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Forum Cinema em Cena

Chiquinho

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Posts posted by Chiquinho

  1. Olhem isso

    https://www.youtube.com/watch?v=P-JiMr2OZK4 (cliquem para ver a live sobre a escolha do ator, não dá pra inserir aqui no fórum)

    Nada a ver esse Ben Bertolucci

    Vão tomar caju...

    Esse Josh Cruddas deve morder a fronha mais até que as caricaturas do Remake de 2019 do RE 2...

    Olhem como era o "boneco" do original de 1998

    E pra quem não acha que tomaram muita soja de 98 pra cá, é só lembrar de:

    Ben no original: "I'M NOT LEAVING THIS CELL!" (EU NÃO VOU SAIR DESSA CELA!)

    No Remake: "GET ME THE FUCK OUT OF HERE!" (me tirem logo dessa porra)

    No clássico Ben queria ficar dentro da cela por ter percebido o quão perigoso era lá fora, e ficou atônito, chocado/horrorizado quanto Leon informou que era o único "tira"/policial vivo dentro daquele departamento.

    Deve ter pensado que ao se trancar lá estaria a salvo, e que a polícia iria tomar conta da infecção, e todos se salvariam no final. Os planos dele foram destroçados quando Leon avisou que não tinha sobrado ninguém.

    Isso sim era jogo, olhem que falei, falei, falei e falei de novo sobre RE de 1996, mas RE 2 foi tão foda quanto.

    E ainda tem iludidos que acham que algo de bom vai sair desses palhaços.

    O problema hoje não é falta de grana e de gente capacitada pra fazer um filme bom, memorável, uma adaptação pro cinema que seja digna.

    É que falta gente com cérebro... se rolasse um apocalipse zumbi esses últimos (e zumbi adora comer massa encefálica...) teriam uma indigestão ao se alimentar dos produtores de PEDOWOOD.

    Infelizmente, meus caros, conta bancária gorda e QI acima de 60 são combinações tão improváveis quanto as loterias da CAIXA, em que 99.9% dos compradores pensam igual e querem sempre se manter anônimos, não terem mutreta/maracutaia.

    A chance dos dois (recursos $$$$$$ e inteligência, disposição, boa vontade e não PREGUIÇA) se juntarem é ínfima.

    Uma pena mesmo. Mas é o que sempre digo: assim como foi com as gravadoras, a velha indústria de cinema está cada vez mais morrendo.

    Hoje em dia os fãs tem capacidade de fazer paradas bem melhores. Só que nem todos tem 100K ou mais pra dar apenas numa câmera profissional, pra citar um exemplo.

    No entanto iniciativas como Star Trek: Prelude to Axanar provam que um dia essa dependência dos grandes estúdios pode acabar. Claro que é ilusão achar que qualquer gaiato com uma câmera e boa vontade entregarão sempre algo decente. Fazer um filme pode não ser tão complexo quanto preparar uma invasão a um país inimigo, tipo o Brasil invadir uma Venezuela. Mas nos dois casos a impossibilidade é a mesma: sem grana nada acontece.

    Respeito quem discorda, mas eu não espero nada dessas produções modernas.

    O elenco dá pra ver que será o menor dos problemas desse filme.

    Só de misturar os dois jogos já provam que não estão nem aí pra franquia. O RE de 1996 merecia um filme isolado, talvez até mais de um.

    E evidente que certos elementos do jogo não podem estar lá, não fariam sentido algum. Quando se passa uma obra de uma mídia pra outra se toma certas liberdades, cortando ou modificando a ideia original, mas sem perder a essência. Não precisaria nem mesmo ter todos os bichos do jogo, pra ser bom.

    Mas aí que tá: a essência estará lá? Não. Será o Resident patético que vimos até hoje (só no nome), mas no lugar da Milla Jovovich vão repetir a fórmula, só que com outros patetas no lugar.

    Eu que não perco 2 segundos com esse LIXO.

    *****
    A real é que ninguém nunca levou joguinho algum a sério, e todos foram grandesíssimas MERDAS. No máximo filme bobinho aí de Sessão da Tarde, que 5 minutos depois de ver vc esquece.

    Por isso que nomes como Sean Connery mesmo podendo ter continuado cairam fora desse meio. Ele numa entrevista de 2005 disse que estava de "saco cheio de idiotas que só sabem dar sinal verde pra roteiros preguiçosos, porcos e feitos apenas pra ganhar uma graninha fácil dos incautos, que aceitam qualquer coisa e não exigem produções de qualidade".

    A maior prova disso são os inúmeros remakes, reboots e sequências que só fazem sambar em cima dos originais e clássicos que foram realmente bons. Deve ser por isso que esse pessoal da esquerda tem tanta sanha de querer reescrever e apagar o passado, pois não apreciam o que prestou e não toleram o fato de que só sabem produzir estrume.

    Ninguém sabe fazer mais nada que preste hoje em dia. Exceção é exceção, não é regra. Antigamente ir ao cinema ou conferir o que estava saindo (inclusive na TV, quem lembra dos filmes que iam passar durante o ano na Tela Quente, que a Globo anunciava?) era atrativo pra mim, hoje se tiver um ou outro que se salve é muito.

    Então fodam-se. Os caras passam quase 3 décadas pra fazer algo baseado em RE e o que sai é isso?

  2. Um detalhe interessante sobre o primeiro jogo e que esqueci de falar é que um dos bichos que aparecem nele é justamente (sem tirar nem por) inspirado no clássico OS PÁSSAROS (The Birds, de 1963, também de Hitchcock). Sim, vocês não leram errado: eles são 100% cópias do que vemos nessa obra.

    Eles aparecem a primeira vez quando a Jill ou Chris veem um dos membros da equipe S.T.A.R.S., Forest Speyer, que foi atacado e morto pelos tais corvos. E também reaparecem na clássica sala em que o boneco precisa ativar na ordem correta os quadros, para só então conseguir retirar uma das peças (se não me engano ela é colocada numa moldura que abre uma porta) pra avançar. Se errar a sequência os corvos atacam o personagem.

    Vejam que interessante também sob um ponto de vista da fotografia/ângulo: no jogo os corvos prendem a atenção, ficamos na expectativa de que eles poderão atacar igualzinho como acontece no filme de Hitchcock.

    XA1.png

    A presença ameaçadora deles faz com que o jogador se acautele. Reparem que a perspectiva do ângulo é a dos corvos, e não em primeira pessoa da Jill ou Chris, o que no fim das contas os tornam expostos, inseguros por aquela situação.

    E por que isso? Porque só pelo ângulo se passa a ideia de que eles estão sendo observados. Não mostrar dessa forma é que seria arruinar este trecho do jogo.

    Justamente em OS PÁSSAROS os atores seguram a respiração e fica a angústia de que do nada os corvos atacarão.

    O novo filme com certeza não terá nem 0.1% do que comentei. Mas não é só isso...

    Tem vários momentos ímpares no game. A primeira vez que os cães zumbis invadem a mansão é outra cena antológica.

    X1.jpg

    X2.jpg

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    X4.jpg

    X5.jpg

    Reparem que assim que entra na sala a câmera está não de cima pra baixo, mas a tipo uma meia altura, quase que no chão. A sala é iluminada (então diferente do que ocorre a rodo em filmes de terror não tem nada escurecido). A medida que o personagem vai cruzando a sala o cão quebra a janela e invade o local. Esse momento é aquele típico de filmes em que você não está esperando tomar um susto, mas DE REPENTE algo sinistro acontece. No jogo a trilha sonora até muda pra acentuar isso.

    A sala não apenas é iluminada, como simples, aconchegante, e o cenário foi elaborado de forma a passar essa ideia, muito diferente de um ambiente opressivo. É, digamos assim, um local em que a última coisa que você suspeita é encontrar algum monstro ou algo tétrico, que cause pavor. Nesse sentido o filme teria de se atentar a construção desse tipo de ambiente, de forma a aliviar a tensão.

    Agora prestem atenção no que acontece nos segundos seguintes. Do lado direito da imagem vemos a janela (imagem 2 das 5 colocadas acima). Essa parte é importantíssima no tocante a fotografia. O diretor (se isso fosse um filme) realçaria justamente essa janela, se imiscuindo até ela, mas sem chamar atenção, sem ser óbvio demais. Você veria a cena e pensaria que é apenas uma janela. Nada, nem um detalhe indicando que seria quebrada e invadida, nada de telegrafar o que vem seguinte. Nota-se que é mostrada de forma tímida, acanhada, no enquadramento.

    Então pouco depois o cão zumbi (Cerberus) quebra e entra. E é aí que o tom calmo daquele momento mudaria pra algo bem mais tenso. Na imagem 4 (enquanto o boneco foge do cão) a perspectiva (me refiro ao ângulo) já muda totalmente: volta a ser aquele conhecido que mostra do topo (teto) pra baixo. Volta o jogo a imprimir uma sensação de vulnerabilidade, pequenez. Por fim a segunda janela está fora de foco, não é mostrada de propósito no enquadramento, reparem no lado esquerdo da imagem #4.

    Aí logo em seguida um segundo cão quebra a mesma e surpreende ainda mais a Jill ou Chris. E esse segundo cão foi de fato uma emboscada, dando pouco tempo de reação, pois ao contrário do primeiro ele quebra a janela e invade ANTES DO PERSONAGEM PASSAR, enquanto que o primeiro faz isso depois que ele passa pela janela.

    Recapitulando:

    - Cão #1 quebra depois do personagem passar pela primeira janela que não levanta suspeita no decorrer da cena
    - Cão #2 quebra antes do personagem passar pela segunda janela, que é ocultada de propósito de tudo que é mostrado nessa sala (corredor)

    E por fim antes de sairmos dessa sala voltamos ao ângulo de "stalkear", espreitar o jogador por trás.

    SU6.jpg

    3 enquadramentos, 3 maneiras de mostrar que funcionam no fim das contas de forma brilhante a causar um impacto emocional desejado no espectador. Tudo isso seria estragado se não fosse cuidadosamente pensado.

    Vejam que estou explicando paradas óbvias pra quem é cinéfilo mas que demonstram que sem uma inteligência por trás da composição de cada cena o efeito dramático se perde e por melhor que seja o roteiro e a ideia do filme, ele se perde se for vítima de uma execução preguiçosa e estéril.

    E não para por aí. Podemos também citar talvez a melhor cena do jogo:

    Que é quando a Jill ou Chris retornam a mansão e o primeiro Hunter dá as caras.

    Esse monstro lembra muito o Velociraptor de Jurassic Park (1993), talvez tenha sido até inspirado nele, pois no filme o bicho também consegue abrir porta. Quanto ao mesmo, cabe aqui uma explicação do que se trata (tirada de um site):

    ********
    O Hunter foi criado pela Umbrella com o objetivo de ser uma arma biológica com enfoque no combate. Supera os zumbis em força, inteligência e resistência, sendo uma boa opção para os compradores. Após a descoberta do T-vírus, a intenção não era apenas infectar as vítimas, mas sim criar uma arma capaz de matá-las, mesmo que estivessem usando equipamentos de proteção militar ou tivessem escapado da infecção por serem geneticamente imunes ao T-vírus. Para isso, era necessária a criação de um “soldado” forte, resistente e obediente a ordens, ainda que fossem simples. A criatura foi criada por William Birkin em 1981, quando trabalhava ao lado de Albert Wesker no laboratório em Arklay.

    Hunters atacam suas presas com grande agilidade, usando suas garras e saltos, cercando e matando inimigos. A capacidade de perseguição de vítimas lhe rendeu esse nome. Além da força física, o Hunter é inteligente o suficiente para obedecer a certos comandos. Essa última característica foi determinante para torná-lo um excelente candidato como arma biológica em combates.
    ********

    Percebam que tudo que falei é ainda mais expandido. Aqui o ponto de vista da criatura é aquele que nos é apresentado. É como se estivéssemos vendo o filme pelos olhos dela.

    Olhem o diferencial dessa cena: a velocidade do animal, a câmera se move de maneira errática, perturbada, há aos 10 segundos um titubeio (se posso dizer assim... uma incerteza da próxima ação a ser tomada, ou ainda irracionalidade perante o que fazer) da criatura, que é traduzido na fotografia do jogo como um slow-motion pros lados... remetendo ao pavor sentido pelo personagem quando avistou o primeiro zumbi, aquele de roupa verde.

    Foi justamente o uso do ponto de vista do animal que causou mais tensão no jogador. Notem que até esse momento o jogo estava mais acostumado com um ritmo mais ameno, mais calmo, mais estático, mais lento... e aí VRAUM! Tudo se intensifica e acelera com a chegada do primeiro Hunter, que nesse momento é quase como se fosse algo sobrenatural que está invadindo a tela, diante do que veio antes.

    Essa cena me lembra também um filme de terror chamado A MORTE DO DEMÔNIO (ou UMA NOITE ALUCINANTE), em inglês EVIL DEAD. Quem assistiu deve se lembrar da câmera em modo de pânico, correndo (sem trocadilho) alucinada até a conclusão daquela ação.

