Members jujuba Posted August 24, 2007 Members Report Share Posted August 24, 2007 Séries ou filmes, ambos podem se tornar broxantes. Nos filmes talvez iso seja menos perceptível pq eles duram cerca de duas horas. Mas filmes tb podem começar legal e ficar ruim depois (exemplo, Dejavu, que promete nos primeiros 20 minutos e depois se arrasta mornamente p/ ter até o final). By the way, sobre série que tu não precisa seguir como novelas, a maioria delas, hoje em dia são assim, tipo a ótima "House" (entre outras). ... tá, isso não vale p/ séries como "lost" e "Heroes" (entre outras). Quote Link to comment
Members Odo Posted August 24, 2007 Author Members Report Share Posted August 24, 2007 Eu prefiro séries também' date=' justamente por ter essa sequência. Nem todas as séries têm episódios que dependem um do outro para a composição final. E os filmes as vezes trazem um mal que é fazer você se envolver de tal forma com um personagem e depois de algumas horas ele desaparece da sua vida, só restando esperar por uma continuação (que as vezes pode mudar até o ator), ou rever, fazendo perder o brilho da descoberta que é insuperável. Nas séries, mesmo que tenha uma queda de qualidade, você tem sempre a esperança de um novo episódio, a dúvida de um final inesperado e etc. O fator tempo que é o problema de alguns, pra mim, é a melhor coisa.[/quote']Se o filme não foi feito visando uma continuação, como no exemplo de Senhor dos Anéis, dificilmente uma sequência terá a mesma qualidade do original (é raro isso acontecer, ainda mais a sequência ou o remake serem superiores ao original). Acho que mais vale como lembrança uma experiência condensada em 2 horas, do que um seriado onde 2 ou 3 episódios na temporada são muito bons e o resto é somente assistível. Por melhor que seja um seriado, não consigo lembrar de mais de 5 episódios realmente bons nele (entre um total de 200). David Burton2007-08-24 10:44:50 Quote Link to comment
Members Administrator Posted August 24, 2007 Members Report Share Posted August 24, 2007 Sim, temos séries que não precisamos acompanhar, mas mesmo assim... Ah, filme é filme. Hehe. Quote Link to comment
Members ShyCold Posted August 27, 2007 Members Report Share Posted August 27, 2007 Eu prefiro séries também, justamente por ter essa sequência. Nem todas as séries têm episódios que dependem um do outro para a composição final. E os filmes as vezes trazem um mal que é fazer você se envolver de tal forma com um personagem e depois de algumas horas ele desaparece da sua vida, só restando esperar por uma continuação (que as vezes pode mudar até o ator), ou rever, fazendo perder o brilho da descoberta que é insuperável. Nas séries, mesmo que tenha uma queda de qualidade, você tem sempre a esperança de um novo episódio, a dúvida de um final inesperado e etc. O fator tempo que é o problema de alguns, pra mim, é a melhor coisa. Se o filme não foi feito visando uma continuação, como no exemplo de Senhor dos Anéis, dificilmente uma sequência terá a mesma qualidade do original (é raro isso acontecer, ainda mais a sequência ou o remake serem superiores ao original). Acho que mais vale como lembrança uma experiência condensada em 2 horas, do que um seriado onde 2 ou 3 episódios na temporada são muito bons e o resto é somente assistível. Por melhor que seja um seriado, não consigo lembrar de mais de 5 episódios realmente bons nele (entre um total de 200). Ah, eu não acho. Mesmo porque eu sou muito ligado nesse lance de personagens. Se tirar o Tony Soprano como exemplo, não vejo como um filme conseguiria desenvolver o personagem, como foi na série. Mesmo que tenha 5 episódios bons em toda uma temporada, acho que vale a pena. Só de pensar que você vai viver a vida daquele personagem por anos, já vale muito mais que qualquer filme, pra mim. Sem contar que mesmo que uma série só tenha alguns episódios realmente bons em toda uma temporada, com os filmes acontece o mesmo. As vezes você assiste 50 filmes e a maioria não consegue te marcar. Sei lá, esse é um tema complicado, mas acho que dentro do que eu procuro, as séries conseguem dar um retorno maior que os filmes. Quote Link to comment
