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Forum Cinema em Cena

Analisando DVDs e BDs


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De acordo com essa postagem do REDDIT, o box contendo os 7 filmes da franquia LOUCADEMIA DE POLÍCIA (ou "Police Academy", 1984-1994) trazida em 2023 pela distribuidora Shout! Factory (em Blu-ray/1080p) é melhor que os discos antigos da Warner:

https://dvdcompare.net/comparisons/film.php?fid=26080

É possível ler as resenhas aqui:
https://www.blu-ray.com/movies/The-Police-Academy-Collection-Blu-ray/91928/

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  • 2 months later...
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Dirty Harry (ou "Perseguidor Implacável", de 1971) – Resenha do disco UHD/4K da Warner do Reino Unido
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Post original em inglês: https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=23158304&postcount=1375

Metadados de HDR:
Primárias de cor da tela de masterização: Display P3
Níveis de luminância de masterização: 4000 / 0.005 nits (máx/mín)
Nível Máximo de Brilho de Conteúdo (MaxCLL): 3947 nits
Nível Médio Máximo de Brilho por Quadro (MaxFALL): 411 nits
Tipo de disco: UHD100

A Warner investiu em um scan em 8K para o lendário thriller sobre serial killer de Don Siegel, mas não tenho certeza se os resultados valeram a pena. Bruce Surtees, o diretor de fotografia (apelidado de "Príncipe das Trevas" – sem confundir com Gordon Willis!), filmou em formato anamórfico, usando o negativo 5254 de velocidade 100 da época, famoso por deixar as cenas noturnas caírem em escuridão total – algo muito evidente nesta edição 4K UHD de Dirty Harry. Clint Eastwood, que estrela o filme, viria a trabalhar com Surtees em várias produções suas, adorando o estilo contrastado e os pretos intensos de seu fotógrafo.

Os primeiros 5 minutos são basicamente um único efeito óptico para os créditos, então não há nada muito estranho nesse trecho em 4K. Eles foram removidos de granulação, sim, o que deixa pequenos “rastros” ao redor, mas se sustentam muito bem. Comparando com o Blu-ray original, a diferença é gritante: lá, vemos sujeira impressa e granulação "presa", o que não é incomum, já que o material óptico de sobreposição (créditos, fades etc.) tinha seu próprio campo de grãos, que era repetido quadro a quadro, dando um visual de granulação “congelada”. Isso foi em grande parte eliminado no 4K.

A perda de detalhe nos fades e dissoluções é mínima, embora alguns duplicados (como a cena do “por que te chamam de Dirty Harry?”) estejam bem piores e por isso receberam mais DNR (remoção digital de ruído), parecendo “remendadas”, mas ainda melhores que no Blu-ray. Curiosamente, o tratamento aplicado ao negativo original foi tão intenso que às vezes os efeitos ópticos parecem quase da mesma qualidade que a imagem original da câmera.

Infelizmente, o tratamento de granulação não foi consistente: em algumas cenas, o grão ainda parece natural; em outras, é claramente manipulado. Nas cenas externas noturnas, por exemplo, o grão “gruda” em Clint Eastwood enquanto ele se move, e em certas tomadas (como o tiro em Chico), a combinação de fumaça e granulação se torna uma bagunça visual. Felizmente, a cena final na pedreira foi deixada praticamente intacta.

Nem tudo é negativo. A imagem está mais limpa e nítida do que no Blu-ray. Muitos artefatos foram removidos, como flutuação de densidade, sujeira na lente, etc. Embora o material original e o tipo de filme não forneçam nitidez de ponta a ponta (e talvez nem “resolução 4K real”), há sim melhoria perceptível de detalhes finos, especialmente em estruturas geométricas (grades, fios, prédios distantes). O antigo Blu-ray até tinha moiré (padrões de arco-íris), que desapareceram no 4K.

