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Forum Cinema em Cena

Odo

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Everything posted by Odo

  1. Provavelmente preferem o formato de Tela Cheia porque não tem equipamento suficiente pra assistir os filmes como eles devem ser assistidos. Quando eu tinha uma TV de 21 e assistia filmes a 2-3 metros de distância, também reclamava. Se bem que eu assisto filmes num monitor de 19 polegadas (que por coincidência até consultei o preço recentemente, e está bem mais em conta do que na época que comprei, pouco mais de 500 reais). Taí, não precisa gastar 5 mil em uma TV de 34 polegadas ou maior, gaste 500 e compre um monitor de 19 (CRT) e assistindo próximo da tela você vai se acostumar mais com o aspecto original. Com o tempo você não vai mais mudar de idéia e nem querer ficar perto de uma versão adulterada. E a adulteração no enquadramento vai além de se cortar ou não alguma coisa. Às vezes não há cortes laterais, mas até acréscimo de imagem que torna o filme desproporcional. Mas é sempre a ânsia de se encher a tela, de se ter a imagem que se ajuste mais ao péssimo equipamento, que fala mais alto. Só alguém que já viu não um, mas vários filmes tanto em tela cheia como no formato original tem noção do quanto se perde numa adulteração. Ah, Dr. Calvin, eu consegui gravar aqui o filme "O Último Grande Herói", eu não te disse que existiam movimentos artificiais de câmera (o scanner passando pra lá e pra cá) em versões mutiladas? Esse depois eu vou rever aqui com calma. Então, esse filme eu notei várias vezes a câmera se mexer pros lados pra compensar o corte violento que deveria estar acontecendo, e deixando cenas sem sentido. Justamente porque fica tudo claustrofóbico na tela, imagine por exemplo uma luta de sabres de Star Wars, se passando dentro de um elevador! Essa é a grande "vantagem" do Fullscreen, de destruir a fotografia dos filmes.
  2. Existem sim fitas VHS em Widescreen. Talvez não aqui, pois aqui tudo chega com 500 anos de atraso, mas certamente lá fora já existiam antes. E, bom, se você viu o tópico dos tipos de Widescreen e já viu um filme rodando dos dois jeitos, dependendo da forma que ele foi feito, vai mudar de idéia rapidinho. Agora, pra isso, as distribuidoras teriam que lançar em dois formatos, mas por economia que nunca fazem isso. Antigamente saiam muito DVDs de dupla face, vocês lembram, do tipo vinil, que usa os dois lados. Antigamente as distribuidoras lançavam um mesmo filme em dois formatos, ou senão era Full pra locação e Wide pra venda-direta. Aliás, até faz sentido sair tudo em tela cheia pra locação, e melhorado pra venda. Mas poucas fazem isso. Ah, e assuntando por aí eu achei esse link: http://www.sarkapro.com/TheLetterboxHeresies_by_JamesCameron.html Depois vou ler mais com calma a respeito desse negócio de Super 35.
  3. Odo

    Battlestar Galactica

    O cara que fazia o Starbuck na série original de Battlestar Galactica levantou essa bola, olhem essas páginas (no IMDB precisa ter cadastro pra você ler o tópico "Por que o Dirk Benedict odeia o novo BSG". http://www.dirkbenedictcentral.com/home/articles-readarticle.php?nid=5 http://www.imdb.com/name/nm0070767/board/nest/44199139?p=1 Ele pode até ter exagerado, mas não dá pra deixar de notar que boa parte da série se preocupa em enaltecer mais o elenco feminino. E vem se tornando cada vez mais repetitiva, anda, anda e não sai do lugar. Eu não tenho mais paciência não. Odo2008-01-10 08:20:10
  4. Odo

    Star Trek - Séries

    Eu não acho que esteja sempre errado. Os episódios que eu listei não são espetaculares, apenas bons pra cima. E o seu sistema de cotação dá pra enganar, porque você disse uma vez que 2 estrelas seria bom, 3 estrelas muito bom e 4 estrelas = OP ou ótimo. Eu sempre achava que as notas 2 que você dava eram qualificando os episódios de fracos (porque um filme 2 estrelas é ruim, não tem meio termo). Tipo um Superman Returns, que o Pablo deu nota 2/5, ele achou ruim. Mas essa nota aí "está na média", não cheira e nem fede, pelo seu sistema. A NG tem muito episódio irregular e fraco, e só alguns realmente bons. Aqueles que eu listei, das duas séries, são os que você assiste, e não se decepciona, porque tem alguns aí que são pura perda de tempo, que se não existissem, não fariam falta, e esses eu não listei. Em tempo, o SBT vai passar o décimo filme de Jornada, Nêmesis, sábado dia 12/01, às 22:30.
  5. Aproveitando o up do colega, eu queria recomendar um podcast (áudio) de 40 minutos só sobre o Poderoso Chefão, bem legal, do site JovemNerd. Link direto: http://jovemnerd.ig.com.br/wordpress/podpress_trac/web/66/0/nerdcast_008_godfather.mp3 http://jovemnerd.ig.com.br/wordpress/?cat=2&paged=13
  6. Odo

    Star Trek - Séries

    Queria aproveitar pra indicar um podcast sobre a série clássica, e os 6 primeiros filmes, do site Jovem Nerd (que eu ouvi recentemente). O link direto: http://jovemnerd.ig.com.br/wordpress/podpress_trac/web/256/0/nerdcast_026_startrek.mp3 http://jovemnerd.ig.com.br/wordpress/?p=256 Quanto à Star Trek, já estou vendo Enterprise, que é mais fraca de todas, mas ainda assim tem episódios bons de vez em quando. Aliás, todas as séries são boas, somente as últimas temporadas (de cada uma, sem exceção) é que tiveram episódios muito ruins, o resto dá pra assistir sem medo. Acho que a única exceção vai ser Enterprise, que dizem que estava melhorando quando cancelaram. E o Jorge Soto falou da Nova Geração, mas foi a série de Jornada que terminou por cima, aí levaram o elenco pros cinemas, mas ninguém puxou o plugue não. Aliás no começo de Deep Space Nine (a melhor série de Jornada) os episódios eram bem fracos, isso ainda eram os resquícios da Nova Geração (DS9 começou em Janeiro de 93 e NG acabou em 94), NG que se especializou em fazer episódios constrangedores. DS9 só começou a piorar mesmo quando morreu um personagem principal no final da sexta temporada, daí pra frente só cozinharam mesmo, mas antes disso não. Sempre teve o roteiro mais foda (tirando aquela baboseira dos profetas, que eu já não aguentava mais em todo episódio).Odo2008-01-09 13:43:01
  7. Odo

    Battlestar Galactica

    Battlestar Galactica de 1978 é uma série mais voltada ao público infantil (e a segunda temporada (chamado de Galactica 1980) eu já vi também, e é o maior exemplo disso, em que fizeram episódios totalmente nonsense e ridículos, não tinha nem comparação com a primeira temporada), enquanto a atual é mais adulta e melhor produzida (claro, pois se você pegar aquela época era tudo mais precário) mas sofre principalmente pela falta de bom senso dos roteiristas em insistirem em todo episódio numa baboseira filosófica que não tem fim. É muito chato. Além disso, essa BSG atual é uma série 101% feminista, que valoriza só as mulheres e coloca a maioria dos homens em desvantagem. O negócio é tão acintoso, que não sei como muitos não comentaram aqui. E os cylons são cópias de seres humanos? Mas que lixo! Eu gostava das "torradeiras" da série clássica. Nem preciso dizer que vibrei na cena em que elas apareceram no filme Razor. By your command!!!! Esse BSG novo tem sempre bons episódios, mas se eu estivesse na sala de edição removeria tanta papagaiada que a série toda não passaria de alguns episódios.
  8. Amém! Pelo menos uma alma inteligente nessemundo. Não aguento mais ter que conviver com mídias físicas! Pra mim todas elas são um passado, que insistem em continuar nos atormentando. Com a tecnologia que já temos hoje, era pra você poder assistir um filme completo da qualidade de um Blu-ray só de acessar a internet, em um site feito o Youtube (stream). Mas o problema é que a tecnologia é muito cara, saiu uma notícia sobre isso mas era uma pessoa só que tinha na Suécia, nessa velocidade daria pra baixar a GB/segundo. De qualquer forma, acho que no dia em que um disco desses estiver custando o mesmo que um DVD, vai dar pro pessoal armazenar na mídia rips dos originais, até mesmo como backup de segurança, e poder assistir quase com a mesma qualidade. Eu assisti os rips em tamanho DVD-5 e DVD-9 extraídos de HD-DVD e Blu-ray, e realmente é o bicho a qualidade, a riqueza de detalhes impressiona, estupra mesmo o DVD. Os crackers já "quebraram as travas" dos dois formatos da mesma forma que fizeram com o DVD, mas como é uma tecnologia cara (e a mídia é igualmente cara) isso está pouco difundido. Mas eu acho desperdício investir em mídia física. Tanto que tenho pilhas de DVDs aqui em casa e daria tudo pra poder realocar todos eles em um lugar só, até pra quando eu quisesse ver, era só ligar a TV e escolher. Interessante que ninguém se preocupa com isso, e é algo que eu considero essencial. Esse tremendo desperdício de espaço (e os Blu-rays e HD-DVDs são um fracasso nesse quesito, pois anos atrás já haviam discos rígidos com dobro da capacidade, então hoje era pra já terem lançado um disco portátil umas 10 vezes maior).
  9. Odo

    Doctor Who

    Curiosamente eu nem pretendia assistir Doctor Who, nem sabia do que se tratava, foi quando eu vi por um acaso Torchwood na TV, e achei a atriz principal bunitinha, aí resolvi pesquisar pra ver quem era. Estou com ele aqui mas não comecei a ver ainda porque como soube que era um spin-off de Doctor Who, resolvi assistir depois (até pra me prevenir de alguma referência, e ficar boiando no meio de algum episódio). A primeira temporada desse novo Doctor Who é boa sim, assistam sem medo, quase todo episódio traz uma história interessante, a direção é bem criativa e o Christopher Eccleston realmente deu vida ao personagem. Mas como alegria de pobre dura pouco , ele pediu pra sair ao final da temporada (ou tiraram ele, vai saber), e colocaram o David Tennant que é bem mauricinho, e sem sal. O primeiro episódio da segunda temporada (e o anterior de Natal) já foram fracos, e repletos de clichês, então vão ter que melhorar muuuuito pra eu querer continuar vendo. Depois que o Eccleston saiu, eu brochei de vez, por melhor que façam daqui pra frente, nunca mais vai ser a mesma coisa.
  10. Odo

