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Forum Cinema em Cena

Jorge Soto

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Everything posted by Jorge Soto

  1. Emelie Thriller de suspense indie bem bão, que pega elementos de "Babisitter", "Bebe de Rosemary", "Mão que balança o berço" e vai por ai. Casal contrata uma babá pra tomar conta de seus três filhos, mas logo a dita cuja irá revelar um comportamento nada ortodoxo. Eis um filme corajoso que aposta todas suas fichas no (im)politicamente correto e chutando vários tabus, pois o melhor desta produção é ver a gostosona psicopateando a molecada. Contudo, a outra metade do filme não consegue fazer jus a sua foderosa primeira parte, optando por seguir uma cartilha ja conhecida e até banal. Com otimas atuações de todo elenco (do mirim, principalmente) eis um indie que merece ser visto apesar de suas falhas. 8,5/10 Festa de Despedida Drama octagenário israelense bem fofutchis..prontofalei. Idoso inventa uma máquina (pra matar, sem dor) a pedido do seu amigo em estado terminal. Mas logo ela passa a ser requisitada na clandestinidade por mais "clientes" dentro do asilo. O filme é quase uma mistura de "Amor" com um "Cocoon" as avessas por tratar dum tema tão espinhoso como a eutanasia de forma tão leve, divertida e ao mesmo tempo tocante. O elenco ta muito bem nesta discussão ética do direito a vida (e a morte). Quiçá seu desfecho borocoxô seja seu calcanhar de aquiles, mas até lá muitas lágrimas foram derramadas. 8/10 Closer to God Thriller scy-fy independente que, feito "Antiviral", parte duma premissa bem legal mas a desenvolve de forma bem irregular, narrativamente falando. O mundo vira do avesso quando um cientista anuncia que conseguiu clonar o primeiro ser humano, mas logo seu experimento mostra sequelas que são ocultadas pra midia. Na verdade o filme tem seus bons momentos qdo flerta com Cronenberg e com cinema documental, colocando a repercusão na sociedade do experimento, tipo "Contato". Mas o diretor não soube dosar bem seus otimos ingredientes pra, da metade ate o final, transformar sua obra num filme de terror barato e sem sal. Da série "podia ter sido e não foi". 7/10
  2. Eu pretendo ver sim....mas só quando tiver release decente pra baixar. Idem fiz MoS. Vou no cinema em raríssimas exceções, pois o filme tem que valer o de$$$locamento. SW foi a última delas.
  3. Ainda bem que tem quem entenda da verdadeira utilidade e (razão de ser) do forum e do respeito ás diferenças. Issaê!
  4. espero também que esse fanzine virtual cinelogin seja imparcial e menos tendencioso.. ja deu pra sacar que detona a Marvel e beneficia a DC...agora q faca uma critica real e fiel aos fatos.. ja que encheu a bola de BvS desde o inicio..ja cobrei a critica faz tempo
  5. meu mito quirido, apareça mais aqui!! PS: não consigo curtir mais coments dos colegas pq parece q tem a cota diária curtidas de coments..ridiculo!
