que se sentiu mal ontem, por isso o resultado irreconhecível. E prometeu voltar ao Brasil e treinar mais para a prova dos 1000 metros visando ao Campeonato Mundial da Hungria, no fim de agosto. Dará tempo de se recuperar? * Outro desempenho decepcionante foi do Atletismo. Na etapa sueca da Diamond League, o Brasil mandou apenas dois atletas. Thiago Braz e Andressa de Moraes, e ambos foram péssimos. Thiago não teve marca, simples assim. Não conseguiu saltar 5.36m! Ao fim da prova, relatou que não pôde disputar a prova com suas varas, bem como ressaltou a forte ventania no local da disputa. Me deu até arrepios de lembrar Pequim 2008 e Londres 2012! As mesmas desculpas juntas! Por favor, Thiago não imite esse discurso da Fabiana Murer. É verdade que condição climática é essencial na prova dele, mas 5.36m ele atingia em Marília, quando era adolescente. Sam Kendricks, dos Estados Unidos, na mesma prova, com o mesmo vento, fez 5.72m! Americanos não têm desculpa! Por sua vez, Andressa de Moraes terminou em sétimo no Lançamento do Disco, com 61.86m. Gente...de que adianta ter 2 atletas nessa prova na final olímpica, como provavelmente teremos, pra fazer essas marcas de Troféu Brasil? As duas cubanas, que prevejo serem Prata e Bronze , fizeram mais de 65m. Cubanos não têm desculpa! Vamos melhorar, aí! O sofrido povo brasileiro custear essa viagem caríssima aí pra eles fazerem esse papelão é foda...Socorro! * Falar de coisa boa agora...Povo desesperado com os resultados de abril/maio do vôlei de praia e eu escrevi: não é caso pra desespero. Na bela etapa de Ostrava, na República Tcheca, jogada em uma antiga fábrica ( por isso o troféu inusitado), Ágatha/Duda bateram na final Rebecca/Ana Patrícia, por 21/19, 21/17. Na semana passada, a dupla derrotada de hoje ganhou da dupla vencedora de hoje na disputa do Bronze. Fica claro: temos duas possibilidades de medalhas olímpicas! Elas serão as nossas duas duplas classificadas, salvo acontecer alguma tragédia. E ambas podem ganhar qualquer medalha. No caminho, Ágatha/Duda bateram as duas duplas americanas, que vinham sistematicamente ganhando delas. Rebecca/Ana Patrícia bateram holandesas e australianas. Ou seja, todas as rivais mais fortes foram derrotadas dessa vez por brasileiras. No masculino, Evandro/Bruno e Alvaro/Alison foram as duas duplas que chegaram mais longe, até às quartas, a um passo das semifinais. Perderam, ambas, no tie breake, de virada, para duas boas duplas. Pode acontecer. É esporte. Não é caso de desespero. Eles estão ao seu tempo se firmando. André/George pararam antes, pois cruzaram com Alison/Álvaro. Tudo bem brasileiros perderem para brasileiros. Na disputa olímpica, continuam à frente: Evandro/Bruno e André/George. Sem desespero. Vamos analisar os resultados "por dentro". Vai ter medalha no vôlei de praia, sim! (FOTO: FIVB) * Na Liga das Nações de Vôlei masculino, minha maior alegria, o que esperei por anos a fio...Leal vestindo a camisa da seleção. Mas mais do que o ineditismo...O jogo de hoje, contra a Polônia, na Polônia, foi excelente para evidenciar ao mundo o potencial de ataque e saque que teremos com ele no time. A alegria adicional: Flávio, central histórico do Minas, mostrou que pode sim ser o terceiro central da seleção. Jogou muito bem contra a Austrália. Na verdade, salvou o time com seus bloqueios. A atuação dele é pra deixar Éder, e Maurício Souza, campeões olímpicos, preocupados. * O Brasil chegou, neste domingo, a 40 vagas garantidas em Tókio2020! Foram somadas mais 12 atletas. É que a Seleção feminina de Rúgbi Seven, as "Yaras", venceu o torneio pré-olímpico das Américas, em Lima, batendo a Argentina na semifinal, e a Colômbia na final, por 28x15. Claro, não temos a menor chance de medalhas em Tóquio; costumeiramente ficamos em 8º, 9º, 10º, em nível mundial. Mas a habitualidade é importante para o futuro. Que essa classificação seja celebrada pela mídia! * Letícia Bufoni, do Skate Street, venceu a Etapa de Xangai dos X Games. Ao lado dela, no pódio, a australiana com a Prata, e a americana com o Bronze. Pâmela Rosa, que venceu a Etapa de Londres da Liga Mundial de Street , na semana passada, terminou em 4º lugar. Notem: São campeonatos diferentes, mas as competidoras são as mesmas. É isso