    Doctor Who

    Uma análise do colunista Luiz Castanheira sobre o novo seriado Doctor Who, que estreou em 2005 e ainda está aí: AVISO: SPOILERS Doctor Who (2005-2007) SEGUNDA TEMPORADA (2006) (ANÁLISE): Curiosamente o tema desta segunda temporada foi aparentemente preparar o caminho para a série derivada, com o personagem do capitão Jack Harkness como protagonista, Torchwood. Obviamente tal recorrência não sustenta a temporada, a qual tem pelo menos três episódios muito ruins, ficando isto sim a cargo do drama familiar de Rose, sua interação com uma versão alternativa do seu pai de uma Terra paralela e a sua despedida definitiva do Doutor e da série. New Earth: Uma espécie de continuação do episódio The End Of The World. Rose e o Décimo Doutor visitam Nova Terra (algum tempo depois da destruição da primeira Terra), lá encontram a Noviça Hame e mais uma vez a Face de Boe e Lady Cassandra (que não morreu). Somos apresentados a uma excessiva alegoria sobre pesquisa médica avançada e diversas trocas de corpos, cortesia da consistentemente lamentável Cassandra. Fraco! Tooth and Claw: Aqui o Décimo Doutor, Rose, a Rainha Vitória e um Lobisomen de origem alienígena colidem em uma surpreendente aventura, que emerge vencedora principalmente por usar pequenas brechas históricas para enfiar os seus mamutescos lampejos de bizarra criatividade. A cena final que brinca com a possibilidade da família real Britânica dos dias de hoje ser formada por lobisomens é definitivamente divertida em meio ao seu completo absurdo. School Reunion: Uma raça alienígena planeja usar crianças de uma escola preparatória do presente como uma espécie de processador para alcançar o poder definitivo, o que curiosamente é o menos importante do episódio que traz um contagiante senso de honesta nostalgia ao marcar a aparição da antiga companheira Sarah Jane Smith (a atriz Elisabeth Sladen) e por utilizar tão bem tal evento como um momento importante para o relacionamento do Doutor e Rose. Outros destaques para o retorno do também clássico K9 (um COMPLETAMENTE ABSURDO cão andróide) e a participação de Anthony Stewart Head (o Giles da série Buffy) como o diretor da tal escola. The Girl In The Fireplace: O melhor episódio da temporada, um dos melhores de toda a nova série, e indicado ao Prêmio Hugo de ficção científica de 2007, tudo cortesia do roteirista Steven Mofatt. Graças a bizarra necessidade de uma tripulação de andróides relógios de uma nave avariada, milhares de anos no futuro, pelo cérebro (aos 37 anos) da mitológica Madame De Pompadour (da França do século XVIII), o Décimo Doutor visita diferentes épocas da vida da figura histórica. Cada vez mais apaixonados a cada encontro. A beleza, a delicadeza e a honestidade de todos os aspectos da produção são muito difíceis de por em poucas palavras. A química entre o ator David Tennant e a atriz convidada Sophia Myles foi tanta que eles passaram a namorar após as filmagens. Rise Of The Cybermen (I) & The Age Of Steel (II): A TARDIS vai parar em uma Terra paralela, com versões alternativas das pessoas, incluindo um vivo e rico Peter tyler. Naquele planeta um industrial criou um novo tipo de raça cibernética (os Cybermen) como uma forma de prolongar a vida humana. Uma claramente aceitável história sobre o possível fim da humanidade alternativa como a conhecemos aqui (com todos sendo "atualizados" como Cybermen), com algumas boas explorações pessoais nesta outra Terra e muito pouco além disto. Uma clara preparação para o final da temporada, mais do que qualquer outra coisa. The Idiot's Lantern: O cenário da coroação da Rainha em 1953, com o correspondente aquecimento na compra de aparelhos de TV é um engenhoso cenário, mas que é enviado rapidamente para o toilete com o lamentável surgimento na história de um (Oh Boy!) monstro televisivo. The Impossible Planet (I) & The Satan Pit (II): Este é provavelmente o melhor exemplo da nova série em que um aparente "Analfabetismo Científico" pode, mesmo assim, levar a um grande episódio. A vizinhança de um buraco negro parece ser de fato o local ideal para se aprisionar o mal primordial. Tudo aqui é vendido muito mais em termos de atmosfera e louca imaginação (com uma produção muito cara e complexa, que aparentemente até prejudicou os episódios imediatamente anteriores e posteriores) do que em termos de lógica e razão, com o segmento duplo funcionando em última instância, apesar do escorregadio conceito aqui desenvolvido. Love And Monsters & Fear Her: Sejam muito bem-vindos ao pior momento da temporada em que um monstro absorvedor (e que lamentavelmente lembra muito os Slitheen) é seguido por um monstro de parede (!). O segundo segmento ainda leva uma estrela solitária mais pela infinitamente absurda cena em que o Doutor conduz a tocha olímpica até a respectiva pira. Fora isto... Army Of Ghosts (I) & Doomsday (II) : O melhor do episódio é a sincera narrativa de Rose, que indica exatamente o que vai acontecer, o que acontece e o que aconteceu. Incluindo-se ai a antológica cena de despedida definitiva dela e do doutor. Rose não morre realmente, mas passa agora a viver (junto com o resto da sua família de fato) com a versão do seu pai da Terra alternativa e naquele planeta. Alguns podem reclamar do absurdo das presenças (especialmente ao mesmo tempo) dos Cybermen e dos Daleks no episódio, outros do modo relativamente fácil que o doutor se livra do literal oceano de alienígenas hostis, mas o episódio não é realmente sobre nada disto. Algumas irregularidades durante este segunda temporada sim, mas até que Russell T Davies mandou os espectadores felizes para o hiato do programa. E quanto a cena de despedida: " Where are you? Inside the Tardis. There's one tiny little gap in the universe left, just about to close. And it takes a lot of power to send this projection - I'm in orbit around a supernova. I'm burning up a sun, just to say goodbye. You look like a ghost. Hold on. Can I t. . . ? I'm still just an image. No touch. Can't you come through properly The whole thing would fracture. Two universes would collapse. So? Where are we? Where did the gap come out? We're in Norway. Norway! Right. About 50 miles out of Bergen. It's called Darlig Ulv Stranden. Dalek? - Darlig. It's Norwegian for bad. This translates as Bad Wolf Bay. How long have we got? About two minutes. I can't think of what to say! You've still got Mr Mickey, then. There's five of us now - Mum, Dad, Mickey and the baby. You're not. . . ? No! It's Mum. She's three months gone. More Tylers on the way. And what about you, what are you. . . ? Yeah, I'm back working in the shop. Oh, good for you. Shut up! Nah, I'm not. The Torchwood on this planet's still open for business. I think I know a thing or two about aliens. Rose Tyler. Defender of the Earth. You're dead, officially, back home. So many people died that day, and you've gone missing. You're on a list of the dead. Here you are, living a life, day after day. The one adventure I can never have. Am I ever going to see you again? You can't. What are you going to do? I've got the Tardis. Same old life. Last of the Time Lords. On your own. I. . . I love you. Quite right too. And I suppose. . . If it's my last chance to say it. . . Rose Tyler. . . " TERCEIRA TEMPORADA (2007) (ANÁLISE): A premissa da temporada é intrigante: O Mestre (maior inimigo do Doutor) volta no tempo antes do início da temporada e se torna Saxon, um político (com planos nefastos) a caminho do gabinete de Primeiro Ministro da Inglaterra. O detalhe é que tais eventos são postos em movimento justamente pelos nossos heróis somente mais ao final da temporada. Infelizmente tal interessante premissa não ganha vida como deveria e a temporada se mostra de longe a mais fraca até aqui da nova série, tanto em termos de organização global (inclusive conclusivamente) quanto na qualidade continuada, semana após semana. É definitivamente tolo pensar em simplificar os problemas dizendo que "faltou Rose Tyler" e que "Martha Jones não funcionou". Basta assistir ao episódio Blink (ver a seguir) para perceber que o que faltou mesmo e de uma maneira geral foi um pouco mais de planejamento e principalmente uma melhor qualidade de escrita. Russell T Davies termina a temporada aparentemente desgastado. Talvez seja a hora de uma mudança, talvez trazendo a bordo Steven Mofatt que emerge desta série até aqui como uma das mais