Members Locke Posted August 27, 2007 Members Report Share Posted August 27, 2007 Eu prefiro séries também, justamente por ter essa sequência. Nem todas as séries têm episódios que dependem um do outro para a composição final. E os filmes as vezes trazem um mal que é fazer você se envolver de tal forma com um personagem e depois de algumas horas ele desaparece da sua vida, só restando esperar por uma continuação (que as vezes pode mudar até o ator), ou rever, fazendo perder o brilho da descoberta que é insuperável. Nas séries, mesmo que tenha uma queda de qualidade, você tem sempre a esperança de um novo episódio, a dúvida de um final inesperado e etc. O fator tempo que é o problema de alguns, pra mim, é a melhor coisa. Se o filme não foi feito visando uma continuação, como no exemplo de Senhor dos Anéis, dificilmente uma sequência terá a mesma qualidade do original (é raro isso acontecer, ainda mais a sequência ou o remake serem superiores ao original).Acho que mais vale como lembrança uma experiência condensada em 2 horas, do que um seriado onde 2 ou 3 episódios na temporada são muito bons e o resto é somente assistível. Por melhor que seja um seriado, não consigo lembrar de mais de 5 episódios realmente bons nele (entre um total de 200). Ah, eu não acho. Mesmo porque eu sou muito ligado nesse lance de personagens. Se tirar o Tony Soprano como exemplo, não vejo como um filme conseguiria desenvolver o personagem, como foi na série. Mesmo que tenha 5 episódios bons em toda uma temporada, acho que vale a pena. Só de pensar que você vai viver a vida daquele personagem por anos, já vale muito mais que qualquer filme, pra mim. Sem contar que mesmo que uma série só tenha alguns episódios realmente bons em toda uma temporada, com os filmes acontece o mesmo. As vezes você assiste 50 filmes e a maioria não consegue te marcar. Sei lá, esse é um tema complicado, mas acho que dentro do que eu procuro, as séries conseguem dar um retorno maior que os filmes. Exatamente o que acontece comigo. Outros exemplos: House e Dexter, ambos não teriam metade da adoração que tem hoje se tivessem sido personagens de filmes. Quote Link to comment
Members Mhari Posted November 6, 2007 Members Report Share Posted November 6, 2007 Nossa amo os dois! Mas atualmente, estou preferindo as séries! Quote Link to comment
Members (Õ.ô) Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 Boa tarde. Amigos e Amigas! Gosto tanto de séries como de filmes, infelizmente os filmes de hoje estão com uma qualidade bem pífia enquanto que de vez em enquanto aparecem séries inovadoras, como Lost, mas a paixão pelos dois continua... T+ e VOTEM EM (Õ.ô) Quote Link to comment
Members Plutão Orco Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 Estão perguntando isto me fórum de cinema onde a maioria suposta dos usurários são cinéfilos? Deixa eu pensar... filmes? <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Caramba!!! Os filmes são infinitamente superiores por vários motivos. A começar que um filme nunca é igual a outro o cinema já é uma arte fundamentada. Há mas tem remakes, continuações e blá, blá, blá.... Quando falamos aqui de séries o que vem as nossas mentes? São produções estadunidenses na sua esmagadora maioria. As séries ainda têm que comer muito feijão para ter qualidade que no cinema mundial tem. O cinema tem um leque de diversidade que nem de longe as séries têm. O cinema não se foca em sitcons, produções famílias, produções de conspiração e ficção. O cinema pode ser usado como uma arma de alerta, uma ferramenta de expressão mais eficiente do que outras áreas da arte. O cinema conjura teatro, música, arquitetura, fotografia, pintura, escultura. E claro a literatura também. O cinema transpõe uma idéia, uma visão. Historicamente filme como o “Nascimento de Uma Nação” expressam uma visão racista de um diretor e de uma sociedade. Até mesmo estas produções bilionárias expressam a visão de um lucrativo comércio do entretenimento barato e descartável. Em fim, o cinema tem mais de 100 anos de história frente as séries. Alguma dúvida? Na verdade se não existisse cinema ou filmes não teria de maneira alguma às séries, que são subprodutos dos filmes. Tão lembrados dos episódios pilotos? São filmes normalmente. Plutão Orco2007-11-12 09:56:02 Quote Link to comment
Members jujuba Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 As séries por outro lado podemser vistas como filmes em capítulos (eppys). Se tu gosta de filme, na série tu sentiria o gostinho por muiiito mais tempo. Tipo "X-Files". O filme tinha umas 2 horas, a série durou 10 anos ! Afff! Quote Link to comment
