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Forum Cinema em Cena

Gago

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  1. Eu sinceramente não tenho o menor saco pra ficar descobrindo uma ordem de preferência em mais de 20 filmes, até porque nem ligo muito pra uma parte deles. Então vou no clichê dos dez melhores: 01. Crimes e pecados 02. Noivo neurótico, noiva nervosa 03. A última noite de boris gruskenko 04. A outra 05. A rosa púrpura do cairo 06. Manhattan 07. Interiores 08. Match point 09. Hannah e suas irmãs 10. Zelig Ainda não pude assistir: Maridos e esposas, Desconstruindo harry e Memórias. O primeiro é soberano demais, ainda que os cinco primeiros também sejam maravilhosos. Dos outros cinco eu gosto muito mesmo, embora conforme a escadinha vai descendo (principalmente no pós-lista) mais ele vai saindo do Olimpo.
  2. Na verdade eu nunca tinha parado pra pensar a respeito. Mas eu também considero melhor que o original. E isso é bem raro de acontecer mesmo. Principalmente nos dias de hoje. Outros dois títulos nacionais que são diferentes do original e que eu acho muito legais são das antigas também: Cupido é moleque teimoso e Este mundo é um hospício. O primeiro é, pra mim, inegavelmente melhor que The awful truth, já o segundo eu entendo quem prefira o verdeiro.
  3. O engraçado sobre o noir é que ele não é exatamente uma coisa tãããão bem definida, né? Porque depois surge, por exemplo, os neo-noir. E a linha que os separa (e o que englobam) é meio doida. Às vezes eu acho meio louco colocá-los no mesmo balaio, ao mesmo tempo em que penso que essas nomenclaturas são um bocado descartáveis. É estranho. Mas eu curto a maior parte dos noir que assisti. Alguns deles de um jeito meio inexplicável, tal como música, sabem? Simplesmente me envolvem de tal modo que é a coisa mais legal do mundo. Mas esse que o Jack citou - No silêncio da noite - é um dos melhores filmes que já vi na vida, independentemente do gênero.
  4. 01. Cocteau Twins 02. Bjork Esses são certeza, especialmente o primeiro, que é, na minha opinião, o que de melhor existiu nessa mundo não apenas em termos musicais, mas artísticos em geral. De resto, eu poderia citar um bocado de bandas que curto bastante, como The Beatles, Led Zeppelin, Grant Lee Buffalo, Pink Floyd, The Who, Dire Straits, Deep Purple, Queen, Radiohead, The Doors e outras. Mas se tem uma coisa nessa vida que eu não consigo ser eficiente é em definir a minha ordem de preferência no que diz respeito a bandas, músicas, álbuns, essas coisas. Quem sabe depois, né? Fica essa listagem um pouco superficial, pelo menos a título de curiosidade.
  5. Ele invadiu mais uma vez a seara dos contos detetivescos só para realizar o filme definitivo sobre o ser mãe.
  6. E aí, alguém ainda duvida do Favre? http://www.youtube.com/watch?v=JLyddRYxBhQ Fala sério: é ou não é o melhor esporte desse mundo? Meu deus.
  7. Então, eu assisti. É uma representação burlesca dessas tramas calcadas no corporativismo e nas denúncias que esses provocam. Uma espécie de paródia mesmo. Começa legal, mas a impressão que dá é a de que o Soderbergh não estava muito empolgado com a estória. Ele até inventa uns penduricalhos engraçadinhos, mas no geral a pipoca parece ter gosto de isopor. Por dentro, é engraçado de um jeito bom, quase farsesco. Mas como é filme de uma piada só - Whitacre é um lesado trapalhão! -, não demora muito para incidir numa certa tautologia.
  8. Eu não vou discordar do comentário do Foras e do fato de você concordar com ele porque eu também sei que em muitos casos a conversa descamba para esse outro lado, e com justiça. Estou de acordo mesmo que é o inevitável em algumas situações. Mas eu ainda acho que há certos assuntos meio engessados por aqui. E nem vou mergulhar na discussão dos casos em si porque cada um de nós tirou uma conclusão bem diferente do outro a respeito do ocorrido nessas duas situações (Nostromo com 2001 e Alexei com A Vila). Então beleza.
