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Forum Cinema em Cena

Alexei

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Everything posted by Alexei

  1. Como é o mundo, não é mesmo? Eu já acho que Anne Hathaway é a melhor da categoria, junto de Melissa Leo e ambas são as únicas reais merecedoras das indicações. Kate Winslet, por The Reader, Angelina e Meryl Streep, principalmente, deveriam ter cedido suas vagas para Kristin Scott Thomas, Sally Hawkins e Kate Winslet, por Revolutionary Road. Neste quadro, o Oscar seria, sem nem pensar meia vez, da Scott Thomas. Do jeito que as indicações foram, Hathaway na cabeça! No prêmio aqui do CeC, eu indiquei Sally Hawkins, Ann Hathaway e Kristin Scott Thomas. A quarta indicada foi uma brasileira, Caroline Abras, e o quinto nome eu não me lembro. Nem Meryl Streep nem Kate Winslet entraram, embora eu goste muito dessas duas atrizes. Aliás, eu indiquei o elenco praticamente inteiro de O Casamento de Rachel: Winger, DeWitt, Irwin. Filme excepcional com elenco também excepcional. Das indicadas ao Oscar, estou contigo, Hathaway na cabeça. A mulher tá fantástica no papel (aquela cena com a Debra Winger, então...)
  2. No cinema: Continua um desfile de beldades, embora em grau menor que o anterior (o RE: Extinction era um show de gatinhas, uma após a outra). Também continua uma bobagem cheia de furos de roteiro e com atores canastrões (nem o Wentworth Miller se salvou), mas sei lá, é gostoso de ver. Despretensão pura. Da série, o segundo permanece sendo o melhor, na minha opinião.
  3. Como o Deadman e o Schonfelder, tenho a sensação de que, de uma maneira geral, a Hollywood de outrora (entre as décadas de 30 e 60, mais precisamente) era mais charmosa, menos vulgarizada e idiotizante, que a de hoje. Mas posso estar enganado, até pelo fato de o transcorrer do tempo favorecer a memória seletiva, fazendo a gente lembrar mais do que foi bom, esquecendo o que foi ruim. Não sei se isso acontece com vocês, mas comigo acontece muito.
  4. É, Silva, eu também estranhei as reações tão negativas por aqui. Eu, que adoro a boa psicologia, gamei nesse filme. E gostei do Tobey Maguire também (gostei muito, aliás), mas achei o Jake Gyllenhaal realmente espetacular. Grande ator, esse.
  5. Vi no cinema, em 3D (que, realmente, não faz diferença alguma). Infelizmente, o filme tem muitos problemas (como os diálogos terríveis e os atores incrivelmente canastrões, até mal dirigidos), mas tem outras coisas bem legais, quase todas ligadas ao bom gosto do Shyamalan ao filmar. O cara sabe fazer um enquadramento bonito, sabe manejar a câmera, sabe dar vivacidade e beleza ao ato de filmar. Alguns personagens são grosseiros, muito mal acabados mesmo. O roteiro também tem um ritmo inconstante, mas alguns travellings são tão, mas tão bonitos, que fazem com que eu não me arrependa de ter visto o filme no cinema, mesmo que ele não seja exatamente bom.
  6. Dê o desconto, Paola. É que digitando pequenas mensagens, não dá pra suavizar o conteúdo com expressões faciais, gestos com as mãos etc. Ainda assim, tentarei ser menos chato quando discordar. E a Claudinha mandou um beijo! Alexei2010-09-10 10:52:25
  7. É gostoso mesmo. Tem umas partes meio chatas e outras algo mecânicas, todas derivadas de problemas de roteiro, mas o saldo é positivo, até com uma certa folga.
  8. Considero The Prestige ótimo, muito melhor que Inception exatamente por não se levar tão a sério. O filme tem todo o lirismo que falta nesse último do diretor.
  9. Adorei esse filme. É um estudo bacana sobre o controle (Sam) e sobre como a falta dele pode ser positiva (o irmão). A cena do jantar, então, com a menininha arranhando o balão, é maravilhosa. A gente sente a tensão prestes a explodir e não pode fazer nada. Só o Sheridan pra transformar uma coisa tão prosaica quanto um jantar em família numa verdadeira bomba-relógio. Ele também subverte as visões tradicionais do herói e do looser, que são tão arraigadas na cultura americana. Mas faz isso com muita elegância, sem gritar na cara do espectador e sem dicotomias baratas. Em síntese, considero um belo filme, dos melhores desse ano nos cinemas. E o Jake Gyllenhaal tá fantástico no papel .
  10. Acho até que já disse isso antes neste mesmo tópico, mas considero Miami Vice o melhor dele. Não apenas isso, é um dos melhores filmes dos Anos 00 também.