Members (Õ.ô) Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 shy, Em X-Files, não sei sua opinião, mas para mim o filme não foi 10% do Piloto (que foi um capitulo e não um filme como hoje acontece muito), E acredito que muitos filmes viraram séries pelo simples sentimento de que "uma hora e meia" não foi suficiente para passar a idéia, isso é normal, hoje filmes com mais de uma seqüência para mim são “mini-série”... Quote Link to comment
Members jujuba Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 Acho que "X-files" um bom filme sim. O erro foi fazê-lo (embora negassem) para quem já conhecia a série. Tipo, para quem não via a série, não passou de um filme mediano, mas p/ quem curtia a série... afff! Se bem que o filme todo temaltos e baixos. Tipo o começo é muito bom. Quote Link to comment
Members (Õ.ô) Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 shy, O Filme foi um erro estratégico, deveriam fechar a série com um filme ou fazer como Battlestar Galactica fez, abriu a série com uma mini-serie e agora está iniciando a sua ultima temporada com um filme introdutório a fatos ocorridos durante a terceira temporada e acredito que vai terminar-la com um filme a altura também... Os dois (filmes e séries), hoje, vivem juntos felizes e contentes um com o outro, uma pareceria que está dando certo... Quote Link to comment
Members jujuba Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 Isso pode ser um erro. Fazer um filme sobre uma série, pq quem não assiste pode ficar boiando. Quote Link to comment
Members (Õ.ô) Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 shy, A intenção desses filmes é exatamente instigar as pessoas a pelo menos ver o primeiro capitulo da série, se o filme for muito ruim, a pessoa já vai com a cabeça feita ver a série, por exemplo, Stargate, teve 10 temporadas, está ai com uma derivada que já está na terceira temporada, estão pensando em mais uma cria e nasceu tudo de um filme, a série em si nunca passou aqui no Brasil (TV Aberta), mas quem gostou do filme, quando tiver a oportunidade de ver a série, vai já com um pensamento pré-formado, é um risco que vale a pena correr... Quote Link to comment
Members jujuba Posted November 9, 2007 Members Report Share Posted November 9, 2007 Fizeram o caminho inverso Filme para série (engraçado que foi esta série que mepassou pelacabeça agora e tu falou dela... aff) Eu acho que assim funciona melhor. Tipo assim, tu já imaginou um filme de "Friends" ? Não sei se funcionaria. Quote Link to comment
Members Plutão Orco Posted November 12, 2007 Members Report Share Posted November 12, 2007 shy' date=' A intenção desses filmes é exatamente instigar as pessoas a pelo menos ver o primeiro capitulo da série, se o filme for muito ruim, a pessoa já vai com a cabeça feita ver a série, por exemplo, Stargate, teve 10 temporadas, está ai com uma derivada que já está na terceira temporada, estão pensando em mais uma cria e nasceu tudo de um filme, a série em si nunca passou aqui no Brasil (TV Aberta), mas quem gostou do filme, quando tiver a oportunidade de ver a série, vai já com um pensamento pré-formado, é um risco que vale a pena correr... [/quote'] Passou sim, foi inclusive de manhã junto da programação infantil. Tenho até arrepios na espinha só de lembrar. Quote Link to comment
Members Brou Posted November 12, 2007 Members Report Share Posted November 12, 2007 Eu tb estou preferindo as séries do que os filmes. A produção das séries esá ótima. As que tem continuidade, como Lost, Heroes, Prison Break(embora a terceira temporada esta fraquinha), são muito envolventes. quando termina um episódio, não vejo a hora de ver o próximo. Claro que as vezes um episódio não é tão bom quanto outro. Tem aquelas que não tem uma sequencia como House, e as de comédias, como My name is Earl. Mas que chamam atenção do mesmo jeito. Quote Link to comment
Members jujuba Posted November 14, 2007 Members Report Share Posted November 14, 2007 As com sequência, tipo novela, como "Prision Break", "Bellstar Galactia" e "Damages" é que é ruim de esperar. Mas a maioria das série tem histórias completas em um eppy. Tu não precisa seguir tão fielmente e dura apenas 45 minutos. Maria shy2007-11-14 20:21:15 Quote Link to comment
Members mila penn Posted January 6, 2008 Members Report Share Posted January 6, 2008 Filmes' date=' óbvio, são obras fechadas. Séries podem começar uma maravilha e terminar uma merda, decepcionando aqueles que acompanharam desde o início. Filmes não, justamente por serem obras fechadas.[/quote'] Sim, concordo Não tenho paciência pra acompanhar séries HAHAHA. Quote Link to comment
