SergioB.

Enormes alterações desde a minha última postagem em setembro. É que "Ammonite" e "Hillbilly Elegy" foram fracassos; alguns filmes ficaram para 2021; alguns países não escolheram o representante que todos esperávamos, e assim vai...
A cada vez que escrevia "Mulan", ou "Tenet", filmes que eu não gostei, meu coração doía...Não os indicaria a nada vezes nada.
Quem mais subiu foi "Ma Rainey`s Black Bottom"; vejo o filme ganhando Atriz, Ator, Maquiagem, Figurino...Mas sem diretor indicado...
Estou achando a lista de Ator Coadjuvante bem fraquinha...
Esperava mais catarse por "Mank".

"Era Uma Vez um Sonho" é um filme bem ruim. Infelizmente, já esperava, pela credencial Ron Howard. Alguém mais sincero na abordagem, mais polida nas relações, como Dee Rees, por exemplo, teria elevado o material. O roteiro de Vanessa Taylor ("A Forma da Água") eliminou tudo o que fez do livro um campeão de vendas, e um destaque jornalístico: sua abordagem sociopolítica. Eles escolheram focar somente na questão familiar, o que reduziu o escopo do livro, e o trouxe para o universo do melodrama.
Não se engane, as pessoas radicalmente de esquerda vão detestar a história, embora ela seja REAL, baseada nas memórias do próprio autor, e o filme seja fidelíssimo ao livro. Argumentarão primeiro que exageraram na visão dos caipiras. Basta ver os créditos, para contemplar a imagem real da família do autor, em suas fotos e vídeos, e constatar o trabalho excelente de maquiagem e caracterização. Não é invenção. Existe gente caricata assim mesmo, tão caricata quanto ela é de verdade! Vou ter que mudar minha lista do Oscar de ontem, para reservar um lugar para o filme em Maquiagem, assinada, entre outros, pelo grande David LeRoy Anderson, dono de duas estatuetas.
Em segundo, as pessoas da esquerda radical ficam putas com a "explicação" para ascensão social que o autor presta em seu livro. Odeiam o mérito ou o esforço como explicação (só acreditam no Estado forte, indutor do crescimento, que só faz aumentar a dívida pública). Mas quem leu o livro com atenção sabe que o autor não é tão republicano assim no argumento, oferecendo exclusivamente apenas esta razão conhecida. Ele diz que fatores como gravidez precoce, abuso de drogas, alcoolismo, família desregrada, impactam no desenvolvimento econômico de alguém, ou de uma comunidade. Pessoas de esquerda geralmente têm pavor desses argumentos, mas a vida real está sempre mostrando que quem fez a tarefa de casa, quem estudou mais de madrugada, quem bebeu menos, quem se expôs a menos riscos sociais, tem geralmente um futuro mais promissor. Isso pra mim nem é uma visão de "direita", é algo cotidiano. Essa visão vinda de alguém com "Lugar de Fala" soa como traição, pois ele não argumenta a favor das "Bolsas", ao contrário, diz que elas clientelizam a população,e as passam de geração em geração. Será que isso se passa atualmente no Brasil? Silêncio estrondoso! O problema maior do roteiro é não ter a coragem de abordar esse tema de frente, foi logo pro cantinho do "drama familiar". Uma pena.
Na parte técnica, a montagem é muito ruim, mas a direção, gente, é canhestra. Que horror as dinâmicas com os atores! Não estou me referindo às atuações, estou me referindo a deselegância na composição no quadro, a falta de gosto tremendo...O que é a cena da Amy Adams andando de patins no Hospital? Socorro! 
Porém, acho que a Glenn Close conseguiu se sair bem no papel dificílimo, principalmente na cena da calculadora. Volto a dizer, parece uma caricatura, mas não é. Existe gente assim, não no d.a de Economia da Unicamp, mas nos rincões empobrecidos do Brasil.
 