distintas vozes da ficção científica televisiva do nosso tempo Smith And Jones & The Shakespeare Code & Gridlock: No primeiro segmento conhecemos os Judoons (raça resultante de uma fofíssima aparente mistura de Juíz Dredge com Rinoceronte) na sua caça por uma Plasmavore (uma vampira transmorfa), o qual ganha uma meia estrela extra por nos introduzir a nova companheira Martha Jones (que é apresentada como uma alternativa mais madura e distinta de Rose Tyler, algo que não é desenvolvido a contento ao longo da temporada, o que é claramente culpa do texto da série e não da atriz). No segundo testemunhamos o plano de uma trupe de bruxas alienígenas em usar as palavras escritas de Shakespeare para acabar como mundo (!). O qual também ganha uma meia estrela extra pela cena quase final em que O Bardo com muita sensibilidade figura as reais identidades do Décimo Doutor e de Martha. E finalmente o terceiro, onde conhecemos uma civilização que essencialmente vive em um engarrafamento, que também ganha meia estrela extra por trazer as últimas palavras da Face de Boe para o Doutor: "Você não está sozinho" (se referindo a existência do Mestre, um outro Senhor do Tempo, revelada no arco final da temporada a seguir) Três episódios por demais inofensivos (sempre algo entre o "regular" e o "bonzinho"), mas que pela solidez dos aspectos gerais da produção nos levavam a entender então que o brilhantismo não estava muito longe. Ledo engano. Daleks In Manhattan (I) & Evolution Of The Daleks (II): Após assistir a esta bomba de episódio duplo ficaram duas certezas: (a) Pagar ao espólio de Terry Nation para usar os Daleks sem um bom roteiro é burrice e ( Os Daleks sem uma muita boa história não passam de saleiros gigantes enfeitados e com um ridículo e infinitamente irritante grito de guerra. Aqui os últimos filhos de Skaro planejam sobreviver criando híbrido humanos em um high-concept de história que não perdoa literalmente nada e que passa principalmente por Frankenstein e Moreau. O erro fatal para o segmento é curiosamente humanizar os Daleks, removendo as suas características mais alienígenas e ameaçadoras, algo similar ao que os Borgs sofreram em Jornada Nas Estrelas. Tudo coroado pela literal história de amor de uma corista e um porco (Oh Boy!). Cabe ainda lamentar a não utilização (apesar dos bons valores de produção) em nenhum senso artístico coerente e consistente o tão óbvio cenário da era da depressão americana (comparem, por exemplo, com o duplo da primeira temporada: The Empty Child (I) & The Doctor Dances (II)). The Lazarus Experiment & 42: Com a impressão de que a temporada já estava com problemas, chegam em seguida dois episódios de monstros que confirmam a instabilidade. Um monstro evolutivo seguido por um monstro solar. Que são feitos ainda piores pelas fúteis tentativas de integrá-los no arco da temporada envolvendo o Mestre. Era hora de Russell T Davies pedir ajuda. Human Nature (I) & The Family Of Blood (II): A ajuda veio do roteirista Paul Cornell (que já havia escrito o ótimo Father's Day da primeira temporada), que trouxe uma boa dose de competente maturidade a uma temporada infelizmente repleta até então de incompetetentes high-concepts juvenis. Em desvantagem, sendo perseguido de forma obstinada por uma família de assassinos alienígenas, o Décimo Doutor decide assumir uma forma humana e sem memórias e se esconder no passado da Terra posando com um professor (sendo Martha uma empregada da escola). Tal premissa acaba sendo apenas uma desculpa para uma interessante exploração e análise desta nova figura humana do doutor, até mesmo como uma possível alternativa de vida. O uso com propósito de bizarras imagens (um dos pontos altos desta nova série) se faz novamente presente, com uma conclusão esperada (como em Father's Day), mas que emerge vencedora ao apresentar a mais alienígena, distante e impiedosa caracterização do personagem na nova série até agora. Blink: Simplesmente o melhor episódio da temporada e talvez de toda a nova série, cortesia do estupendo: STEVEN MOFATT! Aqui estátuas de anjos são na realidade alienígenas que deslocam suas vítimas para o passado. A única salvação de Martha e do Décimo Doutor (presos sem a TARDIS em 1969) é uma jovem fotógrafa de nome Sally Sparrow. A criatividade do roteiro do episódio em utilizar a assumida não linearidade do tempo é intrigante do começo ao fim, desafiando e deslumbrando o espectador. O mais importante de tudo é enfatizar que este foi o episódio mais barato de toda a temporada e que praticamente não tivemos nele a presença do elenco regular (exatamente a mesma situação vivida pelo tétrico Love And Monsters da segunda temporada, só para fixar uma comparação), Mofatt é realmente tão bom assim. Utopia (I) & The Sound Of Drums (II) & The Last Of The Time Lords (III): Na primeira parte, a TARDIS, afetada pela presença do absurdo do capitão Jack Harkness agora não poder morrer, leva a todos para o "Final do Universo" (com Jack literalmente "a tiracolo"). Lá os últimos humanos planejam ir para um local chamado simplesmente de "Utopia", a bordo de uma nave inventada por um certo Professor Yana. Interagindo com os visitantes, Yana se mostra ser de fato apenas a forma humana de um outro Senhor do Tempo , na realidade o inimigo mortal do Doutor, aquele conhecido apenas como: O Mestre. Ele rouba a TARDIS e volta para a Londres de aproximadamente dezoito meses antes dos eventos de Smith And Jones. Um segmento perfeitamente passável como entretenimento de qualidade e que começa a desvendar o arco da temporada. Ele recebe meia estrela extra pela verdadeira mágica que Sir Derek Jacobi faz no papel de Yana, indo muito além do que está escrito (algo deveras raro de acontecer, ao contrário do que muitos pensam). A segunda parte é ainda sólida, onde nossos heróis de volta ao presente descobrem que Saxon e O Mestre são a mesma pessoa e um inevitável (e extremo) Cliff-Hanger é preparado. Problemas: a impressão fica de que alguns elementos foram reciclados da história da Terra paralela da segunda temporada, os ajudantes robóticos do Mestre são De Facto Daleks (no que se tornaram os humanos do futuro que procuravam por "Utopia") e principalmente, não importa o número de fogos de artifício que Davies possa tentar jogar na audiência, a sua história simplesmente não possui um claro foco emocional. A terceira parte (e todo o arco) colapsa centrada em uma peça de risível melodrama na "virada de mesa" do Doutor (que ficaria muito mais adequada em algum episódio de Ultraman) e no uso do botão de reset. Talvez esteja mesmo na hora de Davies recarregar as baterias e a ausência de uma citação aqui, fica justamente para sublinhar esta distinta possibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------ PRIMEIRA TEMPORADA (2005) (DE '0' A '4' ESTRELAS): 1.01 Rose (**) 1.02 The End of the World (**1/2) 1.03 The Unquiet Dead (***) 1.04 Aliens of London (I) (**) 1.05 World War Three (II) (**) 1.06 Dalek (****) 1.07 The Long Game (**) 1.08 Father's Day (****) 1.09 The Empty Child (I) (****) 1.10 The Doctor Dances (II) (****) 1.11 Boom Town (**) 1.12 Bad Wolf (I) (****) 1.13 The Parting of the Ways (II) (****) ------------------------------------------------------------------------------------ SEGUNDA TEMPORADA (2006) (DE '0' A '4' ESTRELAS): 2.00A Children In Need (N/A) 2.00B The Christmas Invasion (***) 2.01 New Earth (**) 2.02 Tooth and Claw (***) 2.03 School Reunion (***1/2) 2.04 The Girl in the Fireplace (****) 2.05 Rise of the Cybermen (I) (***) 2.06 The Age of Steel (II) (***) 2.07 The Idiot's Lantern (*) 2.08 The Impossible Planet (I) (****) 2.09 The Satan Pit (II) (****) 2.10 Love & Monsters (SEM ESTRELAS) 2.11 Fear Her (*) 2.12 Army of Ghosts (I) (****) 2.13 Doomsday (II) (****) 2.14 The Runaway Bride (**) ------------------------------------------------------------------------------------ TERCEIRA TEMPORADA (2007) (DE '0' A '4' ESTRELAS): 3.01 Smith and Jones (***) 3.02 The Shakespeare Code (***) 3.03 Gridlock (***) 3.04 Daleks in Manhattan (I) (*) 3.05 Evolution of the Daleks (II) (*) 3.06 The Lazarus Experiment (**) 3.07 42 (**) 3.08 Human Nature (I) (****) 3.09 The Family of Blood (II) (***1/2) 3.10 Blink (****) 3.11 Utopia (I) (***1/2) 3.12 The Sound of Drums (II) (***) 3.13 Last of the Time Lords (III) (**) 3.14 Voyage of the Damned (EXIBIDO NO NATAL DE 2007) Odo2008-01-31 03:38:49
  11. Odo