Members Investigador L Posted January 7, 2008 Members Report Share Posted January 7, 2008 filmes Quote Link to comment
Members graci Posted May 24, 2011 Members Report Share Posted May 24, 2011 *eu amo os 2* cada um tem seu charme e potencial. mas, de uns tempos pra ca, eu tou muito viciada em série. meu, não dá pra não gostar, qdo acaba um ep. das q amo de+, ncis, house, grey's, e vc fica se questionando e absorvendo cada palavra e face, vc fica doida msm, assim como eu..:: Quote Link to comment
Members Lucy in the Sky Posted May 24, 2011 Members Report Share Posted May 24, 2011 Filmes, filmes, filmes, mil vezes filmes. Séries ficam abertas para anos de temporadas, e muitas vezes perdem a qualidade num certo ponto, o que faz com que percam o sentido. Seria melhor se houvesse um plano envolvendo os acontecimentos a serem mostrados e quanto tempo vai durar (o suficiente para a história ser desenvolvida sem ser esticada até depois de não poder mais). E o plano deveria ser seguido, e não abandonado porque a série dá muita audiência e o estúdio quer sugar o máximo de dinheiro possível. Quote Link to comment
Members jujuba Posted May 24, 2011 Members Report Share Posted May 24, 2011 Séries!!!! Filmes são muito bons, masss em cerca de 2 horas tá tudo acabado, já séries...aff! Ah! As séries podem durar anos e o prazer só vem depois de tu esperar por longos 7 dias, em míseras doses de 50 minutos, te deixam viciado, angustiado pelo próximo eppy, paranóico com 3827475365 teorias sobre e louco pela abstinência dos reruns... amoooo séries! MariaShy2011-05-25 17:02:16 Quote Link to comment
Members Chiquinho Posted June 22, 2024 Members Report Share Posted June 22, 2024 Encontrei um artigo muito bom, que merece uma citação. O original está aqui, a tradução rápida abaixo. Mencionado pelo RMB na última live. +++++++++++++++++++++ Pessoal, E Se a Era de Ouro da TV Quebrasse Nosso Mundo? Ou: Como a proliferação implacável de 'conteúdo' em nossas telas de TV ajudou a transformar nossa realidade em um multiverso solitário e gerador de ansiedade de merda +++++++++++++++++++++ Humpty Dumpty sentou em uma parede, Humpty Dumpty teve uma grande queda; Todos os cavalos do rei e todos os homens do rei Não puderam colocar Humpty de volta novamente. -Mamãe Gansa ++++++++++++ É hora de fazer uma confissão terrível e vergonhosa. Apesar de ter crescido nos anos noventa… [respira fundo]… eu nunca assisti “Friends”. Pronto, finalmente disse. Ah, talvez eu tenha visto uma dúzia de episódios quando estava no ar – era algo que passava ao fundo, geralmente porque uma namorada insistia – mas as sitcoms não faziam parte importante da minha vida naquela época. Quando começaram a fazer parte, Rachel, Chandler, Joey, Monica e Phoebe já tinham se aposentado para os pastos eletrônicos no céu. Acho que assisti ao final, mas não posso ter certeza. Eu sei como terminou de qualquer maneira porque todo ser humano que eu conhecia estava falando sobre isso depois que aconteceu. “Eu me sinto atacado pela televisão.” Esta é minha nova explicação para o fato de eu ter, em grande parte, desistido de assistir a novas séries de TV. “É muita coisa,” eu digo. “Não consigo acompanhar,” eu digo. “Não estou mais aproveitando muitas delas de qualquer maneira,” eu digo. Mas isso é apenas a ponta do iceberg, por assim dizer. Meu problema vai muito mais fundo e, como tenho passado muito tempo pensando nisso recentemente, cheguei a algumas conclusões bastante preocupantes. Preocupantes porque, se eu estiver certo, o futuro do cinema e da TV é ainda mais sombrio do que já dizemos que é. Correção ligeira a uma declaração anterior. Na verdade, eu assisti “Friends”... agora, isto é. No início deste ano, minha esposa e eu decidimos assistir ao episódio piloto. Ao contrário de mim, ela já tinha visto todos os episódios e não tinha intenção de gastar mais do que aquele primeiro episódio de seu precioso tempo. Ela estava buscando apenas um momento de nostalgia rápida, nada mais. O piloto foi... ok? Algumas piadas decentes, mas foi extremamente desajeitado. Os atores pareciam confusos sobre quem seus personagens eram, o que não é exatamente surpreendente, dado que eles ainda não sabiam. Eu sinceramente não conseguia entender por que se tornou um sucesso imediato. Então, sugeri que assistíssemos a outro para descobrir. Minha esposa não protestou, apesar de seu precioso tempo. Desta vez, nós dois rimos. Durante todo o episódio. Quando a cena dos créditos