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Wild


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Baseado na memória "Livre" (Wild), de Cheryl Strayed.

O filme narra a jornada de Cheryl, que decide percorrer os 1770km da Pacific Crest Trail - trilha que se estende da fronteira dos Estados Unidos com o México até a fronteira com o Canadá -, a fim de reconstruir sua vida após a morte de sua mãe, um divórcio e envolvimento com drogas.

 

 

Estreia Mundial:

5 de Dezembro de 2014

 

 Reese Witherspoon em uma de suas atuações mais intensas, sem qualquer tipo de maquiagem e completamente imersa na personagem, está sendo elogiada pela critica e sendo cotada a uma indicação ao Oscar. Sem dúvidas, um dos filmes que mais aguardo.

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Wild | Crítica
O walkabout de Reese Witherspoon.


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A jornada em busca de si mesmo é tema de todo um subgênero do cinema. Seja na estrada ou na natureza, o crescimento sempre está na próxima curva.

Em Wild, filme que adapta a autobiografia de Cheryl Strayed, Reese Whiterspoon parte em busca de seu próprio amadurecimento. Na pele da mulher alquebrada, disposta a andar da fronteira do México até o Canadá pela Pacific Crest Trail, uma das trilhas mais difíceis dos Estados Unidos, ela tenta expurgar anos de papéis medianos e reencontrar o caminho de que desviou-se desde sua celebrada participação em Johnny e June.

O resultado tem altos e baixos. Reese faz muito bem a estudante de futuro incerto em suas discussões com a mãe (Laura Dern) e vai igualmente bem na jornada em si, lutando para provar que consegue vencer o desafio que se impôs. Mas a atriz não convence nos momentos em que precisa ser a "Selvagem" do título com dois significados. Os abusos de drogas, o sexo selvagem... Reese parece apenas Reese Whiterspoon fazendo esforço para parecer à vontade como uma alma perdida.

O diretor Jean-Marc Vallée apresenta o filme de maneira fragmentada, com as peças do quebra-cabeça que é a vida de Cheryl apresentados de maneira não-linear. Enquanto ela enfrenta a natureza, também reflete sobre quem é e tais cenas surgem, ainda que algumas das situações fiquem em aberto ou simplesmente confusas.

O roteiro do consagrado escritor pop Nick Hornby (cujo bom gosto musical parece ter influenciado a ótima trilha) não se furta a mostrar alguns dos momentos mais negros da vida de Cheryl. Mas usa demais narrações em off e outros recursos previsíveis para narrar a jornada, tirando a força da introspecção. De qualquer maneira, há uma sensibilidade feminina no filme de rara presença no cinema hoje em dia. A cena em que Cheryl reencontra o controle sobre o seu desejo, por exemplo, em que usa o sexo não como defesa, mas como parte do processo de cura, é uma das melhores do drama.

Em última instância, Wild é um filme sobre um ritual de passagem, de reconexão com a natureza perdida há tão pouco tempo, algo que a nossa mente parece ainda não ter conseguido processar em apenas três ou quatro gerações. Em nosso cerne, a tecnologia, o urbano são incapazes de suprir nossos instintos, mas eles ainda estão ali, obrigando-nos a colocar o pé na estrada em momentos de necessidade. Pena que o cinema não aprendeu ainda a confiar nos seus próprios instintos e insista em olhar para o público do alto. Do contrário, filmes como Wild poderiam encontrar algo bem mais poderoso que o caminho da satisfação de um troféu dourado.

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