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Oscar 2006


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A cada dia que passa acredito mais no segundo Oscar de Sam Mendes e para seu filme, Jarhead.  Ator eu ainda tenho expectativas em Johnny Depp, acho q ele pode crescer no final da disputa; atriz a favorita hj é Dame Judi Dench, mas acho q se Julianne Moore entrar leva, difícil saber por qual filme; ator coadjuvante acho que deve ser uma disputa Peter Sarsgard X Ed Harris, se quiserem finalmente premiar um esterno injustiçado, Harris leva, se não, Peter é minha aposta; atriz coadjuvante me parece a mais imprevisível: imagino q possa ser Patricia Clarkson (não sei por qual, mas acho q All The King's Men tem mais buzz) X Kate Winslet (tbm difícil saber, por prudência, R & C, mas...) aqui é a mesma coisa, se quiserem premiar uma várias vezes indicada e nunca premiada vai pra Kate, do contrário, Patricia.  Eu sinceramente espero q ela entre sim, mas se for pra ganhar, prefiro que leve em 2007 como protagonista, pelo papel em Little Children, q pode ser seu melhor e mais desafiador.  Enfim, é esperar pra ver.

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off-toppic
Ah' date=' Ronny, eu AMO essa música da sua assinatura...

"Could you find a love in me, would carve me in a tree, don`t fill my heart with lies
I will love you when you`re blue, but tell me darling true, what am I to you."

LINDA DEMAIS!!! smiley1.gif [/quote']

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V, eu ouço essa música quase que todo dia, religiosamente. É das poucas que realmente me toca!!

E Mrs. Jones é Mrs. Jones!!!

 

* Mas como voce pode notar, fiz uma adaptação!!!

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Ronny38628.7317476852
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Last Days (Gus Van Sant): creio que tenha sido o melhor filme que vi no festival até agora. Introspectivo demais, com uma direção de excelente e cenas de tirar o fôlego. Já disseram isso, mas prefiro repetir: quem for fã do Kurt e for esperando assistir o cara todo feliz superando os obstáculos da vida e triunfando com a composição de "Smells Like Teen Spirit" vai perder tempo.

Café da Manhã em Plutão (Neil Jordan): divertido, com cenas legais e uma boa atução do elenco. Mas perde o ritmo e o embalo no meio.

Flores Partidas (Jim Jamursch): Bill Murray sentado no seu quarto, afundado em uma solidão profunda... ops, esse filme é "Encontros e Desencontros". Aqui no novo do Jamursch, basta trocar o quarto de hotel em Tóqio pela sala de sua casa. O filme é bom, divertido, com excelentes atuações; mas tem horas que as risadas são superficiais e é bem episódico. Um filme gostoso de se assistir.

Oliver Twist (Roman Polanski): os primeiros 20 minutos são bons pra caramba, mas depois de toda a projeção, fica apenas a sensação de legalzinho. Polanski já fez coisas bem melhores.

Manderlay (Lars Von Trier): foda, foda , foda, foda, foda. Claro que não TÃO bom quanto "Dogville", mas ainda sim é foda, foda, foda, foda, foda.

 

Fiquem à vontade caso queiram perguntar algo.

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Pessoal, apenas para servir omo base o qeu estou achando dos possíveis indicados ao Oscar, aí vai o meu top dos filmes assistidos no festival:

1) Last Days
2) Manderlay
3) Caché
4) A Morte do Sr. Lazaresco
5) Três... Extremos
6) Crash - No Limite
7) The Wayward Cloud
8) Querida Wendy
9) Flores Partidas
10) Sra. Henderson Apresenta
11) Café da Manhã em Plutão
12) Oliver Twist
13) Alice
14) Meu Deus, Meu Deus, Por Que Me Abandonastes?
 

El Carioca38628.9240856481
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Last Days (Gus Van Sant): creio que tenha sido o melhor filme que vi no festival até agora. Introspectivo demais' date=' com uma direção de excelente e cenas de tirar o fôlego. Já disseram isso, mas prefiro repetir: quem for fã do Kurt e for esperando assistir o cara todo feliz superando os obstáculos da vida e triunfando com a composição de "Smells Like Teen Spirit" vai perder tempo.