finais chegou, decidimos não parar. Atualmente, acabamos de começar a terceira temporada. Eu não me divertia tanto assistindo a uma série de TV há muito tempo. O motivo disso faz parte do que acho tão preocupante tanto como escritor de TV quanto como espectador de TV. Sou apenas uma pessoa e isto não é uma newsletter artística com recursos infinitos (ou seja, meu tempo). Mas fiz algumas pesquisas, e algo que você pode achar interessante é que, em 2022, 600 séries de televisão roteirizadas foram produzidas em Hollywood. Cinco anos antes, esse número era 487. A informação mais antiga sobre este assunto que consegui encontrar sem ir a fundo foi de outros sete anos antes, em 2009, quando 210 séries roteirizadas foram produzidas. Outra maneira de dizer isso é que, em treze anos, a taxa de produção de televisão nos Estados Unidos quase triplicou. A maioria das pessoas descreve o “pico da televisão” como um ponto alto em Hollywood, quando mais programas excelentes foram produzidos do que em qualquer outro período da história. Mas passei a considerá-lo, em vez disso, um período de superprodução grotesca que gerou um número desproporcionalmente menor de séries de TV capazes de resistir ao teste do tempo em comparação com vinte e cinco anos antes, quando “Friends” estreou em 1994. O argumento era que essa explosão na produção de TV era para apoiar um novo mercado global, subitamente capaz de acessar essa quantidade de televisão via streamers. Mas, ao mesmo tempo, a produção doméstica fora da América, especialmente para distribuição via streaming, experimentou um crescimento semelhante. De repente, havia mais TV do que qualquer civilização racional poderia consumir. Para contextualizar, entre 2009 e 2022, a população dos Estados Unidos cresceu de 306,8 milhões para 333,3 milhões. Isso é uma mudança de 8,3%. Mas, para satisfazer esse crescimento, a mesma população em 2022 teve acesso a aproximadamente 300% mais séries de TV dos EUA do que treze anos antes. Não há como levar em conta todas as séries internacionais que também foram colocadas diante de seus olhos, mas estou disposto a apostar que o número real de oportunidades de visualização para elas aumentou mais perto de 1.000%. Mas quem estava assistindo a todas essas séries? A resposta: todo mundo... e ninguém. Eu nos últimos anos, tentando assistir todo o material de TV que me recomendaram Em 1994, quando “Friends” estreou, eu tinha acabado de me formar no ensino médio. O show foi tão bem-sucedido imediatamente que toda jovem mulher que eu tentava convidar para sair tinha o “corte de cabelo da Rachel”. Em todos os lugares que eu ia, as pessoas falavam sobre “será que eles vão ou não vão?” sobre ela e Ross. De repente, todos os caras eram sarcásticos como Chandler. As pessoas citavam a série para mim, mesmo que eu não entendesse o que estavam fazendo na época. Era incessante. Isso é o que chamamos de um momento zeitgeist (o "espírito" daquele tempo). Quer você gostasse ou não, se estivesse vivo nos anos noventa, o elenco de “Friends” agora fazia parte da sua vida. Talvez seja por isso que eu não me dei ao trabalho de assistir. Na época, eu sentia que não precisava. Gostaria de poder encontrar a taxa de produção de séries roteirizadas em 1994, quando “Friends” estreou, mas não sou tão habilidoso. Tenho que olhar uma lista de títulos no ar naquele ano e fazer alguns cálculos grosseiros para chegar a um número em torno de 125. O que isso não leva em consideração é quantos pilotos foram gravados, o que suspeito que coloque o número de produção mais próximo de 200, como já mostrei, foi mais ou menos a taxa de 2009, quinze anos depois. Mas o que estou prestes a dizer se refere apenas ao que foi ao ar. Em 1994, havia uma grande chance de que qualquer pessoa que eu encontrasse na rua estivesse assistindo pelo menos uma das dez ou mais séries que eu estava assistindo. Se eu estivesse assistindo “Friends”, as chances de isso acontecer aumentariam dramaticamente. Dito de outra forma, em todos os anos da minha vida até a explosão da TV a cabo que chegou por volta de 2000, eu compartilhava inúmeras coisas em comum com todas as pessoas na América, quer percebêssemos ou não. Todos fazíamos parte da mesma conversa. Éramos uma comunidade involuntária. Essa é a razão pela qual o cinema e a TV funcionaram tão bem ao longo do século 20. Ambos eram meios de comunicação comunitários. Era uma vez, havia apenas alguns filmes lançados a cada semana. Todos tínhamos