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Forum Cinema em Cena

Mr. Scofield

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Posts posted by Mr. Scofield

  1. Nossa, que capa horrível. Deu vontade de ver não, Saga, hahahaha.

     

    Finalmente assisti a Pontypool e adorei demais, um dos melhores filmes de horror dos últimos anos sem dúvida. Tenso, inteligente, complexo e divertido. Até pela originalidade de como os zumbis são abordados considero um filme fundamental para os fãs de horror.

     

    Duas observações pra quem ver: evite ler a sinopse e espere os créditos terminarem (vai deixar tudo confuso mas é bem curioso)

  2. O Gust84 é o não-ateu mais ateu que existe...

     

     

    Penso que o ponto principal é: o conceito existe - fato incontroverso. De onde ele surgiu, já que somos imperfeitos? Como chegamos a esse conceito? E, num cenário onde reina a imperfeição, a idéia de perfeição sem referência simplesmente não pode subsistir. É uma impossibilidade lógica. É como tentar pensar num círculo quadrado.

     

    Sugerir que o conceito foi criado pelo homem também não tem qualquer sentido. Faz-se necessária uma base que dê o fundamento que sustente o conceito. É como aquela velha questão: como eu posso identificar o mal se eu não conheço o bem e vice-versa. Usamos muito isso em discussões de filmes e acho que esse ponto foi levantado pelo Alexei: como poderei reconhecer um filme bom se não existir o filme ruim?

     

    É o mesmo que acontece aqui. O conceito de perfeição para existir - e ser aspirado - precisa de uma referência anterior (de preferência objetiva) que o estabeleça.

    Excelente questionamento, Dook. Mas o conceito de perfeição não é definível e muito menos objetivo racionalmente. Uma vez que algo pode parecer perfeito ou atingir a suposta perfeição, abre condições para algo mais perfeito, portanto o conceito é transitório e envolve transitoriedade. A única coisa perfeita seria Deus para quem acredita e a origem de sua perfeição é nossa INCOMPREENSÃO e FÉ, porque simplesmente Deus não é explicável.

     

    Quanto à ideia de referência, acho MUITO difícil explicar e não sei responder, realmente sua pergunta.

     

    Na minha opinião parece plausível os humanos chegarem a suas próprias conclusões por experiência e suposições, mas não sei explicar bem por que, rs. Acho que, quando avaliam situações em conjunto, eles são capazes de ver o que parece melhor em uma sociedade ou em outra, selecionando o que cada uma tem do que julga ideal. Acho que esses fatores nunca aparecem em todas ao mesmo tempo, assim o conceito é moldado aos poucos por si próprio e vai se modificando. Acredito que sociedades perfeitas não existam devido a imperfeições de diversas categorias (inclusive da atribuição do "ideal")...e quando supostamente as atingirmos, as transformaremos para melhorar mais porque detectaremos fatores que não vimos antes (aliás, esses novos elementos podem surgir a qualquer momento). Com o tempo, o conceito pode ficar cada vez mais complexo. Isso explica um certo caráter transitório para quem acha que a "perfeição" implica em mudanças dos valores no decorrer do tempo.

     

    Acho também que é plausível a ideia de haver um conceito de perfeição objetivo que Deus transmitiu através dos tempos, mas somos incapazes de entender porque somos sedentos por conhecimento e elaboramos teorias mirabolantes sobre tudo. Acho que é muito mais fácil lidar com esse (mas não aplicá-lo, lógico), inclusive.

     

    Por outro lado, acho inegável e indiscutível que a sociedade age como se houvesse, ao menos fora do meio religioso, um conceito de perfeição que se transforma com o tempo e com as gerações que se passam. Se ele estiver errado porque é objetiva e criada por Deus, que esteja, mas é a que serve como referência em vida, que é o que importa neste caso. Tendo para esse lado mas compreendo o outro. De qualquer jeito, como não sou religioso, não sofro impacto ou dilemas, fica fácil. No fundo acho que é questão de fé.