  9. Ele deve ter desistido quando soube que sequer lançaram À prova de morte por aqui. Depois de tanta palhaçada, reservando quase 70% dos ingressos para convidados, agora todo mundo vai ficar na mesma. Por um lado eu saio ganhando alguma coisa porque agora assistirei ao filme num cinema que fica ao lado de casa, e não depois de atravessar o Rio de Janeiro. E o engraçado é que já tem gente tentando se livrar do ingresso da sessão primeira, no Odeon.
  10. Bat e Foras, eu nem estava levando tanto em consideração o Rike nessa história toda. Acho até que a conversa foi de boa, no geral. Mas Bat, olha só o caso de 2001, no tópico dos clássicos: o cara simplesmente disse que o Kubrick não conseguiu dizer nada a ele. Que as imagens do filme não transmitiram emoção alguma. Eu, assim como você e outros, discordo. Mas é suficiente para a coisa toda virar uma aula de como funciona o cinema? Sei lá, é um troço meio tosco. Quanto A Vila, eu acho que ao mesmo tempo em que dificilmente surge alguém realmente para dicuti-lo, há uma certa intransigência reinando por lá. Eu me lembro de quando o Alexei expôs algumas impressões. O clima ficou tenso. E não quero dizer que ele estava certo e quem era contrário estava errado. Mas eu não estou me inclinando a casos específicos para discuti-los assim, a seco. Eles são mais ilustrações de que algumas coisas já estão estabelecidas aqui de um jeito que não sobra muito espaço para reavaliações. Não é uma regra geral, mas acontece. Tem um pouco a ver com a zona de conforto que o Jack colocou algumas páginas atrás.
  11. Não vou ficar dando quotes porque a coisa tá acumulando e acumulando e acumulando. Sobre as discussões que fogem do filme em si em boa parte das vezes eu já elucidei o que penso. Elas são realmente boas. E proveitosas. E interessantes. O problema é que elas estão ficando cada vez mais recorrentes. E as conversas a respeito dos filmes propriamente ditos mais escassas. Esse desnivelamento de prioridades, na minha opinião, é ruim. Sobre o fórum acabar virando um blogue é realmente uma questão de ponto de vista. Eu penso que a discussão e o debate em si são ótimos, mas consequências do que eu entendo como finalidade precípua disso aqui. Quando assisto a um filme, venho aqui basicamente para ler outras opiniões e assimilar outras idéias e trocar experiências. Dependendo do interesse das pessoas em dividir e a qualidade do que elas oferecem, já me basta, independentemente se gera ou não debate de qualquer espécie. Não acho que essa configuração necessariamente transforme este lugar num blogue, porque ele ainda propicia interação. Mas tranquilo quem pensa o contrário. Só acho que o erro nisso está quando a gente analisa que o problema de um fórum está na ausência de discussões calorosas. Ainda vejo um defeito anterior a isso: a falta de posts realmente bons a respeito de filmes. E nesse aspecto os fóruns em geral estão um pouco claudicantes. Tem muito usuário por aí que fala fala fala e, no fim das contas, só consegue dizer que o filme "é legal e bem dirigido" (o Schonfelder mandou bem no comentário).
  12. E depois eu volto. Agora tenho que fazer algumas coisas por aqui.
  13. O casamento de rachel eu vi. Mas deixa eu procurar um texto que escrevi na época em que o assisti, no qual esmiuço o multiculturalismo apresentado sob focos diversos (Gramsci e Alain, para ficarmos nos mais conhecidos), e os desdobramentos que este causa nos movimentos de câmera pós-moderno adotados pelo Demme. ... pause ... NOT! Hahaha. Falando sério: achei o filme ótimo, provavelmente o melhor Altman não assinado por ele. Um dos maiores trunfos, pra mim, é a maneira despojada, leve, bem solta mesmo, com que o Demme captura toda a estória, que é impressionantemente repleta de vaivéns, ao mesmo tempo em iguais e opostas medidas. Tive a sensação de estar assistindo a um casamento de uma família de verdade, como se eu mesmo tivesse recebido um convite. E a própria cerimônia em si parece resumir o filme: apesar de um evento bonito, no qual o amor e a união é celebrada, ele parece ser o começo de uma nova família, ou melhor, a inclusão de novas pessoas nesse grupo capaz de espalhar o amor e machucar ao mesmo tempo.