que participar desses ou correr o risco de ficar de fora. A televisão e seus poucos canais significavam mais ou menos o mesmo. Todos assistíamos aos mesmos noticiários até que a TV a cabo assumiu. A linguagem se achatou através das distâncias geográficas e até mudou dessa forma por causa de quão comum era a experiência de visualização. Estilos populares mudaram, como cortes de cabelo. A maneira como nos víamos e falávamos sobre assuntos difíceis estava até literalmente na mesa, como as sitcoms de Norman Lear repetidamente provaram quando se tornaram essenciais para a hora do jantar. A imagem em movimento sempre foi algo que fizemos juntos. Foi a cola que manteve tudo junto durante o último século, você poderia até dizer. Comecei a notar que algo estava errado por volta de 2010. Eu já estava trabalhando em Hollywood naquela época e, de repente, todos queriam trabalhar na televisão. Na verdade, eu teria minha própria série de TV no ar em poucos anos. O meio era cada vez mais visto como legal, não como aquele lugar para onde você ia quando sua carreira no cinema não dava certo. Mas, enquanto isso acontecia, percebi que o número de séries que todos estávamos assistindo ao mesmo tempo também estava se fragmentando. Mais preocupante ainda, o que "Hollywood" estava assistindo não necessariamente se alinhava com o que o resto do país estava assistindo. Prestígio e prêmios começaram a substituir o número de espectadores como métrica de sucesso, o que não é um modelo de negócios sustentável, na minha opinião. Considere "Mad Men", que estreou em 2007. Geralmente é considerada uma das melhores séries de TV já produzidas. Mas, apesar de todo esse "sucesso", sua audiência era incrivelmente baixa. Por exemplo, na primeira temporada da série, a grande maioria dos episódios não chegou nem a 1 milhão de espectadores. No seu auge, "Mad Men" atingiu 4,7 milhões de espectadores nas estreias das temporadas 5 e 6 – depois de quatro temporadas celebradas e inúmeros prêmios, conseguiu atrair tantos olhos. Mas todos os outros episódios dessas duas temporadas? Eles tinham menos espectadores do que cada episódio de uma série de TV que eu criei, "Dracula" (2013), uma série de TV geralmente considerada um fracasso pela maioria das audiências – e tão decepcionante até para mim, seu criador, que eu nunca assisti à droga da coisa. O que estou tentando dizer é que há uma razão para Jon Hamm, apesar de seu brilhantismo — e eu sou um grande fã — nunca ter realmente se tornado um ator conhecido em todos os lares. Porque quase nenhuma família na América realmente o assistia fazer alguns dos melhores trabalhos de sua carreira em “uma das maiores séries de TV já produzidas”. Tudo isso aconteceu antes dos streamers mudarem tudo por volta de 2013, quando a Netflix estreou “House of Cards” e “Orange Is the New Black”. A partir desse ponto, tudo mudou. O número de séries produzidas nos EUA e no exterior começou a disparar até que quase não restava nada que nos conectasse mais em termos do que todos estávamos assistindo como cultura. Para cada “Game of Thrones”, havia, ao que parecia, vinte séries que poucos, exceto seus elencos e equipes, sequer sabiam que estavam no ar. Um amigo acabou de dizer que leu sobre uma série de TV que foi cancelada após sete temporadas, mas ele disse que nunca tinha ouvido falar da série. Isso o preocupou porque ele é um roteirista de TV e não fazia ideia de como estava tão ignorante sobre o sucesso alegadamente bem-sucedido dessa série. Então, ele confidenciou que isso acontece com ele o tempo todo. Mas o mesmo acontece comigo também. Visito sites de notícias da indústria todos os dias e leio sobre o que está acontecendo no negócio de filmes/TV de Hollywood. E, em média, diria que fico sabendo da existência de duas séries de TV por semana apenas depois que são canceladas após várias temporadas no ar. Há tanta TV que, mesmo lendo sobre TV todos os dias, não é suficiente para acompanhar toda a TV que existe. Imagine por um momento como seria sua vida, digamos, em 1994, quando “Friends” estreou. Se você fosse um caseiro de meia-idade sem mais nada para fazer na vida, poderia assistir a dez séries roteirizadas por semana. Na verdade, a programação “Must See TV” da quinta-feira era composta por cinco dessas séries para muitas pessoas. Em quase todos os casos, você se comprometia a assistir a essas séries por mais de vinte episódios – ou, mais especificamente, cerca de 240 episódios de televisão em