    Esse artigo (em inglês) comenta essa técnica usada não só nesse mas em trechos dos filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi:

    https://pewpewreviews.wordpress.com/2018/10/02/you-better-run-the-evil-dead-and-camera-techniques/

    É mais ou menos isso aí.

    O que representou essa cena do Hunter? Uma quebra de expectativa. Mostrar a perspectiva do vilão, do assassino não é incomum no gênero de horror.

    Filmes como Halloween (Michael Myers...) e Black Christmas (Noite do Terror, de 1974) faziam isso, outros inclusive ocultavam o protagonista até quase que o final, como Tubarão, de 1975, que de propósito não mostrava a cada 5 minutos o mesmo. Aparecia pouco o animal, mas não apenas por limitações técnicas, falta de $$$$ pra tornar tudo mais realista, evidente, e sim pra que a história se construisse de tal modo que não causasse bocejos rapidamente.

    Todas essas são maneiras diferentes de se contar uma história e o emprego de várias técnicas inteligentes é que com sucesso consegue causar mais impacto no espectador, é preciso a medida que tudo avance que o jogo (ou filme) se reinvente. Algo preguiçoso seria transformar o Remake de 2002 (feito em cima do jogo original de 1996) em filme, sendo apenas uma cópia dele. O RE original acertou muito mais que esta reinterpretação bonitinha, mas ordinária.

    Até mesmo uma limitação técnica, que no caso do primeiro PlayStation era o tempo de carregamento dos CDs dos games (que levava segundos e era em alguns casos interminável, o infame LOADING DISC..., que em sistemas modernos nem ocorre), foi favorável aqui. Isso porque pra disfarçar o carregamento RE de 1996 colocava animações de portas se abrindo/fechando (e na subida de escadas também), a cada cenário (sala...) diferente que se entrava.

    h710JP8.gif

    Isso se tornou uma marca registrada do jogo, algo icônico dele, pois cada local diferente não era apenas mais um, e sim proporcionava um evento importante.

    Por isso que o jogo nunca se tornava maçante. Antes do advento dos jogos 3D era, de fato, assim que os jogos se mostravam mesmo, pois entrar em outra sala era de fato entrar em outro "nível" do jogo, e não mais do mesmo. Após a evolução os games precisaram disfarçar esse LOADING.

    E detalhe: o jogador não tinha como adivinhar o que se escondia em cada canto. Então cada sala era uma caixinha de surpresas.

    E se pararmos pra pensar essas animações de RE eram, a exemplo do ponto de vista dos monstros (Hunter, que citei lá em cima) como se aí entrássemos em primeira pessoa no personagem. A sensação desses loadings de portas era como se fôssemos adentrar um buraco negro ameaçador, sinistro, tenebroso.

    Resident Evil (ou Bio Hazard, título original em japonês) mudou a forma como encaramos a simples entrada em diferentes salas, em jogos de horror. As animações serviam na época (anos 1990, no PlayStation) para instigar o jogador a ficar com receio, medo, achar temerário passar pro outro lado, suspeitando que algo sinistro estava se escondendo, na espreita, ali.

    A animação das escadas conseguia ser até melhor que a das portas, pois cada passo dado lembrava um batimento do coração, só que de forma bem mais lenta, parecia que durava uma eternidade. No jogo a câmera está olhando de cima pra baixo as escadas, e não de frente, o que também no contexto de um filme poderia ser encarado como olhar de forma descuidada por onde andamos e não o que está em volta, e falha em antecipar a possibilidade de ser surpreendido.

    Em suma, Resident Evil foi um verdadeiro marco no mundo dos videogames e definiu o gênero dali pra frente, claro que com a maneira como foi "esculpido" pelos criadores sendo crucial para poder se manter fiel a proposta original e manter a atenção dos players. RE não foi apenas mais um jogo, foi de fato original, tal como 2001: Uma Odisseia no Espaço (de 1968) representou para o cinema.

    A sensação de confinamento ocorria justamente pelo jogo ser estático e não vivo, animado o tempo todo, o ângulo fixo de câmera que dificultava o campo de visão do jogador (de propósito e de forma bem pensada), e claro as tomadas em "deep-focus" (ler o que eu disse antes) que transmitiam a ideia inquietante de que algo não estava certo.

    E não foi acidente que os corvos do filme OS PÁSSAROS estejam em Resident.

    Psicose (de 1960), também de Alfred Hithcock, inspirou o jogo.

    Tomadas como essas foram claramente copiadas:

    XA3.png

    XA4.png

    Até mesmo uma sala como esta, sem nada específico além de um ou outro objeto coletado...

    XA2.png

    Parece ter saído desta cena de PSICOSE:

    E este momento de PSICOSE 2 (de 1983) em que Norman nos faz ouvir MOONLIGHT SONATA de Beethoven:

    Também foi reproduzido no contexto do jogo, quando a Jill (ou Rebecca) tocam piano e a mesmíssima Sonata Enluarada.

    *****
    Evidente que um novo filme deveria se preocupar não apenas com a fotografia e cenários, mas com todo o resto.

    O RE jogo também se destaca nos diversos efeitos sonoros (não só de zumbis e demais monstros), em especial na trilha sonora, que pra mim é uma das melhores feitas pra jogos de todos os tempos (RE 2 e 3 não ficando atrás).

    ********
    E por que não mencionar a maquiagem? Essencial. Filmes como o original "O EXORCISTA", de 1973, ou ainda A HORA DO ESPANTO, de 1985, foram a meu ver excepcionais nesse quesito.

    E, claro, temos também que nos atentar para os EFEITOS ESPECIAIS e como os "inimigos" (os bichos) irão aparecer.

    Um filme como JURASSIC PARK mesmo sendo antigo continua impressionante e impactante quase 3 décadas depois pelas técnicas usadas (diria o mesmo para Superman: O Filme, de 1978, que ganhou até um Oscar pelos efeitos), e hoje por preguiça dificilmente fazem algo assim e em algumas cenas tascam logo algo feito em computação gráfica, que parece muito fake. 

    A explicação do porquê os efeitos de Jurassic e outros continuam tão bons está em vários artigos e vídeos, é uma longa discussão.

    No caso do primeiro jogo já vimos como seriam os cães zumbis nos filmes já lançados, mas as demais criaturas é uma incógnita pra mim como conseguiriam dar alguma verossimilhança.

    Teríamos de ver:

    - Os zumbis
    - Os corvos de Hitchcock
    - Aranhas gigantes
    - Os cães zumbis (Cerberus)
    - As abelhas gigantes
    - As chimeras (híbridos de humanos e moscas)
    - A gigante "planta 42"
    - Yawn, a cobra gigante
    - Neptune, um tubarão-branco enorme
    - Tyrant, o último "chefão"

    ****
    Quanto ao modo como o filme se desenrolaria, idealmente a meu ver teria cenas bem chocantes e violência gratuita como naqueles do diretor Paul Verhoeven (RoboCop é o melhor exemplo). Mas claro, não seria apenas um filme de terror, do começo ao fim, mas uma mistura de tudo, pois o jogo não se apresenta assim o tempo inteiro. É isso, e ação, comédia, drama... até a parte musical estaria lá, na cena da Moonlight Sonata.

    Aí alguém vai dizer: mas seria podado pela censura e sofreria seriamente nas bilheterias!

    A solução pra isso seria também pensada de forma inteligente: repetindo o que aconteceu no jogo de 1996.

    Pra quem não sabe a versão americana foi censurada em algumas partes, enquanto que a original do Japão (que se chama BIO HAZARD) foi o inverso.

    Então a produtora poderia censurar vários trechos, ou até mesmo utilizar cenas e ângulos alternativos, e na mídia física ou streaming disponibilizar a versão sem censura, estendida, completa, para maiores de 18.
    **********

    No entanto... o que vai acontecer?

    Nada do que eu expliquei e sugeri será seguido e apenas farão mais um filme surrado de ação, escolhendo qualquer ator pra esse ou aquele personagem, abordando de forma rasa cada história, e será apenas mais do mesmo.

    Vejam que eu nem entrei na parte de atuação, de quais atores seriam mais indicados pra esse ou aquele nos dias atuais... isso aí teria que vir depois que todo o resto fosse cuidadosamente pensado.

    O problema é que nos tempos atuais sobra grana pros estúdios mas falta vontade em nos trazer obras realmente épicas e atemporais.

    Alguém também dirá que uma chance pra esse elenco deve ser dado.

    Eu não descarto que mesmo esses sejam bons.

    Acontece que se todo o resto é falho ou na esteira do que veio antes, então não vai sair algo bom daí.

    Quem conhece os Residents clássicos (e incluo aí também o segundo) é claro que não irá se contentar com algo na esteira dos filmes da Milla Jovovich, mas com roupagem de ser fiel a franquia.

    Isso além de trocar seis por meia dúzia será LIXO. Infelizmente.

    Eu sempre tive uma expectativa de que grandes jogos como RE, Metal Gear Solid e outros seriam respeitados nas telas de cinema, mas há muitos anos essa esperança se esvaiu. E não é por A ou B serem do calibre de um diretor dos anos 1960, de... não, é porque não querem fazer bem feito.

    Tudo que comentei seria trabalho de vários anos e demandaria muito esforço e grana. Até pra fazer a capa/cover do jogo foram originais. RE em forma de filme está chegando com atraso de 25 anos e eu pelo menos não estou com vontade alguma de conferir.

  3. Não acho que vai sair boa coisa daí. Irei fazer algumas observações que até mesmo pra quem é totalmente ignorante sobre os jogos irá entender como certamente será mais do mesmo.

    Se tivessem feito na época talvez teria saído mais fiel aos jogos, mas mesmo nos anos 1990 já não estavam caprichando como antes, porque jogo de videogame nunca foi levado a sério, pelo menos com livros tentam fazer algo mais elaborado. Além disso já começaram errado escalando certos nomes que só de olhar você vê como não se assemelham aos personagens.

    Essa Jill Valentine:

    Hannah John-Kamen

    É uma. A Jill no Remake (que é do começo dos anos 2000, e não é tão bom quanto o original) foi feita baseada nessa modelo:


    Então a própria Kaya Scodelario (escalada pra fazer a Claire) se parece mais com a Jill que essa atriz aí.

    A Jill no game original é uma personagem mais feminina, não é combativa como uma tenente Ripley de Alien e nem de longe similar a uma Sarah Connor (Linda Hamilton)... Se fosse nos anos 1990 uma atriz como a Catherine Bell talvez fosse perfeita para o papel. Não é masculinizada e Mary Sue (pode tudo), alás no jogo temos momentos como o BARRY a salvando de ser esmagada pela armadilha dentro da mansão (lembram do clássico comentário "você quase virou um sanduíche").
     


    A Rebecca Chambers, então, mil vezes mais, tá mais pra uma aborrecente que outra coisa. E não estou vendo esse personagem nesse futuro filme.

    Avan Jogia

    Como assim esse é o Leon? ?

    Nada a ver, o Leon do jogo É O LEONARDO DICAPRIO ou BRAD PITT. Alguém com esse perfil.

    Imaginem substituir alguém com essa aparência por esse cara. É piada?

    E não falaram nada sobre o personagem do Barry Burton. Nem é listado.

    Alguém que com certeza funcionaria como Barry hoje seria o GERARD BUTLER.

    Ada Wong: personagem de RE 2, será uma atriz chamada Lily Gao, essa do vídeo. Outro erro.


    A Ada Wong no RE 2 original de 1998 (não nas tranqueiras que vieram depois, pelo menos) pra começar tem uma voz similar a da Linda Fiorentino. Até ela mesma poderia ter sido escalada naquela época.

    A Ada original era tipo uma femme fatale. Então não é só tascar uma asiática qualquer e sem sal que ficará bom.
     


    Quanto ao filme em si, evidente que ele (e isso vale pra qualquer outro) não pode ser uma cópia escancarada do jogo, claro que na tela grande se fosse similar ficaria ruim. Um filme tem de adicionar elementos que não estavam no jogo, sem destoar muito do espírito original.

    O erro já começa aí em misturar as duas histórias. Teria que ser um filme só pro primeiro Resident.

    A proposta do RE 1 original de 1996 foi ser não apenas horror de sobrevivência.

    Tem não só partes sinistras/tétricas (e temos de lembrar que não é um joguinho de ação pra se divertir, é um drama que está rolando por ali, todos os zumbis eram pessoas antes (o jogo ajuda em demonstrar isso com as cartas, diários e documentos que são coletados) e nesse ponto eu tenho certeza que este reboot falhará em imprimir tudo isso, será com certeza mais ação que todo o resto).

    Fora esse lado, tem partes humoradas, uma história/roteiro bem pensado (e não apenas você ir lá, ficar atirando nos bichos e resolvendo uns probleminhas dentro da mansão) que vai se desenrolando de forma cativante, graças ao carisma dos personagens, das interações humanas e das soluções inteligentes, envolvendo até particularidades como conhecimento em química, armas, segredos embutidos em quadros clássicos pintados por artistas famosos, etc. etc., graças também a dublagem que por si só de tão "over the top" chega a ser cômica, ou seja, RE em alguns momentos chega a ser tipo novela mexicana, em que você claramente percebe que as atuações estão forçadas, mas na medida certa pra não ficar um troço canastrão demais, e também não ficar insípido, insosso.

