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Forum Cinema em Cena

SergioB.

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    SergioB. reacted to Questão in Doutor Sono (Mike Flanagan)   
    Visto DOUTOR SONO

     
    Na trama, trinta anos após os  eventos no Hotel Overlook, Danny Torrance (Ewan McGregor) se tornou um alcoólatra. Após um terrível incidente, Danny passa a buscar a sobriedade, e alguns anos depois, parece encontrar a paz, trabalhando como enfermeiro em uma clínica para pacientes terminais, usando a sua "iluminação" para ajudar os pacientes a fazerem a passagem. Mas Quando Danny conhece Abra Stone (Kyliegh Curran), uma pré adolescente com as mesmas habilidades que ele, que está sendo perseguida por um grupo de vampiros energéticos conhecido como o Verdadeiro Nó, que se alimentam dos iluminados, Danny deve enfrentar os seus traumas para proteger Abra.
     Venho acompanhando a carreira de Mike Flanagan com curiosidade desde o seu primeiro filme, ABSENTIA. Trazendo na maioria das vezes personagens definidos por traumas do passado, e uma preferência por narrativa dividida em camadas temporais e sensoriais, a filmografia de Flanagan evoluiu de filme para filme, até alcançar um nome do gênero para se prestar atenção  com HUSH: A MORTE OUVE, e atingir a excelência com a minissérie da Netflix A MALDIÇÃO DA RESIDÊNCIA HILL. Mas foi em 2017, quando dirigiu também para a Netflix o thriller JOGO PERIGOSO, uma adaptação bastante complexa de um romance de Stephen King, que Flanagan ganhou a chance de enfrentar o seu maior desafio até o momento; dirigir a adaptação de DOUTOR SONO, sequência do clássico O ILUMINADO. O desafio maior não era apenas dirigir a sequência tardia de um clássico do cinema dirigido por um mestre como Stanley Kubrick, mas promover uma reconciliação entre a atmosfera mais niilista e desesperaçosa que Kubrick imprimiu em sua adaptação de O ILUMINADO (notoriamente odiada por Stephen King) com a sequência literária escrita por King que ia contra muito daquilo que foi estabelecido pelo famoso diretor na película de 1980. Era um grande sinuca de bico, mas apesar de alguns percalços, Flanagan se mostrou a altura do desafio, entregando uma sequência que respeita e honra o clássico de Kubrick, mas que também resgata muito dos elementos emocionais que eram caros a King, para construir a sua própria história.
      Primeiramente, deve-se dizer que diferente de sequências que retomam clássicos, como STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA e JURASSIC WORLD, DOUTOR SONO não é uma continuação que se baseia na nostalgia, ao apresentar uma narrativa de natureza muito diferente do filme original (o que também ocorria com suas contrapartes literárias), ao usar o terror mais como um motor para o drama, do que propriamente torna-lo o cerne da narrativa. O roteiro de Flanagan trabalha com calma a sua história, inicialmente nos apresentando um prólogo que mostra como foram os primeiros meses de Wendy Torrance e o pequeno Danny (Alex Essoe e Roger Dale Floyd) após a tragédia do Overlook, e como o menino aprendeu a lidar com os fantasmas que o perseguiam com a ajuda do espírito de Dick Halloran (Carl Lumbly). Depois desse prólogo, Flanagan desenvolve todo o seu 1º ato em três narrativas paralelas, que acompanham a decadência e recuperação de Danny; a descoberta dos poderes da pequena Abra, que desenvolve desde pequena uma conexão com Torrance; e por fim o recrutamento de Andy Cascavel (Emily Alyn Lynd) para o verdadeiro Nó por sua enigmática líder, Rose: A Cartola (Rebecca Fergunson). Esse 1º ato é competente em construir o universo do filme, ao mesmo tempo em que desenvolve o trio principal formado por Danny, Abra e Rose, até que essas três histórias se cruzam ao fim do 1º ato em uma sequência angustiante que traz a participação especial de Jacob Tremblay.
      Na direção, Flanagan demonstra uma direção elegante, que consegue manter a própria identidade em sequências mais oníricas, como aquelas que trazem um duelo mental entre Abra e Rose, mas que também referência Kubrick (especialmente nas sequências envolvendo Danny) sem com isso soar uma condução esquizofrenica. De fato, muitas das reconstituições dos planos de Kubrick feitos por Flanagan surgem extremamente interessantes justamente por não serem gratuitos, e sim funcionarem como uma inversão do que foi visto no primeiro filme, como aquela onde acompanhamos uma entrevista de emprego de Danny, tal como o seu pai anos antes, ou aquela que traz Danny sentado em um bar durante o 3º ato da narrativa. Além disso, apesar de possuir duas horas e meia de duração, o diretor conduz um ritmo muito bom para a narrativa, mesmo durante as passagens mais tranquilas, já que constrói com habilidade uma atmosfera densa e melancólica, que nunca nos permite assumir que os personagens estão seguros.