A cor está... estranha. O look "teal e laranja" do Blu-ray foi substituído por um equilíbrio mais neutro no 4K. Isso, por um lado, remove o exagero azulado do Blu, inclusive do próprio logo da Warner. Céus voltaram a ser azuis, o amarelo dourado da cena final foi neutralizado (goste-se ou não), e vermelhos excessivos – como a placa de néon "JESUS SAVES" – agora parecem muito mais naturais.

Mas o problema maior está nos tons de pele: eles variam demais. A iluminação fluorescente dos ambientes reais pode ter contribuído, mas o 4K deixa tons estranhos como laranja opaco, verde e magenta aparecendo ao mesmo tempo no rosto dos personagens. A cena de Harry na delegacia, por exemplo, parece que os personagens foram “recortados” e colados digitalmente na imagem. Em outra, um brilho verde “vaza” no fundo da parede atrás dele.

Mesmo cenas externas, que deveriam ser mais estáveis, mostram tons de pele oscilando entre rosa e laranja. E o personagem de Albert Popwell (durante o assalto ao banco) ficou com uma palidez acinzentada que parece errada. O sangue no braço dele está bem vermelho, mas parece que drenaram a cor da pele para isso. No Blu-ray, ele parece normal.

O HDR é extremamente agressivo. Você recupera muitos destaques que o Blu-ray “cortava”, mas o nível de brilho é absurdamente alto – detalhes como calçadas chegam a 500 nits. Destaques reais, como óculos refletindo a luz ou lanternas, estouram mesmo em TVs de topo, como a Sony ZD9. Embora isso seja limitação da TV, e o uso de ferramentas como o “HDR Optimiser” da Panasonic resolva parte do problema, ainda há casos de estouro nativo na imagem (como faróis de carros), que nem ajustes consertam. A Warner tem histórico de HDRs “quentes demais”, e esse segue a linha. O Dolby Vision (que eles usam esporadicamente) teria ajudado bastante aqui.

Os níveis de preto são bons – abriram um pouco mais o “low end” sem virar cinza desbotado, o que Clint odiaria. As cenas noturnas continuam bem densas, como a de Clint subindo na lata de lixo para olhar pela janela de Hot Mary. O maior benefício está nas cenas internas: por exemplo, o cabelo de Chico (antes “engolido” pelo preto) agora tem mais detalhe.

O filme está num disco UHD de 100 GB, o que evita problemas de compressão.

No geral, Dirty Harry em 4K é um dos transfers mais inconsistentes já feitos por um grande estúdio. Sim, as cores exageradas do Blu foram eliminadas, e há ganho real em nitidez e estabilidade. Mas os tons de pele estão descontrolados, o HDR é exagerado, e o gerenciamento de grão muda de cena para cena. Lembra o UHD de Grease, igualmente bagunçado – o tipo de coisa que a gente perdoava em 2018. Mas Dirty Harry merecia mais.

Ponto positivo? O áudio original mono, que está poderoso. Parabéns à Warner por preservar isso. Só é uma pena que o vídeo esteja andando para trás.
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- Highlander 3: O Feiticeiro (Highlander III: The Sorcerer / The Final Dimension, 1994)
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- Dublagem: que eu saiba, HIGHLANDER 3 só teve uma, que inclusive foi colocada no DVD nacional (OBS: não tenho mais detalhes dessa edição).

--- E saiu em Blu-ray/1080p sim, mas em 2 países:

- Alemanha, pela CONCORDE (2012)
- Japão, em 2015 (TC Entertainment).

Comparativos dos DVDs:
http://dvdcompare.net/comparisons/film.php?fid=2591

E Blu-rays:
http://dvdcompare.net/comparisons/film.php?fid=19884

E entre as versões de cinema e DO DIRETOR:
https://www.movie-censorship.com/report.php?ID=1298

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Diferenças entre os CORTES:

- Parece que tem 3:

- A de CINEMA, que é a usada no disco ALEMÃO;

- A do DIRETOR, que tem algumas cenas com efeitos especiais digitalmente alterados (e uns pedaços de cena também), apenas em DVD (vou mencionar depois quais deles);

- E a híbrida, que usa a imagem do corte de CINEMA, e o áudio daquela do DIRETOR.

