Jump to content
Forum Cinema em Cena

SergioB.

Members
  • Posts

    4958
  • Joined

  • Last visited

  • Days Won

    118

Everything posted by SergioB.

  1. Ela, com o corpo danificado. Ele, com a alma danificada. Sally Hawkins e Ethan Hawke, ambos inteiros em seus personagens, maravilhosos. Deem um Oscar logo para esses dois!
  2. Fraquíssimo. Vi obrigado e ainda tive que falar que gostei.
  3. A "Sessão da Tarde" pode ser um pouco colorida também. Só um pouquinho para não desagradar, não afastar as pessoas. É um filme muito "republicano" (o partido norte-americano, não a forma de estado) em sua forma de enfocar as relações. De qualquer forma, está validado como entretenimento. Não arte.
  4. Mais um ótimo filme da Carolina Jabor. Daniel de Oliveira e Mallu Galli, como sempre, excelentes. A piscina é um achado. O que seria da fotografia desse filme em uma locação menos crível, ou menos interessante?
  5. Melhor filme de 2018!!! História dos trabalhadores brasileiros. Emocionante, delicado, inteligente, lindíssimo. Segurei as lágrimas. O filme é objetivo: história do trabalho. Por isso quero dizer: Objetos, carregar coisas, descarregar, dinheiro, hora de acordar, hora de dormir...Não há psicologia, nem proselitismo. O íntimo é o despertador. Inclusive sobra pouquíssimo espaço mental para o amor e para o sexo. E os primeiros 4 minutos do filme - que poderiam ser quase algo de um filme do Selton Mello - são o contrário existencial do filme que realmente começa - lá pelos 20 minutos - assim com o letreiro "Arábia". Um contrário existencial pois simplesmente o filme tem um falso protagonista, com outro modo de vida, com outra origem, outra cor, outra educação, outro tudo. Que Roteiro é esse?! Um dos maiores acertos dos milhares da direção dupla do Affonso Uchoa e do João Dumans é recusar a assim chamada "estética da pobreza", ou algo do Cinema Novo. Pelo menos não como sempre os conhecemos. Eles deram um salto ao abraçar os limites da autoficção e da literatura. É um trabalho magnífico, profundamente artístico, grandemente iluminado por dentro, de um modo que "Casa Grande", " Que Horas ela Volta?", e outros bons filmes com temática social não conseguiram ser. É outro nível. A parte técnica também é excelente, com destaque para as escolhas musicais, a montagem perfeitamente encaixada para o off, e para o Figurino (que soa até uma palavra pomposa para tanto realismo), mas o que "ator" (baita ator), ex-presidiário, multitrabalhador, Aristides de Sousa, faz aqui é brincadeira. Temos que cumprimentar esse cara. Um banho de atuação/narração/vida vivida e vida sonhada. Estou embasbacado. Assistam! É o filme certo para o momento do país.
  6. GENTE..."Arábia"!!!!! Deem todos os Kikitos de uma vez, todos os APCA, e podem colocá-lo como o representante brasileiro no Oscar. É o filme mais certo para o momento do país. Disparado, melhor filme de 2018!!!
  7. Escrita sobre escrita, da premiadíssima espanhola Rosa Montero.
  8. Sendo exigente: Falta enredo, conteúdo. Formulaico em termos visuais (Ex: nascer do sol na esfera de um planeta), quando não pobre em planos abertos. Diretor: Ron Howard. Tá explicado. Sendo menos exigente: Diverte. Gostei da trilha (John Powell, ótimo) e do Alden Ehrenreich, na difícil missão de reimaginar/replicar o papel de um dos atores mais carismáticos da galáxia. Para fãs. Eu não sou. É sempre, sempre, sempre, a mesma fórmula: safar-se repetidamente do perigo até chegar a uma situação final de empate.