      DOUTOR SONO também se beneficia de ter um elenco  extremamente competente, que compreende muito bem os seus personagens. Ewan McGregor dá uma vulnerabilidade tocante para Danny, ao retrata-lo como um homem não só assombrado por seus traumas de infância (e os fantasmas literais que ele carrega em sua mente) mas por seus próprios erros na vida adulta. A jovem Kyilegh Curran também concede muito carisma e veracidade a Abra Stone, retratando a garota como estando compreensivelmente deslumbrada com a extensão cada vez maior de seus poderes, e até desenvolvendo certa arrogância a partir de certo ponto, mas sem nunca tornar-se antipática (como ocorria com a sua contraparte literária). Mas quem rouba mesmo a cena é Rebecca Fergunson ao fazer de Rose uma vilã sedutora e cruel, que não apenas lidera, mas tem o respeito de seus seguidores, pelos quais ela tem uma relação genuína de afeto. E é curioso observar que ainda que diferente da maioria dos filmes do gênero, onde o vilão tem o domínio da situação até o 3º ato, Rose e seu grupo são muitas vezes surpreendidos por Danny e Abra (que se torna cada vez mais poderosa), a ameaça em torno da personagem nunca é esvaziada, o que credito muito mais ao trabalho de Ferguson do que ao próprio roteiro. No elenco de apoio, destaca-se a presença de Carl Lumbly como Dick Halloran, que consegue replicar os trejeitos que Scatman Crothers deu ao personagem em 1980, mas que consegue tornar o personagem seu ao dar a Halloran uma autoridade que não estava presente no filme original, devido a sua nova condição.
     Na parte técnica, destaca-se o trabalho de direção de arte, que não apenas reproduz com extrema competência os clássicos cenários do Hotel Overlook no climax da narrativa, mas concede personalidade aos principais ambientes da trama; reparem por exemplo como o quarto de Danny permanece um ambiente vazio e sombrio, mesmo depois de anos vivendo no lugar, denunciando a desconexão do personagem com o lugar onde vide, ou como o quarto de Abra é decorado com bonecas de super heroínas e guerreiras de mangá, refletindo não só a personalidade combativa da garota, que diferente de Danny aprecia os poderes de sua iluminação, mas suas figuras culturais de referência. Ainda é importante citar o trabalho dos Irmãos Newton na trilha sonora, que trabalharam em todos os projetos do diretor desde OUIJA: A ORIGEM DO MAL, que criam aqui uma trilha bastante funcional, que é eficiente sem chamar a atenção demais para si mesmo, além de darem uma bela repaginada para o clássico tema de O ILUMINADO feito  por Wendy Carlos E Rachel Elking em 1980
     Apesar de muitos acertos, o filme também dá as suas derrapadas. O filme utiliza a personagem de Andy Cascavel para nos dar o contexto do funcionamento do Verdadeiro Nó, o que é uma manobra didática, mas feita de forma natural, mas a personagem perde completamente a importância após o 1º ato, denunciando assim a sua função mecânica para o enredo. E se o climax no Hotel Overlook traz um arrepio na espinha dos fãs do filme de 1980, e traz vários momentos recompensadores (discordo daqueles que apontam que é puro fan service) é inegável que em seus minutos finais, que trazem o desfecho, esse 3º ato não apenas perde o foco da história que estava contando, como ai sim, nesses minutos finais entrega um fan service ao livro O ILUMINADO que narrativamente não faz muito sentido, o que por acontecer justamente na conclusão, acaba tendo um peso maior para o publico.
     Apesar desses deslizes, o saldo final de DOUTOR SONO ainda é muito positivo. Flanagan conseguiu ser extremamente respeitoso e reverente ao clássico de Kubrick, ao mesmo tempo em que inseriu muito da carga emocional que King sentiu falta no primeiro filme (e que vem do próprio trabalho de Flanagan como diretor, para quem conhece os seus filmes). Não vai ser um clássico como O ILUMINADO, e nem é tão aterrorizante quanto ele, mas não precisa ser. O filme é sim, uma continuação orgânica, que tem a coragem de seguir o próprio caminho (mas sem temer olhar para o passado) com personagens carismáticos, em uma obra que consegue apelar para a emoção do público. No fim, para um projeto que tinha muita chance de dar errado, Flanagan mandou muito bem, renovando o meu interesse por seus projetos futuros.
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    SergioB. reacted to Jailcante in Oscar 2020: Previsões   
    Assisti ontem e é realmente ótimo. 
    Começa meio cômico, meio leve, mas depois dá uns giro de 360, e fica tudo bem frenético na segunda metade de filme.
     
