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Forum Cinema em Cena

Gustavo Adler

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Everything posted by Gustavo Adler

  1. FONTE: CINEPOP E ele está agindo igual a extrema direita em dizer que tudo é culpa do pt. Aaah, pelo amor, essa falsa equivalencia é uma burrice sem tamanho que acaba fazendo com que não se lute por mudanças alguma, é o quarto escuro da atualidade onde todo mundo se esconde. Se for olhar por essa ótica veremos semelhança com a extrema direita em qualquer lugar, nos liberais, nos socio-democratas, nos socio-liberais, enfim... Ao meu ver, essa resposta dele ou foi má interpretação da mídia que divulgou ou ele que quis dar uma resposta qualquer pra fugir de uma resposta mais séria e dedicada.
  2. Mas macho, eu não estou questionando isso, estou questionando o efeito desse elemento. Para mim, os melhores filmes de terror são o que colocam esse elemento em segundo plano ou nem colocam esse elemento. Estou aqui assumindo que não gosto de propostas de filme que se baseiam nesse elemento, entende? É tedioso, acaba com todo o terror que depende da nossa imaginação. Se eu olho pra um desfiladeiro e consigo visualizar todo ele, visualizar no sentido de entender do que se trata, eu perco o medo dele e passo a observa-lo a procura de procurar os pontos onde posso colocar minha mão e segurar pra escala-lo. O medo, ao meu ver, de subir um monte está na imaginação de que ali é algo intransponível, que você não consegue visualizar como irá subir, e imagina um monte de situações que te levarão a morte. Para mim, terror é isso, é o efeito da imaginação, e não do fato em si. O fato em si, particularmente para mim, não assusta, porque se há o fato, a a possibilidade de compreende-lo e tentar lidar com ele (mesmo se for um fato extra natural, um demônio. Ora, o que me faz crer que eu não posso conversar com um demônio e dizer pra ele: "tá, tu ta ai mas sei que tu não pode mexer na faca pra me matar se não tiver fortalecido com meu medo, então, e dai que tu ta ai?) E sim, agora falando em qualidade de filme, acho muito fraco propostas que se valem de imagens feias. Os filmes do Jason, ao meu ver, são uma bosta. Não tem nada além da brincadeira de pega pega. Já a do freddy krueger acho a proposta muito massa embore não goste dos filmes (ou não tenha assistido, só assisti um quando era criança e me lembro que não me pegou). Porque justamente não se tratava de um monstro pura e simplesmente, mas se tratava dos enigmas do sonho e do psicológico. A cada vez que a vitima sonha com o Freddy e se mostra amedrontada o Freddy vaii ganhando força, certo? isso tipo é uma exploração do efeito do estado mental da pessoa na sua qualidade de vida, na sua saúde física, no seu mundo físico, tem algo realmente interessante nessa proposta dos filmes da hora do pesadelo, algo que depende da nossa imaginação pra entender como ele o matará Mas e dai macho? no universo do personagem há dimensões em que o lobisomen é possível, ou por se tratar de um ser de outra dimensão que tomou conta de um corpo humano da dimensão do personagem ou sei lá o que. Mas o fato de você espectador saber que aquela proposta de filme tem lobisomen já me faz ligar o on, opa, é natural aparecer lobisomen nesse filme (mesmo que no mundo proposto pelo diretor essa tenha sido a primeira aparição e, consequentemente, não tenha sido algo natural para os personagens) Tipo, sim, o filme afirma, mas não fecha, as cenas, a abordagem, a montagem e todo o roteiro deixa a assombração pra segundo plano, o primeiro plano é o surto dos personagens (seja decorrente das visões e pertubações que as assombrações lhes apresenta, mas todo o foco do filme é o sofrimento da família e não as assombrações e o dano que essas assombrações fazem no psicológico delas. E isso faz com que as assombrações possam nem existir e tudo não passe de alucinação dos personagens, decorrente daquele ambiente e contexto terrível). "O "mentor" do menino avisa que ele iria ver algumas coisas, e ele vê, somado a isso a corroboração de que as coisas que ele vê são reais" SIm, o mentor, por sofrer do mesmo efeito que a casa e perceber no menino a mesma susceptibilidade a sofrer o mesmo naquele ambiente, preve que a criança possa sofrer o mesmo. O mentor acredita que tem um dom e acredita que a criança tem um dom, e eles acreditam que um teve conexão mental com o outro. Mas será que foi o dom ou foi a crença nesse dom e o contexto em que ambos partilham e do traço da personalidade? E, bem, a criança vê coisas porque o pai ve coisas e ai a criança passa a acreditar e essa crença serve de efeito placebo e faz com que suua visão passe a ver coisas? E a informação que o fantasma deu pra o pai pode ter sido muito bem algo que ele percebeu e como o cerebro dele não tinha como explicar como ele percebeu isso atribuiu inconscientemente a um fenomeno externo. Bem, não estou dizendo que o filme não assume que é assombração, mas que ele aborda o transtorno psicológico decorrente dessas assombrações e da casa e que todo o filme pode muito bem ser explicado sem essa assombração, e que isso, em mim, tem um efeito devastador no quesito medo. Deixa eu ver se eu consigo me explicar melhor. Comparar com as medicinas alternativas, homeopatia, chás, reza e tudo o mais. Todos os estudos evidenciam que a homeopatia não tem efeito nenhum no tratamento dos males que cada remédio diz combater (há um estudo recente