  11. É, foi o que eu acabei de dizer lá no tópico do próprio filme. Se divertir com Inception é perfeitamente possível, até provável. Mas sei lá, falta lirismo ao filme. Nolan perdeu uma ótima oportunidade de ser mais leve, como ele foi em The Prestige - que tem um ar farsesco gostoso, algo do tipo "você realmente acredita em tudo o que teus olhos te dizem?". Além desse peso todo, Inception não me diz nada, absolutamente nada acerca de sonhos, apesar de estar sendo vendido como uma "viagem ao subconsciente". Esse epíteto, pra mim, soa como piada. Alexei2010-08-20 20:40:47
  12. Não exatamente essa, mas parecida. No tópico dos melhores da década de 80, aquela discussão meio feia que acabou se resolvendo. Não vá ler aquilo de novo, vai acabar puto comigo mais uma vez! Hah Engraçado que, embora esse sentimento de "ah, se fosse fulano o diretor" seja um negócio complicado pra mim, tive um pouco dessa impressão sua, do que poderia ter sido Inception nas mãos do Spielberg. Com Guerra dos Mundos e, principalmente, Minority Report - que são, pra mim, filmes muito mais elegantes e, ao mesmo tempo, mais viscerais que Inception - como exemplos, eu não pude deixar de pensar nisso. Mas ó, é perfeitamente possível se divertir com o filme do Nolan, quero deixar bem claro. Só não rolou comigo. O filme se leva muito a sério e tem falação demais e poesia de menos pro meu gosto.
  13. De certa forma, o tópico ficou mais interessante que o próprio filme. Ah sim, valeu, Daniel e Scofa!
  14. Isso vai ser longo, bem longo. Rs. Infelizmente, o filme não rolou comigo. O Deadman pediu, lá no tópico "O que você anda vendo e comentando", que eu falasse o porquê disso, mas achei melhor fazê-lo aqui, é mais apropriado. Não vou entregar nenhum elemento da trama especificamente, mas alerto que não há como comentar o que eu não gostei sem falar da estética do filme, das escolhas de seu diretor. Portanto, se você não quer saber absolutamente nada do filme pra não estragar surpresas, é melhor não ler. Há uma expressão em inglês que define direitinho o que eu penso do trabalho do Christopher Nolan: bland. O cinema dele é plano, não tem saliências nem reentrâncias; meticulosamente trabalhado, do tipo que é praticamente impossível encontrar furos (não que eu os procure), mas não tem muito sabor nem marca registrada. Todas essas características se aplicam a Inception, que me parece ser algo como a definição do próprio cinema do Nolan. O filme - que é derivativo pra cacete, vai desde Ano Passado em Marienbad até Matrix, passando por Missão: Impossível - tem algumas coisas que me incomodam um pouco e uma outra que me incomoda muito. Dos incômodos menores, além da derivação, me chama a atenção a maneira burocrática como Nolan retratou os sonhos. Tudo é tão mundano, tão apegado ao real, que em um determinado momento, minha mulher perguntou: - Eles estão sonhando? - Estão. - E cadê o sonho mesmo? Eu encolhi os ombros e apontei pra tela com o queixo. Não havia realmente nada que indicasse uma outra realidade, nenhum elemento que remetesse a um mundo sem regras, onde a mente corre solta. O máximo que Nolan faz é retratar a sabotagem própria do inconsciente por meio de capangas armados (!). Como nos demais filmes desse diretor, eu penso que sobra competência na execução, mas falta criação. Falta uma visão maior, com mais amplitude, algo que rompa fronteiras de fato. A única parte em que isso ameaça acontecer é no tal Limbo - eu fiquei animado vendo aquelas imagens, mas a coisa toda durou muito pouco. Inception é menos sobre sonhos e muito mais um conjunto de sequências de ação paralelas e coordenadas (muito bem coordenadas, na verdade) por elementos temporais - os gatilhos que ele chama de chutes. De sonho mesmo, ele não tem quase nada. Outro ponto que me chateou foi os personagens - aliás, a ausência deles. Inception tem dois personagens, sendo que um é muito mal desenvolvido - Cobb - e outro é razoavelmente desenvolvido - Mal. Os demais sequer merecem ser chamados de personagens, não passam de funções de roteiro, cuja existência é justificada apenas pra dar andamento à trama. O filme começa, acaba e você não sabe uma linha sequer sobre Arthur, Ariadne, Eames etc. E ele tinha um puta elenco à disposição, viu... O que explica esse desinteresse pelos personagens é justamente o que mais me incomoda no filme, a total ênfase na trama em detrimento de qualquer outra coisa. Já foi dito aqui nesse tópico, muitas vezes, que o filme é explicado demais, e é verdade (o filme é explicado pra caralho). Mas o que me aborreceu não foi a mera presença de explicações, e sim o fato de que Inception praticamente se resume a elas. E as explicações não param, é um troço incessante. Eu não me lembro de nenhum diálogo mais casual, mais solto, todos têm como único objetivo explicar, instruir, não deixar o espectador se perder. Mais um pouco e o Nolan colocaria exercícios de fixação na tela, tenho certeza. Esse volume brutal de explicações não deixa espaço pra mais nada. O filme se torna intrusivo porque não permite reflexões, ele não dialoga com o espectador simplesmente porque fala sem parar. Como Nolan tem um talento natural para compor planos, alguns deles são absurdamente bonitos, e é uma pena que ele sequer tenha se demorado muito neles. Simplesmente não dava tempo. O filme é um grande labirinto no qual você leva duas horas e meia pra sair, mas tudo nele é cronometrado e o caminho da saída está indicado por meio de sinais luminosos. É isso. Não estou querendo chover no desfile de ninguém, já que o pessoal aqui curtiu tanto. Estou apenas comentando o porquê de eu ter considerado esse filme cansativo e limitado. Esses mesmos elementos, que eu considero negativos, provavelmente são irrelevantes para os demais, ou mesmo positivos, tanto que ninguém mais desse fórum desgostou do filme, só eu. Viva a subjetividade. Veja o filme, Dead. É muito mais provável que você goste do que desgoste.