  9. Terminei a segunda temporada. Em geral, eu gostei. Nos momentos ruins soa como um longo textão de Facebook, num tom edificante que é bastante chato. Nos melhores momentos, os personages secundários mais carimáticos destacam-se. O grande problema da série é ter a Hanna como um fantasminha, o que nunca é uma solução de roteiro boa a meu ver, só o filme "Ghost" conseguiu fazer isso de maneira excelente.
  10. Parecia difícil, mas aconteceu. "Quase Memória", de Ruy Guerra, é o pior filme que eu vi em 2018, superando "50 Tons de Liberdade". Destruiu o livro, o antológico livro, de Carlos Heitor Rony. Fiquei perplexo. Imperdoável. É como um "A Máquina", do João Falcão, piorado. Queria desver.
  11. Revi "Hiroshima Meu Amor" pela primeira vez desde "Amour". Como eu não associei o tapa do marido no filme do Haneke ao tapa do amante japonês? E a reação MAGNÍFICA da Emmanuele Riva tanto em um quanto em outro?! O Haneke é muito gênio, Gzuz! Idem Alain Resnais. Idem Marguerite Duras. Não sei se já escrevi aqui antes, mas eu não gosto muito de "Se Meu Apartamento Falasse...", ainda mais que ele ganhou o Oscar de Roteiro (Roteiro, Escrita, e História - na terminologia maluca da época) disputando com essa preciosidade aqui. Exemplo: "Por que você está em Hiroshima?"" Um filme.""Que filme?""Eu estou atuando em um filme." Aí ganha aquela bobajada do Wilder... Riva com saudades do amado anda em zigue-zague e se bate pelas paredes do corredor do hotel... Ai, ai...Cinema! Cinema é isso! Trilha esplêndida de Georges Delerue, a quem já elogiei recentemente por "O Desprezo", "O Conformista"...Ele era o Desplat da época. Outro grande filme narrado do Resnais em interseção com um escritor. No mais, candidatíssimo ao filme com as palavras finais mais lindas da história do cinema.
  12. Toda vez que revejo essa obra-prima não posso deixar de rir pois algo muito parecido já aconteceu comigo. Uma garota linda ( lógico, não tanto como a Delphine Seyrig) da minha cidade sempre insiste comigo que ficamos em uma determinada festa, mas eu simplesmente não me recordo! É ruim porque eu certamente ficaria com ela. Mas agora ela acha que o meu esquecimento é algum tipo de desfeita, mas não é. Ou seja, tenho um pessoal "O Ano Passado em Marienbad" só que não foi escrito ( e indicado ao oscar de Roteiro!) pelo Robbe-Grillet, nem muito menos filmado com maestria pelo Resnais. Terei vivido isso? Ela terá sonhado? Um exercício de mitomania? Um exercício de sugestão? Estaremos mortos? Tal qual o filme, incerteza para sempre. O poder da narração.
  13. Não tinha visto esse filme de 1991 do Soderbergh. Mistura a vida real de kafka à de seus mais importantes personagens. Quem não está familiarizado com seus livros tende a não apreciar o filme. Captou bem o fundamento lírico: O mundo burocrático/institucional com ares de terror e vilania. Melhor coisa do filme, em seus aspectos técnicos, é a direção de arte do nunca celebrado Gavin Bocquet.
  14. Estreou no dia 1º de janeiro de 1968, começando portanto o icônico ano com essa maravilha. Semanas mais tarde, viria o primeiro disco de Caetano Veloso com a canção "Superbacana" e seu versos celebrando as novidades do mundo, a modernidade, como, por exemplo, o nosso cinema, com "Copacabana me engana". Muso Carlos Mossy, Musa Odete Lara, muso Claudio Marzo, no primeiro "ménage à trois" do cinema nacional. Um plano excelente, ao som de Mutantes. Sexo da liberdade. Na fotografia excelente, Affonso Beato, que depois iria fazer "Carne Trêmula", "Tudo Sobre minha Mãe", "A Rainha"...Mas antes fez essa maravilha aqui. Que trabalho do Antônio Carlos Fontoura!
  15. Weekend Results1. Deadpool 2 – $125 million2. Avengers: Infinity War – $28.67 million3. Book Club – $12.5 million4. Life of the Party – $7.72 million5. Breaking In – $6.47 million6. Show Dogs – $6.03 million
