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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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You'll meet a tall dark Stranger (Woody Allen, 2010) - Provavelmente o filme do Woody que eu menos gostei em um bom tempo, contando aí Scoop e outros não muito populares dele. O mosaico de personagens é como um todo relativamente desinteressante na maior parte do tempo, e ao fim dos 90 e poucos minutos é difícil dizer que encontrei alguma figura ou situação daquelas típicas de filmes do cara que tenha me entertido realmente. Não existe também uma dinâmica forte entre os atores desse aqui como existiu entre os protagonistas de Whatever Works, e não deixa de ser frustrante como a Naomi Watts é mal aproveitada. Duvido que o próprio Allen tenha ficado lá satisfeito.

127 Horas (Danny Boyle, 2010) - As reclamações com relação ao maniqueísmo do Boyle na forma de tentar emocionar o espectador já se tornaram meio que rotina por aí. A verdade é que essa foi infelizmente a primeira vez que isso me incomodou mesmo (Gosto demais de Caiu do Céu por exemplo, outro filme bem apelativo no lado emocional), talvez porque eu já tivesse um pouco enjoado com a historía do protagonista, e também porque no final das contas não achei tão comovente assim. É meio difícil realmente segurar o interesse de quem tá assitindo quando se trabalha com esse tipo de material, mas sei lá, não me pegou mesmo. O Franco tá bem, embora continue achando-o um ator limitado. E continuo gostando do Cinema do Boyle, mas enfim, espero que ele escolha um projeto mais interessante da próxima vez, quem sabe voltando a trabalhar em solo britânico novamente.

 

Beckin2011-02-21 12:48:43

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Eu gostei do filme do Boyle, ele tenta adaptar o estilo MTV dele pra algo mais, ãhn, digno. Se não fizesse do modo dele, 127 Horas seria muito parecido com Enterrado Vivo, com o Ryan Reynolds (que eu particularmente achei morno, apesar de muito bem filmado). O ponto mais fraco do filme é o "acaba quando termina", nada muito relevante fica, a não ser a música da Dido e a "The Funeral", do Band of Horses, que toca no trailer.

 

 

 

Há uns momentos de contemplação bem bacanas, em especial o Aron passando a mão nos canyons, mas como o Boyle não é nenhum Malick, estas cenas são breves e escassas.

 

 

 

 

 

 

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Tenho a impressão de que as pessoas vão devidamente "armadas" assistir às 127Horas do Boyle...

 

 

Não, é o filme que é ruim mesmo. 06
Tô brincando, nem é. Mas é muito comunzinho, Sall.

[/quote']

 

Claro que um projeto chama mais ou menos atenção que outros (assim como a recepção INICIAL tende a ser mais favorável ou menos condescendente). Mas tive essa impressão desde q o filme surgiu, com o Franco como protagonista, personagem real etc... depois que  foi dado como certo nas indicações do Oscar essa sensação parece que só aumentou. Enfim... Eu mesmo torci o nariz pro filme do facebook by Fincher bem antes dele estrear.

 

Hum... Nem os virtuosismos fotográficos, a edição e a trilha do Rahman tiram ele do lugar-comum?  Pelo trailer parece ser justamente o contrário, o filme fugindo do "comum" que se espera numa história do tipo...

 

 
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Hum... Nem os virtuosismos fotográficos' date=' a edição e a trilha do Rahman tiram ele do lugar-comum?  Pelo trailer parece ser justamente o contrário, o filme fugindo do "comum" que se espera numa história do tipo...

 

 
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O problema é que podem tira-lo do lugar comum e coloca-lo na merda.06

 

 

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Tenho a impressão de que as pessoas vão devidamente "armadas" assistir às 127Horas do Boyle...

 

 

Não, é o filme que é ruim mesmo. 06

Tô brincando, nem é. Mas é muito comunzinho, Sall.

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Claro que um projeto chama mais ou menos atenção que outros (assim como a recepção INICIAL tende a ser mais favorável ou menos condescendente). Mas tive essa impressão desde q o filme surgiu, com o Franco como protagonista, personagem real etc... depois que  foi dado como certo nas indicações do Oscar essa sensação parece que só aumentou. Enfim... Eu mesmo torci o nariz pro filme do facebook by Fincher bem antes dele estrear.

 

Hum... Nem os virtuosismos fotográficos, a edição e a trilha do Rahman tiram ele do lugar-comum?  Pelo trailer parece ser justamente o contrário, o filme fugindo do "comum" que se espera numa história do tipo...

 

 

Você ainda não viu? Bom, não, postei algumas coisas de minhas impressões lá no tópico, quando ver, dê uma olhada, se quiser.

 

Acho que prejudicou também o fato de um filme muito parecido ter estreiado quase que simultaneamente no Brasil, o Buried. Muito embora haja diferenças, o tipo de filme ficou bem estigmatizado. É como se você estivesse vendo algo muito parecido, mas um pouco mais refinado.

E, para mim, como já disse, Gerry, do Van Sant, é MUITO melhor que todos eles e mesmo assim está longe de ser perfeito.