    RE no videogame tem alma, e é uma miríade de coisas que resumir só a uma historinha de horror é burrice.

    Quando digo ficar insípido é que em muitos desses filmes de terror você percebe claramente que o ator/personagem parece estar confortável demais, por estar gravando no conforto de um estúdio com N cortes (e lógico sem preparação alguma para o papel e ser fiel ao personagem), peguem filmes do John Carpenter, de Alfred Hitchcock e tantos outros, é nesses que RE precisa se inspirar. Nesses e em outros que saibam sair (para que entrem as diferenças que comentei, sobre alguns momentos mais relaxados) e voltar a esse gênero com inteligência.

    Com certeza este reboot falhará, pois claro que não teremos alguém como um Stanley Kubrick para torná-lo único, destacado com relação a todas as tranqueiras PG-13 que vieram antes.

    A trilha sonora do jogo (aliás, isso se aplica aos 3 primeiros) é também a melhor que já vi até agora para o gênero. E até ela consegue de forma brilhante alternar entre momentos mais tensos e aqueles mais suaves.

    Cada sala no game original de 1996 foi projetada de forma bem pensada, com ângulos fixos de câmera. Essa forma de mostrar o jogo evidentemente ajudou a construir uma atmosfera de suspense. Lembremos que se um filme falha neste ponto (fotografia), então ele também falha em conquistar quem assiste. Essa limitação visual reforça a vulnerabilidade dos personagens.

    Claro que pra isso funcionar num flme como este os cenários precisam ser realmente bem construídos, com máximo de detalhes possiveis, seja do exterior como do interior da mansão dos horrores do jogo. Vejam como RE não foi icônico no mundo dos videogames à toa: você via a ação se desenrolar com ângulos diferentes dependendo da cena/sala que entrava, muitas vezes via o personagem reduzido (e não sempre com mesmo tamanho, o que seria ridículo) pelo fato da câmera estar colocada lá em cima, então o boneco (personagem) controlado pelo joystick não estava em primeira, mas TERCEIRA PESSOA.

    Percebemos também com essas alternâncias de câmera como os corredores são apertados, embora outras áreas da mansão sejam realmente grandes e espaçosas, contrastando, essas nuances específicas numa sala nos deixando incomodados e transmitindo com sucesso a sensação de que tanto o personagem pode ser encurralado como pode ter de pesquisar mais ameaças que estejam por ali. 

    Por sinal quando Chris e Wesker (ou então Jill e Barry) fogem da floresta e dos cachorros zumbis e entram na mansão (começo do game) a primeira coisa que veem é um salão gigantesco, com escadarias mais a frente. Duvido muito que isso seja mostrado no filme, então parecerá mais uma aventura no estúdio que outra coisa.

    Ainda sobre a fotografia, no jogo essas partes mais espaçosas colocam a câmera lá no topo, usam ângulos mais abertos. Alguns exemplos abaixo. Olhem qual a primeira tomada de quando eles entram na mansão:

    1.png

     

    Já nos segundos seguintes cortam pra isso:

    2.png

     

    No primeiro ângulo mostrado a câmera está bem alta e muitos detalhes aparecem, o que a cena quer passar inicialmente é que os personagens são mais frágeis, pequenos diante daquela imensidão. Já na segunda tomada a câmera de novo está se imiscuindo em algum canto do cenário, igualmente estabelecendo que a escala de tamanho dos personagens e objetos é esquisita (mas nem tanto). Em algumas salas específicas do jogo esse ângulo muda totalmente, deixando o ambiente mais claustrofóbico, e isso é também eficaz no sentido de evocar alguma emoção do espectador.

    Em suma, há um desconforto em momentos de extrema distância do personagem sendo controlado pelo joystick, bem como aqueles em que de propósito a cena mostra uma tomada num ângulo bizarro (ver abaixo), e sem claro revelar tudo que está ao redor do boneco. Isso torna a experiência menos segura e a situação controlada.

    X1.png

    Essa distância também ocorre a um nível emocional, pois essa indiferença é impressa pelo jogo, como se o que interessasse evidenciar fosse o resto, e não apenas o protagonista como estrela das situações. O que interessa pra Resident não é uma coisa só.

    O que RE 1 de 1996 quer passar para o jogador é que ele está confinado na mansão, que está isolado (e tudo que ele experimenta se torna massacrante a medida que não vemos uma saída, já que se tentarmos voltar teremos que dar de cara com outros monstros (lembrem-se que haviam queixas de mutilações na região, e a equipe S.T.A.R.S. foi lá investigar, mas depois que um dos membros foi morto pelos cães o piloto de helicóptero, no caso aqui BRAD, saiu em disparada), mas não temos segurança também nesse refúgio, e nem claro contato com o mundo exterior, não tem essa de internet e celular onipresentes, o jogo se passa em 1998, ele e o RE 2), até que avance na história e vá resolvendo os enigmas e se esquivando das dificuldades (e armadilhas) daquele ambiente opressivo.

    Como eu já disse, logo no começo do jogo a câmera não foca nos personagens. Vejam que isso ocorre no Remake de 2002, e é totalmente o inverso do que se fez em 1996:

    XX2.png


    Em 1996 esta mesma cena funcionou, ao contrário dessa acima, justamente porque a fotografia mostrou cada aspecto da sala, chamando atenção pra cada coisinha dela, ainda que nessa baixa resolução do PS1. Sejam as portas lá ao fundo, sejam as escadarias, seja a própria porta dupla que eles acabaram de entrar, seja a mesinha com a máquina de escrever... ou se há algo lá em cima, no primeiro andar.

    Vejam a diferença entre os dois, no bonitinho mas ordinário REMAKE é como se você estivesse mesmo num estúdio e logo ali pelas laterais o cenário já acabasse e já estivesse a equipe de filmagem.

    RE 1 de 1996 se escora com frequência numa técnica cinematográfica chamada de DEEP FOCUS. Por isso que estou enfatizando este ponto.

    Ela foi utilizada em CIDADÃO KANE e alguns outros (lista aqui), e permite que todos os planos sejam focalizados. Pra não me estender não irei detalhar como isso funcionou otimamente nele, mas vale a pena dar uma olhada porque tem vários vídeos e artigos explicando. Por isso é que não foi por poucas razões que RE 1 até hoje é considerado um dos melhores jogos de todos os tempos. Evidente que não é perfeito e tem suas falhas e limitações, algumas até pueris, mas os acertos são inquestionáveis.

    download.jpg

    Sim, até técnica de filmagem de CITIZEN KANE foi empregada naquele jogo.

    Esta maneira de mostrar encoraja o jogador a bisbilhotar cada área da sala com suspeita, de que algo esteja ali na espreita, ou ainda que seja relevante, como um objeto que indique pra onde devemos ir, alguma pista, afinal lembrem-se que nesses anos 1990 o jogo não nos tratava como perfeitos idiotas, com setinhas indicativas pra onde devemos ir, textos dizendo qual é a nossa próxima missão (por que não deixar que descubramos por conta própria?).

    Esse estilo diferenciado justamente cria uma cautela no jogador, e não uma sensação de conforto. De certa forma podemos dizer que não apenas os personagens importam no game, ou os monstros, a mansão também é a vedete, ela não é um mero detalhe. Isso, claro, exigiria em se tratando de um filme como este, pessoas que sejam realmente destacadas no quesito fotografia ou mesmo construção de cenários, havendo todo um cuidado e esmero em deixar cada ambiente mais realista, e não parecendo de isopor.

    Reparem que na sala em que a JILL entra e o zumbi está logo ali devorando uma pessoa da equipe S.T.A.R.S., a câmera mostra um ângulo fixo, estando esta no teto:

    XX55.png

    Mas na tomada seguinte ela já muda totalmente, passa a mostrar por trás dela:

    XX56.png

     

    Isso chega a criar uma tensão que acaba se tornando pervasiva no decorrer do jogo, e quebra nossa expectativa de controle das situações, já que não vemos direito o que está acontecendo em volta.

    O ângulo visto do alto (teto) dificulta, pois não permite ver livremente o que está neste corredor, o que deixa a JILL numa posição frágil, e não privilegiada. Já este visto por trás é mais voyeurístico, parece até que é a visão de alguém "stalkeando" a mesma. Parece até que estamos vendo pelos olhos de uma outra pessoa, quem sabe um zumbi...

    A sequência desta cena é a antológica/memorável primeira aparição de um zumbi em toda a franquia. Percebam que o clímax de todo o suspense criado antes se conclui aqui, e dessa vez a fotografia também muda, mas do jeito certo: não temos mais o que eu disse antes, e sim um close/zoom, por si só assustador.

    A cena que se desenrola é esta:
     

     

    A câmera se movimenta por trás do zumbi, na velocidade certa, como se fosse alguém caminhando dessa forma, a pessoa ansiosa e preocupada com o que está acontecendo. Ocorre que o que está havendo mesmo espertamente o jogo não mostra, até que surja uma poça de sangue em volta do zumbi. Essa incerteza (e obscuridade) obviamente torna mais dramático o impacto do que irá se revelar no segundo seguinte.

    Neste segundo seguinte (ver vídeo acima) a câmera fecha justo no rosto do zumbi, dele lentamente virando para olhar para nós (atenção aqui: ele está olhando direto para a câmera, e não para o personagem, no caso Chris ou Jill). A cena poderia mostrar várias coisas em seguida, como a vítima, o chão da mansão, etc. mas o corte do segundo seguinte foi justo no rosto do zumbi e mais nada, então o que era um suspense crescente (já que a ação do zumbi "comer" a vítima foi ocultada) virou horror puro, pânico.

    E como sabemos que a JILL/CHRIS se sentem assim? Bem, alguém poderia dizer que pela atuação, se esta cena se repetisse no filme, mas não apenas isso.

    Viram como eu disse que a virada de pescoço do zumbi foi lenta, gradativa? E até meio desfocada? Essa câmera lenta aí indica a emoção de que o boneco/personagem controlado durante o jogo está tão surpreso e apreensivo pela cena dantesca que está rolando que ele não consegue processar rapidamente (e este seria um erro crasso do diretor se acontecesse no filme, aquela atitude totalmente fake e "blasé" dos atores de demonstrarem claramente que não estão quase nada atônitos com a absurdidade do que presenciam, como se zumbis e monstros fossem avistados todo dia).

    É como se também esta cena fosse tão bizarra que ou demorasse pra cair a ficha (e o espectador "congelasse" tal como o Chaves do seriado, quando vê um fantasma), ou fosse ficar alojada na mente de quem a viu por uma eternidade, dificilmente sendo um dia 100% esquecida. Difícil esperar que pequenos detalhes como esse sejam reproduzidos nas produções modernas, altamente ligeirinhas (tudo acontece muito rápido e sem o cuidado e a lenta preparação que muitas vezes é exigida pra não arruinar o que se quer passar mais adiante).

  4. Antes de comentar isso, vale a observação de que saíram os reviews da trilogia de Senhor dos Anéis em 4K, no site do Blu-ray.com. Os links dos reviews estão neste momento na primeira página:
    https://www.blu-ray.com

    E eu acho que esse merecia até uma matéria na página principal do Blog do Jotacê (um "caray", que é quando temos uma decepção grande):

    O Vingador do Futuro (Total Recall, o original de 1990) em Ultra-HD/4K tem imagem RUIM. Ainda que claro, esteja melhor que os releases anteriores (Blu-ray, DVD..., o que convenhamos não faz mais que obrigação), em se tratando de 4K esse aqui deixa MUITO a desejar. A distribuidora que lançará em 8/12 nos EUA será a Lionsgate. Eu pude ver um rip sem perda de qualidade do 4K e também achei bem fraco.

    Ainda não encontrei nenhum review, porém neste tópico é possível encontrar comentários a respeito:
    https://forum.blu-ray.com/showthread.php?t=331840

    Significa dizer que poderiam ter tentado tirar até leite de pedra, mas fizeram apenas algo insípido e nas coxas...

    Apesar que mesmo nas mídias anteriores TOTAL RECALL também teve seus problemas, então como disseram no tópico, a tradição parece que continuou com o 4K...


  5. Assisti esses dias It: Uma Obra Prima do Medo, de 1990. Achei fantástico, porém (e isso até o diretor concorda) o final cagou na história, todo um potencial foi desperdiçado da pior maneira possível, e pra mim talvez um dos desfechos mais decepcionantes de todos os tempos. O vilão é memorável, e tanto o elenco infantil quanto o adulto funcionam muito bem, toda a história é bem construída, apenas no encaminhar pro final (já nessa parte 2) é que a telessérie perdeu muitos pontos.

    Nota: 4/5

  6. Falando em importados com áudio e/ou legendas PT-BR e não lançados aqui, é preciso pesquisar se o clássico UM TIRA DA PESADA (em inglês: Beverly Hills Cop, de 1984) saiu em algum país assim, em 4K.

