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Forum Cinema em Cena

Tahar

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  1. O jogo "Nerve" é o resultado de uma desconstrução social que não dá sentido algum ao seu desenvolvimento. O filme tem um enredo que atrai por fazer com que as interações sociais sejam mais intensas e extremas. Uma compilação de informações que dá o real sentido de seu valor e como as atuais plataformas se beneficiam disso. Alguns enquadramentos dinâmicos dão sentido a essa correria de acessos e informações. A personagem Vee (Emma Roberts) está enclausurada socialmente porque não consegue vislumbrar seus sonhos, deixando a mãe e saindo da sombra do irmão, sendo que o desentrave é o tal jogo. Nem sei quantas vezes já vi essa premissa, mas com um corpo para o público adolescente a trama caminha razoável até o primeiro ato e depois cai... muito. O enredo esquece a problemática da Vee e começa a perder o rumo após cair na armadilha do relacionamento teen. O filme esquece da racionalidade de seu mundo para tentar chegar ao final a qualquer custo. Temos problemas sérios com a edição onde há inúmeras cenas com falhas de posicionamento após os cortes, fazendo com que as atuações fiquem péssimas. Os arcos dos personagens simplesmente não se encaixam, impossibilitando melhor suas complexidades. O jogo que deveria ser um personagem nada mais é do que o reflexo dos "observadores" com o senso de moralidade corrompida e sem objetivo. As cenas finais tenta dar uma moral ao enredo, mas as costuras já estão tão esgarçadas que rende ao cliché mais uma vez. Recomendaria o trailer ao invés do filme.
  2. "A espiã vermelha" trata da história real de Joan Stanley que servia de espiã à K.G.B. em território inglês durante a Segunda Guerra Mundial. O filme tem inspiração glamourosa para representar os anos 40, incorporando a face jovial de Joan por Sophie Cookson que demonstra uma desenvoltura no papel com sua elegância e perspicácia. E quando a história se volta à atualidade, vemos Joan com um ar de culpa instaurado pela inquisição de perguntas dos investigadores; sendo representada pela Judi Dench que é o brilho em serenidade. A fotografia do filme é maravilhosa e consegue nos transporta para a época, contando com o roteiro de uma excelente cientista que busca seu valor através da pesquisa. Entretanto, o filme demonstra um cinismo ao tratar a redenção de Joan na atualidade e percorre por um caminho tortuoso ao mostrá-la jovem, sendo a sua ingenuidade uma muleta para que seja decretada a sua inocência moral. O diretor Trevor Nunn se atém a história real com um romantismo ao tratar das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki que podemos considerar de um gosto pra lá de duvidoso. O discurso final é a deixa para que o filme se torne mediano.
  3. A visibilidade trans alcançada pelo seu lugar de fala com a crítica inevitável para Hollywood. Quando se pensa em pessoas trans, logo se vê os estereótipos que o cinema reforçou sobre os estigmas da identidade de gênero. O documentário vai destrinchar todos os erros que o cinema já cometeu com a população que mais morre no mundo por apenas existir. O documentário começa sobre os tipos de interpretações que são endereçadas às pessoas trans, começando com pessoas cis representando-os; passando pelo sentido de vilão que pessoas crossdresser se comportam, exemplos em Psicose (1960) do Hitchcock até Silêncio dos Inocentes (1991) dirigido pelo Jonathan Demme; concluindo pela cultura da comédia que sempre permeiam as suas personificações, como Uma babá quase perfeita (1993) até As Branquelas (2004). Nesse sentido, Laverne Cox confessa as violências sofridas pelo sorriso ao seu corpo; como se a cultura que a população cis consome desse essa permissão. Como se cada pessoa trans fosse um personagem para vilanizar ou rir. Outra questão que é horripilante é o sentido de "revelação" que dá o título do documentário. Colocando o grande questionamento de quanto de satisfação tem que dar sobre as suas próprias escolhas. O grande bordão de "quando você escolheu ser hétero?" vira o "quando você decidiu permanecer no seu sexo biológico?". Uma outra problemática adotada acontece até em produções que são direcionadas ao público LGBTQI+, por exemplo a série The L World (2004): a série que trata da homossexualidade feminina, trata o personagem transmasculino com um desenvolvimento problemático. Sei que o grande mote é a crítica a essas produções, mas meu único porém é o fato de não ressaltar tanto as produções que deram um pouco mais de visibilidade positiva.
  4. O filme retrata a jornada de dois atletas de cubo em velocidade até o campeonato mundial de 2019 da categoria. Mas o filme não é sobre competição. A diretora Sue Kim traz à tela a vida do australiano Feliks Zemdegs e do americano Max Park. Interessante é que o Park sempre foi ídolo de Zemdegs e por isso eles criaram uma amizade muito forte. Depois do prólogo de apresentação dos competidores, o curta documental trata da imersão de suas vidas e é aí que você percebe que o filme não vai tratar do cenário competitivo do cubo mágico. Max Park vira o foco e capta o carinho empático de todos, até do seu ídolo Feliks. Dessa forma, entendemos os pormenores do verdadeiro algorítimo revelado. Digo ainda que após o mundial o documentário se torna épico pela sua dramaturgia da vida real, pois consegue dar um sentido de amor não verbal. Afinal, nos tornamos mais fortes quando não estamos no pódio.
  5. Longa Jornada Noite a Dentro é belíssimo... Amo esse estilo Noir. Inclusive, deixarei esse na minha lista.
  6. Tahar