  16. Como vocês sabem, estou lendo "O Som e a Fúria", meu quarto Faulkner, mas esse é sem dúvidas o mais difícil. Tanto que resolvi assistir ao filme, mesmo estando na metade do livro. Precisava de algum tipo de orientação/confirmação. Podem dizer o que for do James Franco, mas ele está sempre se arriscando (aqui também na direção), e além de tudo é bom ator. No final, o filme é tão difícil quanto o livro. Mas me ajudou muito.
  17. "A Grande Cidade" é um filme de 1966 do Cacá Diegues (vou deixar de mencionar o subtítulo longo e denotativo) já cheio de ambição de interpretar o Brasil. Cheio de problemas técnicos, mas rico em conceituação. Trilha sonora excelente: Zé Keti, Bethânia, e Roberto Carlos arrasando com "Nasci pra Chorar". As favelas do Rio de Janeiro sendo formadas pelos nordestinos expulsos pela seca. Leonardo Villar, monstro de ator. "A guerra é grande e tá todo mundo nela. Eu não." gritada por um jovem Antônio Pitanga em um teatro de arena.
  18. Fico muito feliz e, ao mesmo tempo, ansioso pra ver esse filme. Hirokazu Koreeda é de uma delicadeza sem paralelo...Não saberia escolher qual é o mais bonito entre "Still Walking', "Nobody Knows", e "Like Father, Like Son", fora os outros... Para o Oscar, Japão, Egito, Polônia, e Colômbia, têm potenciais representantes muito fortes. "BlackKKlasman" sai muito bem com esse segundo lugar, Grand Prix, bem cotado pra uma vaga de Roteiro. Diretor eu já não sei.
  19. The Wild Pear Tree: First Reactions: Jamie Graham: Adored Ceylan’s Wild Pear Tree, which plays something like a 188-mins Turkish take on Linklater’s Slacker – walking & talking about everything from responsibility of artist to Koran, technology to free love vs arranged marriage. A heavyweight fathers & sons tale, too Alex Billington: Oh my. Cannes dropping the most profound film last at the festival. Nuri Bilge Ceylan digging very deep into the metaphysical and existential. I think this film just broke me. Tim Grierson: An endurance test about fathers, failure, the black hole of anger, and the passage of time that gathers emotional heft as it goes along. There’s too much of it, but I really like where it ends up. Robbie Collin: I’d be lying if I said I was in the mood for three-plus hours of talky drama tonight, but Ceylan’s The Wild Pear Tree is a real mesmeriser – a rangy, discursive fable of prodigal fathers and sons, and one of the best-looking films at the fest. Jordan Hoffman: I’ve seen 1000 movies about the “Angry Young Man” but never one as calm, beautiful and earnest as this. Best ending ever, and best end to Cannes 2018 Stephen Miller: Ceylan goes Linklater in the sprawling, talky, metafictional WILD PEAR TREE. Literature, religion, risk v contentment, class angst. Like the book at the center, I haven’t fully digested it; but it sure has a lot of pages and TINY print. Bilge Ebiri: I giggled like a maniac through the first half of Nuri Bilge Ceylan’s THE WILD PEAR TREE, thinking he’d made his funniest film yet. Then I bawled like a broken child in the last act. This is a hundred times better than WINTER SLEEP. Donald Clarke: Very much liked THE WILD PEAR TREE. Just about makes the case for conversation as cinema. Has more momentum than WINTER SLEEP. Martyn Conterio: Nuri Bilge Ceylan’s The Wild Pear Tree, about a complicated father and son relationship set in rural Turkey, is absolutely brilliant. It’s a long road to the ending, of course, but my god what a payoff! Ceylan’s film has the richness and depth of great literature Arash Azizi: What a magical beauty was Nuri Bilge Ceylan’s “Wild Pear Tree,” a fitting end to my Cannes and easily the best of the festival. Three haunting hours and not a minute too long. Memorable dialogical scenes, one day to become canonical. Masterpiece. My score: 5/5 Rory O’Connor: Nuri Bilge Ceylan’s THE WILD PEAR TREE – A stunning film about fathers and sons. Demands a lot, but worth every minute for the emotional payoff.