Café da Manhã em Plutão (Neil Jordan): divertido, com cenas legais e uma boa atução do elenco. Mas perde o ritmo e o embalo no meio.

Flores Partidas (Jim Jamursch): Bill Murray sentado no seu quarto, afundado em uma solidão profunda... ops, esse filme é "Encontros e Desencontros". Aqui no novo do Jamursch, basta trocar o quarto de hotel em Tóqio pela sala de sua casa. O filme é bom, divertido, com excelentes atuações; mas tem horas que as risadas são superficiais e é bem episódico. Um filme gostoso de se assistir.

Oliver Twist (Roman Polanski): os primeiros 20 minutos são bons pra caramba, mas depois de toda a projeção, fica apenas a sensação de legalzinho. Polanski já fez coisas bem melhores.

Manderlay (Lars Von Trier): foda, foda , foda, foda, foda. Claro que não TÃO bom quanto "Dogville", mas ainda sim é foda, foda, foda, foda, foda.

 

Fiquem à vontade caso queiram perguntar algo.

[/quote']

Vc acha que Cillian Murphy tem chances de indicação ao Oscar por Café da Manhã em Plutão??? O filme tem cenas devassas???

Vai assistir Brokeback Mountain? Li que haverá um seção única no final do Festival...

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Last Days (Gus Van Sant): creio que tenha sido o melhor filme que vi no festival até agora. Introspectivo demais' date=' com uma direção de excelente e cenas de tirar o fôlego. Já disseram isso, mas prefiro repetir: quem for fã do Kurt e for esperando assistir o cara todo feliz superando os obstáculos da vida e triunfando com a composição de "Smells Like Teen Spirit" vai perder tempo.

Café da Manhã em Plutão (Neil Jordan): divertido, com cenas legais e uma boa atução do elenco. Mas perde o ritmo e o embalo no meio.

Flores Partidas (Jim Jamursch): Bill Murray sentado no seu quarto, afundado em uma solidão profunda... ops, esse filme é "Encontros e Desencontros". Aqui no novo do Jamursch, basta trocar o quarto de hotel em Tóqio pela sala de sua casa. O filme é bom, divertido, com excelentes atuações; mas tem horas que as risadas são superficiais e é bem episódico. Um filme gostoso de se assistir.

Oliver Twist (Roman Polanski): os primeiros 20 minutos são bons pra caramba, mas depois de toda a projeção, fica apenas a sensação de legalzinho. Polanski já fez coisas bem melhores.

Manderlay (Lars Von Trier): foda, foda , foda, foda, foda. Claro que não TÃO bom quanto "Dogville", mas ainda sim é foda, foda, foda, foda, foda.

 

Fiquem à vontade caso queiram perguntar algo.

[/quote']

Vc acha que Cillian Murphy tem chances de indicação ao Oscar por Café da Manhã em Plutão??? O filme tem cenas devassas???

Vai assistir Brokeback Mountain? Li que haverá um seção única no final do Festival...

A atuação dele é boa sim. Não tem cenas devassas, é uma coisa mais light, porém, de certo modo, bem extravagante e engraçada.

Uma atuação que não sei se vocês estão contando é a do Bill Murray em "Flores Partidas", que é bem parecida com a de "Encontros e Desencontros" - filme pelo qual fora indicado no passado não muito remoto.

Vou assistir "Brokeback Mountain". Já tenho os ingressos e tudo.

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El Carioca, achei teu comentário a BREAKFST ON PLUTO sem qualquer entusiasmo. Voce diz que o elenco está bom, mas sobre Cilliam Murphy? A crítica diz que ele está excepcional!!!

E o filme é drama ou comédia???

E essa perca de fôlego chega a comprometer todo o resultado???

O filme é bom ou ruim??

 

vlw!!

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El Carioca' date=' achei teu comentário a BREAKFST ON PLUTO sem qualquer entusiasmo. Voce diz que o elenco está bom, mas sobre Cilliam Murphy? A crítica diz que ele está excepcional!!!

E o filme é drama ou comédia???

E essa perca de fôlego chega a comprometer todo o resultado???

O filme é bom ou ruim??

 

vlw!!

[/quote']

Tem drama e tem comédia - um pouco dos dois.