  6. Batman vs Superman: A Origem da Justiça tem terceira maior estreia do ano na China! Batman vs Superman: A Origem da Justiça acaba de estrear no segundo maior mercado de cinema do mundo, a China, onde arrecadou até o momento 20,3 milhões de dólares. Isso coloca Batman vs Superman: A Origem da Justiça na sexta maior estreia de todos os tempos para um filme americano, o terceiro mais alto de 2016, atrás apenas de Kung Fu Panda 3 e Star Wars: O Despertar da Força, que estreou em janeiro no país asiático. Por lá, a maior estreia de todos os tempos é de Velozes e Furiosos 7, que faturou 63 milhões. No filme, temendo as descontroladas ações de um super-herói quase Deus, o forte e formidável vigilante de Gotham City assume o papel do reverenciado salvador de Metrópolis, enquanto o mundo discute para decidir qual tipo de herói que realmente precisa. E enquanto Batman e Superman estão em guerra, uma nova ameaça surge rapidamente, colocando a humanidade em um perigo nunca antes conhecido. Pré-estreia de Batman vs Superman ultrapassa Vingadores: Era de Ultron! Os Vingadores podem vencer Ultron, mas Batman vs Superman: A Origem da Justiça ultrapassou Os Maiores Heróis da Terra em sua pré-estreia de quinta-feira, onde arrecadou 27,7 milhões de dólares, enquanto o filme da Marvel conseguiu 27,6 milhões. É um enorme impulso para a Warner Bros investir no Universo Estendido da DC, visto que O Homem de Aço futurou apenas nove milhões em sua pré-estreia, houve um significante aumento de 300%, apesar resposta medíocre da crítica. No filme, temendo as descontroladas ações de um super-herói quase Deus, o forte e formidável vigilante de Gotham City assume o papel do reverenciado salvador de Metrópolis, enquanto o mundo discute para decidir qual tipo de herói que realmente precisa. E enquanto Batman e Superman estão em guerra, uma nova ameaça surge rapidamente, colocando a humanidade em um perigo nunca antes conhecido. Revelada data de lançamento da versão Ultimate de Batman vs Superman! Batman vs Superman: A Origem da Justiça já está nos cinemas, isso significa que já está na hora de começar focar no lançamento das versões home-video. “Temendo as descontroladas ações de um super-herói quase Deus, o forte e formidável vigilante de Gotham City assume o papel do reverenciado salvador de Metrópolis, enquanto o mundo discute para decidir qual tipo de herói que realmente precisa. E enquanto Batman e Superman estão em guerra, uma nova ameaça surge rapidamente, colocando a humanidade em um perigo nunca antes conhecido.” De acordo com a Amazon, a data de lançamento das versões home-video de Batman vs Superman: A Origem da Justiça está marcada para 16 de julho de 2016, cerca de quatro meses após do lançamento nos cinemas. O mais legal é que ela já está disponível para pré-encomenda. Se o blu-ray não for o suficiente pra você, existem duas edições diferentes para colecionadores do filme. Cada um vem com a sua própria estátueta, uma do Batman de Ben Affleck e outra do Superman de Henry Cavill. O filme será incluído em ambas as edições, com versões em 2D um 3D. As versões home-video também vão incluir mais de 30 minutos de cenas extras para maiores de 18 anos. Confira as imagens:
  7. Primão ainda ta se recuperando do trauma.. aliás, conversei com o saudoso Renato e até ele ta deprimido por causa do filme..enton ja viu!
  8. sim, vi Gods of Egypt sem gastar um tostão... peguei um torrent porco da web, coisa que devo repetir com BvS qdo tiver disponivel.. agora que venha X-Men (nao to esperando muito, mas tem foto nova la no topico), mas principalmente Civil War e Scuicide Squad
  9. Caraca, parece que a foto de baixo é a cena final do filme...todos os uniformes estão bem aproximados com o visual clássico das HQs, até o maiô da Mistica