Maratona Emir Kusturica.
A morte de Maradona me faz imaginar o quanto meu maratonado sérvio deve estar sofrendo por seu ídolo. 
O filme de hoje é seu último longa, o difícil de achar "Na Via Láctea", de 2016, fruto de quase 10 anos sem entregar um longa, depois do ruinzinho "Promessas". Produção, dizem, atribuladíssima de mais de 3 anos, dividida com a sua gleba de agricultura biológica de maçãs e framboesas, e shows com a No Smoking Band...Mesmo assim, é um retorno ao cinema, a um cinema que ele faz tudo: dirige, roteiriza, toca instrumento (uma espécie de xilofone) e atua pela primeira vez em uma película sua.
Mais uma vez a Guerra nos Balcãs atinge uma pequena comunidade perdida nas montanhas da Croácia, onde vive um solitário leiteiro, com uma particular afinidade com os animais. Kusturica neste filme é quase uma Princesa Disney, tem como maior amigo um falcão peregrino, é próximo dos gansos, dos gatos, próximo de um burrinho, e, no decorrer do filme, será salvo por uma serpente e dividirá alimentos com um urso... Sim, há muitos efeitos visuais neste filme, alguns muito bem-sucedidos, no que tange aos animais, mas há uns CGIs meio "na cara" de mais. Essa dose de fantasia me remeteu ao lirismo de "Arizona Dream", mas aqui é numa feição, volto a dizer, bem Disney...
Faz ele par romântico com a estonteante Monicia Bellucci, falando em sérvio. Esperto que só...
Em "A Vida é um Milagre" já se davam os primeiros sinais de esgotamento da mise-en-scène incrível do diretor; "Promessas" foi a pá de cal, o estilo transformado em caricatura de si; o transcurso dos anos gerou a saudade que beneficia muito "Na Via Láctea", mas por outro lado não acrescenta nada de novo. É mais do mesmo. Ainda que tenha enorme esforço, e tenha graça em certos momentos.
Contudo, a repetição estilística não me desagrada tanto quanto o teor nebuloso do roteiro. O diretor parece criticar o Acordo de Paz que põs fim a Guerra nos Bálcãs, colocando-o como ingenuidade. Tipo...enquanto os habitantes da comunidade festejam, soldados (nunca bem explicados quem são) descem de helicóptero de uniforme negro, sem bandeira, sem distintivo, sem por quê, e a incendeiam...Seria uma forma de dizer que o conflito está apenas adormecido? Que pode voltar a qualquer momento? Que há outras potências externas interessadas em sua continuação? Não há desenvolvimento claro do "argumento". O filme é de 2016 e eu não tô por dentro de nenhuma questão política por lá; parece haver paz na região (os problemas estão mais acima, na Ucrânia...). O que ele quis dizer politicamente com esse filme? Não entendi.
Ao fim, para o homem comum, só o amor e o contato com a natureza valem a pena. Ambos divinos.

Maratona Theodoros Angelopoulos.
Conferi o primeiro longa-metragem dele, de 1970, chamado - aí é que está - "Reconstrução"/"Reconstituição", na frágil consolidação dos nomes traduzidos aqui no Brasil. Difícil de achar esse caboclinho...Mas recompensa! É muito bom! Muito inteligente! E já apresenta vários aspectos que se tornariam recorrentes em sua filmografia.
Começamos com uma informaçãozinha. A história se baseará em uma aldeia grega que está decrescendo, morrendo mesmo. No censo de 1939 tinha cerca de 1200 pessoas, no final dos anos 1960, apenas 85 moradores. É neste cenário de extinção social, que um marido voltará de seu trabalho na Alemanha e será enforcado pela esposa e por seu amante. O caso é real. Angelopoulos enxergou acertadamente nela um conteúdo político. Ligando-se com essa questão de decréscimo populacional, evasão de jovens, etc, ele, no meio do filme, mostrará através da reconstituição (por isso, gosto mais desse nome) policial, que o marido sabia da traição. É claro, tido como um excelente chefe de família, uma figura amorosa, ele percebia que a mulher - as mulheres da aldeia - estava solitária, abandonada. Ual! Vejam como é discutir a condição Feminina sem marketing, né pessoal? Só na base do talento...
O filme é rodado em um preto-e-branco deficitário, mas com excelentes ângulos, sem a doravante onipresença dos planos-médios. Já comeca a carreira sem muitas palavras, bem silencioso, deixando o espectador pensar. Não sei se já comentei, mas o pai de Theos Angelopoulos foi dado como morto na guerra e voltou. Então em seu cinema, a começar por este filme, temos sempre a presença de uma figura masculina que volta ao lar, ou de crianças procurando o pai.
Um ótimo filme.