    (Perigo é os americanos inventarem de remekear e sair uma boshta)
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    SergioB. reacted to Big One in Oscar 2020: Previsões   
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    SergioB. got a reaction from Big One in Oscar 2020: Previsões   
    Nossa!!
    Eu tinha escrito que seria muito difícil um documentário me conquistar tanto quanto "American Factory" da Netflix, mas seu principal concorrente, da Amazon, "One Child Nation", é igualmente esbabacante!
    É sobre a Política do Filho Único na China, com suas consequências terríveis. Pra mim, esse foi um assunto presente no ano, pois li o estupendo "As Rãs" do Nobel Mo Yan, que trata também sobre o tema, e, claro, esse doc serviu como um irmão gêmeo para o livro. Quase as mesmas situações inacreditáveis. E dá pra ver o poder das duas formas de arte. A conclusão desse doc é estupenda e bastante atual, fazendo um link perfeito com outras partes do mundo. 
    A linguagem é do tipo que eu gosto, privilegiando o momento, a câmera na mão, com um assunto muito poderoso por trás. É o terceiro trabalho da diretora, que quase foi indicada pelo primeiro filme, "Hooligan Sparropw", chegando às semifinais no ano de "O.J: Made in America".
    A China pode ser um país assustador. O país não tem escapatória neste ano, sairá com a imagem defenestrada seja por "American Factory" seja por "One Child Nation". Não sei dizer qual o favorito. Qual o meu favorito.

