Members Peixoto Posted January 26, 2008 Members Report Share Posted January 26, 2008 Bom filme, valeu a pena ter ido ao cinema para assistir. Na saída do cinema ouvi uma menina comentar: "Filme brasileiro tá ficando bom, só falta parar de usar palavrão". Deve achar que legendas do tipo "Caramba" e "dane-se" traduzem fielmente as falas dos filmes gringos. Quote Link to comment
Members jujuba Posted January 26, 2008 Members Report Share Posted January 26, 2008 Essa não é a minha opinião sobre o filme, só achei legal postar aqui. Uma fraude chamada 'Johnny' Por Sylvia Colombo (da Reportagem Local) A pior produção do cinema brasileiro desde a fraude de "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", "Meu Nome Não É Johnny" atingiu nesta semana 1 milhão de espectadores no Brasil. É uma pena que, depois do show de roteiro e montagem de “Tropa de Elite”, um filme com a trama levada de modo tão arrastado e preguiçoso faça tanto sucesso. Era de se esperar pelo menos um pouco mais de rigor crítico por parte das platéias. Se o filme de Cao Hamburger procurava copiar as fórmulas de sucesso de filmes latino-americanos como “Kamchatka” ou “Machuca”, o de Mauro Lima descaradamente reúne ingredientes manjados da produção recente brasileira. Estão ali a malandragem carcerária de “Carandiru”, os horrores de uma prisão psiquiátrica de “Bicho de Sete Cabeças”, um banditismo nostálgico de “Cidade de Deus”, o encanto da violência e o “charme” do submundo urbano de filmes de Beto Brant. A prática não se limita ao cinema nacional; "Johnny" absorve até elementos típicos de Quentin Tarantino. A certa altura, há um diálogo, conversa fiada, entre dois personagens que confundem Tarcísio Meira e Francisco Cuoco. Seria gracioso se não fosse uma verdadeira cópia de um recurso usado por Tarantino _sacar fantasmas do esquecimento e transformá-los em referência cult. A menção poderia ser um gesto carinhoso de reverência ao diretor norte-americano. Porém, num contexto de tantos pequenos plágios, a cena acaba virando só mais um deles. “Meu Nome Não É Johnny” segue uma toada previsível. João Estrella é um garoto de classe média que era arruaceiro na infância e torna-se um adolescente revoltado após a separação dos pais. Num inocente encontro com amigos na praia, dá seu primeiro “pega”. E do inocente baseado, logo se transforma em viciado em cocaína. Sem o apoio dos pais _a mãe, distante, e o pai, adoecido, com um apelativo câncer de pulmão_ João “se perde” nas drogas”. Dizer que essa trama é um exemplo de moralismo raso seria um chavão. Dá até preguiça... Quote Link to comment
Members Thiago Lucio Posted February 5, 2008 Members Report Share Posted February 5, 2008 MEU NOME NÃO É JOHNNY – 6/10 – O filme é estranhamente divertido graças ao carisma de João Guilherme e ao talento de Selton Mello. Digo estranhamente, pois o envolvimento com a diversão que Johnny propõe é contagiante, mas a impessoalidade (imparcial não é ser impessoal) do roteiro compromete a identificação com o drama do protagonista. Quem se importa com ele? Eu não me importei e ainda digo “bem feito!”. O roteiro é falho ao estabelecer o núcleo familiar do personagem e parece mais preocupado com o “modus operantis” do tráfico do que com algum tipo sensibilização (conhecemos os mínimos detalhes dos seus negócios), a participação da Cléo Pires só serve pra ela mostrar o seu belo par de coxas, mas o elenco de apoio, de uma maneira geral, é eficiente. Quando nos deparamos com a frase da juíza de que João Guilherme é um exemplo de como vale a pena investir na recuperação das pessoas, nos perguntamos de que forma? Ele só criou juízo, pois ficou mais perto do inferno. Essa foi a contribuição do Estado. Nessas passagens o filme se transforma em uma produção fraca e genérica, um mini-“Carandiru” misturado com um mini-“O Bicho de Sete Cabeças”. A direção de Mauro Lima é orgânica, a linguagem é voltada ao público jovem, mas o seu trabalho assim como da edição é bastante irregular com momentos fracos e outros apenas medianos. Vale muito mais como um filme escapista do que necessariamente um drama humano. E sinceramente acho que essa não era a intenção. Quote Link to comment
Members Thiago Lucio Posted February 5, 2008 Members Report Share Posted February 5, 2008 EDITThiago Lucio2008-02-05 08:04:12 Quote Link to comment