Assisti esses dias It: Uma Obra Prima do Medo, de 1990. Achei fantástico, porém (e isso até o diretor concorda) o final cagou na história, todo um potencial foi desperdiçado da pior maneira possível, e pra mim talvez um dos desfechos mais decepcionantes de todos os tempos. O vilão é memorável, e tanto o elenco infantil quanto o adulto funcionam muito bem, toda a história é bem construída, apenas no encaminhar pro final (já nessa parte 2) é que a telessérie perdeu muitos pontos.

Nota: 4/5

PREVISÕES NOVEMBRO/2020 
BEST PICTURE
1. Nomadland
2. Mank
3. Ma Rainey`s Black Bottom
4. News of the World
5. One Night in Miami
6. The Trial of the Chicago 7
7. The Father
8. Minari
9. Soul
10. Da 5 Bloods
BEST DIRECTOR
1. Chloé Zhao
2. David Fincher
3. Paul Greengrass
4. Regina King
5. Florian Zeller
BEST ACTOR
1. Chadwick Boseman - Ma Rainey`s Black Bottom
2. Anthony Hopkins - The Father
3. Delroy Lindo - Da 5 Bloods
4. Tom Hanks - News of the World
5. Gary Oldman - Mank
BEST ACTRESS
1. Viola Davis - Ma Rainey`s Black Bottom
2. Frances McDormand- Nomadland
3. Vanessa Kirby - Pieces of a Woman
4. Andra Day - The United States vs Billie Holiday
5. Sophia Loren - The Life Ahead
BEST SUPPORTING ACTOR
1. Sacha Baron Cohen - The Trial of the Chicago 7
2. Leslie Odom, Jr. - One Night in Miami
3. Charles Dance - Mank
4. Mark Rylance - The Trial of the Chicago 7
5. David Strathairn - Nomadland
BEST SUPPORTING ACTRESS
1. Amanda Seyfried - Mank
2. Olivia Colman - The Father
3. Ellen Burstyn - Pieces of a Woman
4. Yuh-jung Youn - Minari
5. Helena Zengel - News of the World
BEST ORIGINAL SCREENPLAY
1. Mank
2. The Trial of the Chicago 7
3. Minari
4. Soul
5. Never Rarely Sometimes Always
BEST ADAPTED SCREENPLAY
1. Nomadland
2. The Father
3. News of the World
4. One Night in Miami
5. Ma Rainey`s Black Bottom
BEST CINEMATOGRAPHY
1. Mank - Eric Messerschmidt
2. Nomadland - Joshua James Richards
3. News of the World - Dariusz Wolski
4. Ma Rainey`s Black Bottom - Tobias Schliessler
5. Tenet - Hoyte Van Hoytema
BEST COSTUME DESIGN
1. Ma Rainey`s Black Bottom - Ann Roth
2. Mank - Trish Summerville
3. The Trial of the Chicago 7 - Susan Lyall
4. Emma - Alexandra Byrne
5. Mulan - Bina Daigeler
BEST PRODUCTION DESIGN
1.  Mank - Donald Graham Burt
2. The Trial of the Chicago 7 - Shane Valentino
3. News of the World - David Crank
4. Ma Rainey`s Black Bottom - Mark Ricker
5. Mulan - Grant Major
BEST FILM EDITING
1. Mank - Kirk Baxter
2. News of the World - William Goldenberg
3. The Trial of the Chicago 7 - Alan Baumgarten
4. Da 5 Bloods - Adam Gough
5. Tenet - Jennifer Lame
BEST VISUAL EFFECTS
1. Tenet
2. Free Guy
3. Wonder Woman 1984
4. Mulan
5. The Midnight Sky
BEST MAKE UP AND HAIRSTYLING
1. Ma Rainey`s Black Bottom
2. Mulan
3. The Trial of the Chicago 7
4. Aves de Rapina
5. The United States vs Billie Holiday
BEST ORIGINAL SCORE
1. One Night in Miami - Terence Blanchard
2. Mank - Trent Reznor & Atticus Ross
3. Tenet - Ludwig Göransson
4. Soul - Trent Reznor & Atticus Ross
5. Nomadland - Ludovico Einaudi
BEST SOUND 
1. Tenet
2. Sound of Metal
3. News of the World
4. The Midnight Sky
5. The Trial of the Chicago 7
BEST ORIGINAL SONG
1. Speak Now - One Night in Miami - Leslie Odom, Jr. & Sam Ashworth
2. Free - The one and Only Ivan - Diane Warren
3. Loyal Brave True - Mulan - Jamie Hartman & Harry Gregson-Williams
4. Hear my Voice - The Trial of the Chicago 7-  Daniel Pemberton & Celeste
5. Io Si (Seen) - The Life Ahead- Diane Warren
BEST ANIMATED FEATURE 
1. Soul
2. Onward
3. Wolfwalkers
4. Over the Moon
5. Connected
BEST INTERNATIONAL FEATURE FILM
1. Another Round - Denmark
2. Collective - Romenia
3. Asia - Israel
4. Night of the Kings - Ivory Coast
5. My Little Sister - Switzerland
BEST DOCUMENTARY FEATURE
1. Boys State
2. Crip Camp
3. Gunda
4. The Truffle Hunters
5. Collective