O filme é bom, mas não é aquela coisa toda. Já o Cillian Murphy é aquela coisa toda. Arrebenta.

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Aliás... quem é Amy Adams?

Amy Adams é aquela loirinha enfermeira que se envolve com Leonardo DiCaprio em Prenda-me Se For Capaz . http://www.imdb.com/name/nm0010736/

Critica do Bernardo Krivochein( www.zetafilmes.com.br ) para JUNEBUG , filme que começa a despontar como o indie queridinho da vez . Será um novo Sideways ?<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

JUNEBUG de Phil Morrison - 26/09/05
Com "formato Sundance", Phil Morrison traça um panorama complexo e enternecedor de uma América interiorana que a mídia hollywoodiana prefere ignorar.

Bernardo Krivochein (Rio)

É engraçado perceber como a própria cinematografia “indie” adquiriu convenções características de seu gênero que não o evidente “visual barato”. Quando descobrimos que “Junebug” tem como um dos temas periféricos a negociação entre uma curadora de uma galeria e um artista supostamente revolucionário cujas obras tem traços característicos, porém duvidosos, sua cinematografia já não parece tão ocasional assim.

Sim, o filme tem um formato “Sundance” que pode afastar alguns, mas o coração de “Junebug” bate forte. Capturando toda uma vida de frustração familiar, o diretor Phil Morrison parte do questionamento artístico já citado até a comédia comportamental, quando Madeleine (Embeth Davidtz, batendo um bolão) segue até a Carolina do Norte para cortejar o artista plástico marginal David Wark (Frank Hoyt Taylor), cujas pinturas cartunescas descrevendo algumas batalhas da Guerra Civil americana chocam acidentalmente (pela própria “ignorância” do sujeito), com imagens de pênis gigantes, massacres e escravos com rostos brancos. “É que eu nunca vi um negro na vida, então eu ponho neles o rosto das pessoas que mais gosto”, diz ele.

Calha que a família de seu noivo George (Alessandro Nivola), com quem casou num ímpeto romântico, também é da região. Serão eles que hospedarão o casal: o pai Eugene (Scott Wilson), incapaz de verbalizar sua compaixão, ingressa numa carpintaria constante num estado de catatonia; a mãe Peg (Celia Weston, ótima atriz que vemos em mais filmes do que nos damos conta) desconfia da moça com quem seu filho querido se casou; seu irmão mais novo Johnny (Benjamin McKenzie, de “The O.C.”) ressente tudo o que é relacionado à George; e a esposa de Johnny, Ashley (Amy Adams, genial no papel), que se agarra a Madeleine como a um bote salva-vidas.

A simples presença desses seres urbanos desestabiliza o “vidão” do interior, uma vez que as pessoas, antes pacíficas e satisfeitas, começam a se sentir inferiores em comparação. O humor do roteiro é ácido sem para isso ser escandaloso. “Junebug” também faz com que os urbanóides também sintam-se inadequados com seus vícios adquiridos pelo ritmo frenético de onde vivem, volta e meia questionando sua superficialidade. Até mesmo George mantém-se afastado das maquinações familiares, percebendo que embora sempre vá fazer parte daquele núcleo familiar, ele não mais se enxerga ali dentro. Morrison e o roteirista Angus MacLachlan fazem com que as conversas mais superficiais soem como desafios (como é o caso de Peg e Madeleine) e os piores conflitos tenham uma carga muito forte de amor fraternal (entre George e Johnny). Phil Morrison impregna até mesmo os espaços vazios com a presença desses personagens, onde suas vozes e os sons produzidos por eles vazando de ambientes offscreen, utilizando seqüências hiponímicas de montagem, atestam sua presença mesmo quando a narrativa os exclui temporariamente.

O centro do filme, insuspeitamente, torna-se Ashley. A atuação de Amy Adams é um dos pontos altos do filme como a jovem de interior que não consegue parar de conversar, inconveniente, mas cuja doçura e ingenuidade faz com que um possível raivoso “cale a boca!” fique entalado na garganta. Grávida, preocupa-se em manter a forma física para fazer Johnny voltar a apaixonar-se por ela. Ashley alimenta-se da presença de Madeleine como se a sofisticada mulher da cidade fosse lhe proporcionar algum tipo de salvação, mas quando Madeleine é obrigada a contrabalancear seus objetivos profissionais com o agrado à família do noivo, uma série de más decisões fazem com que as fachadas caiam, inclusive no então impenetrável George. Incapazes de expressarem seus sentimentos de forma apropriada, eles finalmente descobrirão seu papel dentro da máquina familiar num momento de tragédia.