Members Thiago Lucio Posted February 5, 2008 Members Report Share Posted February 5, 2008 Essa não é a minha opinião sobre o filme, só achei legal postar aqui. Uma fraude chamada 'Johnny' Por Sylvia Colombo (da Reportagem Local) A pior produção do cinema brasileiro desde a fraude de "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", "Meu Nome Não É Johnny" atingiu nesta semana 1 milhão de espectadores no Brasil. É uma pena que, depois do show de roteiro e montagem de “Tropa de Elite”, um filme com a trama levada de modo tão arrastado e preguiçoso faça tanto sucesso. Era de se esperar pelo menos um pouco mais de rigor crítico por parte das platéias. Se o filme de Cao Hamburger procurava copiar as fórmulas de sucesso de filmes latino-americanos como “Kamchatka” ou “Machuca”, o de Mauro Lima descaradamente reúne ingredientes manjados da produção recente brasileira. Estão ali a malandragem carcerária de “Carandiru”, os horrores de uma prisão psiquiátrica de “Bicho de Sete Cabeças”, um banditismo nostálgico de “Cidade de Deus”, o encanto da violência e o “charme” do submundo urbano de filmes de Beto Brant. A prática não se limita ao cinema nacional; "Johnny" absorve até elementos típicos de Quentin Tarantino. A certa altura, há um diálogo, conversa fiada, entre dois personagens que confundem Tarcísio Meira e Francisco Cuoco. Seria gracioso se não fosse uma verdadeira cópia de um recurso usado por Tarantino _sacar fantasmas do esquecimento e transformá-los em referência cult. A menção poderia ser um gesto carinhoso de reverência ao diretor norte-americano. Porém, num contexto de tantos pequenos plágios, a cena acaba virando só mais um deles. “Meu Nome Não É Johnny” segue uma toada previsível. João Estrella é um garoto de classe média que era arruaceiro na infância e torna-se um adolescente revoltado após a separação dos pais. Num inocente encontro com amigos na praia, dá seu primeiro “pega”. E do inocente baseado, logo se transforma em viciado em cocaína. Sem o apoio dos pais _a mãe, distante, e o pai, adoecido, com um apelativo câncer de pulmão_ João “se perde” nas drogas”. Dizer que essa trama é um exemplo de moralismo raso seria um chavão. Dá até preguiça... [/quote'] O filme não esconde ser moralista mesmo, mas lendo esse comentário lembrei de um aspecto do filme que me incomodou um pouco no começo. Como a história se passa nos anos 80, o roteiro sente muito a necessidade de mencionar produtos e/ou filmes e/ou novelas daquela época pra se climatizar com a época. Se não bastasse há uma cena de Johnny como uma camisa ... "não sei o que lá 83" ... ou seja ... é de uma insegurança total ... Quote Link to comment
Members jujuba Posted February 5, 2008 Members Report Share Posted February 5, 2008 Acho válido isso de caracterizar bem cenários, roupas e tals. P/ vc pode parecer demais pq tu é experiente e tem os olhos bem treinados p/ este tipo de detalhe Quote Link to comment
Members Thiago Lucio Posted February 5, 2008 Members Report Share Posted February 5, 2008 Acho válido isso de caracterizar bem cenários, roupas e tals. P/ vc pode parecer demais pq tu é experiente e tem os olhos bem treinados p/ este tipo de detalhe [/quote'] Modéstia parte ... rs Acho que uma coisa é vc usar um figurino dos anos 80 como acontece em "O Gângster", abusando do jeans, coisa e tal, por exemplo ... outra coisa é vc ficar fazendo com que os personagens mencionem gratuitamente nos diálogos coisas da época (note como o primeiro fornecedor de drogas vomita um monte de coisas recém-saídas daquele e-mail "Saudades da minha infância" ... só faltou ele falar do charuto de chocolate ... rs) e colocar o protagonista com camisa escrita "Rio de Janeiro 82"ou coisa do tipo ... a sutileza e a discrição mandaram lembranças ... Quote Link to comment
Members Xjxjbo Posted February 7, 2008 Members Report Share Posted February 7, 2008 Achei um ótimo filme. É divertido e contagiante. Mostra uma realidade que as vezes nos escapa. Quote Link to comment
Members Administrator Posted February 23, 2008 Author Members Report Share Posted February 23, 2008 Gostei, curti. É entretenimento sem pretensões de se amarrar em complexidades demais. Tem boa música, atores bons e cativantes e ritmo. Fácil compreender o sucesso de público. ***/**** Quote Link to comment
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