Maratona Hong Sang-soo.
Agora o difícil de achar "Lost in the Mountains", segmento do filme "Visitors", de 2009, um filme coletivo, de 3 diretores, cada um responsável por uma pequena história.
A de Hong Sang-Soo é a de um desencontro amoroso-profissional. Uma jovem pretendente a escritora viaja para reencontrar um professor mais velho com quem se relacionou no passado, mas ele está de caso com sua única amiga na região. Ela acaba então se envolvendo com um ex-colega de curso (Sun-Kyun Lee, novinho, o pai rico de "Parasita"), também aluno do professor.
São apenas 31 minutos, nada de muito relevante acontece. A menina tem chiliques de ciúme em uma estradinha, fica bêbada em uma mesa de restaurante, é grosseira com o atual casal no meio da rua...Muitas lamentações e impertinências românticas: "Como você pôde?",etc...no fundo o "perdida" do título tem a ver com a desorientação pessoal e profissional. Qer ser escritora, mas não se dedica. Seu colega, ao contrário, ganhou um prêmio. Quer amar, mas não sabe amar. Perdida não nas montanhas da região, mas em si mesma. Ora sendo sexy, ora sendo pudica.
Uma historiazinha, pequena, sem tempo para grandes demonstrações formais, apenas apto aos zooms estranhos do diretor.

Não dá pra ficar mais de 3 anos sem ler Philip Roth. Amo suas frases limpas, escorreitas, sem vírgulas. Por influência do @Gust84, vou com esse "Nêmesis", de 2011 - seguindo a linha dos ótimos romances curtos do autor do meio da década de 2000. Um professor de Educação Física de Newark vê seus alunos, um a um, serem vítimas da Poliomielite. Outra pandemia. Pois é.
 

Esse doc a respeito do Babenco, agora nosso candidato, foi premiado em Veneza 2019 como melhor Documentário. Dizem que é muito bom, mas eu não sei, não vi. Em tese, ele está habilitado a disputar Filme Internacional e Melhor Documentário, assim como aconteceu com "Honeyland" neste ano. 
É uma escolha ousada. Vai que... Barbara Paz, terceira mulher a disputar a indicação.
Creio que "Casa de Antiguidades", "Sertânia" , "Cidade Pássaro", eram talvez experimentais demais para o padrão médio de aceitabilidade.
 