com meta dados interligados e complexos, juntando vários anos e pesquisas que demonstram que os remédios homeopáticos não tem mais efeito que o placebo), e que, portanto, o efeito desses remédios nas pessoas que se utilizam deles pode ser atribuido ao placebo, a crença nesse tratamento. Mas não seria essa crença nessa cura justamente a força espiritual presente num ritual de resa que precisa do paciente estar conectado a ela? E a mente acreditando passa a realmente ter mudanças no mundo físico, isso não é a ação de uma força espiritual que nós não podemos detectar? E assim, para o assunto que estamos tratando, o que é importante é que mesmo que conscientemente expliquemos isso de uma forma racional se baseando nas leis dessa natureza, o fato de que outras explicações ou interpretações serem possíveis para algo que a razão explica faz com que a coisa ganhe uma dimensão mágica (e particularmente, mesmo sendo ateu, acho que só o fato de um amontado de particulas se juntarem e formarem moléculas, e formarem células e formagem organismos multicelulares, e formarem seres vivos... isso pra mim já é a magia da espiritualidade por si, mesmo que não tenha nada guiando a não ser as propriedades de cada elemento e suas coincidentes interrelações que acabaram gerando uma coisa que depois se interelacionou com outra e formou outra coisa, a magia está na coisa existir diante desse desenvolvimento "caotico"...). Voltando pro terror, por exemplo, tenho em minha mente uma ideia um filme de terror onde não fica definido se uma familia é atormentada por assombrações ou pela crença de que estão sendo atormentadas por assombrações em que o tema do filme é justamente que não importa se a assombração existe de fato ou não, ela existe porque a crença nessa assombração faz com que a pessoa a veja, a sinta, mude sua personalidade, passe a fazer fisicamente coisas que não faria em seu estado normal, aparentemente tendo mais forças, passa a mudar o mundo em sua volta, a construir e fazer coisas por conta dessas assombrações, passa aos outros essas assombrações e molda a sociedade e a sociedade molda o mundo e vice versa... Tipo, a ideia é que o primeiro filme seja uma família atéia onde uma pessoa passa a ouvir barulhos e sentir ventos e coisas que são fisicamente explicáveis, e que ela da explicação. Mas com o tempo ela passa a se questionar se tem explicação ou não mas ela assumindo que esse questionamento não passa de besteira, mas logo depois ela passa a não achar tão besteira assim, e logo após ela passa a achar que pode ser verdade que não haja explicação além de ser uma assombração, para logo depois ela começar a se ver acreditando que é assombração, pra logo depois a assombração de fato existir na cabeça dela e ela começar a dar nome ao fenomeno dizer que está sendo atormentada por demonios, pra logo depois ela começar a ter surtos como se tivesse sendo tomada pelo demonio, até que ela passa a ser possuida. E tudo isso o filme não aparece nenhum monstro e nenhum copo voando sem que possa ficar a duvida se foi o protagonista quem jogou, ou alguém da familia que passou a crer também, sugestionado pelo protagonista, ou que o copo caiu de algum lugar ou não. A questão é, não importa se não existe, o fato é que existiu e fez com que o mundo do qual a familia vivia fosse alterado por elas, e existiu na cabeça dessa familia, mas sendo um espírito de outra dimensão que precisa do cerebro humano pra se manifestar nessa ou é apenas uma criação de nossa mente? isso ficaria em aberto e seria essa a proposta, a ideia é que mesmo que haja explicação no mundo material não quer dizer que não haja o mundo imaterial. Mas para a questão que eu estou tratando, eu coloquei essa ideia que tenho (não sou cineasta e nem entendo nada de filmes, mas apenas faço esse exercicio sempre que vejo um filme de terror) pra demonstrar o que me causa um estado de medo nos filmes de terror, que é justamente esse não lugar de onde vem a ameaça. Tinha me esquecido do nome do filme Annabelle (e tava com preguiça de ir atrás do nome hahaha, o filme tosco esse). Mas assim, então, horror não me pega, não tem jeito. Mesmo essa cena do Alien que tu citou, sim, sei que o filhote de alien saindo do corpo é um elemento necessário, mas ao meu ver, necessario mais pra narrativa do filme do que pro terror em si. Tá, realmente, tem o susto, mas o susto, ao meu ver, é mais um efeito da surpresa de algo que você não esperava (e que, portanto, hoje já não sei se teria o mesmo efeito). Todo o lance de terror nessa cena é feito pelo que veio antes e depois desse susto e desse monstrinho, arrisco dizer se tivesse saido um boneco de terno e gravata não teria feito muita diferença hehehe. Como não sei? ele tem mãos e a utiliza pra levantar a boneca, porque diabos ele não a utilizaria pra enforcar o humano? Para mim, tá resolvido, tá tudo explicado, é um ser de outra dimensão que tem mão e que pode utilizar essas mãos (e se tiver outros poderes, tem outros poderes, mas tchalaaaa, o filme tem o demonio que tem poderes, qual a novidade e suspense nisso? o fato de ter um demonio físico ali presente, assumidamente, já torna previsivel que ele tenha algum super poder sei lá o que que faz a casa pegar fogo, voar, as pessoas levitarem, enfim...) Realmente, parece que isso fere com o que eu disse, mas ai é o lance da montagem. Em Annabelle e em outros filmes que tentam sustentar o terror em volta das figuras de cara feia, o terror está