    Sinkhole

    Jordan Peele e Issa Rae prometem abalar as estruturas do cinema com esse novo filme de ficção científica chamado "Sinkhole". O filme terá a produção da Universal e se baseará no livro da escritora Leyna Krow chamado “I’m Fine, But You Appear to Be Sinking” (2017) que trata da "perfeição feminina" através de um casal que se muda para a casa dos sonhos. A perfeição da casa esconde no quintal um buraco que conserta objetos e aí vem a grande pergunta: será que conserta pessoas? Direção de Jordan Peele e além do protagonismo, Issa Rae também estará na frente da produção do filme. Não sei vocês, mas já estou ansioso. Fonte
  7. Hahahaha... Duna é uma super produção e assim como outros filmes da Marvel deve esperar para lançar nos cinemas. Caso até o ano que vem não role, a produtora terá que ter um trabalho a mais para a divulgação nas locadoras virtuais.
  8. Almodóvar retrata com belíssimos quadros uma história que envelheceu mal. A figura do personagem Ricky (Antonio Bandeiras) é problemática em vários sentidos; não sobre a visão de complexidade do personagem, mas pelo sentido que suas atitudes despertam aos demais. O filme tem uma preocupação de colocar sua mise-en-scène trajada de um colorido esplendido que corrobora com a encenação dos personagens em atuar. Etretanto, seu equívoco é no seu desenrolar. Marina Osorio (Victoria Abril) é a personagem tipicamente frágil e que não consegue se desvincular dos charmes de Ricky. Uma premissa do galã irresistível tão explorada que quando tenta subverter comete o crime de exaltar a passividade da protagonista. Uma pena ter que ver um filme tão bem feito esteticamente ser jogado ao marasmo por conta do seu roteiro. O amor através da violência me dá ânsia.
  9. Tahar

    Emmy Awards

    Apesar de gostar muito da Sandra Oh, estou torcendo demais pela Zendaya.
  10. Tahar

    Emmy Awards

    O anúncio das indicações.
  11. Tahar

    Emmy Awards

    Ainda não assisti Better Call Saul e nem a metade das séries indicadas, hahaah... Mas estou confiante em Watchmen.
  12. A conversação é um filme que trata de maneira voyeurista o trabalho das invasões de privacidade. Coppola traz o personagem Harry Caul (Gene Hackman) para ser a pessoa mais profissional na arte de realizar escutas. O personagem, carrega consigo uma áurea de frieza e sabedoria que Hackman passa como ninguém. O interessante é que as qualidades que ele tem se perde por conta da sua falta de confiança, levada muito por conta de uma consciência frágil que permeia o seu ofício. Como se ele sentisse um rastro de moralidade de todos os casos que resolveu, sendo as tratativas para conseguir as informações perspicazes e precisas, entretanto imorais. Resultando em consequências devastadoras. Outra passagem interessante na trama é o looping que a gravação do seu caso dá, colocando eco na sua cabeça e denunciando o seu destino. A única coisa que não gostei foi o efeito de sangue, o que trouxe um incomodo para a cena mais importante do filme. Em contrapartida, nada mais se perde, deixando a cena final um maravilhoso retrato de uma casa desnuda ao som de jazz.
  13. Confesso que na primeira vez que vi tive mais repulsa do que qualquer outra coisa. Hoje acho belíssimo!
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