Chego a preferir que as duas atrizes não sejam indicadas, para não testemunhar mais essas derrotas.
E, gente, as críticas a "Mank" também não estão lá essas coisas...Notas intermediárias. Consenso mesmo só Amanda Seyfried, Fotografia e Design.

30th Annual IFP Gotham Awards:
The 2020 IFP Gotham Award nominations are:
Best Feature
The Assistant
Kitty Green, director; Scott Macaulay, James Schamus, P. Jennifer Dana, Ross Jacobson,
producers (Bleecker Street)
First Cow
Kelly Reichardt, director; Neil Kopp, Vincent Savino, Anish Savjani, producers (A24)
Never Rarely Sometimes Always
Eliza Hittman, director; Adele Romanski, Sara Murphy, producers (Focus Features)
Nomadland
Chloé Zhao, director; Frances McDormand, Peter Spears, Mollye Asher, Dan Janvey, Chloé Zhao,
producers (Searchlight Pictures)
Relic
Natalie Erika James, director; Anna Mcleish, Sarah Shaw, Jake Gyllenhaal, Riva Marker, producers
(IFC Midnight)
Best Documentary
76 Days
Hao Wu, Weixi Chen, Anonymous, directors; Hao Wu, Jean Tsien, producers (MTV Documentary
Films)
City Hall
Frederick Wiseman, director; Frederick Wiseman, Karen Konicek, producers (Zipporah Films)
Our Time Machine
Yang Sun, S. Leo Chiang directors; S. Leo Chiang, Yang Sun, producers (Passion River Films)
A Thousand Cuts
Ramona S. Diaz, director; Ramona S. Diaz, Leah Marino, Julie Goldman, Christopher Clements,
Carolyn Hepburn, producers (PBS Distribution | FRONTLINE )
Time
Garrett Bradley, director; Lauren Domino, Kellen Quinn, Garrett Bradley, producers (Amazon
Studios)
Best International Feature
Bacurau (!!!!!)
Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles, directors; Emilie Lesclaux, Saïd Ben Saïd, Michel Merkt,
producers (Kino Lorber)
Beanpole
Kantemir Balagov, director; Alexander Rodnyansky, Sergey Melkumov, producers (Kino Lorber)
Cuties (Mignonnes)
Maïmouna Doucouré, director; Zangro, producer (Netflix)
Identifying Features
Fernanda Valadez, director; Astrid Rondero, producer (Kino Lorber)
Martin Eden
Pietro Marcello, director; Pietro Marcello, Beppe Caschetto, Thomas Ordonneau, Michael Weber,
Viola Fügen, producers (Kino Lorber)
Wolfwalkers
Tomm Moore, Ross Stewart, directors; Paul Young, Nora Twomey, Tomm Moore, Stéphan
Roelants, producers (Apple)
Bingham Ray Breakthrough Director Award
Radha Blank for The Forty-Year-Old Version (Netflix)
Channing Godfrey Peoples for Miss Juneteenth (Vertical Entertainment)
Alex Thompson for Saint Frances (Oscilloscope Laboratories)
Carlo Mirabella-Davis for Swallow (IFC Films)
Andrew Patterson for The Vast of Night (Amazon Studios)
Best Screenplay
Bad Education, Mike Makowsky (HBO)
First Cow, Jon Raymond, Kelly Reichardt (A24)
The Forty-Year-Old Version, Radha Blank (Netflix)
Fourteen, Dan Sallitt (Grasshopper Film)
The Vast of Night, James Montague, Craig Sanger (Amazon Studios) (!!!!!)
Best Actor
Riz Ahmed in Sound of Metal (Amazon Studios)
Chadwick Boseman in Ma Rainey’s Black Bottom (Netflix)
Jude Law in The Nest (IFC Films)
John Magaro in First Cow (A24)
Jesse Plemons in I’m Thinking of Ending Things (Netflix)
Best Actress
Nicole Beharie in Miss Juneteenth (Vertical Entertainment)
Jessie Buckley in I’m Thinking of Ending Things (Netflix)
Yuh-Jung Youn in Minari (A24)
Carrie Coon in The Nest (IFC Films)
Frances McDormand in Nomadland (Searchlight Pictures)
Breakthrough Actor
Jasmine Batchelor in The Surrogate (Monument Releasing)
Kingsley Ben-Adir in One Night in Miami… (Amazon Studios)
Sidney Flanigan in Never Rarely Sometimes Always (Focus Features)
Orion Lee in First Cow (A24)
Kelly O’Sullivan in Saint Frances (Oscilloscope Laboratories)
Breakthrough Series – Long Format (over 40 minutes)
The Great
Tony McNamara, creator; Tony McNamara, Marian Macgowan, Mark Winemaker, Elle
Fanning, Brittany Kahan Ward, Doug Mankoff, Andrew Spaulding, Josh Kesselman, Ron West,
Matt Shakman, executive producers (Hulu)
Immigration Nation
Christina Clusiau, Shaul Schwarz, Dan Cogan, Jenny Raskin, Brandon Hill,