  10. Batman vs Superman – Diretor fala o que veremos na edição estendida! Após mal ter estreado nos cinemas, os fãs já estão clamando pela versão alternativa de Batman vs Superman: A Origem da Justiça que será lançada exclusivamente em Blu-Ray. Agora, em entrevista ao Collider, o diretor do filme, Zack Snyder, revelou o que poderemos encontrar de novo nessa versão do filme: “Nós chamamos de ‘Ultimate Cut‘ porque, para mim, é um mergulho ainda mais profundo nesse mundo e algumas histórias são mais encorpadas pela versão mais longa. Eu sinto que não tiramos muito da história entre Batman e Superman porque você sabe qual é o tipo do filme, mas há algo que serpenteia ao redor da trama, e finaliza algumas das histórias que nós desenrolamos, e acho que é isso que você vê aqui.” “Há mais ação, há mais violência que tiramos por conta da classificação indicativa na versão cinematográfica. Há cenas com o Apocalypse que são bem intensas. Há uma sequência final mais demorada, e a abertura na África do Sul é diferente.” Quanto às cenas em si, Snyder revelou que elas foram retiradas do corte final do filme exclusivamente por conta da duração: “Todas estavam oficializadas até recentemente, então todas estão finalizadas na pós-produção. Foi apenas uma função de tempo, para ser honesto. Porque o filme já é longo agora – eu não acho ele longo, mas quando possui mais de duas horas e meia, o estúdio começa a ficar nervoso. Eu não sou o James Cameron que chega dizendo: ‘Tem três horas sim, lide com isso,‘ que é algo bem legal, aliás. Eu só queria tentar mesmo e alcançar algo real.” Ao que tudo indica, não teremos a completa experiência do filme até termos visto a edição especial, que só deve chegar em Blu-Ray após a metade do ano. Batman vs Superman: A Origem da Justiça está em cartaz nos cinemas! Jesse Eisenberg originalmente estava escalado para outro papel! Jesse Eisenberg está sendo um grande motivo de controvérsias em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, em sua interpretação como Lex Luthor. Agora, os produtores do filme, Deborah Snyder e Charles Roven, em uma entrevista ao Hey U Guys, discutiram mais a respeito da participação do ator, bem como outros detalhes do filme! Roven inicialmente anunciou que Jesse estaria escalado para outro papel no filme, e que faria apenas uma breve participação. Graças à interpretação afetada do ator e alguns detalhes revelados nos últimos dias, muitos fãs acreditam que o personagem em questão era o Charada. Além disso, Deborah foi perguntada sobre como surgiu a ideia de Batman vs Superman, e se foi considerado a realização de um filme solo do Batman antes disso. Ela disse que todos estavam tentando encontrar algo que pudesse sair direto de Homem de Aço, pensando em vilões para o Superman, quando Zack Snyder disse: “Eu realmente gostaria de ver o Batman contra o Superman.” Para a escalação do papel, os produtores revelaram que o físico de Ben Affleck foi bastante decisivo, “especialmente o queixo“. O entrevistador então mudou de assunto, perguntando se o tom sombrio dos filmes da DC Comics era uma escolha deliberada para que eles se diferenciassem dos filmes da Marvel. Roven disse que tratava-se de uma escolha puramente narrativa, e não necessariamente para distanciar a concorrência. Além disso, os dois tiveram de responder quando perguntados sobre o quanto os fãs eram levados em consideração quando se tratava da realização desse tipo de filme. Deborah falou: “Acho muito interessante quando fãs, especialmente os de quadrinhos, são tão expressivos a respeito desses filmes. Nós não queremos os desapontar, queremos fazer justiça a eles. Mas ao mesmo tempo, precisamos nos focar nos roteiros.”
  11. Decidido... vou guardar meu din-din (pra "Civil War") e esperar sair um release decente pra baixar! Adoro este forum pela sinceridade e ótima prestação de serviços! E sim, agora o boca a boca negativo vai reduzir consideravelmetne a bilheteria!