que interessa. O Brasil mantém a rotina de medalhas. Lembrando sempre que teremos por acordo 3 competidoras em Tóquio. Na minha previsão, coloco Letícia, a nossa atleta mais experiente, com 26 anos, com a Prata. É que na minha cabeça louca, a japonesa, atuando em casa, com os juízes se influenciado pela torcida, será favorito ao Ouro. Mas estamos na briga, e, na briga por duas medalhas no feminino. Por sua vez, na prova masculina, fomos Prata, com Rony Gomes, atrás de um americano e à frente de outro. Contudo, nem são eles os atletas favoritos às vagas do Brasil e dos Estados Unidos. Estou procurado entender mais da modalidade. É difícil pra mim entender as manobras e ainda mais as notas, e ainda mais que competidor é melhor que o outro. É uma profusão de nomes. Mas vamos prestando atenção. Sei de cor alguns nomes. Sei que Letícia Bufoni, Pâmela Rosa, Rayssa Leal "Fadinha" e Kelvin Hoefler, e Pedro Barros nos trarão 3 medalhas no Skate. Isso eu sei. * Tatiana Weston-Webb conseguiu finalmente se inserir nas semifinais da Etapa de Margareth River, do Circuito Mundial de Surf. Enfrenta atletas dos Estados Unidos, Hawaí (considerado país) e Austrália. Pra mim, Estados Unidos e Austrália estarão no pódio olímpico. Em entrevista, reconheceu que não está indo bem neste ano, mas prometeu melhorar. Que assim seja! Quarto lugar é uma colocação tão cruel...Prefiro ficar em quinto, sinceramente. Vamos que o Bronze é possível, Tatiana. No masculino, Brasil segue apenas com Caio Belli. Ítalo Ferreira perdeu para John John Florence (HAW), nas quartas. Acho que ele e Gabriel serão nossos representantes em Tókio2020. Só acho. Vai saber. (Foto: WSL/CESTARI)
  18. "Little Women", de 2018, título no original, é a leitura contemporânea da história clássica. A trama é a mesma, mas o roteiro teve de se renovar, bem como a mise-en-scène. Aqui as garotas usam jeans, calçam all stars, ouvem rock, vomitam em uma festa, não adoecem de escalartina...; embora haja a manutenção de alguns elementos, como a presença dos gatos (filhotes em 1933 e 1994, crescido aqui), os gêmeos (apenas em 1949), a exclamação absurda "Christopher Colombo!" ( 1933, 1949), o cabelo queimado pela escova desajeitada (da versão de 1933 e 1994), o abraço emocionado ao receber o piano (1949); enfim, há uma reunião dos elementos que deram certo em cada filme passado, porém retrabalhados. Ficou legal isso! Você vê que houve pesquisa! Que houve a intenção de homenagear todos os filmes. Acho legal isso! O cinema não nasceu ontem, tem uma história! Não tenho nada contra fugir da adaptação de época, pelo contrário, mas... gente...As atrizes são péssimas! Que saudade de Katharine Hepburn, Janet Leight, June Allyson, Winona Ryder, Elizabeth Taylor, Kirsten Dunst... A atriz principal, Sarah Davenport, tem todos os cacoetes que eu detesto atualmente em atuação: Superinterpreta o tempo todo. Sorri profisisonalmente, chora profissionalmente, faz caras e bocas em todas as cenas... Parece querer chamar a atenção o tempo todo. Outro erro colossal é alterarem completamente o final para criarem uma cena em que se explicita o objetivo do filme: realçar o amor entre irmãs. Se a versão de 1933 é a história clássica; a de 1949 é um registro puritano em technicolour; se a versão de 1994 é um gabaritado feminismo; aqui em 2018, a política foi excluída para realçar o amor fraternal. Tanto que a frase da própria escritora Louisa May Alcott é posta em destaque: "I Could Never love anyone as I love my sisters". Bonito, mas em 2018, é pouco. Tanto que não fez sucesso algum. Na verdade verdadeira, parece apenas um filme comum da Netflix. Encerro aqui esses dias passados com essas adoráveis mulheres. A produção inglesa, a pioneira adaptação, de 1917, em cinema mudo, é, hoje infelizmente considerada perdida. E a produção americana, também muda, de 1918, é hoje peça de museu. No aguardo, para a versão de Greta Gerwig. De tudo que eu vi: 1994 > 1933> 1949> 2018! Já afirmei muitas vezes que só se é bom cinéfilo quem vê muitos filmes, de todos os gêneros, de todas as épocas, de todos os países. Mas, abro uma exceção, é possível entender muito de cinema apenas vendo uma grande produção muitas e muitas vezes. O olhar muda. Torna-se detetive de todas as nuances.
