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A Última Noite


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Algumas "resenhas" de sites brasileiros que andam saindo >

 

A Última Noite - 30a. Mostra Internacional de Cinema


 

Por Érico Borgo
19/10/2006

Omelete 

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A Última Noite
A Prairie Home Companion
EUA, 2005, 105 min
Comédia/Musical

Direção: Robert Altman
Roteiro: Garrison Keillor e Ken LaZebnik

Elenco: Meryl Streep, Lily Tomlin, Garrison Keillor, Woody Harrelson, John C. Reilly, Lindsay Lohan, Kevin Kline, Maya Rudolph, Tommy Lee Jones, Virginia Madsen

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Garrison Keillor é um nome totalmente desconhecido por aqui, mas nos Estados Unidos é uma verdadeira lenda. É dele o programa de rádio mais antigo do país, no ar há 31 anos!

O criador e apresentador da atração aliou-se ao diretor Robert Altman (Assassinato em Gosford Park, Dr. T e as mulheres) para imaginar como seria a última apresentação ao vivo de A Prairie Home Companion (título original do filme e do show) - ou seja, a última noite da atração (daí o título nacional, que não tem nada a ver com A última noite, drama dirigido por Spike Lee).

A parceria é perfeita. O apreço de Altman por um universo repleto de personagens - e sua habilidade em registrá-los de forma a gerar interesse por todos - é ideal para o programa, com uma verdadeira constelação de astros e atrações (comparável ao célebre Short Cuts - Cenas da vida, 1993), a começar pelo apresentador Keillor, co-roteirista da comédia. O senso de humor de ambos, de sutilezas e inteligência, também se casa com perfeição, auxiliado pela excelente escalação do elenco, focada em atores e atrizes capazes de improvisar e cantar.

O longa foi rodado no teatro Fitzgerald, na cidade de St. Paulo, Minnesota (estado-natal de Keillor), e mantém assim a atmosfera radiofônica da atração adaptada. Bastidores e palco alternam-se na telona, tendo como atrações principais Yolanda e Rhonda Johnson (Meryl Streep e Lily Tomlin), dueto remanescente de um quarteto de irmãs cantoras, e a dupla Dusty e Lefty (Woody Harrelson e John C. Reilly), divertidos vaqueiros cantores. Além deles, há espaço para Lola (Lindsay Lohan) - a filha de Yolanda -, Guy Noir (Kevin Kline) - o cinematográfico segurança do programa, um personagem recorrente do programa de rádio -, o diretor (Tim Russell), sua assistente (Maya Rudolph), o apresentador (o próprio Keillor) e a mulher de sobretudo branco (Virginia Madsen), cuja presença ali é um mistério. Completa o elenco principal o executivo que chega para acompanhar a última apresentação do programa (Tommy Lee Jones).

Mas a trama é mera desculpa para um desfile dos talentos citados, que cantam um pout-porri da Country Music e falam, falam e falam, muitas vezes de improviso. As piadas, especialmente as de Harrelson & Reilly são divertidíssimas, bem como os sensacionais e inocentes jingles de biscoitos e fita adesiva - criados por Keillor -, que pontuam a última noite do Prairie Home Companion. Tudo capturado pela inquieta câmera, que não parece querer disfarçar que está ali, de Edward Lachman, e montado fantasticamente (parece até que o filme acontece em tempo real) por Jacob Craycroft.

Uma simpaticíssima homenagem à mídia como não se via desde A era do Rádio, de Woody Allen.

 

E do Cineclick :

 

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A Última Noite

Por Celso Sabadin

Por esta, poucos esperavam. Após ganhar aquele Oscar “Especial” que a Academia resolve dar para os cineastas em fim de carreira e depois de confessar que sofreu um delicadíssimo transplante de coração, Robert Altman volta mais jovem do nunca no delicioso A Última Noite mistura comédia, drama e musical, mais ou menos baseada em fatos reais. E por que “mais ou menos”? Porque o filme mostra o que seria a última noite de um show musical chamado A Prairie Home Companion, espetáculo da cultura country encenado todos os sábados no palco do Fitzgerald Theater (interior do Estado de Minnesota) e transmitido ao vivo pela rede pública de rádio há mais de 30 anos. Como o teatro foi comprado por um grupo capitalista, ele será demolido no dia seguinte a este derradeiro show. No caso, quase tudo é verdade. A única ficção da história é que – felizmente – o teatro não foi vendido e o show continua até hoje. O resto é verdade.