  14. Isso vai ficar um pouquinho grande, beleza? Hehe. Eu defendo parte das coisas que você disse, principalmente que nesse lugar deve sim existir conflitos. Eles são bons e, na realidade, um dos principais objetivos aqui (embora eu coloque com outras palavras). Mas atualmente, pra mim, eles seguem um caminho bobo. Olha só: Fulano: Funny Games, do Haneke, é superestimado. Beltrano: sério que não gosta? Por quê? Fulano: eu até gosto, mas tenho um bocado de ressalvas. Beltrano: hmm, quais? Fulano: é um bom filme de suspense, mas ao mesmo tempo em que é fraco na tese que defende. Beltrano: e quem disse que o cinema tem que defender alguma tese? Fulano: ninguém. Mas, pra mim, o Haneke tenta nesse filme. E falha. Beltrano: cinema é diversão. Ele não tem a obrigação de discutir teorias sociológicas, antropológicas ou filosóficas. Se está em busca desse tipo de coisa, entra numa faculdade, ou leia ensaios acadêmicos. Cinema foi feito para entreter. Daí, surge mais uns dois ou três caras, concordando com Beltrano. E Fulano vira piada, só porque tem alguns conceitos diferentes. Não bastasse isso, ele é achincalhado em mais de um tópico, seguidamente. Nesse exemplo hipotético que inventei agora, Beltrano não faz idéia dos motivos reais que levaram Fulano a desgostar levemente do filme. Em outras palavras, o filme em si não foi discutido. Você acha que essa é uma boa discussão? Eu não acho. E isso é recorrente por aqui. Para um lugar em que as pessoas ficam alegando que cinema é experiência e entretenimento, é no mínimo curioso que 90% das conversas partam para a teoria cinematográfica, de como filmes devem se comportar, de como devem ser assistidos, de como devem ser absorvidos, etc. Eu não quero dizer que isso não possa ser discutido (é um assunto do qual gosto, de verdade), só acho um pouco chato que praticamente todas os debates terminem nisso. E em atitudes agressivas ou jocosas. Por que tudo tem ser levado ao limite? Por que a gente não pode chegar e conversar tranquilamente sobre o filme, comigo colocando o que me agrada e você falando o que não rolou contigo? E daí a gente troca experiências e idéias e visões diferentes, sem que alguém precise estabelecer alguma coisa. Apenas uma troca, uma conversa. Eu não entendo esse extremo ao qual sempre chegam as coisas. E não acho que seja questão de levar tudo como comadres ou pessoas de bom coração, pudicas e castas. Ou de levar a sério demais as coisas. Sobre o fato desse tópico estar recheado de filmes que possuem cem por cento de aprovação, o que há de ser dito é que é a vida, oras. Alguns filmes a maior parte das pessoas gostam. O problema, a meu ver, não está nisso (até porque em algum momento surgirá algum filme que provocará alguma divergência de opiniões), mas no fato de que quando aparece alguém com opinião contrária, pouco seja debatido a respeito do filme. É tudo redirecionado para os assuntos que apontamos anteriormente. De novo. Mais uma vez. E vice-versa. E assim por diante.
  15. É, também conversei com o Nonô a respeito dessas coisas, e quando um não concordava com o outro, as opiniões se complementavam. E é isso, concordo. A impressão que eu tenho é a de que as prioridades por aqui (fóruns em geral, não apenas CeC) sofreram uma espécie de subversão: os donos dos posts é que são a verdadeira atração, em vez do que eles têm a dizer a respeito do conteúdo do filme (ou da experiência que lhe foi proporcionada). Se fulano diz que não curte Cidadão kane, a conversa passa longe dos porquês e de como isso afetou a sessão em si. O foco é redirecionado para esses tópicos elencados pelo Nonô, geralmente funcionando como um manual de como Fulano deve começar a encarar e absorver o cinema. E o filme propriamente dito é posto de lado. PS: também não vi os filmes comentados pelo Foras. Mas já estou providenciando.
  16. Vou dar uma esquartejada nessa mensagem do Jack. É um troço que detesto fazer, mas enfim:
  17. Eu concordo que este lugar é para discutirmos as coisas. E inclusive acho que em alguns momentos a coisa toda nesse tópico foi legal. O que eu estou conversando com vocês é o simples ato de rebaixar, achincalhar mesmo, a opinião diferente. Enfim, acho que estou ficando pudico demais, hahaha.
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