um ano. Esse compromisso era de longo prazo e tinha uma conclusão de temporada. Depois, haveria um breve intervalo, geralmente de três meses, e então a série voltaria normalmente. Você construía um relacionamento com os personagens que assistia, contava com o retorno deles e não precisava esperar muito para que isso acontecesse. Havia algo diferente na sua vida em 1994 também. A maioria dessas séries não era excessivamente serializada. Muitas eram procedimentais ou próximas disso. Ou seja, se você perdesse um episódio, não iria perder o fio da história e sentir a necessidade de abandoná-la. Uma das razões para isso era que gravações digitais e streaming ainda não existiam. Você tinha que assistir ao episódio em tempo real, gravá-lo no seu videocassete ou simplesmente acompanhar, apesar de ter perdido um episódio. Pedir que o público acompanhasse nuances de enredo ao longo de vários episódios não era realista. Meu ponto é este: em 1994, você tinha relacionamentos de longo prazo, geralmente confiáveis, com um número limitado de séries que faziam demandas limitadas a você e ao seu cérebro além de proporcionar um bom entretenimento. Hoje, em contraste, somos solicitados a acompanhar séries de TV que duram seis a oito episódios, muitas das quais são séries limitadas em vez de contínuas, que se multiplicam como Mogwai em uma festa na piscina até que você não consiga nem lembrar quais queria assistir, e que são canceladas com uma aleatoriedade inexplicável, de modo que não temos confiança de que, ao começar a assistir a uma história, chegaremos a qualquer tipo de conclusão. Ah, e se elas retornarem, a nova temporada pode demorar doze ou dezoito meses para aparecer. O que estou descrevendo é um cenário em que somos solicitados a manter em nossas mentes uma quantidade profunda de informações narrativas, muito mais do que jamais tivemos antes, com o bônus de ser dito que precisamos rapidamente passar para o próximo título ou correr o risco de perder a coisa mais recente ou a discussão que vem com ela. É fracionado e desorientador. É indutor de ansiedade. É por isso que agora digo que me sinto atacado pela televisão. Há algo mais que culturalmente aconteceu por volta da época em que a TV de pico começou a decolar e os streamers iniciaram sua dominação sobre o cinema e a TV. Estou falando sobre a proliferação de plataformas de mídia social. Inicialmente, o argumento era de que elas nos uniam. E talvez elas realmente tenham unido alguns de nós. Mas cada uma rapidamente se tornou um lugar para disseminar informações no que você poderia chamar de pacotes. Começamos a vivenciar a vida das pessoas em fragmentos, por assim dizer, assim como agora nos pediam para experimentar a televisão e até mesmo os filmes (à medida que começaram a replicar a natureza cada vez mais serializada da TV). Todos e tudo se tornaram um pacote de McInformação para ser consumido rapidamente antes de seguir em frente. Isso também era verdade para a forma como adquiríamos nossas notícias agora. Em vez de pegar um jornal, visitar um site de notícias ou assistir a um programa de notícias a cabo para aprender sobre o mundo, agora estava disponível para nós em uma avalanche de manchetes convenientes e comentários sarcásticos de todos que conhecíamos que também estavam fazendo a mesma coisa. Descrevo esse fenômeno, nas mídias sociais e em outros lugares do cinema/TV, como a Grande Fragmentação. Antes da internet, a realidade era nosso bairro local ou talvez toda a cidade onde morávamos. Na época em que “Friends” estreou, essa realidade começou a se expandir. Quando a série terminou, a realidade estava se fragmentando em mais pedaços do que podíamos contar. E, quando o streaming substituiu a televisão aberta/a cabo e os cinemas como o principal meio de exibição de imagens em movimento no mundo, nenhum de nós entendia mais o que a realidade significava. Tivemos que criar a nossa própria, e geralmente o fizemos buscando ou criando na internet – basicamente, o que estou descrevendo é uma reimaginação moderna da Torre de Babel. Existem muitas razões pelas quais as lutas globais de saúde mental explodiram no século 21. Muito da culpa é atribuída aos dispositivos móveis, e não vejo razão para discordar. Mas passei a acreditar que o dispositivo móvel é sintomático, não a causa raiz. A causa raiz, na minha opinião, é a proliferação de informações. A realidade simplesmente se tornou grande demais para a maioria de nós. Vivemos agora em um