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A híbrida é essa que saiu no Japão.

Temos também a híbrida num arquivo que obtive da internet, streaming da "STARZ", mas aqui em 16:9 open-matte (e não Wide 2.35:1). O áudio inglês dele é DD Plus 2.0 (fora o 5.1 vindo do Blu-ray, que sincronizaram pro mesmo).

- Imagem:
- Não vi o disco asiático, mas o que usaram pra fazer o disco alemão, é consenso que ficou ruim (e se o JAPONÊS for igual ao streaming, ele é bom). Tanto que o DVDCompare diz:

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English subtitles appear for the non-English dialogue if the English audio option is selected. There are a couple of instances of burnt-in German subtitles. This is a soft transfer, and there has been rumours it may be an upscale. There is some ghosting on all titles and burnt in subs. This BD has no menu option the film just plays automatically and restarts if left playing.
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Essa parte, eu explico: "burnt-in" é quando a legenda já faz parte da imagem, e não pode ser "desligada". Isso ocorreu com o filme, em 2 cenas (coisa de segundos), em que alguém fala japonês. Ao invés de deixar a imagem limpa, a distribuidora colocou no caso do disco ALEMÃO, legendas em ALEMÃO também (naquele da STARZ, as legendas fixas são em inglês). Já no DVDRip do corte do diretor que achei, não tem nada (nesses trechos). O ideal é não sujar a imagem, e deixar que a própria pessoa ligue no PLAYER a legenda necessária.

Quanto a imagem, segue alguns comparativos:

1.jpg

Blu-ray alemão (versão de cinema)

2.jpg

Streaming (versão híbrida)

3.jpg

DVD (corte do diretor)

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X1.jpg

Blu-ray alemão

X2.jpg

Streaming
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Eu também localizei na internet um DVDRip que pela duração e características, é dos EUA (Região 1 e NTSC, logo sem aceleração na imagem/som de 4%, típica do "PAL" europeu, no caso desse último, DVDs da região 2, ou R4-Austrália). Curiosamente, no BRASIL usamos a região 4 e nossos DVDs são também NTSC, que nem americanos e canadenses.

Eu não sei qual edição esse DVD(rip) é, porém se trata COMPROVADAMENTE do CORTE DO DIRETOR, com os efeitos modificados.

- Áudio: O da Alemanha é DTS-HD MA 5.1. O asiático, apenas DTS-HD MA 2.0 estéreo. Em DVD, o corte do diretor saiu apenas em DD 2.0 surround.

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MATERIAL EXTRA:

- O Blu-ray alemão não tem nada (ZERO MESMO).

- O asiático, sim:

-- Entrevista de 1995 com o Christopher Lambert (12:50)
-- "Making of", de 1995 (06:17)
-- "The Highlander Saga" (22:21)
-- Trailer de cinema (1:31)
-- Trailer japonês (1:31)

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DVDs que tem o CORTE DO DIRETOR:
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Embora não exista em Blu-ray, há em DVD essa versão. Temos a de 1998, da distribuidora "DIMENSION", mas é 2.35:1 letterbox (o que é pior em se tratando dessa mídia, pois não é anamórfico o disco, ficando com 4 barras negras).

Em 2005, eles re-lançaram o filme, mas a capa (dessa edição) mentiu: diz ser a "Special Director's Cut" e em Wide 1.85:1. Acontece que está em 2.35:1 anamórfico, e é o CORTE DE CINEMA.

CANADÁ: a distribuidora "Seville" lançou o corte de cinema em 4:3/tela-cheia (open-matte), mas a imagem é de VHS.