  12. já tão sentindo na carne as criticas... Liga da Justiça – Filme será mais leve e menos sombrio que Batman vs Superman! Neste fim de semana, os fãs finalmente terão a experiência de Batman vs Superman: A Origem da Justiça. No entanto, a tonalidade do Universo Estendido da DC vai mudar sua tonalidade. Os produtores Charles Roven e Deborah Snyder asseguraram em uma entrevista aoIGN que Liga da Justiça – Parte 1, que começa a ser filmado no próximo mês, será um filme “independente” e com um tom mais “leve” do que o A Origem da Justiça. Charles Roven diz que “Assim como Batman vs Superman, você não tem que assistir O Homem de Aço para apreciar o filme porque é uma coisa independente.”Revelou o produtor. “Liga da Justiça terá referências a Batman vs Superman e, de forma, sua história estará conectada a ele.” Deborah Snyder, por sua vez, acredita que “Liga da Justiça é um pouco mais leve porque alguns destes personagens, como o Flash, tendem a ser um pouco mais cômicos”. De acordo com Zack Snyder, “Uma das coisas que ilumina o filme é ter um personagem como o Flash, que é mais otimista”. Batman vs Superman – Zack Snyder fala sobre cenas que não foram parar no filme! Finalmente tivemos a estreia do aguardado Batman vs Superman: A Origem da Justiça, e como bem sabemos, quando o filme for lançado em Blu-Ray teremos uma versão Rated-R (o equivalente à classificação 18+ no Brasil), e o diretor Zack Snyder falou um pouco sobre as cenas extras que veremos. Em entrevista para o Collider, Snyder diz que ele se refere à essa versão como “Versão Definitiva” do filme porque é muito mais imersiva no mundo da DCEU (Universo Expandido da DC). E ele diz o que os fãs querem saber: o que podemos esperar dessas cenas extras: “Existe um pouco de ação, um pouco de violência que nós tiramos por conta do MPAA (órgão regulamentador) que nós colocamos de volta. A cena do resgate do Batman no depósito, existem algumas cenas do Apocalipse que são muito intensas, então tem um final mais prolongado, uma sequência de finalização, e uma de abertura para o filme, a sequência do Norte da África é realmente muito diferente”. Batman vs Superman – Zack Snyder fala sobre as decisões do Batman no filme! O diretor de Batman vs Superman, Zack Snyder, deu sua explicação sobre o porquê de algumas atitudes do Homem-Morcego no filme, muito questionadas por quem já assistiu ao filme. Contém MUITOS SPOILERS DO FILME!! Cuidado! Já sabemos há algum tempo que o Batmande Ben Affleck não tem pudor em matar seus adversários. Foi mostrado ele quebrando o pescoço de um homem em um dos trailers e o produtor Charles Roven pontuou que ele age como “júri e executor” em Gotham. No entanto, esse é um dos pontos de discussão mais polêmicos, depois da pré-estreia de Batman vs Superman, e o diretor, Snyder, agora explicou exatamente o porquê de tomar essa direção na nova abordagem do Morcego. Confira a resposta de Snyder sobre as mortes causadas pelo Batman: Eu tentei fazer isso de uma maneira técnica. Tem um grande vídeo no youtube que mostra todas as mortes nos filmes do Cristopher Nolan, ainda que nós coloquemos esses filmes na categoria onde ele não mata ninguém. Eu acho que houveram quase 42 mortes pelas mãos do Batman! Também, podemos incluir os filmes do Batman do Tim Burton, de onde essa reputação de que ele não mata veio. Então, eu tentei fazer isso por aproximação. Atire no carro que eles estão, o carro explode, ou a granada vai explodir na mão do cara, ou quando ele atira no tanque e o cara explode o tanque (praticamente por conta própria). Eu persegui a ideia de que ele não mataria diretamente, mas se um bandido está associado com alguma coisa que acontece de explodir, ele apenas vai dizer que aquilo não é problema dele. Um pouco mais torturador que assassino; eu ainda posso dizer que no quadrinho do Frank Miller ao qual me inspirei, ele mata o tempo todo. Tem uma cena das revistas onde ele atravessa uma parede e pega a metralhadora do cara… Eu peguei um pouco dessa cena de O Cavaleiro das Trevas e, no final dela, ele atira direto na cabeça do cara. Um tiro. Claro, eu fui para o tanque de combustível, e todos os caras que estavam trabalhando no momento ficaram, “Você tem que fazer ele atirar na cabeça”, porque eles são todos fãs de quadrinhos, e eu fiquei “Eu não vou ser o cara que faz isso”.