    Doctor Who

    Uma análise sobre o novo seriado Doctor Who, que estreou em 2005 e ainda está aí: AVISO: SPOILERS Doctor Who (2005-2007) VISÃO GERAL: A série de TV Doctor Who (de 2005) traz uma versão atualizada do mitológico personagem (e ícone britânico): um genial alienígena (conhecido apenas como: "O Doutor") de aparência humana e que navega o espaço e o tempo a bordo da sua nave (a TARDIS), a qual exteriormente parece ser apenas uma antiga cabine telefônica policial da Londres de 1963, e é maior por dentro do que por fora. Ele geralmente viaja com um ou mais humanos, chamados de companheiros. De tempos em tempos, geralmente após ser fatalmente ferido, ele se "regenera", assumindo uma diferente e nova forma humana (o que sempre permitiu a mudança dos atores que interpretaram o personagem ao longo dos anos). O personagem do doutor é um dos mais antigos e mais bem conhecidos no SCIFI televisivo mundial. Sua antiguidade, longevidade e identificação com país de origem parecem ser comparáveis apenas com as de Star Trek dos Estados Unidos da América e Ultraman do Japão. A principal força criativa por trás destas três primeiras temporadas de Doctor Who 2005 foi o britânico Russell T Davies (de séries controvertidas como Queer As Folk e The Second Coming), fã confesso do personagem (com o qual partilha o mesmo ano de nascimento), ele procurou ser fiél aos melhores momentos de seus mais de quarenta anos de história enquanto o adaptando aos dias de hoje. Entre 39 episódios regulares e 3 especiais natalinos, ele escreveu metade dos segmentos da nova série até aqui. Davies é considerado hoje (agosto de 2007) provavelmente o mais influente Gay de todo o Reino Unido e o mais importante produtor de TV também. A série do doutor é muito popular em seu país de origem, indo muito além de uma audiência de nicho de ficção científica. É um programa para toda a família. Todas as famílias. Davies, para atualizar o personagem do doutor, buscou inspiração (por admissão própria) no americano Joss Whedon (Buffy, Angel e Firefly). O que não quer dizer que os trabalhos anteriores do britânico já não apontassem em similares direções. Eis alguns exemplos: - Cada temporada televisiva têm um arco de história (ou tema recorrente) distinto e bem definido; - Diálogos são extremamente afiados (muitas vezes mesmo indulgentes) e repletos de referências (populares ou não, obscuras ou não), os diálogos também objetivam a criação de um dialeto próprio em si mesmos; - Metáforas embutidas em tramas e situações, não deixando os personagens terem percepção das mesmas (os personagens simplesmente tratam dos acontecimentos em seus termos dentro do seu próprio universo ficcional); - Relacionamentos entre pessoas de mesmo sexo são comuns e tratados sem maior estardalhaço etc. Entretanto a influência de Whedon pode não ser suficiente para suavizar a herança britância do programa para pessoas que tem como hábito (essencialmente exclusivo) assistir a séries originárias da terra do Tio Sam. Para melhor apreciar a série do bom doutor, pode ser necessário que alguns espectadores potenciais tenham que trocar o chip ! Ainda assim não devemos sofrer de uma síndrome de Borat em reverso em que tudo é justificado uma vez que "eles são britânicos e este é o jeito deles". Tentativas de humor e metáforas óbvias e grosseiras são ruins em qualquer país de forma independente da herança cultural. Episódio padrão de monstro é ruim em qualquer pátria, assim como uma óbvia falta de conhecimento científico. Atitude juvenil e uso de melodrama fora de controle idem. Tais problemas (e outros) aparecem na série mais do que os seus fãs mais devotos e fervorosos gostam de admitir. O importante é que, apesar de tais defeitos, e em seus melhores momentos, o programa é capaz de transcende-los oferecendo uma única combinação de leveza, excitação, beleza, pathos e senso de deslumbramento, que só podemos esperar de um dos definitivos pilares do gênero. A nona encarnação do doutor foi vivida por Christopher Eccleston durante a primeira temporada da nova série. A partir do final do último episódio da primeira temporada em diante (até agora) tivemos a décima encarnação do doutor, vivida por David Tennant. A principal companheira nas duas primeiras temporadas e no primeiro especial natalino foi Rose Tyler (vivida pela atriz Billie Piper) . Na terceira temporada tivemos como a principal companheira Martha Jones (Freema Agyeman). No segundo especial natalino tivemos Donna "A Noiva" Noble (Catherine Tate). O terceiro especial natalino (o de 2007) envolve o Titanic. Tate voltará (no mesmo papel) como a principal companheira na já confirmada quarta temporada (em 2008). Junto comTennant e Davies é claro. Agyeman participará apenas do arco final da temporada (após uma programada aparição na segunda temporada de Torchwood). Agora a analise episódio a episódio e em seguida os seus valores relativos. Os especiais natalinos não possuem comentários, apenas valores relativos. PRIMEIRA TEMPORADA (2005) (ANÁLISE): O arco da primeira temporada gravita em torno da recorrente frase "Lobo Mau", que teima em aparecer em praticamente todo o episódio e nas situações mais improváveis. Ao final é revelado que Rose Tyler, de posse de poderes equivalentes aos de uma espécie de "Deusa Temporal" , deixou tais "referências" como uma mensagem para ela mesma. O arco termina definitivamente a Guerra Temporal entre os Senhores do Tempo (a raça do doutor) e os Daleks (os seus inimigos mortais). É globalmente a mais satisfatória das três primeiras temporadas da nova série. Rose & The End Of The World: O início da nova série não foi muito inspirado. Os manequins animados são mais ridículos do que interessantes e o seu mestre é o mais típico monstro da semana. Salvando-se a apresentação da titular em Rose. O episódio seguinte (The End Of The World) teve mais sorte, apesar do seu forte ser essencialmente o conceito do vislumbre do último suspiro natural da Terra (seguindo o final do ciclo de vida do Sol). Destaque para introdução da Face de Boe. The Unquiet Dead: O primeiro verdadeiramente bom episódio da nova série. O Nono Doutor e Rose visitam o escritor Charles Dickens ao mesmo tempo que os mortos voltam a vida nas imediações. Cuidados com a produção e vislumbre de elementos do arco da temporada (via a excelente heroína do episódio, a personagem Gwyneth) coroam a curiosa história. Aliens Of London (I) & World War Three (II): Aqui somos introduzidos aos tediosos Slitheen, a sua capacidade de assumir outras identidades em meio a uma infinidade de piadas flatulentas (ou não?) e os seus planos mirabolantes para a Terra que acabam beirando a comédia involuntária. Dalek: O primeiro grande clássico da nova série. Um fascinante "museu particular de tecnologia alienígena" na Terra do ano 2012 guarda prisioneira uma criatura posteriormente identificada como um Dalek, aparentemente o outro único sobrevivente (além do Doutor) da Guerra Temporal. A última futilidade realizada da luta entre os dois sobreviventes de tal confronto é um marco para o novo programa. The Long Game: A bordo de Satellite 5, uma estação de transmissão no distante futuro da Terra, somos apresentados ao mesmo tempo a uma excessiva metáfora sobre a escravidão da humanidade pela manipulação da mídia e um não menos excessivo monstro da semana que age como supervisor (!) de todo o processo. Honestamente nem dá para dizer que o episódio se alinha de fato com o final da temporada, apesar da estação aparecer novamente no mesmo. Father's Day: Uma visita do Nono Doutor e de Rose Tyler ao cenário da morte de Peter Tyler, leva a companheira a evitar a morte do seu pai. O paradoxo faz surgir uma horda de monstruosas criaturas aladas que consomem as pessoas no local, os sobreviventes se refugiando numa igreja próxima. Obviamente (e felizmente) os tais "Ceifadores" não são o centro do episódio. Aqui cabe sim destacar o cuidado dos realizadores nos mínimos detalhes envolvendo a família Tyler daquela epoca, Rose e o Nono Doutor, preparando caminho até o inevitável e honesto desfecho, uma vez que não existe dúvida alguma Pete tem que de fato morrer, agora nos braços de Rose, para salvar a todos. The Empty Child (I) & The Doctor Dances (II): O melhor da temporada, um dos melhores da nova série e ganhador do Prêmio Hugo de ficção científica de 2006. Cortesia do estupendo roteirista Steven Moffat. Aqui temos o gênero no seu melhor, uma clara consciência social (e mesmo intimista ultimamente), um honesto mistério, um uso de tanto belas (e marcantes) quanto bizarras (e assustadoras) imagens e a introdução de um vibrante personagem na pessoa do capitão Jack Harkness (John Barrowman), sendo tudo embalado em um pacote de múltiplas camadas e significados. BRAVO! Boom Town: Basicamente uma Slitheen, que não morreu no episódio duplo anterior, quer explodir o mundo como parte dos seus novos planos e acaba sendo impedida e vira um ovo ao final do episódio. OH BOY! Bad Wolf (I) & Parting Of The Ways (II): Rose, Jack e o Nono Doutor são trazidos a bordo de Satellite 5, um século após os eventos de The Long Game. Finalmente eles descobrem que a Terra tem sido controlada de forma distante por novos mestres desde antes da sua última visita a estação, porém é revelado que tais alienígenas temem o doutor de alguma forma. A atual controladora da estação trouxe o trio para ajudar a humanidade. Rose é feita prisioneira a bordo da nave dos invasores, que se revelam ser os Daleks, que de alguma forma sobreviveram a Guerra Temporal. Eles vieram invadir de fato a Terra e a estação é a última linha de defesa. O doutor tem como única opção usar uma arma que destruirá não somente os Daleks, mas toda a humanidade, salvando o resto da galáxia. Ele envia Rose para casa na TARDIS para salvá-la. De volta ao seu presente, ela não se conforma em deixar o doutor para trás e finalmente intui que todas as referências ao "lobo mau" eram dela para ela mesma. Rose abre o o "Coração da TARDIS", transformando-se essencialmente em uma Deusa do Tempo. Ela volta a estação no futuro e derrota os Daleks de uma vez por todas. O Doutor dá um beijo em Rose extraindo o excesso de energia, o que leva a sua necessidade de se regenerar. Relaxem e curtam este belo melodrama épico com carinho, onde mesmo os paradoxos temporais são postos para bom uso, para deixar as emoções ainda mais a flor da pele. Davies coloca para fora todo o seu amor pelo personagem, especialmente quando o Doutor envia Rose a bordo da TARDIS para o presente dela, para protegê-la, como prometeu a mãe da companheira. Um holograma do personagem diz o seguinte: " Rose, now listen, this is important. If this message has activated, then it can only mean one thing. We must be in danger,and I mean fatal. I'm dead or about to die at any second with no chance of escape. And that's OK, hope it's a good death. But I promised to look after you, so the Tardis is taking you home. And I bet you'refussing and moaning now, typical! But hold on and just listen a bit more. The Tardis can never return for me. I'm facing an enemy that should never get this machine. So this is what you do should do, let the Tardis die. Just let this old box gather dust. No-one can open it, no-one'll even notice it. Let it become a strange little thing standing on a street corner. Over the years the world will move on and the box will be buried. And if you want to remember me, then you can do one thing. That's all, one thing. Have a good life. Do that for me, Rose. Have a fantastic life. " Odo2008-01-31 03:38:19
  12. Odo