  3. Existe uma resposta alternativa ao cristão. A perfeição é um conceito de difícil definição e só temos uma ideia transitória do que seja. Sua referência está nos próprios criadores do conceito (aqui temos um problema mas vamos supor humanos) que estabelecemos características atribuídas ao que consideraríamos perfeito. Como ninguém se enquadra nelas, decorre de uma dedução lógica baseada em um confronto conceito/observação que ninguém é perfeito. Nesse caso não há porque supor (por esse caminho) que exista algo perfeito e acima. Esta NÃO é uma dedução, ultrapassa o texto porque partimos de algo criado. Mudando o exemplo...é o mesmo que eu criar mentalmente algo, difundir pela sociedade falando que é verdade e todo mundo passar a afirmar que é e criar teorias baseadas na minha invenção.

  4. Também vi todos, terminei Captain Phillips e minha lista ficou assim:

     

    Her

    The Wolf of Wall Street

     

    American Hustle

    Philomena

    Captain Phillips

    Dallas Buyers Club

    Gravity

    12 Years a Slave

    Nebraska

     

    mp, acho que La Grande Bellezza é mais forte hoje que The Hunt para ganhar filme estrangeiro. Não vi nenhum dos dois, vou ver se consigo ainda hoje. Maratona. :lol:

  5. A subjetividade em relação a arte é um tema extenso. Mas não só eu acho a seleção deste ano excelente, a imprensa americana discute se esta temporada é comparável ou não à de 1939!!!

     

    "Gravity" em IMAX é uma experiência física deslumbrante! Lamento por quem se contentou com a tela do computador. Cuarón INVENTA movimentos de câmera, leva 7 anos pra fazer o filme, e as pessoas simplesmente lançam um "não gostei"? 

     

    "12 years a slave" é excelente. Muito diferente do padrão cultural brasileiro. Não, não aparece nenhuma Sinhá Moça redentora. A escravidão foi aquilo ali e pior. Merece os louros.

     

    "Her" é maravilhoso. Aquela cena de sexo... A crítica do Pablo então é per-fei-ta. Todos temos virtualidades que nos apaixonam ao ponto da incompreensão.

     

    "The Wolf of Wall Strett" é alucinante. Só a cena entre LC e MC pra mim esmaga Argo e O Discurso do Rei, e não fica nem o pó.

     

     

     Esses quatro estão acima dos demais. O Oscar de Melhor Filme a esta altura - última semana-  é uma incógnita! Quem imaginaria isso? É uma incógnita não por que o diretor não foi indicado ou por outra extravagância, mas pela qualidade da maioria deles. Isso é raro, isso é uma temporada marcante, isso é a história sendo feita da melhor maneira possível! E pra quem usa aquele tipo de argumento-"Sasha Stone", a relevância desta temporada de prêmios ainda pode ser validada através de exaltações: "pode ser o primeiro diretor negro, o primeiro diretor latino a ganhar".

     

     Como se não bastasse, ainda há "Frozen" com uma cena icônica que ultrapassou 100 milhões de views no youtube; 5 excelentes filmes estrangeiros; Jared Leto e Cate Blanchett incrivelmente fodas...

     

    "Se isso é estar na pior..." :)

     

    Eu não me importo que particularmente não ache a seleção desse ano boa ou desgoste de vários dos filmes indicados. Adoro ler seus posts, são muito estimulantes. Pulsam na tela emoção e empolgação. Como eu gosto muito de acompanhar a cerimônia e estou bastante frustrado/decepcionado (talvez não goste de quase nenhum dos vencedores) é bem legal ver os amigos felizes, sem contar a evidência (novamente) que a arte nos sensibiliza de modos diferentes. :)

  6. Queria ver o mesmo ano do Sérgio Benatti. : (

     

    Infelizmente eu detesto quase todos os indicados a melhor filme. Acho Nebraska pavoroso, 12 Years a Slave muito fraco, Gravity um pastel de chuchu ( talvez o pastel de chuchu mais lindo do mundo, mas um pastel de chuchu, hahaha), Dallas Buyers Club só atuações porque detesto o filme, Philomena mediano e American Hustle bom (mas nunca para Oscar). Adoro The Wolf of Wall Street mas acho que o único dos indicados que eu ficaria feliz em ganhar MESMO porque é um filme MARAVILHOSO é Her - mas não vai. Não vi Captain Phillips ainda. 

     

    Vi também alguns filmes que acho bem ruins esse ano, como Saving Mr. Banks. Os dois curtas de animação que vi são fraquíssimos (Mr Hublot e Room on the Broom). Gostei também do documentário The Square, mas não é filmaço não (está no netflix).