bem explicado e previsivel, é o monstro de cara feia. Agora, no tubarão, a cada ataque aonde está o terror? naquela cena? Na primeira morte, por exemplo, exatamente o que está acontecendo com ela? o que o tubarão está fazendo? arrancando o pe dela? ou só a puxando pra baixo? ou comendo a cintura? todos os filmes que se baseiam mais na sugestão também se valem do elemento cara feia, mas, por exemplo, no filme do tubarão, ao meu ver, o tubarão é um detalhe, o que importa aqui é que a gente não ve o tubarão te atacando debaixo dágua. Você está ali no mar, e de repente algo te puxa e você não sabe bem dimensionar o tamanho, como e exatamente o que está acontecendo no seu corpo (que você sabe que é o tubarão, mas fica só na sua imaginação e não na cena do filme). Mesmo nas cenas finais onde o tubarão fica toda a hora se expondo como se fosse um desfile de tubarão, ele aparece do fundo do mar, ainda como um elemento surpresa. No filme do Tubarão, de fato, não da pra tirar a cara feia do tubarão porque ai acabaria com toda a segunda parte do filme, mas imagine você um filme de tubarão só com a primeira parte, sem nunca o tubarão aparecer? Pra mim seria até mais aterrorizante. Então, eu acho de derruba, fica algo meio brochante, sei lá. Porque tira o exercicio de imaginar a ameaça, que me cativa mais. Pronto, pega a mosca, quer coisa mais sugestiva do que fazer um homem mosca naquela época? Aquele homem mosca que o filme expos não tem nada a ver com homem e mosca de fato. Ao meu ver, se encaixa perfeitamente no que eu falei da aproximação da imagem que o autor tinha na cabeça. Duvido muito que o autor não queria fazer uma pessoa com cara de mosca ou uma mosca com cara de pessoa, enfim, um ser com características bem definidas de mosca e humana, mas só pode fazer aquela coisa meio gororoba meio gosmenta meio sei lá o que que nos lembra uma mosca e um homem. Videodrome eu assisti e amei, mas assisti uma vez, tenho que assistir de novo. Aposto que se encaixa no que eu disse ai. Evil Dead, pow, aqueles bonecos se quebrando e sei lá o que parece mais um boneco do que uma pessoa (ou seja, o efeito especial não consegue de fato esconder que ali são manequins usados pra fazer o papel de "mortos vivos") . Suspira é bom mas não me deu medo não (assisti a uns 3 anos atrás). Bem, sei lá, acho que um filme como tubarão, o exorcista, o iluminado, poderia perfeitamente ser tão terrorificante sem a aparição dos monstros (pra mim, seria até mais terrorificante).
  3. A grande diferença entre nós é que para mim cara feia é dispensável, pra você não. Para mim, bons filmes de terror são com ou sem cara feia, cara feia não faz muita diferença. E como eu disse sobre o exorcista, o exorcista é um terror foda APESAR das caras feias. Em um mundo onde lobisomem é possível, acaba que liga a chave on e se torna, nesse mundo, o lobisomen algo tão natural quanto o homem de terno no nosso mundo é. Bem, esse momento do filme com a criança se conectando telepáticamente com o cozinheiro do filme do Kubrick é o UNICO onde há de fato uma evidência no filme de que a criança reallmente tem um dom e não que é decorrente de um ambiente claustrofóbico e solitário que é o hotel, onde as pessoas ali estão sujeitas e acabam por, as mais sensíveis, passar por surtos psicóticos e paranóicos. Me diga, como você pode ter certeza absoluta de que foi realmente um dom que o garoto e o cozinheiro possuia ou é decorrente de um quesito psicológico que ambos sofreram por igual decorrente daquele ambiente e que eles atribuiram a um dom? E me diga aonde em todo o filme do Kubrick está descartado que tudo aquilo não passa de um problema mental da criança e do pai e da família em geral, por viver em um ambiente como aquele, e que não tinha nada de assombração? Se você apontar pra criança também ver assombrações, te digo que isso pode ser muito bem surto psicológico sugestionado também pelo surto que o pai dele estava passando, a mãe idem,... E sim, não estou dizendo que o Kubrick não assume que é assombração, ele assume, mas ele não fecha, entende? É assombração, mas mesmo assim, até onde vai a assombração e até onde vai o surto? Ou melhor, o filme do Kubrick é tão escancarado assim pra descartar a possibilidade daquilo tudo não ser apenas surto? E acho que tu não está entendendo bem, eu não estou falando da definição oficial do filme, mas das cenas, do que exatamente está fazendo e causando, não da pra ver a mão batendo no psicológico da pessoa e possuindo a pessoa, mas o não lugar que deixa tudo suspenso, a ameaça suspensa, a natureza da ameaça suspensa, é ou não um monstro? qual forma dele? é natural ou não? o filme pode já de antemão assumir, mas a montagem que me assusta não é aquela que dado que o filme assumiu isso, pimba, revela isso. A montagem é aquela que a cada momento de terror a ameaça e a possível agressão fica em estado de suspensão, em um estado de tormento por não saber enquadrar aonde e como e qual ação será inflingida (mesmo que o filme tenha assumido desde o inícia se tratar de uma assombração na casa e tudo o mais). vou dar um exemplo do que acho exemplo ideal do que quero falar e de como acho tosco isso. O filme da boneca possuida que apareceu no invocação do mal, o primeiro filme dela, o filme todo é uma bosta, e tem uma cena que retrata bem essa sensação de "bleh, mais um monstro tentando assustar os moradores". O Demonio aparece segurando a boneca que antes parecia estar flutuando. Ora, uma