    Em Blu-ray pelo que vi havia saído dessa forma em vários países, inclusive nos EUA. Mas em 4K agora a Paramount resolveu deixar tudo de fora, ao menos nos EUA.

    https://www.blu-ray.com/movies/Beverly-Hills-Cop-4K-Blu-ray/277487/#Review

    Essa notícia é ruim porque indica que qualquer coisa que sair por eles em 4K também poderá não vir (e eu tinha quase certeza que esse catálogo seria lembrado, mas me enganei). A Universal, Paramount, Warner e Sony volta e meia lembravam do idioma, mas não era garantia de vir com ele sempre.

    *******

    EDIT: antes que eu esqueça, vale a pena ler (em inglês) estes breves "reviews" das partes 1 e 2 da trilogia DVPF, a respeito do 4K, notem que na cena em que o raio cai no relógio da torre (final, em 1955) há uma pequena modificação visual no 4K com relação ao Blu-ray/DVD antigos:

    https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=18208145&postcount=4274

    E aqui o review do segundo:
    https://forum.blu-ray.com/showthread.php?p=18214816&highlight=lightning#post18214816

    Quanto a DVPF 2, o que notei foi que na cena em que o Delorean "decola" para 2015 (começo) o efeito sonoro (imagem de arquivo do fim da parte 1, aquela antes de Biff dizer "o que é que está havendo aqui?" e cortar pros créditos) parece diferente, com relação ao Blu-ray e DVD antigos. Se há mais alguma diferençazinha nos 3 filmes ainda não notei, talvez só aí mesmo.

    Sobre se a cena no estábulo/celeiro do velho Peabody após Marty chegar em 1955 (e sair correndo de lá) estaria diferente no 4K/UHD (mais escura, enquanto que no Blu-ray antigo estaria mais clara) não procede (inicialmente achei isso, mas me enganei, isso porque estava olhando um rip com perda de qualidade e que deve ter sido "clareado"), ela é assim mesmo, apesar de Marty ter chegado de 6
    da manhã e no filme estar parecendo escuro, na verdade já estava clareando o céu pouco antes dele fugir de carro e de cortar pra cena seguinte. 

    É apenas na parte em que Marty diz "é apenas um sonho, mas bem real" que no filme já está mesmo de dia. Já sobre os áudios da dublagem clássica, leiam a nota que coloquei neste tópico do BJC: link aqui.

    Frisando novamente que apenas no Japão e Tailândia é que o box 4K de DVPF tem áudio (é a redublagem) e legendas em português. Na Escandinávia, Espanha e Reino Unido apenas os extras estão legendados em PT-BR.

    ******
    P.S. Outra diferençazinha foi notada para o 4K de DVPF, e isso nem eu percebi, mas no tópico do Blu-ray.com sim: dessa vez parte 2: somente no UHD aos 1h39m30 em diante tem um pequeno delay quase imperceptível depois da fala ""we had a little bet going as to whether this Marty would actually be here". No 4K esse delay ocorre depois de:

    "we had a little bet going as to whether this Marty would actually (aqui)

    be here"

    Enquanto que no 1080p e anteriores não, é tudo sequencial. Isso provavelmente foi por algum erro na hora de produzir, e não uma mudança intencional. Dá pra ouvir o que mudou no áudio neste link:

    https://chirb.it/1Lf1c9

    Reparem que o primeiro é o do 1080p e mídias anteriores, e o segundo é o 4K. Percebam que após o "we had a little bet going as to whether this Marty would actually" no 4K o "be here" ocorre depois do delay.

    Essa fala específica é quando o Marty recebe a carta do Dr. Brown já no fim de DVPF 2, quando o rapaz da Western Union que entrega diz "fizemos uma aposta se esse tal de Marty estaria aqui".

    A página do tópico do fórum Blu-ray que comenta essa modificação é esta:
    https://forum.blu-ray.com/showthread.php?p=18353480#post18353480

    Vejam esse post e os subsequentes:
    https://forum.blu-ray.com/showthread.php?t=322563&page=303

  7. Pois é, essa é a grande "vantagem" de serviços de streaming, compras feitas no Kindle, enfim, tudo que fica na nuvem:
    https://www1.tecnoblog.net/2009/jovem-processa-amazon-por-pegar-livro-de-volta/

    https://www1.tecnoblog.net/2009/estudante-que-teve-livro-deletado-do-kindle-ganha-processo/

    Vejam este caso, que é já antigo e antes mesmo do iPhone se popularizar, e vários anos antes de termos Netflix e streaming: a AMAZON simplesmente deletou o livro digital (KINDLE) comprado, e o máximo que fez foi devolver o dinheiro.

    Só que esse caso foi totalmente esquecido pelo pessoal que está cada vez mais se tornando dependente da tecnologia. Ser contra isso é apenas querer liberdade, não é voltar a acender vela no lugar de ter uma lâmpada, não.

    Ou seja, tudo que VOCÊ confia na posse DE FATO a terceiros nunca será realmente seu, mesmo que você tenha pago por isso (a não ser que você vá lá e crie sua cópia, e a criação infinita de cópias além de popularizar uma obra em prol do autor e possibilitar que ela sobreviva, tal como antigos manuscritos por monges copistas, vide textos de Aristóteles, Sócrates, etc., ainda enterra essa cafajestada de cobrar $$$$$$$$$$ por algo que custa 10% do valor pedido). Não é seu mesmo que todo mês você pague a mensalidade.

    No fim das contas você não está pagando pelo conteúdo A ou B, está pagando apenas pra usar o serviço.

    Não só títulos saem do ar a todo momento numa Netflix, mas algo que você acreditava "ter" pro resto da vida evapora nessa "nuvem" digital. E podem expandir o que digo pra tudo, software, jogo, qualquer coisa!

    Esse é o perigo! E claro que contra isso as distribuidoras não dirão não. ;)

    A solução no caso do Kindle não é, ao contrário do que se possa pensar, o livro físico. E sim quebrar a proteção anticópia (DRM) do mesmo e criar outra cópia, que pode ser até mesmo enviada pra nuvem da Amazon, de onde o Kindle recebe (eu até já fiz isso lá, sim, de livro digital QUE EU COMPREI, sendo que depois deu até pra criar uma versão em PDF, ou outro formato).

    Ou salva numa conta pessoal, tipo Google Drive, Dropbox.

    Eu não gosto de LIVROS FÍSICOS, mídia física, nenhuma parafernália (talvez investiria se tivesse uma boa TV, mas vejam que no Brasil nem players pra 4K dá pra encontrar...), por não serem práticos e terem uma série de desvantagens. Sem contar que até alguns anos atrás pelo menos dava pra fazer compra de produto importado se ele custasse até 100 dólares:
    https://blogdorabay.wordpress.com/2014/02/06/httpbjc-uol-com-br20140130a-justica-decidiu-compras-abaixo-de-100-dolares-nao-podem-ser-tributadas/

    Mas como nesse país só tem bandido, e a Receita vendo que só levava fumo, conseguiram reverter no STJ e agora voltou a palhaçada de até US$ 50: http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2019/2019-03-27_06-56_Isencao-de-Imposto-de-Importacao-em-remessas-postais-para-pessoa-fisica-pode-ser-fixada-abaixo-de-US-100.aspx

    Isso e o dólar a R$ 6, imposto de 60 ou mais porcento, demora de meses pra receber, e toda série de problemas, inviabilizam 100% qualquer ideia de comprar lá de fora (porque convenhamos, o mercado nacional parou de existir ainda na metade dos anos 2000).

    *******
    Ainda que eu não curta, reconheço que é preciso ter esse direito de escolha porque às vezes é melhor ler no livro físico (ou então não existe versão em PDF/Kindle, escaneada), ou até mídia física.

    O streaming, por melhor qualidade que tenha não será comparável a um 4K com 60 GB (tamanho que geralmente um filme tem nessa mídia) ou ainda metade disso (uns 30 GB) do 1080p. Além de não ter todas as faixas de áudio, como comentários do diretor, extras, e até mesmo o fator que pesa pro colecionador, que é a embalagem e eventual brinde.

    Outro dia vi numa matéria na TV que estão voltando a fabricar fitas k-7 pra alguns títulos, principalmente depois de GUARDIÕES DA GALÁXIA, ou até mesmo vinil. Sabiam que pela primeira vez desde 1986 as vendas de LP (vinil) superaram a de CDs de música? Isso seria impensável até pouco tempo.

    1/3 da venda de música de 2019 foi assim: https://rollingstone.uol.com.br/noticia/discos-de-vinil-devem-vender-mais-do-que-cds-pela-primeira-vez-desde-1986/

    Claro, claro, o CD tecnicamente falando é melhor que o vinil (e fita cassete então é horrível) e aí temos mais o fator nostalgia. Mas não é sempre que isso acontece no tocante ao trabalho feito pela empresa responsável pela remasterização. Tipo o que ocorreu com a "guerra do volume", em que CDs muitas vezes tinham a qualidade piorada de propósito:
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Loudness_war

    Assim como um Blu-ray não é garantia de estar melhor que um DVD em todos os aspectos, o 4K também (a resolução estar melhor não significa automaticamente que não foi feito um trabalho porco). Algo pode estar pior, por menor que seja. Eu citei Batman (1989 e acredito que o Returns também) em 4K lá em cima, o que aconteceu foi que a WARNER modificou os efeitos sonoros, deixando com aspecto de filme moderno (e a exemplo de Superman II: The Richard Donner Cut, de 2006 achei uma mer...cadoria estragada), e de propósito não colocou o áudio original (esse está nos Blu-rays anteriores).

    Com Tubarão (1975) foi a mesma coisa, e com Superman: O Filme (1978) também, no entanto depois de vários anos a trilha original foi finalmente disponibilizada. Pode-se até argumentar que a "modificada" de um SUPERMAN esteja em melhor qualidade técnica, mas sob o ponto de vista daquele que valoriza a obra e é purista, isso é ruim, pois seria como eu digitalmente apagar a fotografia do Bill Cosby que brevemente aparece em Superman 2, ou censurar o filme Splash, de 1984, como a Disney fez no streaming.

    Isso é revisionismo barato, nojento, e quando isso não acontece a distribuidora vem querer por aviso antes, como em ...E o Vento Levou (1939) também em serviço de streaming, e acho que nos desenhos de Tom e Jerry em DVD, quem assiste não está interessado em lição de moral do pessoal da esquerda, as pessoas são bem grandinhas e conscientes pra que alguém as venha ensinar o que é certo ou errado.

    Se for assim vão precisar colocar essas observações em milhares de filmes que não se mostrem seguidores ferrenhos das agendas do "partidão".

  8. A mesma sacanagem rola com jogos antigos, independente se são bons ou não, jogo especialmente de videogame tipo Super NES vende mais que água gelada no deserto. Eu prefiro mil vezes baixar de graça a alimentar escassez artificial, e como esse artigo bem explica: https://drive.google.com/file/d/1Ww7mbt-Rb_MFVxv3VG13XrikuhUkgZSw/view?usp=sharing

    É justamente por conta dessa canalhice rasteira de moratória e táticas sujas similares que o direito autoral com o tempo passou a ser algo totalmente corrompido e imundo, se um dia foi minimamente bom podemos dizer que hoje é tão benéfico pra sociedade quanto doenças tipo COVID...

    E mais distribuidoras estão pulando do barco no Brasil, não só a DISNEY:
    https://blogdojotace.com.br/2020/10/22/trio-sony-universal-paramount-encerra-suas-atividades-no-brasil/

    Dessa vez o trio Sony/UNIVERSAL/PARAMOUNT.

    Mas a despeito disso temos por exemplo o box da trilogia DE VOLTA PARA O FUTURO em 4K, com áudio em português (é aquela redublagem) e extras legendados em PT-BR também, nesses países:

    - Japão
    - Tailândia

    Na Escandinávia, Espanha e Reino Unido apenas os extras estão legendados em PT-BR.

    A dublagem clássica dos 3 filmes é do estúdio BKS. A parte 3 tem uma dublagem exclusiva do canal TNT, parec que da Delart, com o Marcus Jardym e Ionei Silva dublando Marty e Doc no lugar de Orlando Viggiani e Eleu Salvador.

    Quem quiser sincronizar os áudios das dublagens antigas precisa adicionar 1 segundo (1000 ms) no caso da parte 2, já a parte 3 seria esse mesmo 1 segundo, só que negativo. A parte 1 não precisa de ajuste nesse sentido. Fiz isso e consigo ver em 4K dessa forma, já que a Universal nunca se interessou em disponibilizar.

    Uma coisa que notei foi no começo da parte 2 (1989) em que o Delorean decola pra ir a 2015 (logo antes do Biff falar "o que é que está acontecendo aqui?") o efeito sonoro parece estar diferente se comparado ao Blu-ray 1080p. Isso pode indicar que modificaram, e não seria a primeira vez pois a UNIVERSAL já fez isso com Tubarão, de 1975, e a Warner de maneira infame com os Batman (1989 em diante) em 4K.

    No entanto até o momento não percebi algo assim em outra cena diferente. Talvez não tenha rolado modificação e seja apenas diferença de uma mídia pra outra. No caso do 4K estou falando da trilha Dolby Atmos, e do Blu-ray ela é a DTS-HD MA 5.1.