Morrison permite que a câmera acompanhe os vizinhos, que nada sequer tem a ver com a história, nos levando para fora da história e insinuando uma outra. “Junebug” prefere criar um panorama amplo, complexo e enternecedor de uma América interiorana que a mídia hollywoodiana prefere ignorar. Longe de exageros como caipiras psicopatas e jovens cujo carro enguiça na estrada errada à noite. Um “fly-over territory” onde os lados não são tão opostos e definidos, onde os conflitos não são resolvidos com facilidade e resoluções não são embaladas com laço de fita. O lar da família é um organismo vivo, onde seus membros encontrarão a motivação para seguir em frente e até encontrar esperança nos momentos mais difíceis. “Junebug” pode não se anunciar com impacto visual, artifícios narrativos e virtuosismo técnico para chamar a atenção, mas sua placidez frente aos resultados de atrapalhadas ebulições emocionais é uma conquista fílmica tão grande quanto.

"Junebug” EUA, 2005. 107 mins. Direção: Phil Morrison.
Estrelando: Amy Adams, Embeth Davidtz, Alessandro Nivola, Benjamin McKenzie, Celia Weston, Scott Wilson. Distribuidora: Sony Classics. Site oficial:www.sonyclassics.com/junebug/

 

 

 

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Nova York cai de paixão por "2046"

As suas mulheres usam luvas negras longas com anéis de brilhantes nos dedos. O amor é desejo e uma sucessão de perdas, vividos ao som de antiquados e pungentes bolerões. Para ele, a memória tem um caminho traçado por lágrimas. Romântico, nostálgico e belo, "2046" fez Nova York cair de paixão pelo diretor Wong Kar Wai.

 

Com quase um ano de atraso, o novo filme do diretor, com Tony Leung e Gong Li, estreou mês passado nos Estados Unidos, depois de mostrado rapidamente na primavera no Festival de Tribeca. Foi parar no circuito alternativo reservado para os filmes não produzidos pelos grandes estúdios de Hollywood e há três semanas as sessões estão com lotações esgotadas, desafiando todas as verdades do mercado sobre a antipatia americana por filmes legendados. O diretor foi primeira página de todos os cadernos de cultura dos jornais, seus filmes anteriores ficaram difíceis de se achar nas lojas da Blockbuster e o CD da deliciosa trilha sonora de "2046" desapareceu das prateleiras da Tower Records.

 

Wong Kar Wai parece ter entrado agora definitivamente para o clube dos grandes diretores internacionais, depois de anos reconhecido como gênio por cinéfilos do mundo inteiro. "2046" é o oitavo filme do diretor de Hong Kong, a continuação há muito aguardada de "In the Mood for Love" (no Brasil, "Amor à flor da pele"), que foi a sensação do Festival de Cannes em 2000. Depois de cinco anos de produção, dezenas de interrupções, mudanças no elenco e na direção de fotografia, o novo filme chegou a Cannes em 2004, atrasado demais para receber a honra de abrir o festival e, pior, claramente inacabado. Conhecido por fazer as pessoas esperarem por ele e por seus filmes, Wong passou mais um ano filmando e montando para chegar à versão final de "2046", aí sim, recebida como um triunfo no mundo inteiro.

 

No início, "2046" seria um filme de ficção científica, passado 50 anos depois de a China ter recuperado Hong Kong e último ano do período em que vigoraria a promessa dos chineses de manter a autonomia e nada mudar na vida da ex-colônia inglesa. Virou o número do quarto do decrépito motel onde mora o protagonista, encarnado pelo ator Tony Leung, uma espécie de alter-ego de Wong. Em vez de situado no futuro, o tempo em "2046" acabou marcado pelo passar de mulheres pela vida do personagem principal, o mesmo jornalista e escritor que cai de paixão em "Amor à flor da pele".