  13. pelo que deu pra entender de quem desgostou é que o estudio decerto meteu a tesoura em muita coisa nos finalmentes, dai o trambolho final ficou só um espetáculo pirotécnico bonito, mas sem sentido em termos narrativos.
  14. Deus te ouça, até pq Singer fez Returns..
  15. Negasonic furando zóio da Vanessa
  16. Caraca, o Snyder disse que o filme era um "Watchmen" melhorado..e a galera daqui forum (das antigas, no face) comentou quase em unissono que o filme é fraco, não faz jus aos heróis, e que "Watchmen" é melhor... agora fudeu! Bateu desânimo em ir no cine..creio que vou esperar sair um release pra ver em casa, no conforto.. Aliás, queria muito saber da opinião do grande e saudoso forista Renato, fanzaço do Azulão até a medula pra ver o que achou..
  17. A divulgação do filme‬ já começou aqui em SP, e a estátua da Mística já está aqui para você fazer uma selfie ao lado dela, no Cinemark Guarulhos tomara que essa não tenha a mesma sorte na cia deste babaca
  18. Alguém aqui acha mesmo que vai ter "golpe"? hehehe Infelizmente a bipolarização é clara e eu fico com este partido aqui...
  19. é, mas parece que o pessoal comprou mesmo o visu amazona como sendo macarrão-fashion..
  20. o Pablito deu 3/5 A tarefa de Batman vs Superman não é fácil: além de ter que funcionar como continuação de duas das franquias mais importantes da Warner/DC, o filme é empregado para estabelecer as bases de outras duas séries (uma estrelada pela Mulher-Maravilha; outra, pela Liga da Justiça). O resultado, portanto, era quase inevitável: em vez de se concentrar na história que está contando, o longa soa disperso, sem foco, obviamente sentindo o peso da obrigação de preparar o terreno para as próximas – e, com isso, não desempenha nenhuma das duas tarefas particularmente bem. Escrito por Chris Terrio e David S. Goyer (veterano do gênero), este novo projeto tem início corrigindo um erro que apontei em meu texto sobre O Homem de Aço, que ignorava covardemente as consequências da destruição provocada pela batalha entre Superman (Cavill) e Zod (Shannon). Aqui, vemos o confronto a partir do ponto de vista dos “civis” – particularmente, de Bruce Wayne (Affleck), que testemunha um dos prédios de sua empresa desabando e matando provavelmente todos os ocupantes. Convencido de que Superman é um perigo para o planeta, Wayne decide neutralizá-lo, o que acaba levando-o a conhecer Lex Luthor (Eisenberg), que tem seus próprios planos obscuros. Enquanto Lois Lane (Adams) tenta compreender o que realmente aconteceu em um incidente no deserto que pode levar o Congresso norte-americano a questionar seu namorado, a misteriosa Diana (Gadot) parece conduzir uma investigação particular que pode ou não envolver Luthor. Pois é. Só pelo breve resumo acima, já é possível perceber o inchaço na trama do filme – o que, curiosamente, não elimina a sensação de que os longos 153 minutos representam um exagero. Por outro lado, se há algo que funciona é a dinâmica entre os dois personagens-título, cujas personalidades contrastantes trazem sempre o potencial de conflito. Se Superman é um idealista, por exemplo, Batman parece mais propenso ao niilismo; se Clark Kent acredita na Humanidade, Bruce Wayne a encara como caso perdido; se o primeiro se entrega apaixonadamente a Lois, o segundo logo é visto despertando ao lado de uma parceira sexual tão pouco significativa emocionalmente que o diretor Zack Snyder faz questão de nem sequer permitir que enxerguemos seu rosto, que mantém-se oculto pelo corpo do bilionário. Não que o herói de Henry Cavill se mostre sereno, pois é encarnado pelo ator como um ser dividido entre a consciência acerca do próprio poder, da obrigação moral que este traz (algo incutido por seu pai) e do isolamento inevitável por ele provocado. Clark não se enxerga como um deus; ao contrário, sente paixões