  19. Continuando a série... Rebatizado no Brasil de "Quatro Destinos", o "Little Women" de 1949 (também visto em inglês, depois de bastante procura) é o mais diferente de todos, não no cerne da trama, mas em algumas decisões de roteiro e composição. A mais chocante: a idade das personagens. Não vou nem falar da personagem principal vivida por June Allyson, então com 32 anos, mas por que a personagem Beth, irmã do meio, vira a caçula. Será que é por que queriam a todo custo Elizabeth Taylor no filme? Ela, com 17 anos, linda como sempre, não poderia mais interpretar uma garotinha. Então a personagem "Amy" virou a irmã do meio. A história das curiosidades nos conta que June Allyson estava grávida; que foi o primeiro filme em inglês do lindão Rossano Brazzi, crush da minha avó; e que Taylou quebrou a perna durante a filmagem, o que prejudicou o ritmo delas em duas semanas. O excelente diretor Mervyn LeRoy repetiu o que foi feito em 1933: primeira parte, comédia; segunda parte, drama romântico. Mas o embalou pra presente. Se aquele filme era em preto-e-branco, e modesto em design; este é em bonito Technicolour, e mais requinte pós-guerra. Indicado aos Oscars de Melhor Fotografia em Cores; e Direção de Arte em Cores, do qual saiu ganhador, em 1950. Tudo é doce e casto: Inclusive, a cena final, a mais romântica, prejudicada em sua encenação pelo auge do Código Hays. A cena mais triste, também ela, não é mostrada. O que essas ausências nos ensinam? Que o puritanismo é algo tão frágil que deve ser defendido tanto do amor, quanto da morte. A Moral, portanto, é maior do que a Vida. Vejam como são as coisas, uma mesma história pode ser um retrato puritano de época, ou um retrato de emancipação à frente do seu tempo, como o ângulo do filme de 1994. E, provavelmente, do que virá.
  20. Primeira vez que vejo esse "Little Women" de 1933, e tive de vê-lo em inglês, depois de alguma procura. No Brasil, ganhou o título de "As Quatro Irmãs", e depois, como veremos, ganhará outros batismos. O filme foi indicado a 3 Oscars em 1934: Roteiro Adaptado (que venceu), Direção para George Cukor (sua primeira indicação) e Melhor Filme. Mas cabia mais. Estou ainda sem acreditar...Como a Academia pôde premiar Katharine Hepburn, naquele ano, por "Manhã de Glória" - um filme terrível e uma atuação caricata - e deixar de premiá-lo por este? É inacreditável! Vem de há tempos esse malfadado costume de indicar alguém pelo trabalho errado. Aos 26 anos, Katharine estava um pouco fora da idade para interpretar a mocinha na primeira parte do filme, mas depois, na segunda metade, quando há a passagem do tempo, quando há a evolução emocional da personagem, ela está dona da atuação. Dona de si. O filme tem uma leitura de comédia e depois de drama romântico, bem típica de Cukor. Não há nem traço de entender o "feminismo" inerente ao livro; não o existia como ismo. Os tempos eram outros. É curioso, e mais que curioso, louvável, vermos como a versão de 1994, conseguiu entender que essa história de mulheres, essa história de quatro irmãs, tinha um potencial sociológico forte. Havia política naquela casa de mulheres (Como não haveria? Eram tempos de guerra). Não havia apenas afeto. Pra os cinéfilos, sempre um prazer ver Paul Lukas, Spring Byington, e Edna May Oliver, atuando. Grandes atores, indicados ao Oscar, premiados com o Oscar, que hoje, para 99% das pessoas, seus nomes não significam nada. Só o lendário nome Hepburn sobrevive.