Em A Última Noite, novamente Altman volta a demonstrar toda a sua genialidade e precisão de estilo ao entrelaçar as vidas dos mais variados personagens sem perder o fio da meada, nem cair na armadilha da superficialidade. Da mesma forma que já havia feito em Short Cuts – Cenas da Vida, Assassinato em Gosford Park e Prêt-a-Porter, entre outros. O espectador é convidado a participar dos bastidores e da intimidade dos artistas e técnicos que se aprontam para o show. Nem todos sabem que aquele será o último. Com precisão artesanal, Altman vai tecendo uma impagável teia de preciosos personagens recheados com alguns dos mais deliciosos diálogos que o cinema viu nos últimos anos. Ligando todos eles está o apresentador do show, GK, vivido por ninguém menos que ele próprio: GK é Gerrison Kellor, que além de ser o apresentador do espetáculo da vida real, também é o autor da idéia e do roteiro do filme de Altman.

A Última Noite é um filme que dá vontade de rever assim que a projeção termina. Não só para saborear novamente os já citados diálogos, como também para ouvir outra vez os divertidíssimos jingles publicitários dos supostos patrocinadores do espetáculo. O interminável “anúncio” de uma tal fita adesiva já pode ser considerado antológico.

Trata-se de um filme para ver, rever, comprar o roteiro e o CD da trilha sonora.
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A Prairie Home Companion (2006) - Robert Altman

 

Não é um filme pra chamar de OP, mas também não é um filme pra botar defeito. O máximo que aconteceu comigo foi que algumas tiradas não me fizeram rir mais ao começo, mas depois de uma cena envolvendo dois pingüins eu já tinha pego o clima bem levinho, o humor simples. Altman faz o que sabe fazer com os personagens, aquela teia e tal que todo mundo sabe e é difícil alguém fazer melhor que ele. Tem aquele clima nostálgico, de confraternização de fim de ano + festa de despedida, que é fácil de identificar. E depois de um tempo, é difícil não se encantar com qualquer coisa que é posta no ar da rádio. Corajoso (ou masoquista) da parte do Altman fazer esse filme hoje, já debilitado e com pouca estrada pela frente.
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Já chegou aos cinemas nacionais.

 

 

Filme gostosinho de se ver. Tem uma primeira meia-hora chatinha, onde o único motivo é fazer vc conhecer os personagens. São contadas algumas piadas, mas a maioria não leva vc a rir. Isso significa que as piadas seguintes melhoram? Não. Vc começa a rir depois da meia hora inicial porque se familiarizou com os personagens e suas piadas começam a soar engraçadas porque vc já os coheçe, já gosta deles. Nesse aspecto, o elenco recheado de talentosas celebridades ajuda, já que vc já viu pelo menos uns 3 ou 4 deles  antes, e essa sensação de familiaridade ajuda a se acostumar com os personagens mais rapidamente.

 

As músicas são lindas, Meryl Strep mostra que além de ser uma deusa da atuação e linda, também o dom da voz. E não é só ela, todo o elenco canta bem, inclusive Lindsay Lohan (mas nada do nível de cantora profissional). Alias, sobre Lohan, mesmo interpretando uma gótica que se veste como hyppie, está confortável no seu papel e mostra que tem chances reais de virar uma boa atriz adulta um dia. Tem potencial. Uma pena é que não tem muita química com Streep, que interpreta sua mãe. Acho que sua melhor química é com John C. Reilly, que interpreta. Seria interessante ve-los interpretando pai e filha um dia desses.

 

Ah... John C. Reilly e Woody Harrelson são um capítulo à parte. Divertidíssimos como os cowboys Dusty e Lefty, o filme não seria o mesmo sem eles.

 

Ah, Tommy Lee Jones se sai bem num papel totalmente inútil e descartável, que nunca deveria ter entrado na produção, já que apesar de começar de forma interessante, acaba tendo um final ridiculo, que não se encaixa com o ritmo da produção.

Virginia Madsen está muito bem como a Dangerou Woman. Sexy sem querer parecer sexy, misterioso por natureza, sua enigmatica personagem diverte e encanta. Pena que na cena da limunise o filme destroi a ambiguidade da origem de sua personagem, que ate então poderia ser uma louca ou simplesmente um anjo de verdade.