e necessidades humanas e, assim, é com claro desconforto e mesmo certa surpresa que percebe ser visto pela maior parte dos habitantes do planeta como um ser diferente – e o distanciamento que isto desperta o leva a se sentir... como o alienígena que insiste em não ser. Enquanto isso, Affleck oferece uma interpretação de Wayne/Batman bastante distante daquela de Christian Bale, o que se mostra acertado: seu Bruce, além de mais velho, é um justiceiro exaurido por duas décadas de uma luta contra o crime que jamais chega ao fim (“Bandidos são como ervas daninhas: você arranca um e surge outro”). Cínico e com um olhar cuja frieza constante denota uma vida interior semimorta, o sujeito se tornou claramente radicalizado e, consequentemente, mais cruel, já não exibindo o cuidado do passado para não provocar mortes ao enfrentar os criminosos. Além disso, sua postura preventiva no que diz respeito ao novo inimigo (“Se houver 1% de chance de ele ser inimigo, então temos que encarar isso como certeza absoluta”) quase se transforma em um comentário político no que diz respeito à postura dos Estados Unidos no cenário mundial contemporâneo – e o “quase” é porque Snyder obviamente não tem interesse algum nisso, abandonando a analogia rapidamente. O cineasta, por sinal, aqui se mostra bem mais irregular do que de costume (quem leu o que escrevi sobre Madrugada dos Mortos, 300, Watchmen e mesmo Sucker Punch sabe que gosto de seu trabalho): os momentos icônicos – e que Snyder reconhece como tais – são bem estabelecidos – e o instante no qual os dois super-heróis se encaram pela primeira, vestidos com seus uniformes, resulta em um plano memorável que os traz grandiosos, imponentes e poderosos. Da mesma maneira, o diretor não economiza na iconografia religiosa ao retratar Superman (algo que também ocorria em O Homem de Aço), que constantemente é visto quase como um anjo em contraluz e com a capa no lugar das asas. Aliás, devo confessar que até mesmo a morte dos pais de Bruce Wayne (pois é, gente: eu não sabia que eles haviam sido assassinados na frente do garoto! Agora resta só descobrir o que houve com o tio Ben!) traz um ou outro plano que confere alguma novidade ao evento – e gostei particularmente do plano-detalhe no qual o movimento do disparo leva o colar de Martha Wayne a arrebentar. Infelizmente, as virtudes no trabalho de Snyder param por aí: as sequências de ação, por exemplo, representam um verdadeiro caos visual, sendo construídas através de movimentos de câmera abruptos e de uma montagem que não compreende que cortes tão rápidos e numerosos exigem ao menos alguma organização cuidadosa da mise-en-scène para que o espectador consiga acompanhar o que está acontecendo. Para piorar, a paleta cinza, escura e dessaturada não só torna o longa esteticamente desinteressante como ainda transforma a experiência em 3D pavorosa (a montagem entrecortada também atrapalha). Como se não bastasse, a necessidade de garantir uma classificação indicativa mais leve obriga o realizador a desconsiderar (mais uma vez) os efeitos da violência que retrata, concentrando-se nos tiros em vez de nos alvos e praticamente ignorando os danos colaterais das batalhas que retrata (talvez o próximo filme comece mostrando o Flash revoltado ao testemunhar tudo à distância). Mas estes problemas empalidecem diante do fraquíssimo roteiro, que, já de imediato, merece um banho de kryptonita ao apelar para várias sequências de sonhos/alucinações/conversas internas com personagens falecidos que, além de não acrescentarem nada à narrativa, ainda criam breves e dispensáveis momentos de confusão, quebrando também o ritmo da projeção. E se o que acontece no terceiro ato (e que, claro, não vou revelar) não provocar risos involuntários ou reações de “que porra é essa?”, é porque o espectador em questão já havia sido