Christian Thompson, executive producers (Netflix)
P-Valley
Katori Hall, creator; Katori Hall, Dante Di Loreto, Peter Chernin, Jenno Topping, Liz W.
Garcia, executive producers (STARZ)
Unorthodox
Anna Winger, Alexa Karolinski , creators; Anna Winger, Henning Kamm, executive
producers (Netflix)
Watchmen
Damon Lindelof, Creator for Television; Tom Spezialy , Nicole Kassell , Stephen
Williams, Joseph E. Iberti, executive producers (HBO)
Breakthrough Series – Short Format (under 40 minutes)
Betty
Crystal Moselle, Lesley Arfin, Igor Srubshchik, Jason Weinberg, executive producers (HBO)
Dave
Dave Burd, Jeff Schaffer, creators; Dave Burd, Jeff Schaffer, Saladin K. Patterson, Greg
MottolaKevin Hart, Marty Bowen, Scooter Braun, Mike Hertz, Scott Manson, James Shin,
executive producers (FX Networks)
I May Destroy You
Michaela Coel , creator; Michaela Coel, Phil Clarke, Roberto Troni, executive
producers (HBO)
Taste the Nation
Padma Lakshmi, David Shadrack Smith, Sarina Roma, executive producers(Hulu)
Work in Progress
Abby McEnany, Tim Mason, creators, Abby McEnany, Tim Mason, Lilly
Wachowski, Lawrence Mattis, Josh Adler, Ashley Berns, Julia Sweeney, Tony Hernandez,
executive producers (SHOWTIME)
Gotham Audience Award
IFP members will determine the Gotham Audience Award with nominees comprised of
the 20 nominated films in the Best Feature, Best Documentary, Best International Feature, and
Bingham Ray Breakthrough Director Award categories. All IFP current, active members are
eligible to vote. Voting will take place online in December.
Thirty-five writers, critics and programmers participated in the nomination process. The
Nominating Committees for the 2020 IFP Gotham Awards were:
Nominating Committee for Best Feature and Best Screenplay:
Justin Chang, Film Critic, Los Angeles Times, NPR’s “Fresh Air”
K. Austin Collins. Film Critic, Rolling Stone
Eric Kohn, Executive Editor & Chief Critic, IndieWire
Alison Willmore, Film Critic, Vulture
Stephanie Zacharek, Film Critic, TIME
Nominating Committee for Best Documentary:
Ben Fowlie, Executive Director, Points North Institute; Founder, Camden International Film
Festival
Cynthia Fuchs, Director Film & Media Studies, George Mason University; Contributing Editor,
PopMatters
Sky Sitney, Co-Creator & Co-Director, Double Exposure Investigative Film Festival
Abby Sun, Curator, the DocYard, and Researcher, MIT Open Doc Lab
Alissa Wilkinson, Film Critic, Vox
Nominating Committee for Best International Feature:
Florence Almozini, Senior Programmer at Large, Film at Lincoln Center
Bilge Ebiri, Film Critic and Writer, New York Magazine/Vulture
David Fear, Senior Editor & Film/TV Critic, Rolling Stone
Tomris Laffly, Film Critic, RogerEbert.com, Variety
David Rooney, Chief Film Critic, The Hollywood Reporter
Nominating Committee for Breakthrough Director
Monica Castillo, Arts and Culture Reporter, Colorado Public Radio
Peter Debruge, Chief Film Critic, Variety
David Ehrlich, Senior Film Critic, Indiewire
Devika Girish, Film Critic & Editor
Soraya Nadia McDonald, Culture Critic, The Undefeated
Nominating Committee for Best Actor and Best Actress:
Robert Daniels, Contributor, RogerEbert.com and The Playlist
Tim Grierson, Senior U.S. Critic, Screen International; Contributing Editor, MEL
Mark Harris, Writer, New York Magazine
Jessica Kiang, Film Critic, Variety, The Playlist, Sight & Sound
Christy Lemire, Film Critic, RogerEbert.com; Co-host Breakfast All Day podcast
Nominating Committee for Breakthrough Actor:
Kate Erbland, Deputy Editor, Film, IndieWire
Jon Frosch, Reviews Editor, The Hollywood Reporter
Beatrice Loayza, Writer & Film Critic
David Sims, Staff Writer, Culture, The Atlantic
Brian Tallerico, Editor, RogerEbert.com
Nominating Committee for Breakthrough Series
Judy Berman, TV Critic, TIME
Jen Chaney, TV Critic, Vulture
Daniel Fienberg, Chief Television Critic, The Hollywood Reporter
Caroline Framke, TV Critic, Variety
Matthew Gilbert, TV Critic, The Boston Globe
 

