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O Massacre da Serra Elétrica - O Retorno de Letherface (Netflix)


Jailcante
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15 minutes ago, Jailcante said:

Estreia hoje (estreou acho, já deve estar lá na Netflix). Devo assistir a noite.

CRÍTICA: O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA, DA NETFLIX, MIRA NO ABSURDO E ACERTA NO TÉDIO

O Retorno de Leatherface surfa na onda de Pânico e Halloween, com um resultado bem aquém do esperado…

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Após muito burburinho, O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface chegou à Netflix, dando continuidade à história do filme original e promovendo o encontro do assassino com sua primeira sobrevivente, Sally Hardesty. O filme, dirigido por David Blue García, tenta apostar na onda das sequências de legado, como Halloween (2018) e Pânico (2022).
Contudo, os resultados são bem questionáveis, seja pela direção sem nenhum traço inspirado ou por escolhas de roteiro que soam desrespeitosas em relação aos personagens originais. Já assistimos ao filme e você pode conferir a nossa crítica aqui!

O Retorno de Leatherface insiste na sequência de legado e esquece tudo o que torna O Massacre da Serra Elétrica tão grandioso!
Não é surpresa para ninguém que estamos vivendo em uma era de nostalgia desenfreada e resgate de franquias que até então eram consideradas obsoletas. No horror, esse movimento tem ficado muito claro desde 2018, devido ao novo Halloween, assim como os subsequentes Pânico de 2022, A Lenda de Candyman e até mesmo algumas estreias que ainda estão por vir, como um novo Hellraiser, que será original da Hulu.
Claro que isso ia acabar respingando em O Massacre da Serra Elétrica, uma das franquias mais importantes do gênero, que foi iniciada em 1974 com um filme que se tornaria o “proto-slasher” ideal para o surgimento de outros assassinos mascarados gloriosos. Agora, a Netflix surge com O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface, filme que ignora todas as (controversas) continuações, prequels e remakes do original e segue a história do filme de 74.
Dirigido por David Blue García, o filme foi alvo de polêmicas desde antes de seu lançamento, graças ao vazamento de roteiros e a demissão dos Irmãos Tohill, que haviam sido contratados para dirigir o longa e estavam no meio das filmagens quando o estúdio decidiu substituí-los. Porém, o resultado final até poderia pender para o absurdo, mas acaba sendo bem aquém do potencial de Leatherface e seu frenesi canibal.
Quando Tobe Hooper e Kim Henkel, dois amigos do sul dos Estados Unidos, produziram e lançaram o filme que deu origem a essa bagunça em forma de franquia, sua meta era simples: contar uma boa história de terror que já tivesse fincada em alguns elementos sociais do mundo real. Por isso, é impressionante ver um grupo de hippies sendo assassinados um a um por uma família de canibais que representam o suco do “white trash” americano — algo muito mais denso quando pensamos nas vivências de ambos os grupos pós-Guerra do Vietnã.
O novo, no entanto, esquece todos esses detalhes e parte em prol de uma “crítica social” mais óbvia. Aqui, um grupo de hipsters viaja até uma cidade no interior do Texas e movimenta um grupo de jovens empreendedores para leiloar os prédios e terrenos locais, revitalizando o lugar e criando um novo point no coração do estado. Já de cara, dá para perceber o tema da gentrificação aflorando no roteiro de Chris Thomas Devlin, mas até isso se perde em uma trama abarrotada de ideias divergentes.
Por um lado, temos uma sobrevivente de massacre escolar, Lila (interpretada por Elsie Fisher que, apesar de ótima atriz, não tem material o suficiente para entregar uma performance satisfatória). Do outro, um caipira marrento e boa pinta que se retrai com a chegada dos jovens, Richter (vivido por Moe Dunford). Ambos poderiam ser o centro dessa narrativa, mas o roteiro nos lembra constantemente que há mais personagens nessa trama, como Melody (a irmã de Lila, vivida por Sarah Yarkin), o chef Dante (Jacob Latimore) e a noiva dele, Ruth (Nell Hudson).

Balança caixão com o legado de Leatherface e Sally
O que tornava o original tão interessante, ainda que simples em sua premissa, era o apelo dos protagonistas e seus universos particulares. Embora nem todos do filme de 1974 tivessem uma história definida, o foco nas relações do grupo fazia com que nós torcêssemos pelas vítimas e ficássemos apavorados com Leatherface. Em O Retorno de Leatherface, é justamente o contrário. Quase desejamos ver o assassino descendo sua motosserra sem piedade nos corpos de seus reféns.
E por falar na estrela do filme, o próprio Leatherface está operante. Interpretado por Mark Burnham, ele age com uma fúria impetuosa, quase como se seu corpo inteiro fosse agente do ódio. Porém, algumas decisões questionáveis acabam tirando o gosto de suas cenas. Primeiro que, ao ser apresentado, já vemos o seu rosto – o que quebra boa parte da mística da franquia. E segundo que, por algum motivo, decidiram que ele seria um super-herói nesse filme: ele quebra ossos com as mãos, sobrevive a todo tipo de bala e é completamente irrefreável.
Embora essas características sirvam para Michael Myers, no caso de Leatherface soa muito fora do personagem, visto que o personagem sempre foi tido como um homem normal, com doenças mentais e um senso deturpado de realidade, mas cujas únicas ferramentas eram a lendária motosserra ou um martelo, de vez em quando. Para piorar, ele não está nem um pouco intimidador como Gunnar Hansen (que fez o personagem no original) ou até mesmo Andrew Bryniarski, que deu vida ao canibal no remake de 2003 e na prequel de 2006.
Mas de longe, o maior erro desse filme está em tudo que envolve Sally Hardesty. Aqui, vemos como o diretor e os roteiristas queriam replicar o sucesso do Halloween de 2018, transformando a personagem em uma heroína de ação que parte em busca de vingança pela morte de seus amigos e seu irmão. Isso não só soa completamente destoante com a personagem do original (cujo instinto de sobrevivência fala mais alto que qualquer tentativa de confronto), como também à própria Marilyn Burns, que deu vida a ela no original.
Aqui, Sally é interpretada pela irlandesa Olwen Fouéré, que se esforça mas não consegue dar nada além do risível graças às falas insanas do roteiro. Ponto negativo também para David Blue García, que além de não manejar bem o elenco, ainda consegue fazer um filme visualmente desinteressante, com câmeras lentas de gosto duvidoso e uma falta de foco evidente. Até mesmo o cenário da cidade abandonada, que poderia ser incrível se trabalhado do jeito certo, soa tedioso e monótono.
Ainda assim, O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface não consegue sequer entrar para o rol de “piores da franquia” porque não é memorável o suficiente para isso. Na verdade, ele até funciona como uma comédia involuntária, onde o riso é provocado por todas as decisões mais estúpidas possíveis tomadas pelos seus personagens principais – ou por sequências genuinamente hilárias onde o Leatherface é ameaçado de cancelamento.
No mais, se você quer uma sequência de legado que seja mais interessante e divertida, revisite O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua, de 2013. Garanto que será uma experiência mais sanguinária e muito mais intensa.

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É ruim? É!

É muuuuuito ruim? Não. Acho que não estava com grandes expectativas, e teve muita crítica negativa, daí achei menos ruim do que estava imaginando previamente. Não é o pior filme da série.

Trama meio bocó, personagens idem. A Sally não serve pra nada, e a parte final é meio irritante. 

Mas as cenas de mortes até que são bem trabalhadas. Destaco a primeira e a cena no ônibus. E o filme é bonito, pelo menos (diretor é diretor de fotografia, daí ajudou nesse quesito).

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