preparado pelos quadrinhos – o que, já adianto, não é desculpa para o filme em si, que deveria fazer sentido por si só em vez de simplesmente atirar... seja-lá-o-que-for-aquilo na história. E se Cavill e Affleck exploram bem seus personagens (mesmo limitados pelo roteiro), o mesmo não pode ser dito sobre Jesse Eisenberg, que transforma Lex Luthor em uma coleção de tiques e maneirismos que convertem o vilão numa caricatura infantil que jamais soa ameaçadora (algo que se torna pior quando percebemos que, por trás de suas motivações, há o fato de ter... apanhado do pai). Para finalizar, Gal Gadot surge em cena – e isso é o máximo que posso dizer sobre sua personagem, que parece estar em um filme próprio, apenas cruzando eventualmente com os demais enquanto cuida de seus problemas, que nada parecem ter a ver com o restante da trama. E mesmo que eu aprecie a maneira como seus vestidos de festa trazem elementos metálicos que remetem ao uniforme que usará, isto não pode ser encarado como desenvolvimento de personagem, certo? Pecando também na alteração súbita no comportamento dos personagens a partir do terceiro ato, Batman vs Superman ainda é um daqueles filmes que tentam provocar impacto dramático mesmo que o espectador saiba perfeitamente que as consequências vistas em cena não são exatamente “imutáveis”, sabotando o próprio esforço já de antemão. Para finalizar, a sequência de ação que ocupa todo o terceiro ato é um imenso desapontamento, apelando para uma criatura digital absurdamente genérica (já vi seres idênticos àquele em uns dez filmes) que torna impossível sentirmos qualquer urgência ou sombra de “realismo” (na falta de termo melhor) durante o que deveria ser o clímax da narrativa. Ainda assim, Batman vs Superman não deixa de funcionar ao menos como um retrato da época em que vivemos: se há uns 40 ou 50 anos um longa trazendo os dois heróis provavelmente envolveria cores e alguma leveza, aqui vemos apenas sombras e tristeza – e quando até mesmo dois dos super-heróis mais “pacifistas” do gênero se entregam à matança inconsequente, é porque o mundo anda mesmo mal.
  21. Deadpool – Revelado como surgiu a ideia dos créditos iniciais do filme! Na Comic-Con de Silicon Valley, Franck Balson – o diretor do Blur Studio Layout – esteve presente. Tendo estado envolvido com Deadpool, ele acabou sendo perguntado a respeito da hilária sequência de abertura do filme, e explicou um pouco a respeito da concepção por trás da cena: “A ideia para a sequência de créditos iniciais já estava presente no filme desde os primeiros esboços do roteiro, ou pelo menos, a parte principal: momentos em câmera lenta de um carro f*dido em um acidente. A única coisa que não estava lá eram os títulos, que anteriormente seriam de fato os nomes dos atores e coisas do tipo“, explicou Balson. Porém, essa troca acabou surgindo de um improviso. De acordo com ele: “Logo no início do processo, Ryan era o único ator escalado do filme, e começamos a fazer algumas pré-visualizações do filme, inclusive daquela sequência, porque ela definiria toda a perseguição de carros. Então, tínhamos tudo pronto e estávamos rodando em câmera lenta, mostrando como cada personagem iria aparecer, e ao mesmo tempo, exibíamos os nomes para definir um tempo. Como não sabíamos quem estaria no filme, eu fui escrevendo ‘gostosona, personagem em CGI, vilão britânico‘ e tal.” “Quando começamos a substituir os nomes, Tim Miller foi mostrar a Ryan Reynolds, aos escritores e produtores, e eles disseram: ‘Quer saber? Acho que iremos com o que você tinha feito antes. O com a gostosona e os outros nomes – é engraçado!‘, e foi assim que a sequência foi incorporada ao filme“, finalizou Balson. Confira também algumas artes conceituais dos uniformes do Deadpool que não foram usados no filme:
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