    Já quanto a imagem, uma dúvida que tenho é naquela cena em que Marty chega de 6 da manhã a 1955. Às 6 já não seria escuro como mostra na fazenda de Peabody. Acontece que ao fugir já corta pra cena seguinte bem mais clara, já quase de dia (eu acho que o antes é que está escuro demais).

    Então, no Blu-ray essa cena em que corta e já está quase de dia pareceu pra mim mais clara que no 4K. Isso pode indicar que escureceram no 4K.

    As resenhas/reviews deveriam focar no que mudou entre uma mídia e outra, mas geralmente isso quase nunca é feito. De qualquer forma esse sem dúvida, apesar da pobreza de novos extras, é um ótimo upgrade.

    P.S. Os reviews de cada filme do Blu-ray.com estão abaixo:

    https://www.blu-ray.com/movies/Back-to-the-Future-4K-Blu-ray/255542/#Review
    https://www.blu-ray.com/movies/Back-to-the-Future-Part-II-4K-Blu-ray/255544/#Review
    https://www.blu-ray.com/movies/Back-to-the-Future-Part-III-4K-Blu-ray/255546/#Review

    Porém esse site pra mim não tem credibilidade porque pra muitos filmes avaliam positivamente mesmo sem merecer, algo que gente que entende tecnicamente de questões relativas a imagem/som já me disse, como um antigo usuário chamado Wiz, sobre entre outros o filme O Show de Truman, em Blu-ray (e ainda por cima a maioria que frequenta os fóruns é de uma escrotidão e babaquice elevados a enésima potência). 

    De qualquer forma, pra quem entenda dessa parte técnica acho que vale ler o que é dito e fazer um julgamento particular.

  9. Importante: o box em 4K da trilogia DE VOLTA PARA O FUTURO (lançamento previsto pra daqui a 4 dias), embora não exista confirmação de que saiu em algum país com algo em português já teve os extras (disco bônus!) confirmados como tendo sim, e em PORTUGUÊS BRASILEIRO. Se trata do box lançado no Reino Unido (Inglaterra?):

    Acessando o post abaixo dá pra ver fotos tiradas do verso, em que fala que esse disco bônus tem isso:
    https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=18199175&postcount=4006

    Mas os filmes não.

    Vale frisar que esse lançamento traz 3 discos em Blu-ray 1080p e 3 discos em 4K/2160p (UHD), e um disco só com extras.

    Os discos dos filmes tem os mesmos extras que já haviam sido lançados, idem praquele só com mais material. Além disso o 4K traz os seguintes extras novos:

    - An Alternate Future: Lost Audition Tapes – Get a glimpse of the BACK TO THE FUTURE that could have been with rare audition footage featuring now-famous celebrities.
    Ben Stiller
    Kyra Sedgwick
    Jon Cryer
    Billy Zane
    Peter DeLuise
    C. Thomas Howell

    - The Hollywood Museum Goes BACK TO THE FUTURE – Join Co-writer/Producer Bob Gale on an intimate tour of an exhaustive exhibit of the films' props and memorabilia.

    - BACK TO THE FUTURE: THE MUSICAL Behind the Scenes – Get a sneak peek at the new musical show including a Q&A with the cast and creative team plus two new song recordings.

    Nesse ponto o box é totalmente decepcionante, pois o mais aguardado de todos que são as cenas com o Eric Stoltz como Marty, não tem expectativa de um dia saírem. Mas não só esse, tem vários extras já existentes ou que poderiam ter sido feitos nos últimos anos, que poderiam ter incluído, dentre eles se possível cada filme com a trilha isolada (acho um crime que esse áudio não exista até hoje).

    Quanto a sair com tudo em português, é bom lembrar que a Universal não só lembrou do idioma em alguns 4Ks, como DVPF saiu assim em mídias anteriores, mas em algum país obscuro, nunca nos Estados Unidos e acho que também não a Inglaterra e maioria dos países europeus.

    Sobre a qualidade de imagem, eu consegui encontrar na internet (sem perda) e vi até agora o terceiro filme (em breve os demais, e também verei se sincronizo as dublagens e demais legendas PT que tenho aqui, nos arquivos).

    Eu tenho quase certeza que levará nota alta ou máxima nos reviews, indicando que é o definitivo e dispensando todos os anteriores. Mesmo aqui no meu monitor antigo em resolução mais baixa dá pra ver como se destaca (riqueza de detalhes que dificilmente se percebe na maioria dos que saem), quero dizer que provavelmente não erraram dessa vez em aplicar algum filtro, então o 4K se se não está ideal... chegou muito perto disso (o Blu-ray sempre foi criticado).

    Esse é o maior receio quando um 4K ou mesmo Blu-ray sai, de que a distribuidora coloque alguém pra brincar de adulterar (de molecagem, não no sentido de corrigir) a imagem. 

    Superman: O Filme (1978 - somente versão de cinema) da Warner é um que em 4K teve várias críticas, mas o Blu-ray 1080p foi massacrado do mesmo jeito (e o que fizeram com ele também afeta as sequências). O problema é que o 4K acerta em alguns pontos em comparação, mas o Blu-ray é melhor em outros. Então a Warner precisa lançar outra edição, pois esse 4K não é definitivo.

    Um post que detalha os problemas do 4K de Superman (em inglês) é este:
    https://forum.blu-ray.com/showthread.php?p=15767802#post15767802

    OBS: nunca confiem em resenhas, porque muitas vezes os avaliadores dão notas altas e são também macaquinhos de auditório, elogiando algo que outros podem malhar totalmente. Ainda que saia um review dando nota 10, fiquem no aguardo de sites similares e, claro, dos comentários postados em tópicos dedicados (como esse do Superman).

    Um outro 4K que lembro de ter ficado muito satisfeito e talvez esteja no top 5 dos melhores é o de Lawrence da Arábia, de 1962. Apesar que Lawrence provavelmente foi filmado em resolução maior que DVPF, que seria 70mm ao invés de 35mm, e até onde entendi o 4K é o máximo que se pode extrair da maioria das produções (então não devemos ter um futuro novo formato em que a trilogia DVPF saia).

  10. O Pentelho (The Cable Guy, 1996) - 2/5

    Mais um que não desceu...

    Sou fã do Jim Carrey e praticamente todos os filmes dele achei ótimos, mas como alguém já havia me alertado uma vez, O Pentelho (e essa tradução de título é talvez ao lado de O HOMEM QUE MATOU A FACÍNORA a mais bem sacada do português brasileiro) não é divertido, e sim ridiculamente forçado e repleto de momentos gratuitos que no final das contas apenas causam repulsa ao personagem. Poderia ter sido bom se tivessem tomado outro rumo (o final, aliás, foi modificado a contragosto de Carrey, mas se tivesse sido mantido o que ele queria não teria feito sentido, pois o roteiro não foi construído pra tal).

    Assim como não gostei de Os Doze Macacos por me chamar de idiota e tirar do RAINBOW uma série de consequências convenientes (sem nunca explicar satisfatoriamente nada, apenas senta aí, cala a boca e aceita o "show" esquizofrênico), esse daqui é praticamente uma cena após a outra tentando ser engraçadão e muitas vezes inverossímil.

    Numa primeira assistida você pode até achar engraçadinho, mas analisando friamente conclui que é uma bosta, muito chato.

    Quando CABLE GUY tenta fazer comédia é estranho, e quando tenta ser sinistro, é bobo. É uma salada só feita pra promover Jim Carrey, que ganhou US$ 20 milhões de cachê.

    E Matthew Broderick é totalmente inadequado (ou melhor: engessado). Alguns filmes desse ator foram ótimos, inegável, mas aqui esse personagem certinho e sem carisma/personalidade não funciona.

    E novamente friso que o roteiro é LIXO. Por exemplo: apenas atribuir a personalidade de STALKER de Chip (Carrey) por ele ter crescido solitário em frente a TV é não desenvolver nada. Aliás, se alguma "mensagem" (moral) quis ser passada pela história, ela foi dissolvida pelo resto. Um filme que consegue isso com maestria é O SHOW DE TRUMAN. Esse aqui em momento algum.

    Tá explicado o porquê O PENTELHO foi esquecido e execrado, enquanto outras comédias dele até hoje são bem lembradas.

  11. Falando na trilogia, esses dias descobri alguns vídeos bem interessantes que vou aproveitar pra compartilhar aqui. Em inglês.

    Esse talvez seja o primeiro e único vídeo que foi até o local das filmagens da parte 3, que saiu em 1990. O set foi desmontado/desfeito (queimado?) pelo que entendi. Talvez tenham feito isso pra ninguém reaproveitar nada, talvez mesmo que nada tivesse sido mexido isso ocorreria cedo ou tarde, pois pegariam tudo como recordação. Vejam que o autor do vídeo observa no chão sinais (artefatos) que indicam que houve movimentação naquela área.
     


    Nesse vídeo (só tem áudio) o Tom Wilson fala sobre como foi a experiência de gravar com o Eric Stoltz;
     

    Acima um vídeo curto em que o Jeffrey Weissman (que substituiu Crispin Glover nas partes 2 e 3) comenta que esse último fechou um acordo de 750 mil dólares por conta da ação movida por ele contra os produtores, por aquilo que já comentei, que foi a sacanagem de darem a impressão de que Crispin ainda estava no filme (tem gente que até hoje acredita nisso).

    O papo que rola é de que Glover pediu 250 K e negaram, mas parece que foi até menos que os protagonistas, mas que o impedimento dele voltar nem foi esse, mas porque ele era uma pessoa problemática demais, em entrevistas recentes ele voltou a tocar no assunto e disse que tinha ressalvas quanto ao final materialista do primeiro filme, engraçado que na parte 2 o tema do dinheiro foi o foco central (Almanaque dos Esportes...), enquanto que na parte 3 o Dr. Brown é morto por uma dívida de 80 dólares.

    Não dá pra colar tudo aqui, pois são vários vídeos (alguns nem vi), mas jogando o nome deles dá pra encontrar as entrevistas. Crispin Glover chegou até a dizer que foi uma má atuação, um ator ruim, e de fato ficou ridículo, uma caricatura, aquele George de 2015, que se vcs lembram, aparecia de cabeça pra baixo.

    Esse vídeo abaixo eu nunca tinha visto:
     


    RARE screen-test moments and Behind the Scenes footage from Back to the Future and Back to the Future part II 
    - Crispin Glover as 1985 George McFly (with alternate Michael J Fox)
    - Lea Thompson & Crispin Glover as 1985 Lorraine and George McFly (with alternate MJF) 
    - Crispin Glover as 1985 George McFly
    - Crispin Glover as 1955 George McFly
    - Crispin Glover and Tom Wilson as 1985 George McFly & Biff Tannen 
    - Jeffrey Weissman in Make-up chair
    - LeaThompson and Jeffrey Weissman  as 1955 Lorraine & George at the Enchantment Under the Sea Dance (Earth Angel)

    OBS: esse ator que aparece aos 2:40 não é Eric Stoltz, disseram nos comentários que é o sobrinho do produtor Neil Canton. E aos 18 minutos e 20 dá pra ver um pouco do Jeffrey Weissman. Outro ponto: ele aparece também na parte 3, mas no final, como George McFly, em 1985, de óculos.

    Que Crispin Glover foi (ou é) babaca, excêntrico, etc. disso acho que não resta dúvida, mas o que fizeram com ele foi também imperdoável, e por isso que ele não quer saber da trilogia. Em Hollywood não tem ninguém santo, lógico.

    P.S. O trechinho da última vez que ele falou sobre o tema pode ser visto abaixo:


    Vejam que eles não colocaram outro ator pra substituir ele apenas, é preciso deixar BEM CLARO que eles disfarçaram que ele não estaria nas sequências.

    Todas as cenas em que o Jeffrey Weissman aparece foram elaboradas de propósito pra deixar no ar a dúvida se o ator que aparece seria ele ou outro, até a voz do Crispin Glover foi imitada.

    E claro, tem na parte 2 a repetição dessa cena abaixo, já que Marty volta a 1955:

    hPw84tV.jpg

    Utilizar arquivo do primeiro filme não seria problema algum, mas fazer isso somado a fingir que ele ainda está nos filmes, aí foi sacanagem mesmo.

  12. A Warner Bros. Home Entertainment lançará em Ultra HD Blu-ray nos Estados Unidos - O Senhor dos Anéis: A Trilogia Cinematográfica (2001-2003), e O Hobbit: A Trilogia Cinematográfica (2012-2014). Os boxes devem estar disponíveis para compra ainda este ano, e trarão a versão de cinema, e estendida de cada filme.
    Além dos lançamentos padrão, o estúdio também lançará a versão Giftset da Trilogia de O Senhor dos Anéis.
    Especificações técnicas exatas e recursos suplementares a serem incluídos em cada lançamento ainda não foram detalhados pelo estúdio.
    Para mais informações (em inglês), segue o link: https://bit.ly/2GG3nLz

    Notícia completa:
    https://blogdojotace.com.br/2020/10/07/o-senhor-dos-aneis-e-o-hobbit-em-blu-ray-4k-e-pt-br-nos-eua/


    Update: legendas e áudio PT-BR mas sem nenhum extra, que estarão só no megabox que reunirá todas as versões dos 6 filmes que sairá ano que vem.