    Doctor Who

    Pra quem não conhece o seriado, criei o tópico, pra discutir não só a nova série que está aí mas tudo que foi feito antes. Um aviso: o tópico terá spoilers. The ten faces of the Doctor. Clockwise from top-left: William Hartnell, Patrick Troughton, Jon Pertwee, Tom Baker, Peter Davison, Colin Baker, Sylvester McCoy, Paul McGann, Christopher Eccleston and David Tennant Doctor Who é uma série galardoada de ficção científica britânica, produzida e transmitida pela BBC. Nela acompanhamos as aventuras de um misterioso viajante do tempo conhecido apenas como "O Doutor" ("the Doctor") que viaja na sua máquina do tempo, conhecida como TARDIS, cuja aparência exterior se assemelha a uma cabine da polícia londrina dos anos 60. Juntamente com os seus companheiros, ele explora o espaço e o tempo, por vezes corrigindo os males e resolvendo problemas que encontra. A série está referenciada no Guiness como "a mais longa série de ficção científica do mundo", sendo também um ícone da cultura popular britânica. É reconhecida pelas histórias imaginativas, pelos seus criativos e baratos efeitos especiais (no período 1963-1989) e pelo uso pioneiro de música electrónica. A série foi exibida durante o período de 1963 até 1989, suspensa até 1996 (exibição de um telefilme co-produzido pela FOX e pela BBC) e relançada com grande sucesso em 2005, desta vez produzida no País de Gales pela BBC. Doctor Who tem também múltiplos spin-offs (Torchwood e The Sarah Jane Adventures e presença noutros formatos que não o televisivo (livros, audio, etc). O papel do "Doutor" é atualmente interpetado pelo ator David Tennant. Um episódio especial de Natal foi emitido no dia 25 de Dezembro de 2007, com Kylie Minogue no papel de companhia, e está prevista uma quarta temporada da nova série para 2008, que ainda se encontra em produção. Para esta temporada Catherine Tate vai retomar o papel de Donna Noble, do episódio especial de Natal de 2006, e juntar-se-à à equipa do TARDIS. Freema Agyeman irá igualmente juntar-se à equipa como Martha Jones, contudo o seu regresso só está agendado para os últimos episódios da temporada, após uma participação especial na série spin-off Torchwood. Outras presenças confirmadas para a quarta temporada são John Barrowman e Billie Piper que regressarão como o charmoso Capitão Jack Harkness e Rose Tyler, respectivamente. Após um especial de Natal em 2008 e mais três episódios especiais em 2009, Doctor Who irá regressar em 2010 com uma quinta temporada. Episódios Doctor Who originalmente foi exibido durante 26 temporadas, na BBC, durante o período de 23 de Novembro de 1963 até 6 de Dezembro de 1989. Durante este tempo, cada episódio semanal de meia-hora fazia parte de uma história (ou serial), que normalmente decorria durante quatro a seis episódios. Inicialmente, o programa tinha uma vocação familiar e educacional, usando as histórias decorridas no passado para ensinar história britânica e mundial, e as histórias decorridas no futuro e no espaço para ensinar ciências. Contudo, as histórias de ficção científica acabaram por se tornar dominantes, devido à sua enorme popularidade, e os episódios "históricos" deixaram de ser produzidos. Porém, continuaram a ser usados cenários históricos para o decorrer das histórias decorridas no futuro e no espaço para ensinar ciências. Contudo, as histórias de ficção científica acabaram por se tornar dominantes, devido à sua enorme popularidade, e os episódios "históricos" deixaram de ser produzidos. Porém, continuaram a ser usados cenários históricos para o decorrer das histórias de ficção científica. Com o renascer da série em 2005, o formato foi alterado, sendo agora cada temporada constituída por treze episódios de 45 minutos cada mais um episódio especial de Natal em cada ano. Cada temporada inclui várias histórias individuais ou de múltiplas partes, apenas ligadas entre si por um enredo secundário que apenas é revelado no fim da temporada. Ao total foram emitidos 738 episódios desde 1963, incluindo o filme de 1996 e os três episódios especiais de Natal (2005, 2006, 2007). O Doutor (The Doctor) A personagem do Doctor está sempre envolta em mistério. No início da série, apenas se sabia que ele era um extraterrestre viajante e excêntrico, com um grande conhecimento sobre as mais variadas matérias, que combatia as injustiças que encontrava ao explorar o Universo na sua nave espacial TARDIS. TARDIS é uma abreviatura para Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço). O TARDIS é maior por dentro do que por fora, e, devido a uma avaria permanente num circuito, a sua aparência exterior assemelha-se à de uma cabine da polícia londrina dos anos 60. Eventualmente descobre-se que a figura sinistra e misteriosa do "Doctor" é uma espécie de renegado da sua própria espécie, os "Time Lords" ("Senhores do Tempo"), oriundos do planeta "Gallifrey" na constelação de Kasterborous. Sendo um "Senhor do Tempo", o "Doctor" tem a capaciade de regenerar o seu corpo, como forma de evitar a morte. Este conceito foi introduzido em 1966, quando os argumentistas se confrontaram com a partida do ator principal William Hartnel, como forma de prolongar a série. Desde então tem sido uma característica definidora da série, sendo utilizada sempre que é necessário substituir o ator principal. Contudo, foi estabelecido num episódio que um Senhor do Tempo apenas pode regenerar 12 vezes, a um total de 13 incarnações (apesar de ser possível contornar a situação). Até à data, o "Doctor" passou por este processo nove vezes, tendo cada uma das suas incarnações o seu estilo e particularidades, mas partilhando as memórias, a experiência e o seu sentido de moral: Primeiro Doutor, interpretado por William Hartnell (1963–1966) Segundo Doutor, interpretado por Patrick Troughton (1966–1969) Terceiro Doutor, interpretado por Jon Pertwee (1970–1974) Quarto Doutor, interpretado por Tom Baker (1974–1981) Quinto Doutor, interpretado por Peter Davison (1981–1984) Sexto Doutor, interpretado por Colin Baker (1984–1986) Sétimo Doutor, interpretado por Sylvester McCoy (1987–1989) Oitavo Doutor, interpretado por Paul McGann (1996) Nono Doutor, interpretado por Christopher Eccleston (2005) Décimo Doutor, interpretado por David Tennant (2005–presente) Outros atores também interpretaram o "Doctor" noutras histórias, como é o caso de Rowan Atkinson, contudo estas não são consideradas canónicas tanto pelos fãs, como pela própria BBC. Ao longo da história da série várias revelações, algumas controversas, foram realizadas acerca do "Doutor". Por exemplo, que o Primeiro Doutor pode não ser a primeira incarnação do Doutor; que o Doutor é mais que um simples Senhor do Tempo, podendo ser "meio humano" por parte da mãe (apesar de esta afirmação ser altamente contestada). No primeiro episódio da série é revelado que o "Doutor" tem uma neta, Susan Foreman, e, na temporada de 2006, é o próprio Doutor que afirma que já foi pai. Em 2005 é revelado que o Nono Doutor é o último sobrevivente da sua raça, e que o seu planeta foi destruído. Principais Personagens (versão atual) The Doctor (Christopher Eccleston/David Tennant): o últimoSenhor do Tempo existente. Viaja livremente pelo tempo e espaço apenas com o propósito de explorar. Contudo acaba sempre por encontrar problemas, tentando os resolver à medida que avança. Rose Tyler (Billie Piper): Jovem funcionária de uma loja, aquem o Doutor convida para acompanhá-lo em suas aventuras após salvá-la dos Autons. Capitão Jack Harkness (John Barrowman): Sedutor viajantetemporal, antigo "Agente do Tempo", que possui um passado ainda por descobrir (até mesmo para o próprio). Após o encontro com os "Daleks" no século 2002, ele torna-se imortal. De volta ao século XXI ele torna-se o líder de Torchwood 3 em Cardiff. Mickey Smith (Noel Clarke): Namorado de Rose, a quem eladeixa para viajar com o Doutor. Eventualmente ele participará de algumas aventuras a bordo da Tardis. Martha Jones (Freema Agyeman): Torna-se assistente do Doutor, após a saída de Rose Tyler. É uma médica em treinamento. Donna Noble: Após conhecer o Doutor no dia de seu casamentofrustrado, ambos se reencontram um ano depois e ela torna-se também uma viajante da Tardis. Wikipedia Odo2008-01-07 09:37:37
  13. O Oscar nunca foi uma premiação justa e coerente, ganha quem faz mais lobby , não o melhor de cada ano. É só você ver como a Miramax comprou os votos na década passada. - O Oscar de 1997 dado à O Paciente Inglês: - A premiação de 1999 de Shakespeare Apaixonado como o Melhor Filme, e mais Gwyneth Paltrow como a melhor atriz do ano em um trabalho no mínimo duvidoso diante de nomes como Cate Blanchett por Elizabeth (de fato a grande favorita do ano) e mesmo Fernanda Montenegro por Central do Brasil; - A indicação duplamente seguida de uma obra de um diretor de pouca expressividade como Lasse Hallmstrom (Regras da Vida no Oscar de 2000 e Chocolate na premiação de 2001) - A vitória de Chicago em 2003 como o Melhor Filme, sendo que o filme havia sido premiado apenas em categorias técnicas só restando como mais "importante" o Oscar de atriz coadjuvante para Catherine Zeta-Jones, diante da vitória de O Pianista em categorias principais (melhor direção e roteiro). Então, é por essas e outras que nunca levei o Oscar a sério.
  14. Esses discos do DVDventas até seriam uma boa opção, se não estivessem no sistema PAL (que pra mim é uma adulteração quase igual ao do formato Tela Cheia, então não servem) e o preço mais caro. Mas concordo que é uma falta de respeito a Fox do Brasil viver tirando as trilhas DTS, se fosse problema de espaço, poderiam tirar uma trilha de áudio 5.1 em Espanhol, ao invés de fazer um master só, fazer um pro Brasil. Mas como sempre, ficamos sempre com produtos incompletos. Quanto ao processo de restauração das edições Ultimate dos filmes antigos, pelos comentários que andei lendo, parece que as especiais cinzas são mais precisas da forma como os filmes eram vistos nos cinemas, os DVDs atuais deixam os filmes parecendo que foram feitos ontem, com visual modificado (brilho/contraste e cores), e talvez tenha diferença também no áudio original em Mono, e esse remasterizado. Se não me engano, só as EE cinzas que tem áudio Mono, agora parece que tudo ficou em DD 5.1. Tem dois links do Youtube que tentam mostrar isso da palheta de cores: http://www.youtube.com/watch?v=9fkDGlngvw4 Vejam aqui nesse link e nas páginas anteriores os comentários em inglês sobre isso. Taí, pro Dr. Calvin/Dook que ainda pensava em pegar ainda as edições antigas, um motivo. Só não peguem nunca os primeiros DVDs que sairam aqui dos filmes de 007 (sem ser edições especiais), porque nesses vocês vão notar sujeiras no negativo a cada minuto. Ah, e antes que eu me esqueça, no Brasil só a edição especial de 007 - Um Novo Dia Para Morrer tem áudio DTS. Odo2007-12-26 20:21:11