  21. Por que Greta Gerwig decidiu refilmar essa história tantas vezes contada, e tantas vezes bem contada? Eu sinceramente não entendo. É por essas e outras que tenho uma certa preguiça desse feminismo "de encomenda" dos nossos dias. Assim como fiz com "Nasce uma Estrela", pretendo (re)ver as adaptações mais famosas do livro que ganharam vida no cinema. Comecei hoje pela de 1994, que, com justiça, obteve 3 indicações no Oscar de 1995. Curiosamente as primeiras dos hoje multi-indicados Colleen Atwood (Figurino) e Thomas Newman (Trilha Sonora), que perderiam para os icônicos "Priscilla, Rainha do Deserto" e "O Rei Leão", respectivamente. Naquele ano, a categoria de Atriz foi muito fraca, uma das mais fracas da história, mas, creio, que, com a cédula na mão, eu acabaria votando em Winona Ryder. O filme até hoje é encantador, lindo, delicado, feminino... Dirigido também por uma mulher - se isso for relevante - a australiana Gillian Armstrong (de "Oscar e Lucinda"). E é um ótimo trabalho dela. De forma alguma, é um "chick flick", ou mel para donzelas românticas, é um trabalho de muito gabarito técnico! A câmera flui dentro da casa, por entre os vestidos, pela neve, pelo bosque, é tudo muito bonito. Filme de inverno, com cara de inverno, com cara de Natal, e com cara de família. O sentimentalismo inerente à história não me afasta dela, mas creio que afasta alguns homens, de fato. Mas não quem gostar de cinema. Claire Danes, Kirsten Dunst, Christian Bale, Gabriel Byrne, Susan Sarandon...Percebo até que esse conjunto de grandes atores está mais adequado a idade das personagens, do que o conjunto escalado para a versão de 2019. Realmente, impressiona a atualidade do livro de Louisa May Alcott.
  22. Último romance de Machado de Assis, igualmente último que me faltava ler, "Memorial de Aires" foi publicado em 1908, justamente no ano de sua morte. De cara, um truque: é um diário, veículo modelar da primeira pessoa, mas, em verdade, privilegia a vida dos outros, como é normal na narração em terceira pessoa. No fundo, é uma desistência do amor. Agora, esse sentimento, devido a velhice, será algo apenas a ser observado.
  23. Sabe o que acho no fundo, no fundo, a respeito dessa série? É uma ode aos dublês ( a seara original do diretor) e a outros profissionais de filmes de ação. A narrativa fica em segundo, em terceiro plano; de tal forma que o estilo toma conta de tudo. O que interessa - Já entendemos - é fazer sequências de ação, nos mais variados moldes, para deixar o espectador mais de boca aberta. Eu sinceramente creio que se soubéssemos mais sobre o protagonista (não falo nem de biografia - não é caso de divã - mas de gostos mesmos, mais "não mexa com o cão"; "não toque no meu carro" ), mais eu iria gostar. O estilo seria preenchido por algum conteúdo. No mais, o que dizer do plano das facas, ou do plano com os cavalos, ou do ( longo) plano com os cachorros? É um balé! Estamos vendo um balé. E a personagem da Anjelica Huston deixa isso às claras. Provavelmente, o Melhor filme de ação do ano. Ainda que ele não signifique nada. Ainda que ele tenha, conscientemente, como proposta não significar nada.
  24. Desde Sundance, está sendo um estouro no mundo indie. Dirigido pela atriz Olivia Wilde, e produzido por Adam Mckay, este filme é um parente bem próximo de "Superbad", mas com pretensões mais altas. A campanha para conduzi-lo a uma vaga de Melhor Roteiro Original já está forte. E pode dar certo. Não tem a densidade dramática de "Oitava Série", pelo contrário, seu prisma é muito mais cômico e porralouca. Pegou o modelo de várias produções da Netflix e pôs substância e ...surto...nele! Gostei muito! Porém, o que mais me chamou a atenção foram mesmo as atrizes, sobretudo Beanie Feldstein, que era uma das melhores coisas de "Lady Bird", e aqui está simplesmente espetacular.
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