     

    Para mim de bom até agora esse Oscar tem o soberbo Before Midnight, Her, Wolf e The Act of Killing (que, excetuando Her, é melhor que todos os indicados a melhor filme). De resto, tudo mediano ou ruim. Ano muito fraco.

     

    Não vi nenhum dos indicados a melhor filme estrangeiro, espero que melhorem MUITO minha percepção. :D

  7. Não concordo nem um pouquinho mas respetio sua opinião. Achei pra lá de ruim.

    Esse é duro de suportar. Um dos piores que vi nos últimos anos. E pelamor parem com essa besteira de valorizar filmes por referências. Nenhum filme fica melhor porque faz referência a outro a não ser que seja extremamente bem construída e não pareça randômica (o único caso em Cabin é o dos estereótipos). Desde a década de 80 vejo filmes de horror e conheço inúmeros estilos e creio que vocês como cinéfilos também. Tenho visto a crítica se derreter em elogios porque alguém citou ou refilmou filmes pavorosos da época só por serem antigos ou que lidam pessimamente com seus roteiros mas introduzem alguma referência para "enriquecer" algo simplesmente bobo.

     

    Bom, vi o Enter Nowhere. Vocês tinham razão: é a minha cara o plot e os rumos da estória. Uma pena os personagens beirarem o insuportável senão seria um filme bem mais interessante. Pelo amor de Deus, Questão, sempre me indique filmes assim quando assistir. Procuro por eles o ano inteiro!!! : )

  8.  

    Vejo é que muitos veganos agem como muitos religiosos. Alias deixou de ser para muitos uma opção e virou uma seita onde se veem como “seres superiores” aos demais. Muitos adoram doutrinar sua visão única de mundo e se esquecem de que nem todo mundo quer ser um vegetariano radical ou nível extremo. Alias muitos se “esquecem”da diversidade humana e cultural com relação aos hábitos alimentares. Resumindo o certo e errado para eles não é aplicado para todos.

     

    Só uma pausa na discussão (muito boa, aliás): ISSO que o Plutão citou é uma das coisas mais insuportáveis que existem no universo. Conheço VÁRIOS veganos assim. A equiparação com extremistas religiosos é procedente e assustadora. Alguns chegam a tanto desespero para afirmar seus hábitos alimentares como melhores que tentam se aproximar de medidas corporais ideais com cálculos específicos que fazem menções a proporções áureas (!!!!) - uma forma de atingir a natureza como divino, natural, simbólico no universo. Coisa de gente doida mesmo.

  9. Eu sou muito mais chato que o Adler. Acho o filme muito mediano de um lado, mas dirigido magnificamente de outro. A discrepância é tão grande que parece que Cuaron partiu da câmera para a estória. Nenhum dos elementos não-específicos (estória, personagens ou mesmo atuações) tem nada de demais - e em alguns momentos me irritam tamanhas as bobagens, mas são o suficiente para dar corpo aos elementos técnicos brilhantes. É claro que Gravity não precisa ter uma estória cheia de firulas para divertir, mas nesse quesito, existem 200.000 outros filmes que me divertem mais, o que o torna bastante mediano.

    De resto, algumas referências legais, dentre as quais um pequeno diálogo intertextual com 2001 que só me serviu para lembrar o quanto o filme de Kubrick é brutalmente superior e muito mais ousado e profundo. :P

    Ah, se Bullock concorresse e ganhasse um Oscar, de fato, eu me mataria.

    Em tempo: não li muito dos posts anteriores REALMENTE, e provavelmente o nível da discussão é bem detalhado e talz, mas minha impressão do filme é bem basicona mesmo porque não me atraiu o bastante para ficar pensando muito.

  10. Bom.... Só dizendo...

     

    Você quis dizer que só os cristãos possuem consciência de que cometem pecados "erros" e que os não cristãos não tentam melhorar??

     

    Fica implícito que vocês se julgam melhores.

     

     

    Digamos que uma pessoa que se arrepende de, por exemplo, ter cobiçado a mulher do próximo, simplesmente porque se deu conta de que seria uma baita sacanagem levar a mulher do outro pra cama e não vai adiante nisso é uma pessoa que "não tenta melhorar"?

    Só aquele que cobiça e não vai adiante só porque tá escrito nos 10 mandamentos que é pecado mortal cobiçar a mulher do próximo é que tenta?