boneca flutuando em filmes que não aparece o demonio segurando a boneca não é "assustador" porque uma boneca está fazendo algo que foge as leis da física (hoje não é mais assustador, já virou uma cena cliche que depende de todo o contexto, mas enfim, estou tratando do potencial assustador presente nessa cena), mas sim porque nós não conseguimos, ao meu ver, prever como o demônio está levantando ela, o que está exatamente acontecendo, se é através da manipulação do vento, do psicológico da vítima, da energia vital, etc (e aqui é importante ressaltar que mesmo que o filme assuma que é uma assombração, ainda sim, a cena em si não está assumindo nada, está só sugerindo, mas a resposta continua no ar, e a resposta pra tudo, até exatamente que mal que essa boneca suspensa ou o que faz essa boneca ficar suspensa pode fazer exatemente na pessoa, pode jogar essa boneca na cara da pessoa? pode enfraquecer o psicológico de forma que a própria pessoa permita que outra entidade tome o controle sobre si? o que exatamente aquela coisa que faz a boneca ficar suspensa pode fazer com a pessoa?). Já nessa cena do filme da boneca amaldiçoada, o demônio tá lá aparecendo, tem dois membros anteriores, dois membros posteriores, o membro anterior manipula objetos, segura a boneca e levanta ela. Pimba, ta tudo explicado, pronto, pode desligar o filme, já sabemos que nesse mundo criado pelo filme há criaturas de outra dimensão ou sei lá o que que tem braços que são capazes de manipular objetos da dimensão que os humanos estão. O ser ali tendo cara feia ou terno e grava é detalhe, adereço. Então, sim, de certa forma, sim. Não consido temer tanto filmes de serial kller e animais ferozes, porém se as montagens das cenas de terror deixar em suspense alguma coisa vinda da ameaça, como o bicho irá te pegar, você consegue entender e antecipar pra saber como evitar ele te alcançar? Tipo, esses filmes de serial killer, pra mim, os melhores são aqueles onde o assassino vai entrar na sua casa sem você saber como (mesmo que não precise apelar pra forças extra-naturais). E, prooooonto, veja o tubarão, o filme Tubarão do Spielberg, o primeiro, até onde não viamos o bicho atacando e apenas as pessoa sendo tragadas por algo que ta na água (e toda cena da primeira morte é um PRIMOR) é a melhor parte do filme, porque justamente agente não consegue visualizar o ataque, e ai fica na imaginação. E É EXATAMENTE ISSO QUE ME FACINA NOS FILMES DE TERROR ANTIGOS, onde a tecnologia não era o suficiente e era preciso usar toda uma artimanha e arquitetar toda um efeito de fenômenos não naturais com o ferramentário que tinha, e ai que entra o tchã do terror, pois os filmes não replicavam a cena de terror que eles tinham na cabeça para o filme, eles tentavam montar com a ferramenta que tinha uma situação que mais se aproximava da imagem que eles, os autores, tinham na cabeça. Então, o que ocorria, na verdade, é que as montagens das cenas eram feitas de modo que sugestionasse quem estivesse assistindo a imaginar e visualizar o terror que o autor quer expor. Não é uma exposição nua e crua, porque também não havia tecnologia pra isso, então era mais um jogo de imaginação do que exposição. Então, todo essa construção das cenas com a tecnologia que tinha na época, fazia com que, muitas vezes, as montagens e os efeitos tinham que ser encaixados de forma que o espectador pudesse imaginar o que eles querem passar, e isso faz toda a diferença. Uma flor não é nada, o importante é a raiz e o tronco e as folhas. A impressão que eu tenho é que a sociedade atual deixou de lado as raízes o caule e as folhas pra querer comprar no shopping a copa da arvore e as flores que elas achavam mais bonita, plantas de plástico mas que, na verdade, é só isso, de plástico, não carrega consigo toda a magia do inexplicável do infinito que é uma arvore com toda a sua dimensão do que é e como é feita a raiz, o caule a folha, como elas se interconectam, como elas interconectados agem pra forma algo tão distante de nós coomo é uma arvore.... Entende? a sensação que me dá é que as pessoas passaram a crer que terror são imagens assustadoras, quando na verdade, ela é só um efeito pra consolidar a sugestão. E a falta de consolidar a sugestão não é um problema pra o filme de terror já para os filmes de ação, de herói, de mocinho e bandido por exemplo, sim, acho um grande problema, enquanto nos de terror não vejo necessidade disso, nos filmes de ação eu acho que a consolidação da sugestão é fundamental. Nos filmes de herói os protagonistas nunca morrem, as ameaças tenebrosas e aparentemente imbativeis nunca se consolidam. Cito aqui como maior exemplo disso os filmes do senhor dos anéis, onde aponta que o olho lá que controla os orcs e os orcs são imbativeis, uma leva de monstros guiado por uma força insuperável, mas no fim, nenhum personagem principal de fato morre, todos saem matando infinitos orcs, e tudo parece uma brincadeira. Acaba que toda aquela aurea que o filme da ameaça sendo uma frustração total e uma punhetação inútil. Sei lá, a sensação é que acreditamos no conto de fadas que tudo é uma escolha dos brinquedos que o mercado nos oferece, e deixamos de lado a essência do que faz exatamente cada coisa ser algo além de apenas um material ali exposto do qual temos acesso. E sim, realmente é muito gostoso debater contigo, Questão. Sempre me leva a refletir sobre os meus sentimentos para com o filme e para com o mundo de uma forma gera.