inferno multiversal que está nos deixando cada vez mais infelizes e nos matando lentamente, se você olhar para os números crescentes de doenças mentais e suicídios em todo o mundo. A TV de pico não é a culpada por isso, é claro, mas certamente contribuiu significativamente para isso. Mas ninguém parece pronto para reconhecer isso. Aqui está uma pesquisa da Gallup do ano passado que avaliou as diferenças entre 2017 e 2023 quando os americanos foram perguntados duas questões: Um médico ou enfermeiro já lhe disse que você tem depressão? e Você atualmente tem ou está sendo tratado para depressão? Olhe para os números dos dois grupos mais jovens! Sobre o suicídio, não é menos sombrio nos EUA. Após anos de quedas constantes, as taxas de suicídio aumentaram 37% entre 2000-2018. Elas diminuíram 5% entre 2018-2020, apenas para começar a subir novamente e, em 2023, ultrapassaram 50.000 em um ano pela primeira vez. Mas o que estamos falando aqui é de um salto de quase 40% em suicídios em duas décadas. Duas. Décadas. Não vejo como é possível ler esses números e não se desesperar para onde estamos indo como espécie. Minha mãe estava borderline agorafóbica no final da sua vida. Ela preferia ficar dentro de casa e assistir "Blue Bloods", "Law & Order" e "NCIS". Ela constantemente me perguntava se eu assistia algum desses programas. Ela não tinha ninguém com quem discutir - o que só a fazia se sentir ainda mais solitária. Penso nisso o tempo todo quando considero o que a televisão se tornou e o que o cinema se tornou, à medida que se transforma mais e mais na esteira de produção de nada rapidamente esquecido que são a maioria das plataformas de streaming. Todos nós estamos assistindo algo, mas não estamos assistindo nada juntos. Há um ditado: Se uma árvore cai em uma floresta e não há ninguém por perto para ouvi-la, ela faz algum som? Mas a pergunta que considero muito mais crítica para onde estamos como civilização é: Se uma árvore cai na floresta e você ouve isso acontecer, mas não tem ninguém para contar, quem se importa? Sabe por que eu anseio assistir "Friends" todas as noites com minha esposa? Porque sim, eu anseio, se você estiver se perguntando. Estou mais empolgado para assistir isso do que qualquer outra coisa atualmente na TV. Eu me sento depois de colocarmos as crianças para dormir e me vejo passando tempo com personagens que gosto, que estarão por aí por vinte e quatro episódios por temporada, que estarão por aí por dez temporadas no total. Este é um relacionamento de longo prazo que não será cancelado quase tão logo eu comece a assistir. Diabos, até a sequência de créditos/música tema adiciona à experiência. Nunca apertei "pular" quando os Rembrandts começam a cantar, "So no one told you life was going to be this way." Há segurança nisso. Há certeza em um cenário de TV instável e geralmente miserável, onde tudo novo agora parece descartável porque até mesmo é para aqueles que o possuem (os chefes de estúdio regularmente apagam shows que você ama das plataformas de streaming para economizar um centavo). Onde o que é quente hoje será substituído na próxima semana como produtos velhos na prateleira do supermercado, o que veio antes já sendo uma memória esvanecente. Onde tudo parece tão massivamente multitudinário - vamos chamar de ruído branco - que me vejo recuando para algo que não experimento como um ataque à minha saúde mental apenas para enriquecer as próprias pessoas que estão arruinando formas de arte que tanto amo. Este é o resultado de fabricar conteúdo em massa em vez de arte. Há outra razão pela qual estou gostando de "Friends". É fácil dizer que estou sendo nostálgico, e estou – mas não da maneira que você pensa. Não estou nostálgico por um programa que amei, como me sinto em relação a, digamos, "Buffy, a Caça-Vampiros". Não estou nostálgico por algo que perdi porque assisti a muitos programas nos anos 90 que poderiam me proporcionar essa sensação. Não, estou nostálgico pela tranquilidade que existia durante o último período da história, antes de o mundo se tornar grande demais para qualquer pessoa tentar compreender sem enlouquecer um pouco. Este crescimento exponencial quebrou nossa realidade e, no processo, desfez todos os laços comunitários que valorizávamos tanto. Preocupo-me que estejamos vivendo o momento em que todos os homens do rei descobrem que não há como colocar tudo de volta no lugar. Quote Link to comment
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