     

     

    Enquanto tem gente que busca melhorar simplesmente por consciência tem gente que só busca (ou diz que) porque tem um livro dizendo isso e se desrespeitar tal coisa, vai pra sei lá onde...

     

    Enfim....

     

    Eu continuo na minha filosofia de vida e não faço questão de ficar espalhando o que acredito ou deixo de acreditar...

     

    Podem continuar falando para quem quiser sobre a bíblia e etc e tal, mas das vezes que alguém tentou me "converter" quando eu falava não, só faltava me xingar, pois a desaprovação era nítida do outro, mesmo quando eu falava "não, obrigado"

     

    Rafal viajou.

     

    Sei lá, na minha cabeça, acho que os cristãos acreditam que a única forma de salvação é em Cristo (esse é o princípio). Assim, os ensinamentos mesmo quando coincidentes com algo que nós agnósticos, ateus ou pessoas de outras religiões acreditamos, não tem a mesma natureza e, portanto, não produzem a mesma salvação. Parece esquisito mas não é tanto quando usamos um exemplo. É como se eles acreditassem que a salvação obrigatoriamente reside na interação complexa de uma rede cheia de nós conectados e você acreditasse em um ou dois nós isolados. A rede inteira não se forma porque os nós são "independentes" pra gente, mesmo que eles sejam positivos e bacanas para a sociedade (eles curtem também, mas não são suficientes para a gente ser salvo). Ficou uma bosta, acho que o Dook pode explicar melhor, rs.

  11. Gust84,

    Não acho que o cristão tente mostrar para as pessoas sua crença para se sentir melhor, ao menos no meu caso e no de muitos que conheço, mostramos porque queremos que as pessoas se sintam felizes como nos sentimos e porque é uma ordem direta de Jesus.

     

    Aliás, ESTE é o ponto EXATO que poucos aceitam quando analisam o choque do indivíduo com a sociedade. Pode parecer injusto, mas não é a mesma coisa um ateu querer convencer os outros de sua crença e um religioso fazer o mesmo.

     

    Um religioso acredita em um Deus cujos ensinamentos incluem a propagação de seus princípios como orientação. Inclusive como única forma de salvação da humanidade. Quando um religioso tenta lhe abordar, por mais que haja um confronto de ideias e que você se sinta incomodado por não compartilhar da mesma fé, há no fundo, um conflito que não possui solução e na qual nenhum dos dois indivíduos está errado, de fato, de uma perspectiva externa.

     

    Se o religioso FALA ele está fazendo seu papel e propagando a palavra do que acredita, inclusive indicando o caminho da salvação para os que ainda não crêem. Mas irrita profundamente o ouvinte, que não quer a tal salvação (porque não acredita) e se sente desrespeitado.

     

    Se o religioso NÃO FALA, o ouvinte fica bem pois se sente respeitado, mas o religioso não cumpre seu papel no que acredita ser a salvação da humanidade (então o que ele está fazendo para ajudar, se na sua ótica são justamente esses indivíduos que precisam mudar de postura?).

     

    Em todos os casos há sempre um "perdedor". Não há como resolver essa problemática, ao meu ver.

     

    O ateu NÃO. O ateu não segue orientações de ninguém, ele não precisa propagar nada para acreditar ou se comportar como ateu e convencer os outros não traz benefícios reais a ninguém, não há crenças em paraísos ou salvações. Ele apenas não acredita. Então não tem sentido querer convencer ninguém de nada. Acaba não havendo o conflito acima e em todas as situações na qual o receptor não seja aberto ao diálogo, a discussão cai em um viés negativo ou desnecessário. Por isso, ao meu ver, EM GERAL, é mais compreensível um religioso que tenta dispersar sua fé que um ateu que grita aos ventos que não acredita em nada e que religiosos vivem em um mundo fantasioso. Mas há casos extremos e horrendos por aí de ambas as partes, claro.

  12. Só para render a discussão...

     

    Se existirem outros métodos, mas que sejam mais caros (porém não extremamente custosos!!), eles deveriam ser impostos por uma regulamentação?

    Obviamente, as empresas querem o menor gasto e o maior lucro, portanto esta decisão não viria deles. Caberia ao governo impor uma lei do gênero.

    Então a questão colocada é: deveríamos apoiar esta regulamentação mais estrita?

     

    Sim. E quem infringisse ser punido severamente.

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