 

""Amor à Flor da Pele" é uma história de amor, mas "2046" é uma história sobre o amor", disse Tony Leung na abertura de uma sessão especial, contando que era essa a explicação dada por Wong.

 

Para relatar o amor, o ator reapareceu de bigodes, com os cabelos emplastrados de brilhantina e nas filmagens recebeu a instrução de se comportar como um personagem do escritor Bukowski, cercado de mulheres, encharcado de sexo e freqüentador de cassinos. Abandonou a seriedade apaixonada de "Amor à Flor da Pele", mas manteve a melancolia lírica que marca os filmes de Wong, realçada por cenários e figurinos com muito veludo, boás, espelhos, num flerte permanente com os filmes B.

 

Perdas, separações e a impossibilidade de realizar o desejo são os temas constantes do cineasta desde os seus primeiros filmes, "As tears go by" e "Days of being wild", melodramas descarados do início dos anos 90. Os íntimos dizem que essa maneira de contar as coisas alegres com uma indisfarçável tristeza é o jeito natural de Wong. Nascido em Xangai, em 1958, ele foi levado pelos pais para Hong Kong, em plena época da Revolução Cultural. Por causa das complicações da política chinesa, ficou sem ver os irmãos por mais de uma década e pouco se comunicava com as crianças da sua idade porque levou oito anos para falar o dialeto cantonês da sua nova cidade. Passava as tardes acompanhando a mãe ao cinema e eventualmente seguia o pai, um gerente de boate, em sua ronda noturna, começando aí seu fascínio pela cultura de cabaré, da qual seus filmes estão impregnados. Freqüentou uma escola de arte mas rapidamente abandonou-a e, parcialmente sustentado pela mulher, fez todo tipo de pequenos trabalhos na indústria do cinema antes de dirigir o primeiro filme.

 

Faz o estilo óculos escuros, poucas palavras, ar sonhador e, como os personagens de seus filmes, fuma sem parar e devora livros. Cúmplice de Wong e ator de seus filmes desde 1991, Leung diz que tem sorte, pois nos sets é o o único a conseguir decifrar a letra do diretor nos rabiscos de roteiros distribuídos à equipe, à guisa de roteiro. Não fala tanto quanto o seu ídolo Jean-Luc Godard, mas, como o diretor francês, fez uma opção preferencial por improvisações e tem como hábito só escrever as cenas no dia da filmagem, inspirado pelo que aconteceu na véspera. Filma rápido ou lentamente demais, interrompe uma produção, engaja-se em outro projeto e volta para o que deixou pela metade, desrespeitando todos os prazos estabelecidos pela produção. Na filmagem de "2046" levou ao desespero o diretor de fotografia Christopher Doyle, companheiro de viagem desde 1989, que teve de abandonar o filme pela metade porque já tinha outros compromissos assumidos. A estrela Maggie Cheung foi obrigada a fazer o percurso Paris-Hong Kong três vezes para filmagens adicionais em ¿Amor à flor da pele¿ e jurou que nunca mais trabalharia com Wong, mas voltou atrás depois de ver o filme pronto.

 

Como um diretor de orquestra de jazz, junta grandes nomes e deixa cada um improvisar, mas é obssessivamente detalhista e perfeccionista. Sua assinatura está em cada detalhe, sua marca já é identificada em cenas de grandes nomes do cinema ocidental, que na última década vêm copiando ou "homenageando" Wong. Os críticos dizem que o modelo das imagens das batalhas de "Gangues de Nova York", de Martin Scorsese, pode ser achado em "Ashes of times", o hilário filme de aventuras de Wong sobre um espadachim chinês.