Kevin Kline ganha mais destaque do que deveria e Maya Rudolph está bem no seu papel de assistente. Lily Tomlim se sai bem como irmã de Streep. Pena que não se parecem em nada fisicamente.

 

Quanto ao protagonista (se é que podemos chamá-lo assim), que interpreta a si mesmo, faz um trabalho competente, mas uns 5 minutos a menos de cenas dele nos bastidores não faria mal algum.

 

Em suma,  o filme é ótimo, mas vc vai ter que se preparar para uma primeira meia hora chatinha. Quando vc achar que deveria abandonar a sala de exibição, é aí que o espetáculo realmente começa. Os risos começam a vir aos poucos, mas constantes, até chegar ao ponto que vc ri de quase todas as piadas e passa a querer bater palmas no ritmo das músicas que embalam essa deliciosa produção. Enfim uma comédia saborosa, saudosista e sem besteirol. Recomendável para pessoas de todas as idades, credos e ... gostaria de dizer de todos os gostos cinematográficos. Infelizmente, sei que não é bem assim. Mesmo assim, corra o risco e vá ver esse filme. Se gostar, assim como eu gostei, este terá se provado um dos mais agradáveis filmes do ano. Agradável... e muito simpático. É isso.

Yoh2006-11-05 16:40:49

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agradável, e nada esquecível, diga-se de passagem.

 

cada vez mais ele cresce no meu conceito.

 

é um filme sobre a massificação e sobre pessoas que estão ou não preparadas para encarar isso e deixar de viver como vivem. na condição de artistas simpáticos, bregas, de terceira categoria, que seja. e aquele final é de cortar o coração.

 

não acho que quebrou a ambigüidade da personagem não, Yoh. acho até que foi mantida. mesmo com os indícios, não é nada 'provado'.

 

besides, o Altman é mesmo um gênio. pra conseguir me fazer rir daquela piada novíssima da mulher morta e da pilha de pratos tem que ser mto bom. 06
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A piada da mulher morta e a pilha de pratos é hilária.

 

Mas é muito interessante que o filme tenha uma premissa bem triste, o final de uma programa de rádio e tudo mais, e mesmo assim consegue ser alegre e descontraído. Agora pense no Altman. O fim da carreira dele está próximo e mesmo assim consegue fazer um filme simpático desses. É muito otimista e esperançoso, com com um final alegre e tudo mais. É uma despedida do programa, é uma despedida do gênio em questão, e mesmo assim uma clima agradável toma conta.

 

Mas digam a verdade, só em prestar a atenção na câmera do Altman durante o filme e saber que talvez seja o fim, parte o coração.
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agradável' date=' e nada esquecível, diga-se de passagem.

 

cada vez mais ele cresce no meu conceito.

 

é um filme sobre a massificação e sobre pessoas que estão ou não preparadas para encarar isso e deixar de viver como vivem. na condição de artistas simpáticos, bregas, de terceira categoria, que seja. e aquele final é de cortar o coração.

 

não acho que quebrou a ambigüidade da personagem não, Yoh. acho até que foi mantida. mesmo com os indícios, não é nada 'provado'.

 

besides, o Altman é mesmo um gênio. pra conseguir me fazer rir daquela piada novíssima da mulher morta e da pilha de pratos tem que ser mto bom. 06
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Realmente, o filme só tem a crescer com o passar do tempo. Acho que devo gostar bem mais quando pegar para rever em DVD um dia desses. E com certeza vou torcer para ele no Golden Globe de melhor comédia.

 

Realmente, a cena não acabou com a ambiguidade, mas deu uma guinada para um lado. Mas, realmente, não ficou ruim não. Só não gosto da cena mesmo por causa do personagem do Axeman.

 

Realmente, vc acaba rindo de qualquer piada que o filme conta depois de um tempo. Inclusive essa da mulher morta, a qual ri bastante. Eu me peguei rindo até na cena dos puns, que normalmente eu detesto.

 

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Qual (quais) foram as apresentações preferidas de vcs ? 02

A minha acho que foi a última com o elenco todo, só por ali já deu pra ver o quanto eles se divertiram/gostaram de fazer esse filme, e o jeito do Altman de filmar a cena então, sensacional.

 

Goodbye Mama tbm foi uma das que eu gostei mais...
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Ok. Não me xinguem.