  15. É bem difícil falar do que eu não gostei sem entregar nada, mas vou tentar fazer isso lá no tópico do filme, beleza? Edit: postei, Dead, e deu um trabalho do cacete. Você me deve uma! Rsrs Alexei2010-08-10 22:26:57
  16. Prefiro Insônia. Foi o único filme dele que, após ter visto no cinema, quando passou na TV por assinatura, eu tive vontade de rever. É tenso e tem uma atmosfera de opressão que eu gosto muito.
  17. DiCaprio é um cara esforçado mesmo, gosto dele. Mas no próprio A Origem tem dois atores que eu gosto mais, Cillian Murphy e Joseph Gordon-Levitt. Pena que eles receberam arremedos de personagem, não deu pra fazer quase nada. Acho que esses dois têm um trabalho mais instintivo, mais natural, que o DiCaprio (que me parece um ator meio constipado às vezes).
  18. Nesse final de semana, nos cinemas: 2/4 Achei meio cansativo, algo como resolver um cubo mágico seguindo instruções verbais proferidas pelo Enéas (lembram dele?). Algumas partes, entretanto, são melhores que o todo (a sequência do Joseph Gordon-Levitt no corredor sem gravidade é uma beleza). Pode ser que, com alguns dias, o filme cresça um pouco na minha cabeça. Mas isso não é muito provável não. 4/4 Esse aqui é outro nível. Dos filmes que eu me lembro de ter visto nos cinemas em 2010, esse é o melhor, junto com Onde Vivem os Monstros. Vejam. Veras2010-08-10 21:23:01
  19. Tem spoilers. Tenho a forte impressão, Shy, de que lá pelo começo do próximo ano, estarei indicando Brilho de uma Paixão em um monte de categorias no Prêmio CeC: Atriz, Fotografia, Trilha Sonora, Direção de Arte, Roteiro, Edição e, muito provavelmente, Filme e Diretor também. Durante boa parte do filme, tive vontade de sacudir Keats e dizer pra ele deixar de ser mané e agarrar a felicidade dele, que estava ali ao lado. Mas é óbvio que, naquela época, os valores eram outros e isso o consumiu, por mais que Fanny tentasse quebrar as convenções (de certa forma, ela até consegue isso, com uma tenacidade admirável). Ambos, Fanny e Keats, são personagens muito bonitos, cada um à sua maneira. Acerca do filme do Peter Webber, eu entendi o que você quis dizer, Lumière. É que eu acho os filmes similares só na casca mesmo, pois esse aqui verticaliza muito mais os temas. Até por ser feito por um diretor (a) muito melhor.
  20. Sobre os últimos filmes comentados, curto demais Maridos e Esposas. Grande Judy Davis! E O Grande Truque não envelheceu muito bem na minha cabeça depois de um tempo. Não que seja um filme ruim, é só quebra-cabeças demais, explicação demais. Espero que esse novo não enverede pela mesma trilha.
  21. Mas que filme bonito. Estética, estrutura de roteiro (atentem para as elipses!), elenco, trilha sonora, tudo é de muito bom gosto e funciona. Tem a argúcia habitual da Jane Campion e umas sacadas geniais sobre gênero e condição social, dessas que só um diretor realmente inteligente sabe fazer sem parecer panfletário. Esse filme é o mais belo casamento entre a imagem e a palavra que eu vi nos cinemas em muito tempo, e também o melhor filme em cartaz. Não deixem de conferir. Mas penso que não tem nada a ver com Moça com Brinco de Pérola não. É infinitamente melhor, a propósito.
  22. Acabei de ler sobre esse livro, Dead, parece bom mesmo. No cinema: Macacos me mordam, o filme é bom! Esse diretor aí, o Nimród Antal, promete. Até porque nesses tempos de tanta câmera tremida e edição epiléptica, curtir (e saber fazer) pans é um verdadeiro bálsamo. Alexei2010-07-24 00:25:18
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