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    SergioB. reacted to Pop Reverso in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Filmes do segmento de drama esportivo tendem a cair no formulaico, especialmente aqueles norte-americanos que são baseados em fatos reais. Ainda assim, em raros casos, podemos ser surpreendidos com uma exímia e abrangente execução dos elementos que já vimos em milhares de outras obras. Esse é o caso de “Ford vs Ferrari” (2019).
    O filme conta a história do designer automotivo Carroll Shelby (Matt Damon) e do piloto Ken Miles (Christian  Bale), que trabalham juntos em uma disputa da Ford contra a Ferrari, nas pistas de corrida. O diretor James Mangold empregou aqui o melhor das suas habilidades no sentido de providenciar um drama que é acessível, identificável e bem-humorado a ponto de nunca se transformar em mera masturbação automotiva.
    Além da disputa representada pelo próprio título da obra, temos também o eterno embate entre o corporativismo e o elemento humano, e entre as ambições pessoais e a necessidade de adaptação ao trabalho em equipe. Em paralelo a tudo isso, há uma bela mensagem sobre uma amizade que é desenvolvida através da paixão que dois homens possuem por carros velozes.
    Christian Bale faz do seu Ken Miles um piloto energético, intuitivo e às vezes esquentado, numa composição pitoresca que é uma das mais interessantes de sua carreira. E Matt Damon faz do seu Carroll Shelby um contraponto mais sensato e centrado, mas que também possui seus momentos de intensidade. A química entre os dois é excepcional, e move a trama de tal forma que às vezes ofusca os outros personagens, ainda que Caitriona Balfe se saia bem como Mollie Miles (esposa de Ken) e Tracy Letts ofereça uma boa dimensão a Henry Ford II.
    O roteiro possui algumas gordurinhas, mas é muito bem desenvolvido. Mangold também parece ter atingido aqui o seu ápice em termos de precisão técnica, especialmente na sua imersiva e convidativa recriação – visual e cultural - dos anos 1960. Destaque ainda maior para o último ato do filme, que unifica todos os seus subtextos através de uma corrida que é eletrizante, extenuante (no bom sentido), e provida de algumas reviravoltas levemente inesperadas.
    “Ford vs Ferrari” é pura velocidade e ritmo, tanto dentro quanto fora das pistas. É um drama que se mostra otimista, caloroso, e quase sempre munido de uma boa dose de diversão e loucura por parte de Bale e Damon. De brinde, ele nos faz pensar sobre como podemos encontrar a verdadeira visão em pessoas que estejam longe de uma sala cheia de burocratas. Talvez a própria Hollywood dos tempos atuais precise refletir mais sobre isso, não acham?
    Nota: 9

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    SergioB. reacted to Tensor in Oscar 2020: Previsões   
    Pessoal, eu fiz uma lista no letterboxd com a data dos possíveis concorrentes do Oscar/Globo de Ouro e as datas especuladas de estreia aqui no Brasil (só clicar em read notes). Quem tiver interesse pode acompanhá-la. Qualquer sugestão do que acrescentar é só falar (logo vou colocar os docs, filmes internacionais e animação)

    https://letterboxd.com/thiagoduarte/list/possiveis-filmes-do-oscar/
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    SergioB. got a reaction from Jorge Soto in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    O documentário trata desse argumento da falta de consenso, mas como uma jogada da indústria da carne para justamente colocar em dúvida as pessoas. Mas, como você disse, cada um faz sua opção de vida. Pra mim, foi mais fácil cortar a carne do que cortar a cerveja. Convida a galera para o próximo churrasco aí, @Jorge Soto!!!
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    SergioB. got a reaction from Big One in Oscar 2020: Previsões   
    GENTE..."The Lighthouse"!!!!!!
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    SergioB. got a reaction from Jorge Soto in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Como sou vegetariano há 15 anos, migrando para o veganismo, fiquei com os ânimos renovados ao assistir a esse "The Game Changers" (com um título muito apelativo no Brasil), "Dieta de Gladiadores", salvo engano, documentário sobre alimentação, produzido pelo Schwarzenegger.
    Que possamos a cada dia, com mais consciência, reduzir nossa pegada ecológica! Mas melhor ainda quando tivermos mais consciência que ficamos mais saudáveis, mais bonitos, mais fortes, com uma alimentação menos dependente de proteína animal. O doc traz ainda exemplos de muitos atletas (olímpicos ou não) que são grandes campeões sem comer carne. Meu lado esportivo adorou.
    O documentário é dirigido por Louie Psihoyos, ganhador do Oscar na categoria, pelo maravilhoso "The Cove".
    Está na Netflix.