Também nesse país, o CORTE DO DIRETOR saiu num DVD de 2003, em 2.35:1 letterbox. Provavelmente é cópia daquele disco de 1998.

DVD europeu não conta. Temos o da HOLANDA, da "Dutch FilmWorks", também corte do DIRETOR.

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Diferençazinhas entre os CORTES:

- Além do que o Movie-Censorship detalha, é bom lembrar que:

- Streaming, Blu-ray asiático e DVD do DIRETOR usam a música dos créditos finais de "God Took a Picture" no lugar de "Bonny Portmore".

- Versão de cinema:

-------- Lá pelos 20 minutos, o personagem Kane fala: "And he owes me for all those years" ("e ele me deve por todos esses anos"). Na dublagem, idem.

STREAMING e Blu-ray asiático (ambos na versão híbrida) tem essa semelhança, que muda esse trecho:

------ Kane diz "e ele me deve por esses 400 anos".

Acontece que o DVDRip não está assim, ele ficou "por todos esses anos". O que é estranho, pois era pra ser "400 anos", já que o DVDCompare diz que os cortes híbridos usam o áudio da DIRECTOR's CUT, mas a imagem é do CORTE DE CINEMA.

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-- BRAZIL, O FILME (1985)
- Do diretor Terry Gilliam

Esse saiu recentemente pela Criterion, em disco UHD/4K, na versão do diretor. A de CINEMA só saiu em 2011, em Blu-ray da Universal.

A mesma Criterion havia trazido o filme em DVD, e depois Blu-ray, nas duas ocasiões também colocando a versão 4:3 (editada pra TV), chamada de "Love Conquer's All".

Infelizmente, o novo disco 4K, embora tenha imagem até boa, sofreu com revisionismo, porque os coloristas "profissionais" enfiaram o temido "TEAL and ORANGE" (azul-petróleo e laranja), no mesmo. O resultado dá pra ser visto abaixo, numa série de comparações que eu mesmo fiz:

https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=23181063&postcount=269

E também em: https://slow.pics/c/36ZlTr53

Leiam o artigo sobre essa tranqueira do TEAL: https://theabyssgazes.blogspot.com/2010/03/teal-and-orange-hollywood-please-stop.html

Esse aspecto foi usado à exaustão em filmes modernos, e é abordado em vídeos como esse:

É óbvio que "BRAZIL" (se escreve com Z, mesmo) nunca se pareceu assim. Reclamávamos do "magenta" nos vídeos antigos pra DVD e Blu-ray, de remasterizações defasadas por décadas, mas aceitar essa mudança recente é cair em falácia, porque "dois errados não fazem um certo".

Ainda sem resenha desse disco, mas essa tosquice que fizeram, ficou uma droga. 

Tem cenas que são visualmente boas, mas é como você jogar perfume em alguém mergulhado na lama/chiqueiro. Ou, a comparação que fiz no Blu-ray.com, de que o "instrumento" do homem se mostrar enorme, mas ele ser totalmente BROXA. Vai se gabar de um lado, e ignorar o outro? Aí não dá.

Cada vez mais esses discos/imagens antigas ganham meu respeito.

Outro filme que também teve modificação "digital" nas cores foi TITANIC, de 1997 (apesar que o disco UHD ficou excelente). Existem projetos pra retornar para as cores mais "naturais", vistas antes do Blu-ray. Já de "BRAZIL", nunca encontrei nenhum, nem mesmo trailer de fonte 35mm.

OBS: diversos filmes já tiveram revisionismo ruim parecido, como T2 do James Cameron, os dois BATMAN (de 1989 e 1992), e o mais irritante é quando colocam (como foi nesse caso) que "foi aprovado pelo DIRETOR". É exatamente isso que não queremos, que o DIRETOR SE META na qualidade final (vide George Lucas em Star Wars), porque só sai lixo, na esmagadora maioria das vezes.

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