  15. Falando em 007, parece que no ano que vem sairá uma edição Ultimate de Cassino Royale (o último filme), vejam a notícia abaixo. Só informa que trará todas as cenas cortadas, como extra, e que terá 3 discos. http://www.darkhorizons.com/news07/070826a.php Comentários aqui Sobre as edições "Ultimate", leiam nesse link comentários em inglês também que jogam controvérsia no processo de restauração. Talvez não seja uma boa se livrar definitivamente das edições especiais cinzas...
  16. Peixoto, vá correndo pagar seus pecados! Assista logo essas duas trilogias, que você não vai se arrepender.
  17. O canal TCM só passa coisa antiga, filmes entre as décadas de 30 e 70, se você achar algum filme de 1980 lá é raro. A lista deles é essa (tem alguns filmes aí que não entendi porque entraram, tipo Operação Dragão, que na minha opinião nem é tão foda assim (é o mais superestimado de Bruce Lee porque foi o primeiro feito nos EUA, pena que ele morreu no mesmo ano)). 1. "A nave da revolta" - sábado (1º), às 23h 2. "Sindicato dos ladrões" – domingo (2), à 1h10 3. "O mágico de Oz" – domingo (2), às 23h 4. "Este mundo é um hospício" – segunda-feira (3), às 0h45 5. "Cantando na chuva" – segunda-feira (3), às 23h 6. "A primeira noite de um homem" – terça-feira (4), às 0h50 7. "Ben-Hur" – terça-feira (4), às 23h 8. "O dia em que a Terra parou" – quarta-feira (5), às 2h35 9. "Sementes de violência" – quarta-feira (5), às 23h 10. "Amor, sublime amor" – quinta-feira (6), à 0h45 11. "Psicose" – quinta-feira (6), às 23h 12. "Sem destino" – sexta-feira (7), à 0h55 13. "Superman - O Filme" – sexta-feira (7), às 23h 14. "Platoon" – sábado (8), à 1h30 15. "...E o Vento Levou" – sábado (8), às 23h 16. "Levada da Breca" – domingo (9), às 2h45 17. "E.T. – O Extraterrestre" – domingo (9), às 23h 18. "Rocky, Um Lutador" – segunda-feira (10), à 1h05 19. "A um Passo da Eternidade" – segunda-feira (10), às 23h 20. "O milagre de Anne Sullivan" – terça-feira (11), à 1h 21. "Anatomia de um crime" – terça-feira (11), às 23h 22. "Laranja Mecânica" – quarta-feira (12), à 1h45 23. "Adivinhe quem vem para jantar?" – quarta-feira (12), às 23h 24. "Quem tem medo de Virgínia Wolf?" – quinta-feira (13), à 0h55 25. "Cidadão Kane" – quinta-feira (13), às 23h 26. "Vidas amargas" – sexta-feira (14), à 1h05 27. "Um corpo que cai" – sexta-feira (14), às 23h 28. "Manhattan" – sábado (15), às 1h15 29. "Lawrence da Arábia" – sábado (15), às 23h 30. "King Kong" – domingo (16), às 2h45 31. "A Ponte do Rio Kwai" – domingo (16), às 23h 32. "Taxi Driver" – segunda-feira (17), à 1h45 33. "A Mulher Faz o Homem" – segunda-feira (17), às 23h 34. "Intriga Internacional" – terça-feira (18), à 1h15 35. "Vinhas da Ira" – terça-feira (18), às 23h 36. "Kramer vs. Kramer" – quarta-feira (19), à 1h15 37. "Rastros de Ódio" – quarta-feira (19), às 23h 38. "O Expresso da Meia-Noite" – quinta-feira (20), à 1h05 39. "O Falcão Maltês" – quinta-feira, (20), às 23h 40. "Bonnie & Clide – Uma Rajada de Balas" – sexta-feira (21), à 0h45 41. "Operação Dragão" – sexta-feira (21), às 23h 42. "Onde Começa o Inferno" – sábado (22), à 0h45 43. "Os Profissionais" – sábado (22), às 23h 44. "A Beira do Abismo" – domingo (23), à 1h 45. "Tubarão" – domingo (23), às 23h 46. "2001: Uma Odisséia no Espaço" – segunda-feira (24), à 1h10 47. "Núpcias de Escândalo" – segunda-feira (24), às 23h 48. "Sinfonia em Paris" – terça-feira (25), às 0h55 49. "Casablanca" – terça-feira (25), às 23h 50. "Gata em Teto de Zinco Quente" – quarta-feira (26), à 0h45
  18. Minha lista, por ordem cronológica (não me batam): ... E o Vento Levou (1939) As Vinhas da Ira (1940) Casablanca (1942) Crepúsculo dos Deuses (1950) Cantando na Chuva (1952) Ben-Hur (1959) Lawrence da Arábia (1962) O Planeta dos Macacos (1968) Laranja Mecânica (1971) O Poderoso Chefão (trilogia) O Exorcista (1973) Superman - O Filme (e o 2 também) Kramer Vs. Kramer Síndrome da China (1979) E.T. - O Extraterrestre (1982) Gandhi (1982) Amadeus (1984) A Hora do Espanto (1985) Brazil - O Filme (1985) De Volta Para o Futuro (trilogia) O Vingador do Futuro (1990) Ghost (1990) A Família Addams (1991) O Exterminador do Futuro 2 (1991) Perfume de Mulher (1992) Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros (1993) Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994) Forrest Gump - O Contador de Histórias (1994) Um Sonho de Liberdade (1994) Titanic (1997) O Show de Truman (1998) Central do Brasil (1998) Matrix (1999) Beleza Americana (1999) Total: 39/50 Odo2007-12-23 23:14:21
  19. O Exterminador do Futuro 3 saiu somente pra locação, provavelmente por algum problema envolvendo direitos autorais aqui no Brasil. Mas o DVD não é ruim, só não é tão completo quanto o americano em matéria de extras, mas se você achar pra comprar, e gostar do filme, vale a pena. O mesmo não se pode dizer do DVD lixo do segundo filme, que deve ser evitado a todo custo. Olha uma resenha sobre ele: http://www.dvdshow.com.br/dvd.php?pg=resenhas_mostra&res=1340
  20. Eu sei que já não é o primeiro tópico de listas, mas vamos tentar fazer essa, por favor. O título partiu do canal pago TCM, que esse mês compilou uma lista dessas e hoje por exemplo, vai passar Tubarão e 2001, Uma Odisséia no Espaço. O site deles é www.tcmla.com Quais filmes vocês acham que merecem entrar nessa relação?
  21. Tem um artigo do RetrôTV que toca nesse assunto. Basicamente o que mais temos hoje é um descaso com o acervo e memória antiga das dublagens (entre outras coisas) e um desrespeito com os dubladores, onde a distribuidora pra evitar de pagar direitos conexos, manda redublar e pra isso faz dublagens da pior qualidade. Essas "re-dublagens" da Universal e de outras distribuidoras já vem contaminando a TV aberta e até fechada, e também todos os DVDs que ela lança no mercado. Infelizmente, redublagens hoje viraram uma praga, e se espalharam por muitos DVDs já lançados. Nem emissoras como a Rede Globo escaparam disso. Por quê redublar? A razão das redublagens não é que algum engraçadinho tenha achado que devia redublar. É outra. Ou melhor, duas: Algumas dublagens antigas se perderam. Algumas dublagens antigas se estragaram. O motivo é mais ou menos o mesmo para a redublagem: no caso da falta da dublagem original, dublaram de novo para poder recomercializar. Algumas dublagens simplesmente se perderam porque algumas empresas distribuidoras fecharam, faliram, etc. Ou mesmo, perderam o direito de distribuir algumas séries, e por isso se livraram das matrizes, achando que não iam mais precisar. Como já foi explicado anteriormente, nesse troca-troca de acionistas algumas empresas foram absorvidas por outras e os representantes no Brasil mudaram. Certas séries que ficaram esquecidas algum tempo, ao voltarem à roda da comercialização, ninguém tinha mais uma matriz disponível. Lembro que os processos de gravação foram mudando com o tempo, antigamente, antes da chegada do VT, as emissoras exibiam cópias em 16mm e transmitiam da projeção da tela. Outras dublagens simplesmente se estragaram, destruídas pela ação do tempo, que mofaram fitas. O que aconteceu foi que algumas distribuidoras tinham parte do material aproveitável, a outra estava estragada. Por isso redublaram os faltantes. Reparem que há várias dublagens de Zé Colméia e Dom Pixote. Isso se explica porque: Alguns são as dublagens originais, que eles conseguiram salvar; Algumas vozes são diferentes porque correspondiam a anos diferentes de uma mesma série, e estes foram dublados por estúdios diferentes; Outras dublagens (essas horríveis que o mesmo cara faz todas as vozes, tentando fingir que são vários) são essas redublagens para substituir as falhas. Reparem também que alguns episódios de Jeannie é um Gênio, A Feiticeira e Os 3 Patetas, passavam sempre com legendas no canal da Warner. Isso porque esses episódios eram alguns dos "perdidos" e, em vez de redublar, simplesmente legendaram. Acredito que esses episódios legendados não estejam passando na Rede TV. No cabo não há obrigatoriedade de o som ser em português, mas na TV aberta, sim. Outras séries foram totalmente redubladas, como Jambo e Ruivão. Neste caso, como era em continuação, a perda de um único episódio inviabilizava todo o lote! Outras vezes, redublava-se séries inteiras porque a empresa que administrava anteriormente, fazia jogo duro em passar o material para a nova administradora, seja de motivos competitivos de mercado ou porque exigia-se quantias em dinheiro que não compensavam. Era mais barato redublar nesses estúdios pequenos. Outras produções tiveram várias dublagens diferentes para o mesmo desenho. É comum passar um ou outro. Isso acontece nos do Disney e alguns Pernalonga e Looney Tunes. Isso se explica pelo seguinte motivo: esses programas são compilações de desenhos soltos, que se juntam num pacote (por ex. "Show do Ligeirinho", "Show do Bip-Bip" etc). Muitas vezes o mesmo desenho foi recompilado em vários programas diferentes com o correr do tempo, assim como dublavam o pacote, e não o desenho isolado, o mesmo desenho aparecia com várias dublagens. Vários desenhos do Donald são assim. Há uma outra uma razão também, para redublagens. Antigamente, os papéis de cessão de direitos eram diferentes, o dublador abria mão de todos os direitos, mas não tinha no contrato aquela cláusula "para qualquer meio de comunicação que venha a ser criado". Assim, alguns dubladores de filmes Disney antigo (como Branca de Neve), processaram a Disney porque no contrato não dizia nada que a Disney poderia recomercializar os filmes e desenhos em formato vídeo, e ganharam!!! A partir disso, começaram a redublar os desenhos da Disney em cada novo relançamento para evitar problemas. Não só redublagem, como fazer tradução nova. Em parte por causa disso, em parte também porque algumas palavras usadas nos filmes ficaram fora de moda. Hoje em dia, ninguém fala "bacana" no sentido de "legal" por exemplo, que era uma gíria da época. "Bacana" hoje, é mais usado pra uma pessoa bem vestido ou aparentemente rico.