    ******
    Mais uma ótima notícia, e a Warner mais uma vez lembra do consumidor brasileiro em mais um 4K. Bem diferente da Disney que pelo visto está se despedindo da mídia física, e não só na América Latina, ou ao menos limitando severamente os lançamentos.

    Por sinal vi Splash - Uma Sereia em Minha Vida (1984) esses dias e gostei do filme, realmente um crime censurarem no serviço de streaming, o que só prova que essas tecnologias e facilidades deixaram todo mundo acomodado, pois além desse tipo de coisa acontecer nunca que algo só disponível na "nuvem" será de posse definitiva de quem paga. Netflix e serviços similares são apenas comodidades que só tem desvantagens, a meu ver.

    E eu já ia esquecendo: saiu resenha do filme 300, de 2007, em 4K (aquele que tem o Rodrigo Santoro e Gerard Butler, é do Zack Snyder): https://www.blu-ray.com/movies/300-4K-Blu-ray/271848/#Review

    Esse apesar de ser da Warner não tem nada em português, desconheço se em outro país isso muda.


    E no final desse mês o box da trilogia DE VOLTA PARA O FUTURO em 4K deve finalmente chegar e já daqui a alguns dias devem sair as avaliações.

    Pra mim esse, se bem feito, será o lançamento do ano.

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  13. Créditos: fórum do BJC

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    A Paramount Home Media Distribution irá lançar nos Estados Unidos, The Godfather, Coda: The Death of Michael Corleone, o novo corte do filme - O Poderoso Chefão Parte III (1990).
    A apresentação em Blu-ray incluirá o filme recém-restaurado e reeditado, uma introdução exclusiva de Coppola e acesso a uma cópia digital do filme.
    O novo corte em Blu-ray será lançado no dia 08 de dezembro, e a pré-venda já está disponível no site da Amazon americana.
    Para mais informações (em inglês), segue o link: https://bit.ly/348wkHW

    E mais:
    O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA é anunciado em Blu-ray no Brasil

    Notícia completa:
    https://blogdojotace.com.br/2020/09/27/o-massacre-da-serra-eletrica-e-anunciado-em-blu-ray-no-brasil/

    E esse aqui sairá em 4K no final de 2020:

    https://www.blu-ray.com/news/?id=27506

    O filme Collateral, de 2004, também:

    https://www.blu-ray.com/news/?id=27495

    *******
    E na França sairá um 4K do filme SERPICO, de 1973, outro com o Al Pacino:

    https://www.blu-ray.com/news/?id=27512

    O problema é que o pessoal está em peso malhando/metendo o pau nessa nova transferência, pois deixaram a imagem com aspecto de filme moderno, com a coloração que os atuais usam. Estaria mais pra "Green-ray" que Blu-ray. Nesse caso é preferível ficar mesmo com o Blu-ray 1080p já disponível.

    Por sinal existem 3 Blu-rays 1080p de SERPICO pra escolher: o francês da Studio Canal, de 2010; o americano, da WARNER, de 2013; e o inglês, da Masters of Cinema, de 2014.

    https://www.blu-ray.com/movies/Serpico-Blu-ray/9896/#Review
    https://www.blu-ray.com/movies/Serpico-Blu-ray/42460/#Review
    https://www.blu-ray.com/movies/Serpico-Blu-ray/91125/#Review

    Mais detalhes sobre as diferentes edições vejam também em: http://dvdcompare.net/comparisons/film.php?fid=25479

  14. Fica a observação que nos EUA pretendem lançar uma coleção completa em Blu-ray do desenho de FLINSTONES (1960 a 2015, 166 episódios):
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27473

    QUINTETO DA MORTE (ou THE LADYKILLERS, de 1955) sairá em 4K + Blu-ray:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27482

    THE BRIDES OF DRACULA de 1960 sairá em novo Blu-ray:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27486

    Não vi o filme ainda, é um título da Hammer, com o Peter Cushing.

    UMA NOITE ALUCINANTE 3 (1992), ou ARMY OF DARKNESS, previsto em 4K pra 2021:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27483

    Esse saiu várias vezes em mídia física, e parece que tem 4 versões diferentes (4 cortes). A Shout Factory já havia lançado um último disco em 2015, bem avaliado: https://www.blu-ray.com/movies/Army-of-Darkness-Blu-ray/134101/#Review

    Eu já cheguei a ter 2 edições diferentes em DVD, que vendi.
    ********

    O PRÍNCIPE GUERREIRO (THE BEASTMASTER, de 1982) sairá em 4K:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27490

    E mais sobre a DISNEY, OBS: créditos: Blog do Jotacê (fórum):

    *********
    Já é evidente que a Disney perdeu quase completamente o interesse pela mídia física. Por exemplo, as receitas da Paramount Home Entertainment, Sony Pictures Home Entertainment, Universal Home Entertainment e Lionsgate Home Entertainment aumentaram em porcentagens de dois dígitos nos últimos trimestres porque a mídia física vendeu bem na crise da pandemia. Não é assim na Disney: lá, as receitas do setor de entretenimento doméstico caíram recentemente. A razão para isso é que a Disney mal comercializa seus filmes de forma intensa e continua reduzindo o número.

    Nos Estados Unidos, a Disney lançou recentemente - Esqueceram de Mim e Hocus Pocus, em Ultra HD Blu-ray. Mas depois disso, deve acabar mesmo com os lançamentos em mídia física nos EUA. A Disney não tem planos adicionais para títulos de catálogo em Ultra HD Blu-ray. Em vez disso, os filmes mais antigos da Disney e da Fox em 4K irão pro Disney +.

    Qualquer pessoa interessada em filmes mais antigos do repertório da Disney e da Fox em Ultra HD Blu-ray provavelmente deve enterrar suas esperanças. No entanto, essas declarações se aplicam apenas a filmes reais - filmes de animação mais antigos ainda podem fazer sua estreia como lançamentos físicos em 4K. Isso também significa que mesmo um Blu-ray Ultra HD para, por exemplo Avatar é improvável. A Disney só poderia ceder aqui, caso o próprio diretor James Cameron estivesse interessado no lançamento em mídia física.

    Disney vê seu futuro em 4K na Disney +

    O que é particularmente picante na estratégia da Disney é que o novo CEO Bob Chapek já foi presidente da divisão de entretenimento doméstico da Disney. No entanto, a Disney parece se concentrar apenas nas vendas digitais e em seu próprio serviço de streaming Disney + . Apenas alguns rumores vagos dão esperança: de acordo com eles, a Disney pode licenciar títulos selecionados para parceiros. É assim que funciona a Universal, por exemplo, que transmite alguns de seus filmes e séries para parceiros regionais.

    Créditos: https://bit.ly/3kJ3Zii

    Comentário Pessoal: É triste ver que se não for pela ação de forças maiores, a Disney provavelmente nunca mais irá lançar filmes de seu próprio catálogo ou da Fox, em Ultra HD Blu-ray. Um minuto de silêncio para Avatar / Titanic. 
    *********

    Vou repetir o que disse na matéria do cancelamento do box de A MOSCA, pela Versátil:

    https://blogdojotace.com.br/2020/09/26/colecao-a-mosca-e-cancelada-pela-versatil/

    ******
    Quem apoia streaming fique à vontade, eu prefiro ser a favor de um modelo de negócios em que vc paga (e não pensem que isso que direi é restrito a mídia física, poderia ser digital! Só pra constar...) e é dono pelo tempo que quiser e faz O QUE QUISER com sua posse, sendo que posse jamais existiu ou existirá em Netflixs da vida, então se prepare para a qualquer momento seu querido filme ou série saírem do catálogo DE VEZ ou ainda virem capados, sem extras (inclusive comentários!) ou sem a dublagem favorita, ou pior: com a censura que essa empresa maldita fez com o clássico SPLASH, de 1984 (que por sinal parece que só saiu em Blu-ray NO BRASIL, vejam só!).

    Serviço de streaming nada mais é que uma locadora mequetrefe limitadíssima que vc visitava algumas vezes mas dispensava em prol daquela(s) mais completa(s). E ainda tem quem ache que é a coca-cola no deserto! HAHAHAHA.... De fato o QI da população caiu horrores nessas últimas décadas...

    Mas... é aquela coisa: todo dia um otário e um esperto saem de casa, se eles se encontram, o que é que sai? O queeeeeeeee? NEGÓCIO! Hehe
    ******

    A Disney sempre foi uma empresa canalha. Nunca esqueçam que esses cretinos é que inflacionaram artificialmente os preços, com a escassez ocasionada pela moratória de diversos títulos (não só no Brasil) e a extensão do direito autoral cair em domínio público.

  15. Os Doze Macacos (1995) - Revi esse aqui e confesso que apesar de achar muito bons os demais filmes desse diretor, esse daqui não desceu. A impressão que fica é que costuraram uma história toda cagada, com momentos ambíguos de loucura, pretensão, overacting, e depois quiseram passar a ideia de que o filme tinha profundidade além de um pires. Mas infelizmente (ao menos numa reassistida) você percebe como tem várias conveniências (somadas a momentos inexplicados, incoerentes...) e como tudo é "telegrafado" de longe. 

    Os Doze Macacos pra mim falha miseravelmente do começo ao fim. Quem não é adepto de filme de maconheiro então passe longe.

  16. O primeiro Um Tira da Pesada (1984) sairá em 4K: https://www.blu-ray.com/news/?id=27460
    Um Príncipe em Nova York (1988) também: https://www.blu-ray.com/news/?id=27461

    E O Rapto do Menino Dourado, de 1986, em novo Blu-ray 1080p:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27463

    Bem como Trocando as Bolas, de 1983:

    https://www.blu-ray.com/news/?id=27464

    A Paramount ainda não divulgou mais detalhes do áudio/legendas. Com relação a extras, somente "O RAPTO" tem um novo (MAKING OF).

  17.  

    O filme Popeye de 1980 sairá pela primeira vez em Blu-ray:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27432

    ****
    E o Blu-ray.com publicou resenhas dos filmes de Alfred Hitchcock em 4K:

    Os Pássaros, de 1963, que tem áudio e legendas em português:
    https://www.blu-ray.com/movies/The-Birds-4K-Blu-ray/271499/#Review

    Vertigo (Um Corpo Que Cai), de 1958:
    https://www.blu-ray.com/movies/Vertigo-4K-Blu-ray/271498/#Review

    Janela Indiscreta (Rear Window, de 1954):
    https://www.blu-ray.com/movies/Rear-Window-4K-Blu-ray/271500/#Review

    E o Psicose original de 1960:
    https://www.blu-ray.com/movies/Psycho-4K-Blu-ray/271501/#Review

    O detalhe é que somente o primeiro (ao menos nos Estados Unidos) tem áudio e legendas em português. No entanto nesse post do tópico de Psicose um usuário descreveu uma edição (segundo ele europeia) em 4K, que tem as duas coisas:

    https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=18076966&postcount=355

    Isso significa (algo que eu já tinha reparado) que é possível que a Universal tenha lançado em 4K com opções no nosso idioma, MAS NÃO NOS ESTADOS UNIDOS. Não sei quanto a Rear Window e Vertigo, mas essa é uma boa confirmação sobre Psicose, o que indica que ainda lembram de colocar.

    Sobre Psicose, vale lembrar que essa edição de 60 anos parece que não veio com o áudio mono prometido, então estão fazendo um recall (troca), é necessário entrar em contato com eles para receber o disco corrigido.

    Outro ponto é que há uma polêmica (ainda sobre Psicose) a respeito da qualidade da imagem no 4K versus o Blu-ray também lançado agora em 2020 ou os anteriores. Teve usuário que criticou *, e alguns elogiaram.

    * Exemplo de post falando mal: https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=18075094&postcount=347

    ************

    Eu só quero ver como ficará a trilogia DE VOLTA PARA O FUTURO em 4K, pois é possível que nos EUA venha sem nada no nosso idioma, mas em algum país específico da Europa ou até mesmo na Ásia saia dessa forma.

    ******
    Mais novidades:

    THE OFFICE, seriado americano (2005-2013), sairá completo em Blu-ray lá fora: https://www.blu-ray.com/news/?id=27428

    As 4 primeiras temporadas nunca haviam saído no formato.

    ******
    O filme Esqueceram de Mim (1990), foi lançado em Ultra HD Blu-ray pela Disney nos Estados Unidos.
    O filme em Ultra Alta Definição, tem qualidade de imagem HDR10, e qualidade de áudio DTS-HD Master Audio 5.1 (Inglês). Infelizmente como se trata de um lançamento da Disney, não possui áudio ou legendas PT-BR.
    O site High-Def Digest já fez o review do produto, e deu 4.5 estrelas para a qualidade de imagem, e 4 estrelas para a qualidade do áudio. Para ver o review completo em inglês, segue o link: https://bit.ly/2E5XHJO

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  18. Mais um 4K chegando:

    A Warner Bros. Home Entertainment irá lançar nos Estados Unidos, o filme - V de Vingança (2006), em Ultra HD Blu-ray.
    O filme em Ultra Alta Definição, terá qualidade de imagem HDR10, e qualidade de som Dolby Atmos, e será lançado no dia 03 de novembro. O filme também irá receber edições exclusivas em Giftset e SteelBook. A pré-venda já está disponível no site da Amazon americana.