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    SergioB. reacted to Jailcante in Oscar 2020: Previsões   
    Campanha da Disney pra Oscar continua:


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    SergioB. reacted to Jailcante in Oscar 2020: Previsões   
    Oscar Honorário para David Lynch:
     
     
    Lina Wertmuller, Geena Davis e Wes Studi também foram homenageados.
     
    https://bloody-disgusting.com/videos/3591396/video-watch-david-lynch-receive-honorary-oscar-2019-governors-awards/
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    SergioB. got a reaction from Jailcante in O Esquadrão Suicida (Dir. James Gunn, 2021)   
    "A arte vive naquele mundo de imaginação. É um parquinho."
    (Davis, Viola)
    Que mulher!!!
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    SergioB. reacted to Jailcante in O Esquadrão Suicida (Dir. James Gunn, 2021)   
    VIOLA DAVIS, A AMANDA WALLER, RESPONDE AS CRÍTICAS AOS FILMES DE SUPER-HERÓIS!
     1h -  896 – Parece que essa briga vai longe!
    POR GUILHERME SOUZA → Atualmente, Viola Davis é uma das atrizes mais respeitadas e requisitadas de Hollywood. Vencedora do Oscar de Melhor-Atriz coadjuvante, Davis conquistou seu espaço na indústria e se mostra extremamente versátil.
      Além de seu talento para papéis dramáticos, Davis também se uniu ao universo dos filmes de super-heróis, dando vida à implacável Amanda Waller. Nos últimos dias, não tem se falado sobre outra coisa a não ser sobre as declarações polêmicas de grandes cineastas sobre os filmes de super-heróis e ao ser questionada sobre isso, a atriz declarou que existe espaço para todos e que não há limites para a arte.
    A atriz complementa sua declaração dizendo que respeita as declarações de Martin Scorsese, mas que isso não faz com que ela deixe de gostar dos filmes da Marvel.
      Com isso, Viola mostra que não se trata de um filme ser bom ou não e que isso depende apenas da visão pessoal de cada um e que ninguém tem o direito de dizer o que é arte e o que não é.
    https://www.legiaodosherois.com.br/2019/viola-davis-a-amanda-waller-responde-as-criticas-aos-filmes-de-super-herois.html
     

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    SergioB. got a reaction from Big One in Oscar 2020: Previsões   
    Weekend Results:
    1. Joker – $19 million
    2. Maleficent: Mistress of Evil – $18.53 million
    3. The Addams Family – $11.7 million
    4. Zombieland 2: Double Tap – $11.6 million
    5. Countdown – $9.01 million
    6. Black and Blue – $8.32 million
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    SergioB. got a reaction from Jorge Soto in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Segui a dica do @Jorge Soto e conferi ontem esse "Eli" e adorei. Achei muito bem sacado o jogo com o nome do garoto, é dizer, achei criativo o roteiro. Não gosto tanto dos sustinhos do início do filme, clichês comuns no gênero, mas acho que eles ficaram bem desenvolvidos do meio para o final. Fizeram bastante sentido. Gostei muito. O ator mirim é ótimo.
    Acho que nunca vi tanto filme de terror na minha vida como neste 2019.

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    SergioB. got a reaction from Tensor in Oscar 2020: Previsões   
    Uma sátira deliciosa e muito comovente!
    Não me surpreenderia nada se ficar no top 3 de todo mundo e acabar levando Melhor Filme, assim como levou o Festival de Toronto.
    Trilha Sonora de Michael Giacchino, leve e encantadora. Deve ser indicada.
    O roteiro tem um ritmo perfeito, pecando apenas na precisão histórica (pois quem manja de Segunda Guerra sabe que a Alemanha naquele ano estava em um estado bem pior do que o mostrado).  Scarlett e Sam Rockwell estão muito bem, em papéis bem legais embora menores. Thomasin McKenzie, que está na minha 5ª vaga de Atriz Coadjuvante, está excelente, num papel que me surpreendeu muito: Não é a judia frágil e indefesa, mas de uma lutadora mesmo. E ela tem uma cena maravilhosa, de muita tensão.
    Mas quem dá o show é o menino Roman Griffin Davis!! Primeira atuação da vida, e ele está su-bli-me! Como eu gostaria que ele fosse indicado!! Se fosse em qualquer outro ano, menos disputado, eu cravaria o nome dele. É sensacional!
    Taika Waititi, a quem eu só colocava como indicado em Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante, fez realmente um grande filme. Vai ser o filme xodó de todo mundo. Creio que vou ter que achar um espaçozinho pra ele também em Direção. Tendo visto o filme, penso que será complicado pra ele , assim como foi para o Bradley Cooper, entrar em muitas categorias. Talvez o papel aqui seja mal visto. Vou reconsiderar a vaga de Ator Coadjuvante...
    Nos últimos 8 minutos, eu só consegui bater palmas!
    Amei!
     