  4. A montagem é que é o terror, e não a cara feia, e os melhores terrores são os que se baseiam na montagem, ficando a cara feia para segundo plano (e muitos terrores fabulosos nem tinham cara feia). E susto é só susto, que depois que você pega a manha (e hoje em dia é dificil não prever os sustos) já nem susto leva Ue, quer coisa mais normal em um mundo de terror do que uma cara feia? é como eu disse sobre uma coisa ser assumidamente extra-natural. Se o filme assume isso como lei física, tipo, um demonio é um demonio assim como uma gravidade é uma gravidade, basta você ligar o turn on e entender que naquele universo há demonios, pronto, aquilo fica normal. Basta você ligar o turn on que há seres de outra dimensão, que é extra natural nesse mundo mas no outro não é, pronto, voltamos ao senso de normalidade. Justamente é na montagem que se tem a suspensão do que é normalidade, justamente onde não da para definir o que é normal e o que não é normal que vem a "imprevisibilidade" (e aqui falo de imprevisibilidade não do que vem a seguir na cena seguinte, pode ser que todo o passo seja totalmente previsivel, como, por exemplo, atividade paranormal 1 foi, mas a imprevisibilidade que menciono é do fato de não sermos capaz de decifrar qual é exatamente o mal que aquela coisa está fazendo no outro, tipo, não é uma facada, não é algo que você vê e entende, mas é justamente o inexplicável, o que atinge seu psicológico e torna tudo uma sombra barulhenta e atormentadora sem que saibamos exatamente o que e como). Vou pegar esse excelente explicação pra mostrar o porque, pra mim, o horror é um tédio (agora entendi que o que eu estava achando tedioso era as cenas de horror presente nos filmes de terror, realmente, nunca me senti fisgado por filmes de horror, achei todos uma masturbação de imaginação de cenas com sangue orgãos partes corporais e caras feias). Para mim o exorcista continua sendo a obra prima do terror de assombração, mas, MAS, eu o revi uns anos atrás e fiquei muito decepcionado e entediado com as cenas em que a criança aparece toda com a cara desfigurada, rodando a cabeça etc. Mas então por que ainda considero um dos melhores filmes do tema? porque mesmo nas cenas de horror explicito, o que, ao meu ver, segura o filme é o clima, é a sugestão, é o inexplicável, é o que nem é nem não é extra natural (mesmo que o filme ASSUMA que é um demônio, não se sabe exatamente como é, como age, o que exatamente ele está fazendo na criança pra ela ficar mal, o que é exatamente esse mal estar que a criança está tendo, etc...). E em nenhum momento há qualquer elemento do demonio ou de seu mundo exposto no filme, só comportamentos situações e ações inexplicáveis pelas leis da física desse mundo. E mais, o filme realmente me reconquistou pela primeira parte, quando o demônio estava apenas atormentando a garota, ou mesmo quando a possuiu mas ainda não tomou toda a sua aparência de criança possuida plenamente. O inicio até a metade do filme é sensacional, sensacional. Não mostra nada, mas da um medo absoluto e total. Sim, mas não é questão de ser fácil ou dificil, é questão do efeito que o filme da, você tá lá imerso no filme, mesmo que você saiba que não é o personagem, você se imagina como o personagem pode estar se sentindo através do que você sentiria se estivesse ali. Exatamente, ou seja, o que é assustador é arbitrário. E em um filme de terror na época onde já vimos vários e vários, e em um contexto cultural de que todas as caras feias já estão explicadas, homem de terno e um lobisomen se tornam apenas figuras, perdem o tom de ameaça ou não ameaça. Me explicando melhor, o Lobisomen é uma criação da nossa imaginação baseada no lobo. Mas pega o lobo, ele com a cara rosnando não da mais o medo que um filme dá, da o medo de ser atacado, mas dentro de um filme, a imagem já perde todo o efeito. O lobisomen por si só é um lobo, ou seja, basta dar uma cochinha de galinha que você domestica ele, entende? é tipo, acaba sendo um homem de terno e gravata, é algo plenamente experado e explicado. Sim, não tinha me atentado pra isso, mas veja, telepatia, e tudo o mais, essas habilidades, muito bem definidas. Poderia ter ficado na sugestão, como ficou no filme do Kubrick Mas o filme de superman não da medo, e, assim, o filme de superman, pra vocÊ se imaginar naquele universo, o filme é mais importante do que o personagem voando, entende? se o filme não for bom, o personagem voando se torna uma pessoa com cordas nas costas fazendo malabarismo. Por outro lado, uma pessoa pode nem voar, mas o filme fazer a gente ter a sensação de que ela está voando. As leis da física é física desse mundo, mas se você define que é´uma criatura que não respeita a lei dessa física, logo há outras leis, outras físicas do lugar onde veio, entende? tipo, fica tudo muito enquadrado, basta apenas entender que ele vem de outro contexto, que cabum, você prevê que o outro contexto explica ele, e que você não consegue explicar porque não conhece esse contexto, mas você consegue prever que existe esse contexto. Bem, a profecia não me lembro se assisti, a hora do pesadelo eu não gosto, mas só o fato de ser um sonho deixa a coisa em suspenso, pois ele afeta, inevitavelmente, algo imaterial e abstrato que é o psicológico, o sonho. "como o Fred causa mal a pessoa? como você sofreria do fred? qual o efeito exatamente que ele da?" Um fantasma que aparece é fácil perceber que ele aparece e joga uma faca na sua cara, ou seja, tanto faz se ele é assombração ou não, é alguém jogando uma arma em você. Mas você está se prendendo ao fato de que só é possível imaginar o mundo que vivemos, mas se você ligar a chave de que outros mundos podem ser imaginados e assim prever que esses outros mundos terão leis e forças diferentes da do seu mundo, logo você pode esperar muita coisa que ameaça você nesse mundo. Tipo, é só um ser de outra dimensão onde os alimentos são oriundos da fotossintese que transforma a energia do medo em comida, logo ele vai aparecer nesse mundo e tentar te causar medo, entende? Não é o fato exatamente dele ser fora desse mundo, mas o fato disso estar estabelecido e consequentemente suas ameaças. eu amo as sugestões que o terror gera, e me deixa brocha todo filme que larga a sugestão ou deixa a sugestão pra segundo plano. ao meu ver, quem tem que ficar em segundo ou terceiro plano são caras feias.