  22. Duas notícias tristes, dois dubladores do seriado Perdidos no Espaço nos deixaram recentemente. Helena Samara (que fazia a voz da Bruxa do 71 no Chaves) e Borges de Barros. Helena Samara (1933-2007) A dubladora Helena Samara faleceu no último dia 8 de novembro, aos 74 anos de idade por falência múltipla dos órgãos, choque cardiogênico e miocadiopatia isquêmica. Nascida em Belo Horizonte, mas criada em São Paulo, Lia Kalme, seu nome verdadeiro, filha de pais vindos da Letõnia, sonhava trabalhar na rádio. A oportunidade chegou quando ela trabalhava em um banco. Helena e sua irmã, Elvira Samara (o sobrenome veio de uma loja de tecidos) costumavam freqüentar os programas de auditório das rádios e elas acabaram conseguindo trabalhos em locução. Helena tinha 16 anos na época. As irmãs Samara passaram a trabalhar nas rádios Tupi, Nacional e América e, logo depois, na TV Tupi em pequenas participações. Quando a rádio Nacional começou a passar por dificuldades financeiras, muitos de seus rádio-atores buscaram refúgio na dublagem que estava recém iniciando suas atividades no Brasil dos anos 50. Helena iniciou então uma nova fase de sua vida, dublando personagens de filmes e séries americanas e estrangeiras na Ibrasom, antiga AIC São Paulo, atual BKS. Paralelamente, para equilibrar suas contas, ela também trabalhava na área administrativa da empresa datrilografando os roteiros para serem dublados. A grande chance veio com a personagem Wilma do desenho "Os Flintstones", para a qual fez um teste e foi escolhida pelo próprio representante da Screen Gems no Brasil. Na seqüência, vieram outros grandes personagens que dariam à Helena Samara um lugar de destaque no universo da dublagem brasileiras: Endora, da série "A Feiticeira", na qual foi a terceira dubladora e a mais reconhecida, Maureen Robinson, a mãe de "Perdidos no Espaço", a Tenente Uhura de "Jornada nas Estrelas", na dublagem original, e Cinnamon Carter, interpretada por Barbara Bain na série "Missão: Impossível", cujo sucesso garantiu à Samara vários trabalhos de locução em comerciais da época. Casada desde os 19 anos com o estudante de odontologia Manrico de Camilo, com quem teve uma filha, Fátima de Camilo, atualmente psicóloga, Helena separou-se do marido quando ele pediu que fizesse uma escolha: a família ou o trabalho. Entre os mais recentes sucessos de Helena Samara estão as séries "Chaves", na qual dublava dona Clotilde, a bruxa do 71, e "The Nanny", na qual fez a voz da vó Yetta ao lado de Cecília Lemes, a voz de Fran Fine e da Chiquinha em "Chaves". Alguns de seus trabalhos como o desenho "Os Flinstones", as séries "A Feiticeira", "Missão: Impossível", "Chaves", "Perdidos no Espaço" e "Jeannie é um Gênio", estão imortalizados em DVD lançados no Brasil com a dublagem original. Helena Samara estava internada desde o dia 12 de outubro, no Hospital Igesp, no bairro Bela Vista em São Paulo, devido a um problema nos rins e no fígado, e posteriormente por arritmia cardíaca. Filmografia Parcial: Wilma Flinstone nas primeiras dublagens de Os Flinstones Dona Clotilde (chamada pelas crianças de A Bruxa do 71) em Chaves Personagens interpretados por Angelines Fernández em Chapolin Tia Ann (a tia da Dorothy) em O Mágico de Oz na dublagem para o VHS Vovó Uranai em Dragon Ball Z (saga Cell) Velha Kaede em Inuyasha Vóvó em Hey Arnold! Professora em Disney's Doug Dorothy em Efeito Cinderela (Cinderella Boy) Maureen Robinson (June Lockart) em Perdidos no Espaço Tenente Uhura (Nichelle Nichols) na dublagem original de Jornada nas Estrelas Endora (Agnes Moorehead) em A Feiticeira (3a.voz) Amanda Bellows (Emmaline Henry) em Jeannie É Um Gênio Cinnamon Carter (Barbara Bain) no seriado Missão Impossível Yetta Rosenberg (Ann Morgan Guilbert) no seriado The Nanny Fada Madrinha em A Estrelinha Mágica (Turma da Mônica) Dona Clotilde em Chaves em Desenho Mamãe em Futurama Vó Yetta (Ann Morgan Guilbert) em The Nanny Sra. Spacely em Os Jetsons Secretária em Betty a Feia Mãe do Batatinha em Manda-Chuva Raquel em Paixões Ardentes Angelina em Olhos d´Água Shirley MacLaine em Sweet Charity Vida Real Morre o ator e dublador Borges de Barros Morreu dia 12 de Dezembro de 2007, aos 87 anos, Borges de Barros, um dos maiores ícones da dublagem brasileira. Fileto Borges de Barros nasceu em 27/03/1920 na cidade de Corumbá (MS). Segundo o "Jornal do SBT", Borges teve uma parada cardíaca durante uma sessão de hemodiálise. Seus principais trabalhos como dublador foram: Dr. Smith (Perdidos no Espaço), Moe Howard (Os Três Patetas), Pingüim (Batman - 1ª e 2ª temporadas), Zeca Urubu e personagens secundários (Pica-Pau), Capitão Roland (E as Noivas Chegaram), o gênio Babu (na versão animada de Jeannie é um Gênio. História Borges de Barros começou a carreira artística em programas de rádio. Depois, tornou-se humorista e participou muitos anos de "A Praça da Alegria" (TV's Paulista e Record - ao lado do saudoso Manoel de Nóbrega) e, posteriormente, com Carlos Alberto de Nóbrega em "A Praça é Nossa" (SBT). Fazia o papel do mendigo com pinta de rico. "Meu caro colega" era seu famoso bordão. Praça da Alegria: "Meu Caro Colega..." Na dublagem, começou cedo, ainda no estúdio Gravasom. Teve participações em episódios da primeira temporada de Além da Imaginação, onde já demonstrou o dom para esta arte. Com a extinção da Gravasom e o surgimento da Arte Industrial Cinematográfica (AIC), Borges de Barros passou então a exibir todo o seu talento. A mesma veia artística que já possuía como ator e humorista no rádio, chega com maestria na interpretação de Moe em Os Três Patetas. Neste ponto, Borges sempre atribuiu os méritos da dublagem de Moe a Hélio Porto (tradutor, diretor e intérprete de Larry), que permitiu que Borges criasse livremente a voz do personagem. Continuou participando de diversos filmes, dublando Lee J. Coob, Edward G. Robinson e outros. Paricipou ativamente, como convidado, em diversas séries da época. Harris compareceu ao programa Hebe Camargo e conversou com Borges de Barros. Eis que surge Perdidos no Espaço. Dr. Smith era um dos personagens mais difíceis de ser dublado, pois o vilão muda diversas vezes de característica num episódio. Numa cena ele vai do pior vilão, ao pânico, ao humor e até à ternura, o arrependimento. Realmente, é até hoje uma dublagem de referência para todos. É impossível assistir Dr. Smith sem Borges de Barros. Ele conseguiu superar o ator original e foi até reconhecido por ele, Jonathan Harris, como seu melhor dublador. Harris no final dos anos 60 foi entrevistado no programa "Hebe", depois de assistir a um episódio dublado de Perdidos no Espaço. "Acho que o meu dublador é um grande artista. Se outros filmes meus forem exibidos no Brasil, quero que ele faça a minha voz", disse. Na ocasião, Borges de Barros e Harris foram apresentados. Harris abraçou-o: "Muito obrigado. Eu gostaria de ser tão bom artista como você". Borges acolheu a lisonja com um sorriso modesto (foto). Depois desta homenagem, a AIC deixou que Borges de Barros dublasse sempre Jonathan Harris. Isso ocorreu em algumas ocasiões: no episódio "O Flautista de Terra de Gigantes", no episódio "O Prodígio" de A Feiticeira, no episódio "Os Sinistros Macclen" de Lancer. Com Borges de Barros essas participações ganharam vitalidade. Foi Borges quem imprimiu ao personagem Dr. Smith sua pronúncia afetada característica. "A inspiração veio dos trejeitos esquisitos do Doutor Smith, que me faziam pensar numa cobra", lembra Borges. Borges também atuou em novela. Participou de "Os Gigantes" (Rede Globo, 1979), de Lauro César Muniz, no papel de Onofre, um jardineiro. A Saudade Dor em Saudade Amor Por Marco Antônio Silva Santos Dia 12/12/2007, Deus, Nosso Pai, resolve chamar para perto de si o nosso querido companheiro de tantos anos. Um mestre no humor, na dublagem e até na dramticidade quando o personagem exigia. Há cerca de um mês, Helena Samara também foi requisitada para ir para o "andar de cima". Talvez, Deus já sabia que eles eram inseparáveis e insuperáveis juntos, por isso os requisitou tão próximos. Formaram , talvez o par mais identificado do estúdio AIC. Deixaram-nos valiosos presentes: Perdidos no Espaço é o maior deles, porém, felizmente nos restam outros. Neste momento da partida, os nossos corações se entristecem, as lágrimas escorrem em nossas faces e pensamos: "perdemos o nosso 'caro colega', o nosso Moe, o nosso inesquecível Dr. Smith e tantas outas atuações". É o momento da Saudade Dor, que é muito natural para todos nós, e que de certa forma, sempre tivemos Borges de Barros como o nosso querido tio, o nosso vovô do peito. Tive a honra de conhecê-lo pessoalmente em duas ocasiões, junto com Helena Samara, não em entrevista coletiva, mas sim num pequeno apartamento em São Paulo. Talvez não teriam motivo para ir, porém foram e ficamos quase oito horas conversando. A humildade era uma característica, o senso crítico exato. A nossa tarefa é grande: a primeira é com o tempo transformar a nossa Saudade Dor em Saudade Amor, pois continuamos a ter o mesmo carinho e admiração de sempre. A nossa segunda tarefa é nunca deixarmos que o nome Borges de Barros caia no esquecimento, num país complicado em conservar a memória, preservar a cultura. Ele, agora, não se transformou em nenhum símbolo, pois sempre o foi para todos os seus amigos e fãs. Ele continuará sendo eternamente. Há alguns meses atrás, numa enquete, ele foi escolhido como a voz-símbolo da AIC. Eessa é a demonstração que temos obrigação em fazê-lo, por ele ter nos deixado um Dr. Smith brasileiro, pelas alegrias que nos deu. Os Céus estão mais felizes hoje, com a sua chegada!!! Odo2007-12-19 13:57:17
  23. Odo