 

No início da primavera deste ano, um filme de três episódios, "Eros", juntou Wong e o diretor americano Steven Soderbergh ao monstro sagrado Michelangelo Antonioni nas telas americanas. A crítica, com o devido respeito ao cineasta italiano que reinventou a linguagem do erotismo quando os dois nem sonhavam com cinema, foi só elogios para "The Hand", o episódio dirigido por Wong. Como bom fetichista, Wong fez do herói desse filme um aprendiz de costureiro que tem como principal cliente uma call-girl interpretada pela estrela Gong Li. De novo, situado numa Hong Kong no início dos 60, os personagens se movem num ambiente de belas sedas e longos corredores, ao som comevente da voz de Caetano Veloso, cantando em italiano. O próximo desafio de Wong é Hollywood. Assinou contrato com a Fox Searchlight para dirigir três filmes em inglês, mas ninguém sabe se conseguirá compatibilizar seu método de trabalho com outros diretores e, principalmente, romper o círculo que o leva sempre de volta à Hong Kong dos anos 60 e às suas fantasias de desejo, rejeição e perda.

 

Por Helena Celestino

Ronny38629.0475578704

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Será que Kar-Wai vai fazer The Lady From Shanghai só no improviso ?smiley36.gifSerá que Nicole Kidman vai agüentar ? Se bem que depois de trabalhar com Stanley Kubrick e Lars Von Trier ela agüenta ...smiley36.gifE ela precisa voltar aos filmes de peso , A Feiticeira é bonitinho  mas e muito fraco  para aquela que é considerada uma das grandes divas do cinema atual .<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

E The Lady From Shanghai , não é o remake do filme de Orson Welles e estrelado por Rita Hayworth , apesar de Nicole adorar um remake , vide The Visiting , remake de Invasores de Corpos ...

 

Fernando38629.0582175926
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Acho que, como todo ator, Nicole tem que pagar conta (piadinha velha, sei!!!)

Ela, assim como July Moore, alterna anos mais comerciais com outros mais "arte".

Kidman promente para o ano que vem: FUR, BIENVENIDO A CASA e THE LADY FROM SHANGHAI são promessa de filmaços!!!

Quanto a THE VISITING, acho que pode render algo de bom pelas mãos de Oliver Hirschbiegel...

...Enfim!!!

Ronny38629.0623263889
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Ainda sobre o Oscar de filme estrangeiro

03/10/2005 - 19h47

Academia encerra inscrições a filmes estrangeiros para o Oscar

Por Rocío Ayuso
Los Angeles, 3 out (EFE).- A Academia de Artes e Ciências
Cinematográficas dos Estados Unidos encerra hoje as inscrições de
filmes estrangeiros pré-candidatos ao Oscar para a 78ª edição do
prêmio.

Trata-se de um sonho cada vez mais próximo aos países de língua
espanhola, que este ano se mostram animados pela vitória do filme
espanhol "Mar adentro" em 2004.

A Espanha tentará repetir sua conquista desta vez com "Obaba", o
último filme de Montxo Armendáriz, diretor que concorreu ao Oscar em
1997 com "Segredos do coração".

Outros países de língua espanhola como México, Chile, Argentina,
Porto Rico e Colômbia apresentaram suas candidaturas. No total, a
Academia convidou 91 países para participar do evento, dois a mais
que na última edição. Malásia e Cazaquistão são as novidades.

Após ficar de fora no ano passado, a Colômbia retorna nesta
edição com "A sombra do caminhante", filme de Ciro Guerra.

No ano passado, a Colômbia quis competir na categoria de melhor
filme estrangeiro com "Maria Cheia de Graça", fita desqualificada
nesta categoria por ser considerada uma produção americana.

Porto Rico enviará a fita "Cayo", enquanto o Chile compete este
ano com "Meu melhor inimigo", de Alex Bowen, um filme sobre o
confronto limítrofe entre Chile e Argentina.

A Argentina defenderá sua candidatura com "A aura", de Fabian
Bielinsky, um diretor já conhecido em Hollywood graças a seu êxito
"Nove Rainhas".

Esse filme tragicômico conta com um dos rostos mais conhecidos
pelos membros da Academia, Ricardo Darín, protagonista de "O filho
da Noiva", filme com o qual a Argentina concorreu ao Oscar pela
última vez, na 74ª edição.

É normal entre os aspirantes apelar aos gostos e preferências dos
acadêmicos, repetindo a presença de atores ou diretores que já
tiveram êxito anteriormente na premiação.

Desta forma, a Índia pôs suas esperanças em "Paheli", filme de
"Bollywood", a indústria cinematográfica indiana, dirigido por Vinod
Pandey, rival de "O filho da Noiva" em 2001 com "Lagaan".