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    SergioB. reacted to Tensor in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Assisti sim! Adoro esse filme. Talvez seja meu filme preferido feito em Porto Alegre. 
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    SergioB. got a reaction from Tensor in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Que legal, heim?! O Marcelo é ótimo diretor. A parte que ele tira o som natural e põe "O Coro dos Escravos" de Verdi é sensacional. 
    Não sabia que você era de Porto Alegre. Já viu "Tinta Bruta"? Todo cidadão daí tem que ver!
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    SergioB. got a reaction from Jorge Soto in Os Vingadores 4: End Game   
    Comentário de sucesso no bailão da Associação dos Violinistas Aposentados.
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    SergioB. reacted to Tensor in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Tive o prazer de assistir esse aí no Capitólio (um cinema tradicional de rua aqui em Porto Alegre) com a presença do Marcelo Gomes. Uma das melhores experiências que tive no ano. Maravilhoso.
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    SergioB. reacted to frossit in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Acho impressionante como De Palma não precisa de um roteiro ou diálogos propriamente bons para fazer filmes marcantes. Esse Vestida para Matar tem algumas cenas verdadeiramente antológicas, fora o uso da música que também é um show à parte. Visto no Telecine Play. Cotação: Muito bom.

    Esse filme é lindo...lindamente fotografado, dirigido....os figurinos então. Só peca um pouquinho, porque alguns personagens são meio "esquecidos" pela trama que tem a ambição de retratar os USA do início do século passado. No entanto dá para entender, ao mirar o foco nas tensões raciais, o filme ganha em dramaticidade. Assistido no Amazon Prime. Cotação: Ótimo. 

     
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    SergioB. reacted to Lillo in Oscar 2020: Previsões   
    Nathaniel já colocou Renee como "locked " para indicação , a única em atuação .
  23. Thanks
    SergioB. got a reaction from Questão in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Acho. Porque geralmente trabalham o mal como metáfora.
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    SergioB. got a reaction from J. de Silentio in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Pois é, deixei para hoje essa atualização ambiental de Ralph Fiennes, de 2011.
    O roteiro preservou o texto de Shakesperare de modo fiel, fidelíssimo. Acompanhei com o livro aberto e foi muito impressionante. Foi a estréia de Fiennes na Direção; ele até foi indicada ao BAFTA, entre os estreantes. 
    Mas, gente, quem deu show mesmo foi a Vanessa Redgrave. Que atuação! Se no filme de ontem, o papel da mãe, Volumnia, é quase apagado, aqui ela está, como na peça, preponderante. Uma articuladora, uma diplomata nata (ao contrário do filho militar), que, com a força das palavras consegue tudo o que quer. Dá gosto ver uma atriz revelar múltiplos sentidos em frases que no papel parecem tão fechadas. Maravilhosa atuação.
    Eu gostei do filme. É meio estranho ver certo arcaísmo do texto passado num mundo contemporâneo. Há um deslocamento que pode ser chato - chato é a palavra - para certas pessoas. Mas é uma boa experiência no geral. Eu teria gostado mais se eles tivessem reduzido ainda mais o lado "guerra" do filme, e privilegiado mais a política. Por exemplo: O povo como massa de manobra, louco pra ouvir um carinho demagogo! Conhecem algum povo assim? E fica o recado de que a paz é conseguida mais por palavras do que por tiros.
    Os dois generais, orgulhosos de suas forças, ao final, são plenamente manipulados pelas palavras, seja de seus parceiros de exército, seja, no caso de Coriolano, pelas de sua mãe. Como realça o cartaz do filme, as feras naturalmente se gostam.
     