Difícil hein!
Não chego nem nos seus, seja nos números ou no conteúdo!
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Ganhei no sábado de um amigo o livro "abrace seu filho" do Thiago Queiroz. 
Terminei hoje, muito pela dedicatória que meu grande amigo, pai, jornalista fodido, me escreveu. 
É um ótimo livro sobre a participação paterna na criação dos filhos.  Coisas que parecem óbvias, mas que no fim sei que não serão. 
Desculpem o flood no tema!
 
 
 

"O Sol é Para Todos", tirando de lado a importância temática, é tão legal. Adoro a convivência das crianças.
Lendo pra caramba! Desse jeito você vai chegar nos números de sua mãe.

Bad Hair é um razoável "terror social" sobre, vai vendo, um cabelo assassino! Sim, igual bacanudo japonês Hair Extensions, do Sion Sono, mas aqui o filme vem com crítica social á perda de identidade, das raízes, etc e tal. Bem ambientado na década noventista e bem atuado pelo talentoso elenco negro, só achei que meia hora menos cairia bem pois se alonga demasiado até ir nos finalmentes. 8-10


 
Bit é um filme de vampiro teen que tenta ser uma versão feminista e empoderada dos Garotos Perdidos. Não bastasse tem uma pegada voltada pro público LGBT+ pois as vampiras são sapatas e tem preconceitos contra os machos opressores. Nesse sentido o filme é quase um remake não oficial do ótimo alemão As Donas da Noite, mas não chega nem ao dedo mindinho dele. Dá pra ver sim, mas com muitas ressalvas. 7,5-10

É bem por aí.
 
Peguei. E olha que eu não sou um detrator do Nolan, muito pelo contrário. Provavelmente, é o pior filme dele.

A exemplo do recente "Abominável", "A caminho da Lua", dirigido por Glen Keane, é uma animação Netflix para mostrar o soft power da China (O Futebol americano ou o Beisebol será substituído no mundo do cinema pelo Tênis de Mesa). É cultura chinesa "prêt-à-porter", aos moldes ocidentais. O roteiro é simplório, cheio de caminhos já traçados, com animais fofos como muleta cômica, e final moralista redentor...
A animação em si é bonita, mas nada empolgante, colada demais no mundo visual da Disney ou da Pixar.
No entanto, penso que será indicado ao Oscar da categoria, e talvez consiga beliscar uma indicação, completamente imerecida, de Melhor Canção.