    Para mais informações (em inglês), segue o link: https://www.blu-ray.com/news/?id=27397

    E o 4K de ELES VIVEM/THEY LIVE do Carpenter foi detalhado: https://www.blu-ray.com/news/?id=27383

    *****
    E todos os filmes de SEXTA-FEIRA 13 estão sendo relançados em Blu-ray, com novos extras e melhorias na imagem/som: 

    https://www.blu-ray.com/news/?id=27358

    Ah, hoje dia 11 de setembro à noite o Blog do Jotacê fará uma LIVE comentando o fato que o Brasil, ao contrário até mesmo de países próximos da América Latina, não tem players/tocadores de Blu-ray/4K, e o futuro desse mercado de home-vídeo:

    https://blogdojotace.com.br/2020/09/11/live-sem-player-sem-nada/

    Fora anúncios de novidades pela Versátil, Classicline e The Originals. Para mais detalhes vejam no link acima.

    O BJC também publicou uma resenha do filme UM LOBISOMEM AMERICANO EM LONDRES. Um comparativo do Blu-ray brasileiro e o INGLÊS:

    https://blogdojotace.com.br/2020/09/06/resenha-um-lobisomem-americano-em-londres-blu-ray-bra-x-uk/

    Também há uma matéria sobre futuro lançamento (pra esse ano ainda) no BRASIL de filmes da franquia HALLOWEEN, os primeiros, em Blu-ray:

    https://blogdojotace.com.br/2020/09/05/halloween-e-atualizado-e-vira-com-versoes-pra-tv/

    ******
    Sobre 4K, vale frisar que em 2020 ainda teremos como já dito além da trilogia DE VOLTA PARA O FUTURO o clássico primeiro filme de ESQUECERAM DE MIM, HOME ALONE, de 1990. A previsão é para 2 de novembro. Infelizmente ao menos o AMERICANO não terá opções em português, como mostra o verso:

    https://www.blu-ray.com/movies/Home-Alone-4K-Blu-ray/275792/

    Mas vale frisar que TODOS os outros discos lançados vieram assim, então fica a torcida que algum 4K gringo venha em português.

  19. 4 hours ago, frossit said:

    Chiquinho, concordo contigo que o download traz perdas sim...não é a mesma coisa, ainda mais se você tem um bom equipamento...mas também ajuda a ter acesso a coisas que as distribuidoras sempre cagaram e andaram (para tudo: música, séries, filmes etc).

    Nem pensei em comparar nosso mercado com o americano ou outro famoso, porque aí dá vontade de chorar...fora a diferença no catalogo, tem o poder aquisitivo e também as taxas de importação e logística. 

    Eu sou super a favor do streaming sim...mas reconheço que cada vez mais as pessoas estão se tornando reféns das plataformas sem ao menos perceber ou escolher isso de forma consciente.   

     

    Eu sei que os downloads trazem benefícios e se eu digo que parei de colecionar mídia física é óbvio que a conclusão é que sou um entusiasta disso, e de opções digitais. E digo que não sou de hoje, desde os anos 2000 que penso assim. No começo dessa década eu mesmo disse que o futuro era a internet, e não a televisão. (mas infelizmente tive de esperar quase 2 décadas pra que o óbvio se tornasse realidade).

    No meu caso eu baixo mesmo (já que nada que quero tem pra vender, ou se tem não é como eu quero, com DRM e outras limitações estúpidas). Eu não vejo mais filmes dublados, mas encontrei muita dublagem rara (clássica), algumas vezes até múltiplas, em alguns filmes. Encontrei também legendas, que muitas vezes não estão boas nos lançamentos oficiais, ou dependendo da distribuidora gringa ela sequer coloca, e ao menos em inglês a gente encontra.

    Outra coisa que descobri é que enviando pro Youtube o sistema deles legenda automaticamente qualquer vídeo. Fiz isso praqueles de comentários em áudio (extra que em 99.9% das vezes não tem legenda ALGUMA) e pra alguns extras na mesma situação (OBS: o vídeo é bloqueado mundialmente, mas dá pra baixar a legenda e converter pra SRT. Outro detalhe é que esse método é claro que é falho, pois é na tentativa e erro do robozinho do Google adivinhar cada coisa que é dito).

    Encontrei filmes e paradas que nunca saíram e jamais sairão aqui no BRASIL. Encontrei de forma digital também obras/livros, revistas, imagens, álbuns, uma infinidade de opções. E encontrei com bem mais dificuldade até mesmo discos sem perda (lossless), em 98% dos casos só de Blu-rays e 4Ks, e nunca o disco de extras. Idem pra álbuns...

    Além disso eu também uso contas (gratuitas) do Google pra salvar meus arquivos. No caso aí o Google Drive, que dá 15 GB por cadastro. Quando quero abro um tocador instalado no iPAD, que inclusive pode fazer streaming direto do servidor (mas esse é sempre ruim, então é melhor baixar e assistir localmente, mesmo).

    Existe também o streaming por meio de NAS (pena que essa opção é cara $$$$$$$$$), ou então pendrive, HD externo... 1001 opções e facilidades...

    BUT... não é porque tudo no papel parece perfeito que é. Eu citei livros: embora tenha centenas ou até milhares na minha mão, posso querer ler o físico e não levar debaixo do braço o aparelho (até porque a bateria deles sempre foi um lixo, não duram tanto assim) do tablet/Kindle. Eu sou totalmente resistente a ideia de levar equipamentos caros pra fora de casa, por medo de furto ou danos no manuseio. Tem também o fator do desgaste (incluindo aí prejuízos) na saúde, que é sem dúvida maior se vc usar um equipamento que ler num livro impresso (mas fazer da casa depósito de poeira também não dá mais).

    Esse post poderia ficar mais quilométrico ainda com N justificativas a favor do físico e do digital. E falaram aí sobre coleção de DVDs, eu tenho até hoje DVDs que vendi (botei tudo pra me desfazer, claro) e que nunca encontrei em canto algum da internet. Nunca encontrei novamente, isso é o que quis dizer. Ao menos não uma cópia igual, 100% sem perda. Sem contar a ausência da embalagem (que você não pode mandar comprar isoladamente), algum brinde que tenha vindo...

    Um bom exemplo é o da coleção Matrix, Ultimate. Já saiu tudo de novo em Blu-ray (tenho em 4K sem perda), mas reparem que a cada novo formato a imagem muda pra pior ou melhor (nesse caso específico o 4K é o menos ruim, no entanto dependendo do filme a mídia antiga, ou a primeira lançada, é preferível). Tem também o fato de que no box de 4 DVDs de E O VENTO LEVOU o comentário em áudio do historiador era legendado em português, e o Blu-ray não. São só dois casos, mas existem outros trocentos em que colecionar mais de um tipo de mídia física vale a pena.

    Mas aí você vai querer obter novamente o box em DVD e só acha aos olhos da cara num Mercado Livre. Ou podia achar em locadoras, mas agora que elas foram extintas, já era.

    Tem uma infinidade de títulos raríssimos especialmente em fitas VHS, que podem ou não reaparecer na internet. E que volto a frisar: NÃO FORAM DIGITALIZADOS. Ou foram, mas em qualidade pífia.

    Pra quem é cinéfilo e ficava/fica garimpando por todo tipo de produção, foi e é uma verdadeira tragédia o fim de opções como locadoras de vídeo.

    E tem também outro fator que nem abordei como a questão da escassez (artificial, criada pelas próprias distribuidoras) que é melhor explicada nesse artigo sobre copyright:
    https://drive.google.com/file/d/1Ww7mbt-Rb_MFVxv3VG13XrikuhUkgZSw/view?usp=sharing

    Empresas como a Disney sempre usaram dessa tática suja (de moratórias) como forma de inflar os preços, e valorizar os títulos. A consequência de um direito autoral baseado em leis draconianas, perpétuo, que impede a reprodução de cópias (que só faz propagar mais e mais a obra original), é justamente esta, que eu diria que é o alicerce desse debate: a dificuldade de obtenção. ?️

    Esse é talvez o maior entrave que impede que tenhamos acesso a tudo. Precisamos, portanto, de todas as alternativas juntas, uma completa a outra, nunca suplantando, nunca havendo a morte de uma pra que a outra existe. Até porque pra podermos fazer downloads precisamos que alguém tenha pego a mídia física, ripado e disponibilizado. Eles não nascem de forma espontânea.

    ******

    E só pra deixar claro: não tenho nada contra o streaming. Pra mim é mais uma opção, e muito boa por sinal. Mas acho ridículo chegar e dizer que é A OPÇÃO, quando as desvantagens (de todos eles, não só NETFLIX) são inúmeras. A NETFLIX mesmo que quisesse e a mensalidade custasse R$ 1000 não seria em nada diferente. Continuaria não tendo milhares de títulos (ou eles ficando indisponíveis do dia pra noite) e tendo vários problemas. Eu não assino mais porque o que eu quero não está em todos eles somados, ou se muito encontro 1 ou outro título perdido.

    O problema é que você pagar todo mês pra "alugar" apenas alguns e assistir esporadicamente (e estendo isso pra canais de TV, tipo Telecine) é, por incrível que pareça, mais caro que chegar e pagar 7, 8 reais por filme na locadora física (talvez só planos de saúde justifiquem essa "fidelidade"). É como se o Netflix fosse uma locadora pequena, mas que vc fosse obrigado a sustentar todo mês, quer vc use/goste ou não.

    ********

    A verdade é que a popularização dos serviços de streaming se deu porque a maioria não quis se incomodar em ficar caçando arquivos/downloads. Eu sei como isso é chato, especialmente pros mais velhos. Porque você tem que ficar caçando uma boa fonte (ou bom RIP_, depois a legenda, tem que ver a opção dublada ou legendada, depois tem que passar pro dispositivo que irá tocar... ainda tem problema de codec, ou legenda que não serve... sem contar a perseguição que em outros países ocorre com os downloaders, que precisam usar VPN.

    Então sem exagero isso é comparável ao que um arqueólogo ou outro tipo de pesquisador faz, é como eu disse bancar o Indiana Jones e procurar algum artefato, e depois ainda tem que ajeitar tudo direitinho (um trabalho também deles, afinal se uma ossada de dinossauro fosse tratada de forma estúpida ela seria arruinada em 2 minutos), sendo que num serviço de streaming o cara vai lá e já tem as paradas a uma distância de um "clique".

    Acontece que toda essa comodidade não apaga todos os problemas citados por mim anteriormente. E a meu ver em outros casos foi ainda pior, como no monopólio (hoje menos, mas ainda absoluto) que uma empresa como a Google tem em serviço de busca, mapas, Youtube, ou no caso da rede social, do Facebook, WhatsApp, Instagram. Podem existir opções fantásticas, igualmente boas ou até melhores, mas quase ninguém usa, ou quer saber de usar. Significa que todas exceto a GOOGLE devem deixar de existir e ficarmos reféns só deles?

    Fóruns de discussão mesmo estão morrendo cada vez mais, no mundo todo. Isso implica dizer que o que existe hoje os superou totalmente? Que se tornaram inúteis?

    DE FORMA ALGUMA! São fontes riquíssimas de informação. Eu posso me comunicar com muito mais eficiência pelo meu teclado que gravando vídeo pra justamente ser upado para os servidores do Google, que dita o que eu posso falar e fazer.

    O fórum existe para somar, tal como as locadoras físicas continuariam feito isso, caso pudessem retornar em maior número. Eu entendo que elas tenham acabado porque eu mesmo já tinha parado também de frequentá-las há uns 5 anos, quando fui ver que no meu estado nenhuma mais havia restado.

    A minha crítica é que morrem essas opções, mas também levam junto tudo que estava agregado a elas.

    A consequência é que só irão restar opções altamente controladas, como essas de streaming/arquivos na nuvem, em que você só tem acesso a uma quantidade limitadíssima que eles querem que você veja.

    Isso pra mim é escravidão, não liberdade. Por isso é que não sou a favor. E os fatos não me deixam mentir, pois os caras censuram os próprios filmes.

    Como quiseram fazer 35 anos atrás entrando na justiça contra o gravador de Betamax.

    Essa derrota na época foi o que viabilizou a própria indústria do entretenimento, como explica essa matéria do TF: https://torrentfreak.com/thirty-years-since-betamax-and-movies-are-still-being-made-140118/

    De lá pra cá apenas mudaram as táticas de controle pra justamente criar essa escassez que é obliterada pela cópia.