  5. Desculpem aos ansiosos por essa coisa ai. mas que coisa mais tosca. E não é pelo fato de pessoas brilharem, mas ao fato de dar a entender que a tensão do filme será com base nessas coisas bem determinadas que fogem das léis físicas. Repito, o grande lance do terror não é algo que foge das leis naturais acontecer, é justamente o fato suspenso se aquilo se trata de algo além da natureza, e, portanto, imprevisivel e indecifrável, deforma que ficamos completamente desarmados, e não uma aparição assumidamente extra natural. Porque uma aparição assumidamente extra natural é só ligar a chave pra: "opa, existe outra natureza em outra dimensão, basta conhece-la que saberemos como proceder. Talvez aquilo que estamos chamando de demonio é só um ser de outra dimensão pertubado porque não está conseguindo entender em que dimensão está"
  6. Continuo discordando de ti. Para mim não há nada de estranhamento em crianças com lentes de contato, entende? não importa a cara feia, é só uma cara feia O segredo do terror é sua sensação de desconforto, de estranheza. É ingenuidade achar que um bom filme de terror no século 21 pode assustar com base em alguma suposto desconforto que uma cara feia pode ocasionar. Me desculpa, mas não ocasiona. No primeiro momento que você pensar: "aah, é só mais um bicho feio que aparece" todo o filme perde a graça, vocÊ simplesmente se desconecta de todo o clima de tensão que o filme tentar lhe colocar, porque no fim, é só dar de ombros e virar as costas e ignorar. Isso em se tratando de filmes de assombração, onde o estado de medo e tensão do personagem é ferramenta necessária para que as entidades possam lhe causar mal. É claro que se você virar as costas pra um monstro físico, tipo um lobisomen, ele vai te comer. Mas ai já entra outro efeito que tira qualquer desconforto da ação, é que fica algo tão caricato que fica banal, opa, mais um monstro mordeu a cara de uma pessoa, e dai? E monstro físico a única coisa que pode assustar seria sua imprevisibilidade ou inevitabilidade ou invencibilidade, porque a aparência, ao meu ver, é indiferente. Tanto faz se for um homem de terno e gravata ou um lobisomen, é só encarar com um revolver e atirar na cabeça, a cara feia não faz diferença.
  7. A pena se a Rey não for um clone e sim uma descendente do Palpatine, é que o lance bem massa da filosofia da força pode se perder, de que ao criar um clone que foi pro lado da luz, o outro descendente (o Skywalker) vai pro lado sombrio, Mas isso ainda pode ser, mas ao invés de clones, os filhos mesmo. A descendente do Palpatine foi pra o lado da luz como uma reação da força pelo fato do Kylo ter ido pro lado sombrio
  8. Bem, isso traz um debate deveras interessante!! Peguemos o caso do Tropa de Elite, O Brasil é um país históricamente calcado no apelo a autoridade, aos heróis que lutam bravamente contra os criminosos e contra as ameças a pátria. Ou seja, um traço dessa construção colonial que é o Brasil é o apego a imagem da autoridade policial (o que é uma característica chave para que o fascismo floreça). O Padilha pode ter tentado expor uma crítica a essa figura, mas o filme sempre exalta as características socialmente reconhecidas como características valiosas de um policial, como por exemplo, seguir a linha da sua missão como policial, sem transgredir (e não achem que os tapas na cara, a forma de abuso de autoridade do chefe da tropa e a arbitrariedade com que mata e caça pessoas na favela, isso é visto como uma característica dentro da linha de missão do policial e extremamente valiosa por por sua vida em risco pra salvar a vida dos cidadãos de bem. Isso não é trasngressão da profissão e o Padilha, acredito eu, sabe muito bem disso. Colocar isso como ele colocou achando que estaria expondo um problema da coorporação pra a sociedade é, ao meu ver ingenuidade, pois, na verdade, realça o sentimento da população de que policial é herói que tem que sair matando pra salvar a vida e os bens do cidadão de bem). No mundo atual, a pressão social, a discriminação, o bullying, o apego as armas e discursos fáceis somado a xenofobia, o racismo e o nazismo estão em alta, a sensação de se achar fazendo parte de uma elite que tem valores que devem ser defendidos e que os outros valores devem ser eliminados, é um contexto do qual o filme pode realçar. Por exemplo, se o coringa for um jovem branco que sofreu bullying a vida inteira e foi desprezado e ridicularizado em sua profissão enquanto na sociedade, algumas medidas afirmativas são tomadas e o sucesso de jovens de outros grupos que, teoricamente, não teriam sido escolhido por não possuir as qualidades esperadas, e a revolta se tornar um ato justificado frente ao boicote que essa sociedade causa a esse jovem que tinha tudo pra realizar seus sonhos em detrimento de grupos considerados degenerados ou inferiores, ai sim, estará reafirmando essa imagem de branco humilhado pela sociedade que busca sua vingança. Mas como eu acho que esse filme do Coringa vai ter uma pegada diferente da do Tropa de Elite, pois o Tropa de Elite é um block buster e não um estudo de caso ou estudo de personagem aprofundado, no final, a missão foi cumprida, a policia salvou a comunidade dos criminosos e o bandido maior foi eliminado, o que, sem querer querendo, acabou reforçando a imagem da policia como grupo de heróis a serviço da população. Já no do Coringa, acredito que sim, haverá a critica a essa sociedade elitista e discriminatória (pois não há como negar que esses assassinos em massa é resultado, em grande parte, da sociedade vigente que vende sonhos e condena ao despreso e ao ridículo aqueles que não alcançaram - ainda - os sonhos que ela vendeu, e que, a criança sofre discriminação desde cedo e assim aprende que assim como os grupos que o ridicularizaram na infância são merecedores, eles são merecedores em relação a outros grupos e que, por isso, é justo sua vingança) mas também mostrará uma mente perturbada do Coringa de forma que deixará claro que a sua reação frente a essa pressão será completamente irracional, que ao invés de tentar solucionar as causas desse problema, passará a ser um resultado extravagante e ressaltado daquilo que o formou, um retrato insano das qualidades insanas da sociedade. Enfim, vejo mais no Coringa um estudo de caso de como um genocida alucinado é um retrato de uma sociedade e de problemas psicológicos decorrentes ou reforçados por essa sociedade do que uma afirmação de uma figura justiceira e que luta contra uma sociedade que lhes rouba o sucesso que lhe és de direito. Já o Tropa de Elite não me parece ser o caso, me parece mais que ressaltou a figura de policial que sofre horrores no combate ao crime e aos criminosos. Ou seja, ressaltando a imagem popular de que são heróis fardados que a dispeito da sua própria qualidade de vida se entregam a uma missão horrenda. Em nenhum ponto do Tropa os problemas psicológicos do Capitão demonstrados em sua casa tiveram algum efeito na conduta do policial de forma a colocar sua ação inexplicável perante sua função, qualquer abuso que ele tenha feito, se explica pela função que ele exerce. As pessoas torturadas são, no fim, bandidos, a ação autoritária só se restringe a bandidos e tudo é justificado. hahaha
  9. E eu gostei do universo do snyder apresentado no MoS
  10. tomara que aconteca que nem o IT, pois esse negócio de mostrar os rostos dos endemoniados, com olhos brilhando como se isso fosse alguma coisa tensa, já me deixou bastante desanimado. O que vi foi um bando de pessoas com olhos claros, sei que a proposta é diferente, tratar a assombração como assombração e não como algo dúbio se é do psicologico do personagem ou não, mas o filme poderiia muito bem deixar claro que se trata de um filme de assombração sem deixar de fazer cenas que estimula nossos sentidos a criar uma imagem de assombração onde não há nada exposto de fato na imagem.