É bem por aí.
 
Peguei. E olha que eu não sou um detrator do Nolan, muito pelo contrário. Provavelmente, é o pior filme dele.

Tanta onda pra essa chatice...

The Devil Has a Name é mais um filme bem intencionado sobre malefícios do corporativismo industrial mas fica só nisso mesmo, na inconsistência de definir a que gênero pertence, se drama ou comédia. Bem atuado e com elenco estelar bem empenhado, mas fica dificil encarar personagens caricaturais diante da seriedade do tema que propõe. O diretor Olmos é bom ator, mas ainda precisa comer muito feijão pra ficar atrás das câmeras, pois um filme só não se sustenta esfregando lição de moral na cara. 7-10


 
Lo Que Arde é outro filme que aborda de certa forma o corporativismo industrial do mal, na forma das queimadas intencionais, tema em voga principalmente sobre quando se trata da Amazônia. Mas aqui tudo se passa na Galicia, onde duas estórias se cruzam, a de um pirômano e a de um incêndio. É um filme quase documental, e é preciso paciência pra embarcar na jornada. Ponto pros protagonistas, muito bem interpretados. E os incêndios da produção impressionam mais que os de muito blockbuster abonado. E é porque são reais mesmo. 8-10

Nunca tinha assistido a "O Ladrão do Arco-Íris", de 1990, de Alejandro Jodorowsky. Posso dizer que é um filme ignorado não só por mim, como pela grande parte dos cinéfilos, quem sabe por que pela primeira vez Jodorowsky não assinou o roteiro de seu filme?
Bom, fato é que o filme é conhecido por ser a única produção comercial do diretor, e por contar com a dupla Omar Sharif e Peter O`Toole, revivendo suas históricas parcerias com David Lean ou Anatole Litvak. Sharif está excelente aqui, carregando o filme nas costas.
Porém - ah, porém- o filme padece de uma história muito ruim. Um conto de fadas, à la Dickens, nos subterrâneos de Londres, para falar - muito sem política - de desigualdade social e esperança. Conseguimos aqui e ali perceber o dedo do diretor, com algumas cenas de elementos de circo, com um lado nonsense....Mas é pouco.
Não curti, não.

Quando assisti a esse filme no cinema (na época em que os continentes estavam unidos), ao final da sessão, a mulherada toda estava em prantos. Eu lembro de ter gostado muito do filme, mas só hoje, quatrocentos anos depois, o revi. E não gostei tanto assim.
Os atores estão ótimos. Samantha Morton e Djimon Hounsou foram indicados ao Oscar em 2004, mas pra mim, dessa vez, quem teve o melhor desempenho foi o do pai, Paddy Considine. Porque OBVIAMENTE as duas crianças não contam de tão perfeitas e lindas! A garotinha então...Que olhos!
Mas, assim, revendo hoje, achei que a segunda parte do filme vira um conto de fadas que não casa bem com a dureza dos perrengues da primeira parte, encapsulada na tensa cena no parque de diversões, ou em detalhes como o da família assistindo a "história de si mesmos", de uma geração anterior, em "Vinhas da Ira". Sou completamente a favor do final feliz, mas não como um ato de pensamento mágico.
Alegam que o diretor Jim Sheridan, indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original por este trabalho, incluiu vários elementos de sua vida neste filme, quando da sua chegada aos Estados Unidos. 
A Irlanda, que era o "patinho feio" da Europa, por décadas uma terra de emigração, hoje tem uma renda per capta maior do que a dos Estados Unidos. Podem conferir! É o sucesso da aplicação de medidas liberais nos últimos anos. É para esta ilha gelada que muitos colegas meus imigraram recentemente.
Terra de Sonhos.