  20. Eu amei. O iníciozinho é de matar! hahaha A parte do paraquedas é ótima também; e ...a Dominó é muito foda. Deu pra sentir que a direção é de outra pessoa. As lutas - à la "Atômica" - são muito bem ensaiadas.
  21. Pablo Villaça‏Conta verificada @pablovillaca 3 hHá 3 horas Mais 37) O Homem que Matou Don Quixote - O roteiro caótico, enfraquecido ao longo dos anos necessários para a realização do projeto, fragiliza o filme - mas é a direção burocrática de Terry Gilliam que realmente desaponta. (E é a 1a. vez que não gosto de Adam Driver.) 2/5 #cannes2018
  22. Pablo Villaça‏Conta verificada @pablovillaca 3 hHá 3 horas Mais 35) Knife + Heart - A estética kitsch, o roteiro melodramático e as atuações estilizadas criam uma experiência divertida, mas sem o peso temático obviamente desejado pelo diretor. 2/5 #cannes2018
  23. Pablo Villaça‏Conta verificada @pablovillaca 3 hHá 3 horas Mais 36) Ayka - Oito anos depois de sua estreia com o belíssimo Tulpan, o cineasta cazaquistanês Sergei Dvortsevoy retorna com um filme protagonizado por uma personagem tão sofrida (a ótima Samal Yeslyamova) que a experiência se torna quase insuportável. 3/5 #cannes2018
  24. Ayka First Reactions: Jamie Graham: Ayka is a powerful tale of a woman abandoning her newborn baby & scrabbling to survive, the mobile camera sticking uncomfortably close. Suffers from being programmed the day after Capharnaum, & by inevitable comparisons to 4 Months, 3 Weeks & 2 Days Federico Polidoro: I just got out from the press screening of Ayka and, even if few people get out of Theatre in advance, I won’t surprise that much if it gain some great award this year Tim Robey: AYKA is basically post-natal Mungiu: baby abandonment, financial desperation. 5 days, 4 hrs, etc. Harsh, and stern, with way fewer plays for sympathy than Labaki yesterday Simon Santiago: In Ayka, Sergey Dvortsevoy does a desperate and a little weary female portrait in the style of the Dardennes and stays too close to the model. Good female performance and an inspired ending for and otherwise correct film Dominic Wakeford: Aside from some slightly clumsy bookending, this is a clear-eyed and unsentimental portrayal of one woman’s quest to survive in an unsympathetic world. The compressed time frame mostly works, and Dvortsevoy doesn’t give his audience much room to breathe Martyn Conterio: *Loved* Ayka – as hard-going as trudging through snow in a blizzard, S. Dvortsevoy’s portrayal of a new mum doing a runner in an oppressive Moscow is a very rewarding experience. My Palme D’or nom (but it won’t win because Capernaum) Mark Klashorst: interesting look at immigration issues in Russia. “Why don’t you have your babies in your own countries “, asks a nurse from the protagonist. Three decades ago they were countrymen, now one of them is a second rate citizen. Confronting Paul Ridd: Loved the relentless, video-game aesthetic of AYKA. Reminded me of SON OF SAUL. Matt Cipolla: aka THE GRAND CANNES-YAWN. Its realism is admirable, but this is some /incredibly/ slow cinéma vérité without nearly enough insight or variation to sustain its meager 100-minute runtime. A strong 65-minute film is in here and this isn’t it. Ken Adams: really bad, but I find hilarious that the same kind of crap like GODLESS receives acclaim while this seems to be getting a beating. Mikko Pihkoluoma: Ayka is one of the top10 of the festival for me. Stunning portrait of a miscarriage. A lot of walkouts from the press screening.
×
×
  • Create New...