    Diogo Mainardi

    A mais nova dele: Opinião e fato Amorim acha que devia, mas Mainardi não vai para a cadeia “Perdi! Não vou conseguir metê-lo na cadeia!” A frase foi dita pelo jornalista Paulo Henrique Amorim ao sair da sala de audiências da 1ª Vara Criminal do Fórum de Pinheiros, em São Paulo. Amorim, blogueiro do portal iG e animador de programas da TV Record, queria colocar na cadeia o colunista Diogo Mainardi, da revista Veja, porque este escreveu que ele, na fase descendente de sua carreira, foi contratado pelo portal iG por R$ 80 mil e se engajou pessoalmente “na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas”. Paulo Henrique Amorim e Diogo Mainardi compareceram nesta segunda-feira (17/12) ao Fórum de Pinheiros na primeira audiência do processo criminal que o primeiro move contra o segundo por injúria e difamação. A avaliação de Amorim sobre o possível desfecho da causa é calcada em seu próprio comportamento em Juízo. Na audiência, comandada pela juíza Aparecida Angélica Correia Nagao, Amorim rejeitou qualquer tentativa de acordo e se alterou em diversas ocasiões nos cerca de 30 minutos em que a juíza tentou, em vão, compor as partes. No tribunal, os dois jornalistas interpretaram papéis trocados. Amorim tentou demonstrar que já não tem a credibilidade que teve um dia e que a culpa disso é de Mainardi, a seu ver, um dos jornalistas mais influentes do país. O colunista de Veja, por sua vez, tentou evidenciar que o prestígio do colega é o mesmo de sempre e que se projeta pelo seu salário: Amorim disse que ganha cinco vezes mais que o colega “em apenas uma das atividades”. “A senhora confiaria em um jornalista que escreve a soldo? Em um jornalista filiado a um partido político? Ele escreveu que eu trabalho a soldo, por interesses comerciais”, repetia Paulo Henrique Amorim, demonstrando inconformismo com o texto de Mainardi. O jornalista insistiu na tese de que perdeu credibilidade em razão da coluna publicada em setembro de 2006 na Veja. “A senhora não deve acreditar no que eu escrevo porque eu sou um jornalista sem credibilidade. Não sei por que a senhora me ouve”, disse à juíza. Separados por uma cadeira na qual estava sentada a advogada Maria Cecília Lima Pizzo, Amorim e Mainardi trocaram acusações, ofensas e filosofaram sobre o que é fato e o que é opinião. Como se estivessem em um talk-show, discorreram sobre as intenções de quem escreve uma notícia com o intuito de ofender pessoas ou simplesmente de narrar fatos — foi a batalha do animus injuriandi versus o animus narrandi. A discussão entre os dois, tendo como moderadora a juíza, durou quase meia hora, praticamente toda a primeira parte da audiência. “Eu não o processo quando você me chama de caluniador e fascista em seu blog”, disse Mainardi a Amorim. “Ou a minha credibilidade não é atingida quando você escreve que eu sou fascista?”, questionou. “Mas isso é opinião, não matéria de fato”, respondeu Amorim. “Então, o que você diz é opinião e o que eu digo é fato? Ok, assino embaixo”, ironizou Mainardi. A juíza perguntava a Amorim: “O senhor acredita que um artigo pode abalar sua credibilidade? Que o texto mudou a opinião que o público do senhor tem a seu respeito?”. Apaziguadora, a juíza indicava uma possível saída conciliatória. Sem sucesso. “Este rapaz é best-seller. Quanto vendeu até agora seu livro?”, perguntou Amorim. “55 mil exemplares”, respondeu Mainardi. “Qual é a tiragem de Veja?”, insistia Amorim. “Mais de 1 milhão de exemplares”, respondeu Mainardi. Para Amorim, o fato de a Veja imprimir 1 milhão de revistas, de o livro do colunista, Lula é Minha Anta, já ter vendido 55 mil exemplares e de o programa Manhatan Connection, no qual Mainardi é um dos debatedores, ter audiência “qualificada” demonstram o alcance do suposto ataque à sua honra. “Ele tem influência e disse a todos que eu escrevo a soldo”, afirmou. Para se vitimizar, Amorim fez a única coisa que não gostaria de fazer: reconheceu o sucesso do inimigo. Mainardi também resolveu falar de soldo: “E ainda assim você ganha cinco vezes mais do que eu”. Amorim respondeu: “Mas aí é problema de incompetência”. O advogado Alexandre Fidalgo, um dos que representam o colunista de Veja, perguntou: “Acusação de incompetência é fato ou opinião?”. E a juíza, novamente, entrou para esfriar os ânimos. Em diversos momentos da audiência, Paulo Henrique Amorim leu, para que todos ouvissem, trechos do artigo de Mainardi. Em uma dessas leituras, protestou: “Ele disse que eu sou amigo de Luiz Gushiken”. Mainardi retrucou: “Mas ser amigo do Gushiken é ofensa?”. Amorim respondeu: “A questão é que eu não sou amigo do Gushiken e no contexto em que está escrito é, sim, ofensivo”. Depois da tentativa de conciliação, Amorim deixou a audiência porque iria viajar para os Estados Unidos, um país, segundo ele, “onde quem escreve isso vai para a cadeia”. Pediu desculpas à juíza pela atitude nervosa e as elevações de voz, e justificou: “Reagi dessa maneira porque nunca antes fui ofendido dessa maneira”. Mainardi foi gentil: “Obrigado, pelo espetáculo”. O dinheiro e o estilo Frustrada a tentativa de conciliação, apesar de todo o esforço da juíza Aparecida Angélica, começou a oitiva de testemunhas. Os advogados de Paulo Henrique Amorim, José Rubens Machado de Campos e Maria Cecília Lima Pizzo, convocaram os jornalistas Heródoto Barbeiro e Rubens Glasberg e o economista e professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo. A defesa de Mainardi, feita pelos advogados Alexandre Fidalgo e Lourival J. Santos, trouxe para depor o jornalista Reinaldo Azevedo. Questionado, Heródoto Barbeiro afirmou que trabalhou por três anos na TV Cultura com Paulo Henrique Amorim e que o considera um profissional sério. Disse que os termos usados por Mainardi na coluna são subjetivos, mas que se há ou não ofensa cabe à Justiça dizer. Para Barbeiro, a liberdade de expressão existe e deve ser assegurada, “mas você responde pelo que diz ou escrever”. A tese de defesa de Amorim centra-se no argumento de que não há interesse público capaz de justificar o texto de Mainardi. Para o advogado Machado de Campos, “o pretexto para as ofensas foi a suposta natureza pública do dinheiro. Mas os acionistas do iG são empresas privadas. Os fundos de pensão têm natureza privada”. Já a defesa de Mainardi lembrou o fato de que parte do dinheiro dos fundos de pensão que controlam a Brasil Telecom, dona do iG, é, sim, público, já que se trata de fundos de pensão de empresas estatais. Os advogados de ambas as partes também insistiram nas perguntas sobre a vontade do colunista de Veja de ofender ou não. Com maior ou menor ênfase, todas as testemunhas concordaram que a coluna em que Paulo Henrique Amorim é mencionado segue o estilo usual de escrever de Mainardi. Não houve tratamento diferente de outros personagens citados em outros textos. Logo, se não houve intenção de ofender, não há crime. Eis a tese central da defesa de Mainardi. Em seu testemunho, o professor Belluzzo disse que se “sentiria ofendido” de ser citado da maneira como Amorim foi citado, que “não escreveria uma coluna” da mesma forma, mas ressaltou que se trata do estilo de Mainardi. “Exprime o modo dele de estar no mundo”, disse. O professor, recém-eleito presidente do conselho da TV Pública e fundador da Facamp — faculdade que aprovou quase 90% dos alunos no Exame de Ordem — disparou uma crítica geral à imprensa: “Jornalistas podem e devem expressar opinião, mas não podem atuar como juízes. Tenho dificuldade de aceitar esse juízo definitivo sobre as coisas, sem que haja respeito aos valores democráticos”. O jornalista Reinaldo Azevedo, colunista e blogueiro da Veja, afirmou não notar diferença na coluna em que Amorim é citado, reforçou que o texto seguiu o padrão de Mainardi e criticou o que classificou como judicialização do debate. Para ele, as diferenças de pontos de vista não deveriam ocupar o tempo do Judiciário. “É publico que há identificação de pontos de vista de Paulo Henrique Amorim com o grupo que controla a Brasil Telecom, o que não é ilegal”, disse. Azevedo ressaltou que o jornalista que dá opinião tem de saber lidar com a crítica. “Eu sou bastante criticado por minhas opiniões. A diferença é que eu não saio processando todo mundo”, afirmou. O jornalista chegou a fazer a análise semântica da expressão descendente em razão de Mainardi ter dito que Amorim está “na fase descendente” de sua carreira. Para Reinaldo Azevedo, é fato, não ofensa, dizer que um jornalista que foi chefe da sucursal de Nova York da Rede Globo descendeu na carreira porque está hoje na Record — entendimento, por sinal, adotado pelo juiz de primeira instância ao rejeitar a ação de indenização que Amorim move contra Mainardi em razão da mesma coluna. “Sem dúvida o autor já foi jornalista da Rede Globo de Televisão, apresentando programas de elevadíssima audiência, de forma que a menção à ‘carreira descendente’ visa apenas identificá-lo como estando hoje em veículo de menor expressão do que aquele outrora”, escreveu o juiz Manoel Luiz Ribeiro, da 3ª Vara Cível de Pinheiros. Para mostrar que ao menos a visibilidade de Amorim hoje é certamente menor do que antes, Reinaldo Azevedo lembrou que a Globo tem média de 23 pontos de audiência no Ibope, enquanto a emissora do Bispo Macedo tem menos de seis pontos. O desfecho A ação penal de Amorim contra Mainardi segue seu curso. No dia 17 de janeiro há a oitiva de uma testemunha de defesa no Rio de Janeiro. E foi marcada nova audiência para ouvir o jornalista Márcio Aith, da revista Veja, para o dia 20 de outubro. Depois disso, é aberto o prazo para as alegações finais das partes. Então, a juíza dá a sentença. A defesa de Mainardi pode abrir mão do depoimento de Aith. Se isso acontecer, a sentença pode sair no ano que vem. Se aguardar pelo depoimento do jornalista, o caso terá uma decisão somente em 2009. Na esfera cível, Paulo Henrique Amorim perdeu a ação que move contra Mainardi em primeira instância. O pedido de indenização por danos morais foi motivado pelo mesmo texto que deu causa ao processo criminal. O advogado José Rubens Machado de Campos informa que já entrou com Embargos de Declaração contra a sentença. Leia a coluna de Mainardi, que motivou as ações A Voz do PT José Dirceu tem um blog. Quer saber quanto o iG gasta com ele? Eu também quero. Quer saber de quem é o dinheiro do iG? É seu, tonto! De quem mais poderia ser? O iG pertence à Brasil Telecom. E a Brasil Telecom está na esfera dos fundos de pensão estatais. Eu já contei aqui na coluna como o lulismo tomou a Brasil Telecom de Daniel Dantas. Houve de tudo: financiamento ilegal de campanha, espionagem, chantagem, achaque e propina. Eu já contei também qual foi o papel de Lula na trama. Chega de me repetir. Quem quiser saber mais sobre o assunto, consulte o arquivo de VEJA. O que importa agora é como o iG está gastando seu dinheiro. E para onde ele está indo. Luiz Gushiken é o ideólogo da propaganda lulista. Quando os fundos de pensão passaram a influir no iG, o portal se transformou na voz do PT. Caio Túlio Costa, aquele que Paulo Francis apelidou de "lagartixa pré-histórica", foi nomeado presidente do grupo em maio deste ano. De lá para cá, além de José Dirceu, foram contratados como comentaristas Franklin Martins, Paulo Henrique Amorim e Mino Carta. Todos eles na fase descendente de suas carreiras. Todos eles afinados com o DIP de Luiz Gushiken. Mais do que isso: Paulo Henrique Amorim e Mino Carta se engajaram pessoalmente na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas. Quer saber quanto o iG paga a Franklin Martins? Entre 40 000 e 60.000 reais. Quer saber quanto ele paga pelo programa de Paulo Henrique Amorim? 80.000 reais. O iG pode parecer pouca coisa. Mas é o terceiro maior portal do Brasil. Agora está pronto para difundir a propaganda do governo. O PT acaba de elaborar um documento em que pede uma "mudança nas leis para assegurar mais equilíbrio na cobertura da mídia eletrônica". Muita gente está alarmada com o documento. O temor é que, num segundo mandato, os lulistas atropelem as leis para tentar aumentar seu controle sobre a imprensa. O fato é que isso já aconteceu pelo menos uma vez neste mandato, quando a turma de Luiz Gushiken tomou de assalto o iG. O documento do PT fala em oferecer "incentivos econômicos para jornais e revistas independentes". Independente, para o PT, é José Dirceu. É Franklin Martins. É Paulo Henrique Amorim. É Mino Carta. É o assessor de imprensa de Delcídio Amaral, que tem um blog político no iG. Só falta o Luis Nassif. Essa é a turma que, segundo o PT, precisa de incentivos econômicos do Estado. Carta Capital sempre atacou Daniel Dantas. Acaba de ser recompensada por um acordo com o iG. De quanto? Eu quero saber. Lula cantarolou a seguinte marchinha, como relatam os repórteres Eduardo Scolese e Leonencio Nossa no livro Viagens com o Presidente: "Ei, José Dirceu, devolve o dinheiro aí, o dinheiro não é seu" Lula conhece muito bem José Dirceu. Se diz que o dinheiro não é dele, é porque não é mesmo. Devolve o dinheiro aí, José Dirceu. Revista Consultor Jurídico, 18 de dezembro de 2007 Fonte/comentários: http://conjur.estadao.com.br/static/text/62367,1
  24. Odo

    TCM

    Dia 15 passaram Lawrence da Arábia legendado, é bem raro o canal passar algo sem ser dublado, mas dessa vez abriram uma exceção. Curioso, pois existe DVD desse filme com áudio em português. Finalmente vou poder rever o clássico de John Ford, Vinhas da Ira. E conhecer O Falcão Maltês.
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