Scott Derrickson

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 Diretor voltado para o cinema fantástico de horror. As tramas de seus filmes geralmente giram em torno de protagonistas que mergulham em uma jornada obsessiva.

 

 Seu longa de estreia, HELLRAISER: INFERNO é o 5º longa da franquia estrelada por Doug Bradley como o demônio Pinhead. O diretor levou a franquia para o caminho do horror psicológico, deixando um pouco de lado a violência mais visceral dos primeiros filmes. Não é o melhor filme da franquia, mas é um suspense bem conduzido, que lançou um novo olhar sobre o cultuado universo dos cenobitas.

 

 O EXORCISMO DE EMILY ROSE é o melhor filme de Derrickson até então. A mistura inusitada entre thriller teológico e drama de tribunal rendeu um excelente filme, que dosa drama e suspense de forma extremamente competente. Destaque para a excelente atuação do trio principal, Laura Linney, Tom Wilkinson e Jennifer Carpenter como a personagem título.

 

 O DIA EM QUE A TERRA PAROU acaba por ser seu filme mais inócuo e esquecível. Além de ser bem destoante do resto de sua filmografia, este remake do clássico da ficção científica de Robert Wise gera total indiferença no público.

 

 Por fim, A ENTIDADE gera um suspense interessante, que se reutiliza de forma inteligente dos clichês de filmes de casa assombrada. Pode não ser o seu melhor filme, mas é onde Derrickson explora o tema mais presente em seus filmes, que é o efeito de uma obsessão sobre seus protagonistas, aqui muito bem representado por Ethan Hawke.

 

 Então, o que acham do trabalho do cara?

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 Trailer legendado de LIVRAI-NOS DO MAL, próximo filme do Derrickson, estrelado pelo Eric Bana.

 

 http://www.youtube.com/watch?v=7Ll9SRX3wz4

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 Visto LIVRAI-NOS DO MAL

 

 

 

 

   Na trama, o Sargento Ralph Sargie (Eric Bana) é um policial de Nova York que investiga uma série de crimes estranhos envolvendo símbolos ocultos e a presença de um homem misterioso no local. A investigação de Sargie o leva a conhecer o Padre Mendoza (Edgar Ramirez), que acredita que os eventos investigados por Sargie estão sendo provocados por uma presença demoníaca. O policial fica inicialmente cético, mas logo percebe que não só ele, mas sua família estão sendo ameaçados por um mal que não consegue compreender.

 

  Em alguns aspectos, LIVRAI-NOS DO MAL lembra um pouco a proposta de O EXORCISMO DE EMILY ROSE. No filme de 2005, o diretor usava os signos do filme de possessão, um verdadeiro subgênero do horror, como pano de fundo para construir uma história de tribunal. Aqui, tais signos surgem para construir um thriller policial. Ambos os filmes ainda colocam em voga o velho debate Fé vs Lógica, mas embora tenha momentos interessantes, LIVRAI-NOS DO MAL não consegue ter a pungência da primeira incursão de Derrickson nos filmes de exorcismo. Derrickson até constrói algumas sequências muito interessantes, como o tenso momento em que a filha de Sargie é atormentada no quarto por seus brinquedos. Mas falta no filme um "algo a mais". Além disso, Eric Bana não parece lá muito interessado no seu personagem, criando um protagonista bem desinteressante. Edgar Ramirez já se sai melhor com seu Padre Mendoza, dando interessantes camadas dramáticas ao seu personagem.

 

 LIVRAI-NOS DO MAL vale a conferida, sendo um bom SUPERCINE pra um sábado a noite, desde que não se espere muito.

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 Visto DOUTOR ESTRANHO

 

 

 

 

  Na trama, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) é um cirurgião que após sofrer um acidente de carro, perde o controle das mãos, não podendo mais operar. Desesperado, ele passa a procurar todo tipo de recurso pra tentar encontrar uma cura para suas mãos danificadas, até que conhece no Nepal um grupo de magos liderados pela Anciã (Tilda Swinton). A medida que aprende os segredos das artes misticas, Strange passa a perceber que existe um mundo muito maior do que ele imagina, que precisa ser defendido de perigosas ameaças.

 

  DOUTOR ESTRANHO se revela um ponto fora da curva para Scott Derrickson, mais acostumado com produções de horror de baixo orçamento (embora blockbusters não sejam novidade para o cineasta. Ele já tinha dirigido o insosso remake de O DIA EM QUE A TERRA PAROU). Mas com essa produção da Marvel Studios, Derrickson se sai melhor, mostrando que é mesmo capaz de dirigir uma super produção repleta de efeitos especiais. Na maior parte do tempo, o diretor aproveita muito bem as situações absolutamente surreais que o universo místico que o personagem da Marvel lhe proporciona, vide o momento em que o protagonista é atirado por sua mentora em diversas dimensões (algo que deve ter sido incrível de se ver em IMAX 3D) ou numa luta astral entre o herói em um oponente ocorrida em um hospital.

 

  Derrickson acertadamente escolheu um elenco de peso para o projeto, que além de ser encabeçado por Benedict Cumberbatch, concedendo o grau certo de ironia, arrogância e fragilidade ao protagonista, ainda conta com os talentos de Tilda Swinton e Chiwetel Ejiofor. Entretanto, os igualmente talentosos Mads Mikkelsen e Rachel McAdams são desperdiçados em papeis com funções meramente mecânicas respectivamente como o vilão e a mocinha da história.

 

 O roteiro escrito a seis mãos, é relativamente competente ao contar a história principal de forma redonda, mas parece correr um pouco com o desenvolvimento do protagonista (culpa dividida com a montagem, que falha em passar a ideia correta de passagem de tempo durante o calvário de Strange antes de sua viagem ao Nepal e seu posterior treinamento). Existe algum humor mal colocado aqui e ali, mas e,defesa do texto, ele é bem espirituoso na maior parte do tempo, e constrói bem os personagens sem ser óbvio.

 

  No geral, uma excelente diversão. Leva a minha recomendação, especialmente para os fãs da Marvel Studios.