  11. Mas eita, ai a expectativa tá alta mesmo hahaha Então, o grande lance pra gostar do filme ou não vai ser se nós formos pegos por esse tom e nos envolver, se não nos pegar e ficarmos vendo prevendo tudo, aii vai ser um filme pé no saco Entendo o que você diz, mas não acho que a personalidade do filme tenha salvado-o. O filme tem algumas cenas que são boas, mas a maioria me da vergonha de estar assistindo, parece um filme assumidamente cartunesco pra tirar onda dos personagens e da história, com personagens vestidos carnavalescamente e cujos propósitos fingem ser sérios mas que, no final, são ridiculos a ponto de bastar chamar o nome da mãe que tudo se resolve
  12. Mas pera ai? tu ta esperando o que? porradaria e cgi? Eu to esperando um baita estudo de personagem e imersão no contexto social que pode produzir esse personagem
  13. "mas era coerente com oq vinha se fazendo no universo. Fato!" Você tá falando isso por você, né? Eu falo por mim também, mas também em referência a muitas reações até jocosas do púbico a esse filme.
  14. Não tava indo bem não, o BvS foi uma vergonha alheia total. E o problema não foi o realismo.
  15. Também acho Pode ser que a Rey vire do lado negro para evitar o que ocorreu com o Anakin, do Vader ter sua redenção sem que precise ambos lutarem até a morte no final. Então ela se converteria pro lado negro da força para entender essa forma de lidar com a força e como usar esse lado para que haja luz, como fazer com que o Kylo use sua força para desmontelar o novo império e usar dessa infraestrutura que foi criada para gerar riquezas e autonomia em cada povo do universo, algo do tipo, usar a força do lado negro (e toda a infraestrutura do império) para que seja exercida a diplomacia e reestabelecida as relações em igualdade de condições. Parece utópico, mas ai que vai ser a grande jogada do filme, se ele fizer com que a Rey parta para essa missão, de embarcar no lado negro, e, até consiga converter o Kylo para adotar uma nova postura e se converter, teoricamente, pro lado da luz e usar toda a máquinária que concentrou em si pelo lado sombrio da força para que seja promovido a paz e a soberania dos povos e a livre troca de saberes e respeito mutuo. Porém, PORÉM, tudo isso em teoria, porque o final seria a Rey se perguntando se ela de fato conseguiu entrar e sair do lado negro imune, e se de fato o Kylo deixou o lado negro de fato ou apenas aprendeu outra forma de ter o controle do universo sem que tenha que ter o desgaste de enfrentar uma grande revolta de pessoas, seus atos cruéis e imperiais se concentrando mais em grupos não contemplados e representados por essa estrutura ou em grupos que não são incluidos nessa nova regra social universalizada e, que, portanto, se tornam ou servis ou a margem, recorrendo a criminalidade para se incluirem no jogo social. Assim, as prisões continuarão lotadas de gente e cada dia mais aumentando e amontoando pessoas, o aparamento policial continua intenso e repressivo, mas os focos serão convencionalmente claros e aceitos por "todos", e Kylo será cultuado como um grande e digno lider.