    E a maior criminosa de todas é sem dúvida a DISNEY. Foram eles que fizeram lobby no Congresso dos EUA pra estender a expiração do domínio público de obras protegidas: https://tecnoblog.net/322005/dominio-publico-do-mickey-em-2024-tira-disney-da-zona-de-conforto/

    https://www.tutoriart.com.br/disney-direito-autoral-de-mickey-mouse/

  20. 6 hours ago, frossit said:

    Concordo muito com o que foi dito. Só adicionando que a fome incontrolável dessas corporações junto à limitação de catalogo leva também ao aumento da pirataria. E no nosso caso tem uma coisa ainda pior....a elitização de tudo....o Bluray sempre foi pensado como produto de elite com preços fora da realidade, fizeram isso também com o vinyl e agora com os CDs. Isso empurra mesmo quem não quer para os torrents da vida. Enfim, também acho a extinção da mídia física um erro, como você acho que deveria ter opção para todos os gostos. 

    Apesar de não consumir mais mídia física desde a metade dos anos 2000 hoje reconheço que foi um grande erro o fim das locadoras e morte da mídia física, porque se você quer apenas conferir se um filme, série ou documentário vale a pena, ao menos com as antigas locadoras físicas isso era possível, você pagava tipo 7, 8 reais por "fita", levava pra casa e devolvia com alguns dias.

    Mas hoje o que resta? Apenas downloads ou então ir a um Mercado Livre da vida, pagar 25, 30, 40 reais POR TÍTULO (dependendo da raridade vc pode ser extorquido e ter que desembolsar até centenas de reais), pagar frete (que é muito caro - no entanto notem que ele pode até ser de graça, mas apenas se a compra exceder 100, 120 reais se não me engano - ou seja, for em quantidade), e se não gostar por QUALQUER MOTIVO você não pode, evidentemente, mandar devolver. Seria como eu comprar um livro físico, abrir a embalagem, ler todinho, escanear (ou no caso da "fita" tirar cópia) e tentar fazer isso.

    Eu sei que existe Código do Consumidor, direito de arrependimento em 7 dias se a compra NÃO FOI em loja física (e sim por internet, telefone...), e no Mercado Livre eles estendem pra até 30 (sim, 30 dias pra devolver), mas é óbvio que eu não posso tirar um produto da embalagem, devolver e ficar por isso mesmo, assim como não posso comprar comida, arrancar um pedaço e devolver, ou um pote com vitaminas, violar o lacre, tirar 2, etc., porque aí o preço é desvalorizado, só pela falta do lacre um produto já pode ser caracterizado como usado e JAMAIS pode ter o preço de um novo, fora demais complicações.

    Diante desse exposto então se conclui (obviamente) que comprar apenas para decidir se fica ou não, apenas para conferência tipo eu degustar uma amostra grátis numa loja de comida, é um entrave financeiro nos tempos modernos, um ENOOOOOOOOOOOOOOORME inconveniente, pois mesmo que você tenha $$$$$$$ ainda assim precisa esperar o maravilhoso Correios brasileiro entregar, algo que uma mera visita a locadora física resolveria em questão de horas.

    Muita coisa a gente pode apenas querer ver e não colecionar, como foi na época da locação, e outras vc pode querer tirar cópia mesmo, eu sempre fazia isso até na época do VHS, em que lembro que usavam dois aparelhos de videocassete pra isso (sim, era complexo dessa forma, tanto é que haviam poucas fitas VHS piratas, a fita virgem era cara e em boa qualidade você era limitado a rídiculas 2 horas em SP se não me engano).

    A fita VHS original pra colecionar era tipo R$ 50 enquanto que a locação era 5, muito mais cara que o DVD quando foi se popularizando, apesar que o DVD também era caríssimo especialmente boxes de séries, vc pagava tipo 150 reais por temporada. Hoje que ninguém compra mais esses valores despencaram 90%, tanto que era impensável pagar 10, 15 pratas em um filme nos anos 2000.

    ****
    E olhem que eu NÃO FALEI de pessoas como eu que entendem inglês ou outro idioma e querem conferir catálogos que nunca saíram e jamais sairão no BRASIL. Existe uma constelação de títulos em VHS, DVD, Blu-ray e agora 4K (alguns inclusive com opção em português) que nunca entraram no país. É tanta coisa que é covardia até comparar. (e eu recomendo fortemente que vcs aprendam ao menos inglês e acessem esse material).

    Nesse caso o que falei da parte financeira é muito mais dispendiosa, pois você pra importar gasta os tubos com conversão de dólar, imposto acachapante de 60% ou mais, frete caríssimo, espera possivelmente de meses até a Receita e Correios entregarem na sua casa (e não adianta usar FeDex, UPS, etc. pois além de gastar o dobro com envio/imposto pode demorar do mesmo jeito).

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    Quando vem alguém e fala que serviço de streaming é uma opção eu dou risada, pois todos eles somados não devem ter nem 10% de opções que uma boa locadora (uma só) tinha. Os títulos saem do serviço a qualquer momento, porque isso é definido contratualmente, você não é dono deles, vc paga apenas pelo direito de assistir e mais nada, e nenhum fica eternamente lá. Por questões de licenciamento a Netflix da Inglaterra tem paradas que nunca saíram nos EUA e vice-versa, até em produções feitas por eles isso ocorre, fora censura tipo a Disney+ com o filme SPLASH, de 1984, ... E O VENTO LEVOU de 1939 acho que no HBO, etc. etc.

    Tem também aqueles que saem e nunca mais voltam, indo pra outro serviço de streaming. E tem aqueles que nunca deram as caras em nenhum, claro, pois a distribuidora não quer, algumas até restringem ao canal de TV paga deles, porque se todo tipo de filme saísse em streaming ninguém mais assistiria a essas emissoras.

    E tem também o óbvio fato de que material extra (incluindo comentários em áudio, trilha isolada, dublagem clássica...) jamais apareceu ou aparecerá em streamings. Alguns sim, já vi por exemplo documentário de Star Trek ou Star Wars, mas diria que 1% deles.

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    Aí alguém também vai dizer: downloads resolvem tudo! Infelizmente NÃO TAMBÉM! Apesar de muitas raridades e opções estarem disponíveis de forma gratuita na internet, sem frescura de onde vc vai tocar o arquivo, sem DRM... eu diria que é extremamente raro achar material sem perda de qualidade (lossless), pois os arquivos ficam gigantes. Ou dificil pra maioria pegar (pra mim não, pois tenho 300/150 Mbps de internet - mas eu sou um privilegiado pois nem em país de primeiro mundo a maioria tem algo perto).

    Um 4K pode chegar a 60, 70 GB por filme. Um Blu-ray 1080p a metade disso, 30, 40 GB (alguns mais raros tem 20, 25 GB). Um DVD sem perda chega a 7, 8 GB. O que você encontra em 90% dos casos é a versão com perda na imagem/áudio (LOSSY).

    Idem pra músicas tiradas de álbuns. Nesse caso das músicas a versão com perda/LOSSY é o MP3. O FLAC é um exemplo de faixa extraída de CD sem essa perda, ou seja, 100% idêntica ao original. No caso do FLAC o tamanho pula de alguns Megabytes (4, 5...) pra 15, 20 MB por faixa.

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    Até hoje eu tenho dificuldade enorme de achar versões sem perdas, extraídas de DVDs. Em 98% das vezes é sempre com perda, e praticamente sumiram dos sites, pois o pessoal acha que a versão ripada do Blu-ray/4K é sempre a mesma coisa. E em 90% dos sites você não acha o material extra, ou então ele vem sem a legenda original.

    Não é o mesmo, vejam que Buffy - A Caça Vampiros (seriado) é diferente em DVD se comparado com rips da TV (mesmo em qualidade HD), assim como pode ser diferente de eventual Blu-ray que venha sair, bem como laserdisc, fita VHS... você até pode achar a maioria, mas precisa ser um garimpador melhor que o Indiana Jones procurando um artefato mítico.

    Aí que entram as locadoras: alugando o disco você tem acesso a tudo: filme sem redução de qualidade, extras, até mesmo a embalagem original, pois tem colecionador que faz questão disso (antigamente eram os pôsteres). Tem acesso a várias opções de legenda...

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    E isso que não falei de fitas VHS (ou no caso de livros físicos) que simplesmente NÃO EXISTEM EM FORMATO DIGITAL. Ou se isso foi feito (convertido por alguém) a qualidade da cópia (a fonte que foi usada pra tanto) ou o processo de conversão deixam a desejar. Um caso em que isso se aplica são as fitas gravadas da TV, pois dependendo do colecionador por melhor que seja o equipamento usado pra digitalização, se a fita VHS original estiver ruim (ou tiver sido gravada em baixa qualidade), não vai adiantar muito.

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    Eu mesmo já peguei muito livro escaneado em PDF que a pessoa só fez colocar o mesmo no vidro do scanner e não editou direito, ou cortou pedaços, porque todo livro é colado, e é preciso levar numa gráfica pra cortar, escanear com as folhas soltas e só depois reencadernar. É preciso também escanear em boa resolução, tipo 600 DPI, especialmente pra livros ilustrados. O problema é que óbvio, leva mais tempo.

    Alguns livros também não podem ser convertidos pro formato do KINDLE, e tem que ficar em PDF mesmo (se for livro ilustrado esqueça o KINDLE PAPERWHITE e use sempre tablet para ler). Ou pra gerar OCR (reconhecimento de caracteres) você precisa revisar página por página, linha por linha, pois o programa por melhor que seja troca letras de palavras similares. E pra revisar OCR o tempo gasto é enorme. Eu não faço isso e sempre salvo em PDF com arquivo maior mesmo.

    Evidente que existem muitos livros brasileiros e mesmo gringos que nunca saíram em ebook oficialmente por alguma editora, ou sequer foram digitalizados. Anos atrás eu fiz isso com dezenas deles sobre ASTRONOMIA, de décadas passadas. Assim como documentos, fotografias de família (essas eu uso 1200 DPI e o programa ABBYY FINEREADER, pra escanear, meu aparelho é um Epson L395).

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    Por essas razões é que tanto o fim das locadoras físicas como ameaça a continuidade das livrarias (essas últimas é claro que nunca irão acabar, mas estarão sempre ameaçadas do mesmo jeito) foi um grande erro.

    No entanto é compreensível que isso tenha ocorrido e continue a ocorrer por uma série de fatores. Não só o custo $$$$$ BRAZIL $$$$$$$$ mas diversos empecilhos. Ainda que eu defenda a digitalização de tudo e possibilidade de comprar sempre as versões digitais (sem entraves, como você não poder salvar pra sempre uma cópia, tocar em qualquer aparelho, ficar sempre na nuvem), reconheço que a ausência de alternativas é o grande mal e que no fim das contas representa o mesmo que queimar o passado, a história.
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    Nota: assim como acontece com mídia física, no caso de ebooks comprados da Amazon (para o Kindle) existe um meio de quebrar a proteção anticópia e salvar uma segunda cópia em outro lugar, e não ficar dependente da nuvem da Amazon, que a qualquer momento pode evaporar com sua "compra" (na verdade não é uma compra, pois você não tem certeza da posse eterna e nem pode repassar pra outros como ocorre com discos usados vendidos em sebos).

    Para ebooks de Kindle que eu compro eu sempre quebro a proteção e salvo outra cópia, pois a qualquer momento a Amazon seja lá qual for o motivo pode alegar que a permanência daquele LIVRO foi "revogada", retirar meu direito de acesso a ele e me reembolsar pelo prejuízo.

    Isso já ocorreu com publicações de George Orwell:
    https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/eletronicos/amazon-deleta-obras-no-kindle-sem-avisar-aos-leitores,ab4853ba037ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

    No entanto o pessoal não se atentou para esse detalhezinho desse tipo de serviço.

    São mais cômodas as opções digitais? Essas nuvens? Sim.

    Mas não significa de forma alguma que as alternativas antigas, físicas, foram obliteradas.

    Pelo contrário, elas deveriam ter permanecido mais fortes do que nunca.

    No entanto os comodistas não param e pensam em tudo que falei, por isso é que não é teoria da conspiração dizer que vivemos numa ditadura em que cada vez mais os direitos e opções são removidos, todo mundo acha maravilhoso e só diz "sim, senhor".

  21. Boas novidades:

    ELES VIVEM (THEY LIVE, de 1988, do John Carpenter) sairá em 4K pela Shout Factory:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27371

    Pela Paramount a série original de MISSÃO IMPOSSÍVEL, em Blu-ray 1080p:
    https://www.blu-ray.com/news/?id=27351

    MAD MAX de 1979 em 4K, detalhado: https://www.blu-ray.com/news/?id=27283

    Todos os citados no exterior. Incluindo esse abaixo (OBS: mensagem postada no BJC):

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    O StudioCanal e a Lionsgate Home Entertainment irão lançar nos Estados Unidos e no Reino Unido, o filme Total Recall (1990), em Ultra HD Blu-ray.
    O lançamento faz parte da comemoração de 30º aniversário do filme, e será lançado no Reino Unido no dia 07 de dezembro, e nos Estados Unidos no dia 08 de dezembro.
    O filme em ambas versões, terá qualidade de imagem Dolby Vision/HDR10, e qualidade de som Dolby Atmos, e a pré-venda já está disponível no site da Amazon.
    Para mais informações (em inglês), segue o link: https://bit.ly/2EZh089

     

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