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Forum Cinema em Cena

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus


Christopher_P
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Heath Ledger e o poder do "Imaginário"

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Heath e o espelho mágico do Dr.Parnassus

Uns cinco minutos adentro de O Imaginário do Dr. Parnassus, uma coisa fica absolutamente clara: não estamos mais em Hollywood, Toto. Estamos em Gilliamlândia, um mundo paralelo onde efeitos visuais parecem assinados por Melies, o Diabo é Tom Waits, muito mais sedutor que assustador, o arco da narrativa é uma espiral e tudo pode acontecer.

E aconteceu - um de seus protagonistas, Heath Ledger, morrer no meio das filmagens, por exemplo. "Este filme foi feito por forças além da minha vontade", Gilliam disse a Kenneth Turan do Los Angeles Times em Cannes. Usando um recurso digno do Dr. Parnassus (Christopher Plummer), um ser imortal que tem o poder de amplificar a imaginação de cada pessoa, Gilliam deixou que a história sugerisse o que fazer com aquela dolorosa ausência. E, com a ajuda de três "mais que colaboradores, amigos", Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrell, criou variações em torno do personagem de Ledger, Tony, um sujeito desmemoriado que a troupe do Dr. salva da morte e que acaba se juntando ao Imaginário. Na Gilliamlândia, faz sentido: cada um deles é Tony segundo a imaginação de uma pessoa diferente que entra no Imaginário, um espelho mágico criado com duas tiras de papel alumínio porque, segundo Gilliam, "eu preferi gastar meu pouco dinheiro em outras coisas, no filme."

A primeira aparição de Ledger, aparentemente morto, enforcado, provoca arrepios. Na cabine de imprensa onde eu estava ouviu-se um discreto "ah" coletivo, como se todas aquelas pessoas tivessem suspirado ao mesmo tempo. No final, Gilliam dedica o filme a ele, com uma comovente foto em que o jovem ator aparece no espelho, segurando sua máscara de "Tony". "Este é um filme de Heath Ledger e amigos", é a dedicatória.

Louco, belo, profundamente humano, intrigante mesmo quando caótico, O Imaginário do Dr. Parnassus pode não estar no mesmo nivel de Brazil e As Aventuras do Barão de Munchausen mas, sinceramente, é uma das coisas mais visual e conceitualmente estimulantes neste ano patético - pena que só estréie comercialmente, nos EUA, em dezembro.

Via Blog da Ana Maria Bahiana.
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Pior que tem a ver com Alice no país das maravilhas mesmo!

Esse aqui é estranho, parece indeciso quanto aos seus objetivos. Como Os irmãos Grimm (aquela merda), o Gilliam parece indeciso se quer fazer um filme leve ou pesado. Há vários momentos que tendem ao primeiro lado (as sequências de sonho, todas coloridas, uma explosão visual) e há outros tantos que tendem a algo mais adulto.

 

Como em Alice, só que infinitamente pior, o ritmo é péssimo, o filme frequentemente é entediante e o humor é fraco.

 

Mas tem seus momentos. As sequências no espelho são bem boas e o plot do Diabo é uma boa sacada. Elenco ótimo e final bacaninha. Gostei que o filme se situa numa espécie de meio-termo entre mundo real e fantástico.

 

No final, achei regular, nem bom, nem ruim. Não chega a fazer falta.
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O MUNDO FANTÁSTICO DO DR. PARNAUSS - 7.5/10 - O filme é bizarramente divertido e divertidamente bizarro como se deve esperar de algo vindo de Terry Gilliam. Uma aventura insana e bizarra sobre uma aposta entre um homem que deseja a vida eterna e o próprio Diabo. As circunstâncias fizeram com que Heath Ledger tivesse seu ótimo trabalho interrompido, mas o roteiro consegue "amarrar" muito bem as pontas soltas. E em meio a estas pontas soltas, é claro que ocasionalmente o filme trapaceia (especialmente no 3º ato que fica bastante bagunçado), mas é aquela trapaça que o espectador mesmo ciente, se esbalda na maior parte das vezes, pois tudo o que é bizarro nos deixa curioso. Plummer faz um trabalho magnífico, Ledger se sai muito bem assim como Colin Farrell. Depp e Law participações pequenas e eficientes apenas. Verne Troyer está ótimo, Lily Cole, Andrew Garfield e Tom Waits mandam muito bem em seus papéis. Uma bagunça louca, insana, bizarra, criativa e divertida.
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