 

Eu também torci o nariz para The Social Network desde quando soube da ideia. Adorei tanto o filme que é o meu favorito para o Oscar hoje (ainda não vi The King Speech e The Fighter).

Mr. Scofield2011-02-21 18:19:09

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A Rede Social não me desce...

 

 

Por quê, Sall? Eu adoro. Sou fãzoide. 0806

 

E gosto muito de Requiem também. Mó Esquizóide o filme. 16

ESTE é um daqueles filmes que todo mundo gostou na época, depois virou moda falar mal (lógico que não é o caso aqui, mas em inúmeros ambientes fora do fórum).

Mr. Scofield2011-02-21 18:40:36

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Não tenho do que falar tecnicamente mas falta o "algo mais". A sacada final é interessante mas antes disso ele vira meio que um "filme de negócios", que me desinteressa por completo.

 

E olha que me identifiquei com muita coisa ali...

 

 
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Não tenho do que falar tecnicamente mas falta o "algo mais". A sacada final é interessante mas antes disso ele vira meio que um "filme de negócios"' date=' que me desinteressa por completo.

 

E olha que me identifiquei com muita coisa ali...

 

 
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Uma das coisas que eu acho lindonas ali é a linguagem. Rápida, quase "idiopática", igual ao fluxo internético.

 

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Não tenho do que falar tecnicamente mas falta o "algo mais". A sacada final é interessante mas antes disso ele vira meio que um "filme de negócios"' date=' que me desinteressa por completo.

 

E olha que me identifiquei com muita coisa ali...

 

 
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Uma das coisas que eu acho lindonas ali é a linguagem. Rápida, quase "idiopática", igual ao fluxo internético.

 

Sim, disso eu gosto. Representa bem. E o Eisenberg também tá de parabéns por "dar vida" a essa maneira de ver as coisas. Conheço pessoas assim. Mas aqueles processos, depoimentos, tribunais, valores, termos legais... Acho que o filme não preisava tanto daquilo (apesar da competência do roteiro e da edição em fazerem o possível pra mininizar essa "chata burocracia" no decorrer da história e não tornar o troço cansativo).

 

Mas mesmo que o filme deixasse de lado essa parte, ainda acho que não morreria de amores não.

 

 

 

 

 

 

 
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Eu gostei do filme do Boyle' date=' ele tenta adaptar o estilo MTV dele pra algo mais, ãhn, digno. Se não fizesse do modo dele, 127 Horas seria muito parecido com Enterrado Vivo, com o Ryan Reynolds (que eu particularmente achei morno, apesar de muito bem filmado). O ponto mais fraco do filme é o "acaba quando termina", nada muito relevante fica, a não ser a música da Dido e a "The Funeral", do Band of Horses, que toca no trailer.

Há uns momentos de contemplação bem bacanas, em especial o Aron passando a mão nos canyons, mas como o Boyle não é nenhum Malick, estas cenas são breves e escassas.


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Pois é. Eu gostei do filme do Boyle também e acho que boa parte do virtuosismo que ele utiliza, especialmente no que remete à estética, faz com que o filme se torne atraente e dinâmico. Mas é claro que é tudo uma questão de proposta, do diretor. Você citou o Malick, eu citaria Werner Herzog e ambos fariam deste um filme mais naturalista, mais intimista e seria menos afetado que o do Boyle, não necessariamente melhor, mais diferente.
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Não tenho do que falar tecnicamente mas falta o "algo mais". A sacada final é interessante mas antes disso ele vira meio que um "filme de negócios"' date=' que me desinteressa por completo.

 

E olha que me identifiquei com muita coisa ali...

 

 
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Uma das coisas que eu acho lindonas ali é a linguagem. Rápida, quase "idiopática", igual ao fluxo internético.

 