  16. Sim, de fato, a busca por corrigir nossos erros não pode cair no lugar comum de se tornar um exercicio de criação de novos dógmas e rótulos. Concordo, mas vou tentar me explicar melhor (sinto que me expliquei muito mal no comentário acima). O problema não é ele gostar de sexo e sedução, mas é ele ser um modelo de homem por tratar as mulheres como meios de saciar seu desejo por sexo e que para tanto basta seduzir. Ou seja, as mulheres nas franquias só existem nesse contexto de sedução e sexo para o prazer do personagem (mesmo quando a personagem feminina é forte, com supostas razões próprias e sendo agentes também, a força da personagem é só ferramenta para que torne o personagem 007 mais foda por ter conseguido seduzi-la e satisfazer seus desejos). E a sedução é sempre colocando a mulher como passiva, no sentido de que dando a entender que não há participação nenhuma no desejo da mulher em fazer parte da relação, apenas que a força do personagem Bond é tão forte que supera qualquer resistencia por parte das personagens femininas, agindo como que, no final, encantadas por essa presença máscula. Acho que o erro da tentativa de repaginada é usar a figura de uma mulher negra para desligar a imagem da franquia que conta a história do personagem a sua origem racista e misógena, mas essa tentativa é fruto do mesmo traço racista e misógeno que originou a franquia. Mas vamos tratar do problema em questão, a franquia precisa trabalhar o homem construído na formação do personagem, e não a imagem da franquia de valorizar o homem. Porque se o homem continuar sendo o agente que tem força para conseguir tudo (mesmo sem querer), tendo os outros para que ele consiga isso, ainda sim, o homem será construído como força interpelável. Não assisti skyfall, mas pelo que tu falou, parece que cai nessa máxima, o Bond é gostosão e é natural que as personagens femininas periféricas transitem tendo como foco ele. E colocar uma agente negra pra ocupar seu cargo enquanto ele não pode atuar é o pior meio de tentar repaginar. Não seria melhor o Bond tentar atuar como detetive, e vez ou outra tentar seduzir alguém, e alguns desses alguéns serem completamente indiferentes a ele e ao mesmo tempo ocuparem uma função social de extrema importância (de maior importancia melhor ainda) e ter desejo por outra pessoa, e vida que segue e o Bond continuar seu trabalho, tentando parcerias de trabalho com outros agentes que são igualmente importântes ou mesmo mais importantes, e o Bond errando muito na sua investigação e tendo ajuda de alguém, algum amigo talvez, para poder conseguir uma resposta que o faça, no fim, encontrar as causas do problema que ele investiga....? Não estou pondo esse exemplo como fórmula que deve ser seguido, mas apenas um exemplo aleatório mesmo que sirva de que outro Bond é possível sem necessariamente envolver personagens femininos e negros para que esse objetivo de formar outro Bond seja alcançado.
  17. Eu adoorei o trailer, inclusive achei superior ao primeiro Aaah e destacar a atuação do Phoenix e do De Niro
  18. Revendo as imagens dos filmes anteriores do Rambo nesse trailer da pra ver como é cartunesco, as caras e bocas dele de machão imparável hahaha
  19. Concordo plenamene com você, no final, a mensagem será, mais uma vez, a da mulher negra servindo para a ascenção do homem branco. Desculpe, Questão, então que não usasse uma mulher e negra, que é justamente o papel social que se espera de uma mulher negra, de servir de ajuda para o homem branco. Não importa se o 007 é homem, não importa se a intensão de quem fez e pensou o filme é mante-lo sendo homem, e não importa que o fato dele ser homem não necessariamente seja machismo. Embora a criação dele seja machista e oriunda de uma cultura machista racista, ou seja, a criação do personagem, não o personagem, portanto o personagem pode ser repaginado, como está sendo, mas usar uma mulher negra pra ocupar o papel de 007 enquanto o personagem não pode ou escolheu não atuar como, não é uma repaginada, é usar a imagem da mulher negra, embora assumidamente não para dar essa repaginada, segundo você, mas o resultado é inevitável, a imagem de mulher negra foi usada. Sim, eu não diria que foi usada para dar essa repaginada, mas foi usada para dar essa imagem de repaginação A FRANQUIA. Ou seja, ou seja, ele criou um falso fato, uma mulher negra que por algum momento se ocupou do papel do 007 real, para dar a FRANQUIA uma ideia de modernização. Isso é a coisa mais escrota possível. Se quisesse fazer uma repaginação real, que peitasse uma 007 mulher negra e que parte do seu trabalho é desvelar e desmontar a estrutura patriarcal racista branca do qual é parte do sistema, parte dos esquemas de márfia e relações espúrias de apropriação de riqueza e relações de poder. É ela tomar o protagonismo até mesmo para desmontar o machismo e misogenia que foram característicos na formação dos personagens nas decadas em que ele fez sucesso. Ou, não, não precisasse repaginar a ponto de fazer o personagem combater aquilo que o formou. Reescrevendo: Se quisessem fazer uma repaginação real, que fizesse o homem 007 apoiando outras investigadoras mulheres sem ter relações intimas, mas porque ve nelas grande talento, e apoiando ações de agentes negros e mulheres, não por qualquer interesse além da admiração e reconhecimento. Isso seria uma repaginação honesta do que realmente a franquia quer. Não essa coisa ai, que, ao meu ver, apenas é tratar de uma personagem negra como um boneco para desconectar a figura do 007 atual com a do seu passado misógeno e racista. E, sim, não estou dizendo que a intensão dos produtores é repaginar o personagem como sendo um problema ele ser homem e branco , estou dizendo que é um problema usar a imagem do povo negro através de uma mulher negra pra consolidar uma repaginada e desconectar o personagem (e a franquia) das raízes culturais que formaram o personagem no passado (e até é cínico, mesmo eu não tendo certeza que eles tem consciencia desse cinismo, os responsáveis falarem que não há problema no 007 ser branco, ora bolas, claro que não há. O problema está em usar uma personagem negra para consolidar o fim da associação da imagem da franquia as suas origens misógenas e racistas)
  20. Muito muito bom. Engraçado como a imagem do palhaço passou de patética pra mim pra um suspense em suspenso de um terror velado ali.
  21. Será que já da pra baixar na internet?
  22. Entendi. Que pena. vou assistir algum dia desses, mas minhas expectativas definitivamente cairam pra zero, pois estava justamente na expectativa que o realismo desse filme tivesse como valor que conseguisse trazer toda a alegoria do desenho para uma imagem mais próxima dos seres da africa, meio que uma reverência visual mais real ao continente que abrigou toda a filosofia e e populações que nesse continente fazem e fizeram sua história. Mas parece que foi só um exercicio animal planet de dar voz a bichos.
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