O México participará com o longa-metragem "Ao outro lado", na
estréia de Gustavo Loza, que narra três histórias entrelaçadas de
crianças cujos pais cruzaram a fronteira em direção "ao outro lado".

O filme conta com o apoio do Unicef, que proporciona distribuição
não-comercial do filme para chamar a atenção sobre os problemas
gerados pelos movimentos migratórios.

Este tom social se repete em muitos dos filmes que aspiram a uma
indicação nesta edição do Oscar, uma conscientização que contrasta
com as histórias mais convencionais presentes em Hollywood.

A Itália compete com "Private", sobre uma família palestina que
tem sua casa ocupada por soldados israelenses; a Suécia enviou o
filme "Zozo", sobre um menino libanês que procura refúgio na Suécia,
e o polonês Greg Zglinski tenta uma indicação com "One Long Winter
Without Fire"(Suíça) sobre um casal que supera a perda de sua filha com a
amizade de refugiados do Kosovo.

O Brasil enviou este ano "2 filhos de Francisco", a biografia da
popular dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano, filhos de um
pobre trabalhador rural que conseguiram vender mais de 22 milhões de
cópias.

Outros aspirantes que já fazem barulho são o francês "Joyeux
Noel", que conta a história de soldados dos dois lados durante uma
trégua na Primeira Guerra Mundial e o alemão "Sophie Scholl" que
examina os últimos dias de uma jovem estudante dissidente do regime
nazista.

O comitê encarregado da seleção dos cinco indicados nesta
categoria começará a assisti-los em 28 de outubro.

Os filmes escolhidos serão anunciados em 31 de janeiro e a
entrega da estatueta será feita em 5 de março, na 78ª edição do
Oscar.

Fernando38629.0816087963
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off-toppic Ah' date=' Ronny, eu AMO essa música da sua assinatura... "Could you find a love in me, would carve me in a tree, don`t fill my heart with lies I will love you when you`re blue, but tell me darling true, what am I to you." LINDA DEMAIS!!! smiley1.gif [/quote']

 

smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

 

V, eu ouço essa música quase que todo dia, religiosamente. É das poucas que realmente me toca!!

 

E Mrs. Jones é Mrs. Jones!!!

 

 

 

* Mas como voce pode notar, fiz uma adaptação!!!

 

smiley36.gif

 

Nem fala...

 

Eu amo a Norah Jones, ela é foda!

 

WHAT AM I TO YOU, THE PRETTIEST THING, SUNRISE, THOSE SWEET WORDS, BE HERE TO LOVE ME, IN THE MORNING, todas elas me marcaram de alguma manira em um relacionamento recente...foi legal!

 

Enfim, bom gosto o seu smiley36.gif

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Si , mi amigo ! A Aura de Fabian Belinsky e com Ricardo Darin ( diretor e ator de Nove Rainhas) foi o escolhido pela Argentina !

Deus que me perdoe ,ser brasileiro e torcer para argentino , mas esse filme parece ser um representante latino-americano muito superior ao tupiniquim 2 Filhos de Francisco ... 

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Galera' date=' notícia sobre Romance & Cigarettes: O filme não estreou pois a Sony esta vendendo o filme ainda, o boata da compra veio por meio da United Artists. Também tem uma boa crítica do filme, onde mais uma vez, dizem que Winslet rouba o show:

[/quote']

Ótima noticia, Fecamargo... Antes adiado, do que mal distribuido antecipadamente.

Mas vc sabe, se ja marcaram a data do filme ?!?!

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Si ' date=' mi amigo ! A Aura de Fabian Belinsky e com Ricardo Darin ( diretor e ator de Nove Rainhas) foi o escolhido pela Argentina !

Deus que me perdoe ,ser brasileiro e torcer para argentino , mas esse filme parece ser um representante latino-americano muito superior ao tupiniquim 2 Filhos de Francisco ... 

[/quote']

smiley36.gifsmiley36.gifsmiley36.gif

Mas além de ter mais pedigree, há tempos que a Argentina merece um Oscar por essa nova safra!!!

Quanto a POR UM MUNDO MENOS PEOR, acho que sequer chegou a compor a lista de competidores!!!

...acho!!!

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