Eu gosto de "A Rede Social". Tenho a mesma ressalva que o Sall quanto ao filme tornar-se uma espécie de "filme de negócios", mas tenho a sensação que curti mais do que ele as partes boas. O 1º ato do filme é maravilhoso, tesão total, justamente nesta pegada que o Scofa comenta e em nenhum momento consigo me desinteressar pelo trabalho do Fincher que em nenhum momento soa burocrático como alguns vem comentando, pelo contrário, eu vejo o sucesso do filme muito mais como mérito do seu diretor do que propriamente pelo roteiro.
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DEIXE-ME ENTRAR - 7/10 - A refilmagem americana do sueco "Deixa Ela Entrar" é muito boa, mas quase nada por méritos próprios. O diretor Matt Reeves realiza um bom trabalho de direção, apostando na construção crescente da relação do jovem casal e também consegue criar competentes sequências amparadas pela tensão, seja quando aborda um carro na beira de um trilho de trem ou especialmente quando mostra um acidente automobilístico sob a perspectiva do passageiro. Mas nada muito além disso. A trilha sonora constante incomoda e até mesmo atrapalha em alguns momentos, impedindo que a tensão seja criada pela própria situação em si e os efeitos especiais, seja na captação dos movimentos da garota ou na sua transformação física, acabam sendo componentes excessivos e desnecessários, provando uma clara falta de sutileza. O roteiro até consegue estabelecer de maneira mais orgânica alguns personagens secundários que moram no mesmo prédio que o casal central do filme, acerta em não investir muito tempo na relação entre pai e filho (no original existe até espaço para descobrirmos que ele é homossexual, alongando um pouco o filme, o que não vem ao caso), mas comete um gravíssimo deslize ao duvidar da inteligência do espectador (entenda-se mostrar uma foto), o que compromete sensivelmente o apelo da história. O jovem casal de protagonistas realiza o seu trabalho com competência, mas aqui o destaque fica por conta do garoto Kodi Smit-McPhee, capaz de realizar até mesmo um trabalho superior ao visto no filme original, sempre deixando transparecer a fragilidade do garoto, mas sem esconder a sua raiva e frustração contidas. A adorável Chloe Moretz está bem, não compromete, mas também não realiza um trabalho destacável, diria até que faltou a produção um melhor cuidado com a sua caracterização já que a sua presença em cena não chama a atenção e o seu trabalho não é capaz disso também, faltou um pouco de malícia e ela surge um pouco apagada em cena, o que é um crime. E seria muita injustiça da minha parte comparar com a excelente Lina Leandersson do filme sueco. No mais, tudo o que há de bom no filme se deve ao material original e há poucos méritos próprios e, se há, são no mínimo equivalêntes, como no caso do trabalho de fotografia. E só de ver o clímax da piscina resultando em uma sequência tão anti-clímax, só resta lamentar. Thiago Lucio2011-02-21 23:25:26
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Sobre Rede Social, acho que o Fincher tinha o mesmo abacaxi do Boyle, ou seja, uma historia potencialmente limitada. Só que acho que ele se saiu melhor ao lidar com isso, já que usou tecnicas sutis para evitar que o filme se tornasse chato, enquanto o Boyle abusou de suas pirotecnias.

 

 

 

 

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Não tenho do que falar tecnicamente mas falta o "algo mais". A sacada final é interessante mas antes disso ele vira meio que um "filme de negócios"' date=' que me desinteressa por completo.

 

E olha que me identifiquei com muita coisa ali...

 

 
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Uma das coisas que eu acho lindonas ali é a linguagem. Rápida, quase "idiopática", igual ao fluxo internético.

 

Eu gosto de "A Rede Social". Tenho a mesma ressalva que o Sall quanto ao filme tornar-se uma espécie de "filme de negócios", mas tenho a sensação que curti mais do que ele as partes boas. O 1º ato do filme é maravilhoso, tesão total, justamente nesta pegada que o Scofa comenta e em nenhum momento consigo me desinteressar pelo trabalho do Fincher que em nenhum momento soa burocrático como alguns vem comentando, pelo contrário, eu vejo o sucesso do filme muito mais como mérito do seu diretor do que propriamente pelo roteiro.

 

Pois é. E se não fosse por ele, eu não gostaria do filme.

 

 
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O Último Metrô (François Truffaut, 1980)

 

 

 

Comentário tímido e inexpressivo do Truffaut sobre a França ocupada por nazistas. Quando finalmente parece se aventurar além do convencional, com a Deneuve interpretando uma mulher dividida em dois, o filme meio que se resolve abruptamente, o final é quase enfadonho de tão destoante.

 

 

 

 

 

Edit: ops.Stradivarius2011-02-22 16:29:07

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monsters-movie-poster.jpg

 

Monstros (Gareth Edwards, 2011)

 

Sutileza é algo em falta geralmente nos filmes...principalmente nesse tipo de filme. Bom, aqui temos Guerra dos Mundos e Distrito 9 somado com Cloverfield, uma pitadinha de Alien e uma boa dose de sutileza. Andei lendo várias reclamações a respeito deste filme, mas qdo o vi entendi pq, todos deviam estar procurando sustinhos fáceis ou um filme de ação frenética. Bom, isso ele não é. Monstros é um drama de ficção e por ora chega a parecer um documentário estilo Discovery Channel ou National Geographic. Tive uma boa surpresa vendo-o. Não é um filme sensacional ou que vá mudar o rumo da história do cinema, mas é um belo filme feito com uma sutileza incomum nos dias de hoje. Ponto para o estreante em cinema Gareth Edwards, que mostrou ousadia e criatividade e agora deve comandar Godzilla 2 para a Legendary Pictures.

Rob Gordon2011-02-23 02:47:33

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Black Swan (Darren Aronofsky, 2010)

 

Minha memória é fraca. Ela é

formada de fragmentos, cenas de poucos segundos que ficam guardadas

eternamente. Grandes filmes possuem isso. Desse, nunca esquecerei da

Portman dançando como cisne negro e olhando para a câmera, liberta de

toda sua repressão, imponente, forte. Esta é uma OP à flor da pele, não

caiam na bobagem de super-analisar esse filme. Se fizerem isso

enfraquecerão uma obra rústica, simplista até, mas exemplar. O Arano,

depois de um duro aprendizado, com bostas como Fonte da Vida e Requiem

para um Sonho, cresceu e se tornou um cineasta fodasso. E a Portman

finalmente justifica a adoração que tem de muitos, com uma atuação

espetacular, perfeita. Enfim, esse virá pra prateleira o quanto antes.

 

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