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    SergioB. got a reaction from J. de Silentio in O Que Você Anda Vendo e Comentando?   
    Segundo melhor filme da temporada, a meu ver. Não esperava tantos acertos.
    Toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza.
    Vou começar falando de Oscar...Ainda sem ter visto todos os concorrentes - como poderia? - espero que a trilha sonora dessa violoncelista islandesa, Hildur, de sobrenome impossível - vejo aqui que ela fez parte de "Arrival" (então já ganha muitos pontos comigo), - seja indicada e, quem sabe, ganhe a estatueta. Casou perfeitamente com as imagens, e com o clima sombrio e tenso do filme, fora a escolha das canções preexistentes como "That`s Life" e "Send in the Clows" (a propósito, a melhor versão é a do eterno Renato Russo). Muito bom gosto musical. Tô vendo aqui os profissionais de Maquiagem, pois eles vão subir no palco para receberem o prêmio por seu trabalho. Vai ser a primeira indicação de alguns, e alguns trabalham em "The Irishman" também (Carla White, Tania Ribalow) Sabem por que eu gostei? É uma maquiagem muito triste. Não é só uma máscara. É uma maquiagem que chora, que craquela...Eu amei.
    Assim como a Maquiagem, o Roteiro também é muito triste. Mais do que violento. Aliás, toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza. A tristeza funde a cuca total. Assim como aquela bela frase anotada no diário, e que virou a síntese do filme por aí, acertadamente diz: não dá pra esperar ser de outro jeito. Uma vida de abusos, sem amor, violenta, solitária, sem aceitação de si, sem aceitação dos outros...funde a cuca. Eu gostei muito dos diálogos, e de algumas frases. Não esperava gostar tanto. Essa linha de tristeza me conquistou! Muito mais do que nas outras vidas do Coringa vividas no cinema até aqui que privilegiavam o comentário social, o anarquismo como resposta ao capitalismo.... Aliás, toda vez que falarem da violência social nesse filme, eu pensarei na tristeza. Uma indicação ao Todd Phillips e Scott Silver na categoria de Roteiro Adaptado é possível. 
    Amei a cenografia em tons pastéis, ou amarronzados, sem vida, sem luzes, de Mark Friedberg (nunca indicado). E a recriação de Gothan bem anos 1970 ficou fantástica.
    Pois bem, acho que o filme será indicado em Trilha Sonora, Maquiagem, Design de Produção, Roteiro Adaptado. E Ator.
    Falar o quê desse ator? Pela Trindade! Que atuação foi essa do Joaquin Phoenix? No magistral plano da entrevista, ele dá um olharzinho, para o lado, no fim, que fiquei bobo! Que nível de insanidade ali. Agora, todo o elenco está ótimo, a mãe (Frances Conroy), a vizinha, e, claro, o De Niro, em sua escalação mais que perfeita, homenageando os descaminhos de seu personagem em "O Rei da Comédia". 
    Contudo, não acho que Joaquin irá ganhar. O personagem comete alguns atos extremos demais para ser gostável ao público mais careta. Não sei se a Academia está preparada para separar atuação de personagem. O vilão, a rigor, não pode passar de certa linha. Lembro-me de "O Silêncio dos Inocentes", e "Sangue Negro", cujos astros foram premiados, mas nem naqueles casos acho que é comparável.
    Gostaria muito de ver Todd Phillps indicado em Direção. Fiquei bobo com a cena da escada, e com a cena do dossiê de internação. E com a do portão. Olha, várias cenas memoráveis para mim. Mas, não sei...No momento, estou reticente.
    Filme? Acho que sim. Acho que dá. É a maior cartada da Warner Bros, afinal.
    Tantos elogios eu ainda teria para fazer, mas a maior é não sobrevalorizar a anarquia, como resposta social, coisa que sempre o personagem do Coringa faz, mas sim colocar dessa vez a tristeza como motivo.
    Toda vez que falarem da violência nesse filme, eu pensarei na tristeza. Ela funde a cuca da gente.
     

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