 

A Prairie Home Companion ('A Última Noite')

Creio que este filme de Altman foi feito para ele mesmo. Já que é sua despedida no cinema, queria algo próprio. Foi o que senti... Com alguns bons momentos, excelentes atuações, o filme deixa a desejar com relação à alguns aspectos. Tramas mal resolvidas, você termina de assistir esperando a película começar. Para mim, faltou alguma coisa... Enfim... Engraçadinho, divertidinho, mas nada memorável.

 

Veredicto: ** e 0.75 | 6.0 | C+

 

 
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  • 2 weeks later...
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Bad Jokes foi a melhor apresentação. 

 

Concordo e acrescento...foi a única coisa boa do filme.

 

Lá vou eu polemizar de novo, mas esse Altman não me desce pela minha goela, q diretor mais chato, enche de atores no filme, coloca uns diálogos nada a ver, sem sentido, piadas q me deixavam envergonhado, entre outras coisas...conseguiu ser pior e mais confuso do q Gosford Park.

 

 

A ÚLTIMA NOITE - smiley10 ou 2/10

 

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Lá vou eu polemizar de novo' date=' mas esse Altman não me desce pela minha goela, q diretor mais chato, enche de atores no filme, coloca uns diálogos nada a ver, sem sentido, piadas q me deixavam envergonhado, entre outras coisas...conseguiu ser pior e mais confuso do q Gosford Park.


A ÚLTIMA NOITE - smiley10 ou 2/10
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Gosford Park confuso? Porque tem muitos atores? Engraçado, sempre considerei este filme uma pequena e subestimada op.

 

Você fala do diretor como se o conhecesse de longa data... estranho.
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Lá vou eu polemizar de novo' date=' mas esse Altman não me desce pela minha goela, q diretor mais chato, enche de atores no filme, coloca uns diálogos nada a ver, sem sentido, piadas q me deixavam envergonhado, entre outras coisas...conseguiu ser pior e mais confuso do q Gosford Park.


A ÚLTIMA NOITE - smiley10 ou 2/10
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Gosford Park confuso? Porque tem muitos atores? Engraçado, sempre considerei este filme uma pequena e subestimada op.

 

Você fala do diretor como se o conhecesse de longa data... estranho.

 

Ele Odeia o Altman mesmo...chegou até a perguntar em outro tópico se "esse velho não vai morrer nunca...", ainda nem entendi porque quis assistir o filme então 06

 
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É q ele já tava fazendo hora extra e fazendo filmes do mesmo tipo.

 

O pior é q conheço ele de longa data viu, e só considero bons 2 filmes dele: M.A.S.H. e O Jogador, os demais são totalmente esquecíveis.

 

E Beckin, eu não quis assistir ao filme, só vi para poder entender o q tanta gente gostou e poder comentar....por mim, deixaria de ver os filmes dele faz tempo...o único q quero realmente ver dele é Nashville.

 

 

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É q ele já tava fazendo hora extra e fazendo filmes do mesmo tipo.

O pior é q conheço ele de longa data viu' date=' e só considero bons 2 filmes dele: M.A.S.H. e O Jogador, os demais são totalmente esquecíveis.

E Beckin, eu não quis assistir ao filme, só vi para poder entender o q tanta gente gostou e poder comentar....por mim, deixaria de ver os filmes dele faz tempo...o único q quero realmente ver dele é Nashville.
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Short Cuts também ?
Vítor Riddle2006-11-22 18:41:36
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É q ele já tava fazendo hora extra e fazendo filmes do mesmo tipo.

 

O pior é q conheço ele de longa data viu' date=' e só considero bons 2 filmes dele: M.A.S.H. e O Jogador, os demais são totalmente esquecíveis.

 

E Beckin, eu não quis assistir ao filme, só vi para poder entender o q tanta gente gostou e poder comentar....por mim, deixaria de ver os filmes dele faz tempo...o único q quero realmente ver dele é Nashville.

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Short Cuts também ?

 

No meu modo de ver, sim.

 

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Bad Jokes foi a melhor apresentação. 


Concordo e acrescento...foi a única coisa boa do filme.

Lá vou eu polemizar de novo' date=' mas esse Altman não me desce pela minha goela, q diretor mais chato, enche de atores no filme, coloca uns diálogos nada a ver, sem sentido, piadas q me deixavam envergonhado, entre outras coisas...conseguiu ser pior e mais confuso do q Gosford Park.


A ÚLTIMA NOITE - smiley10 ou 2/10
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O problema não é com os filmes do Altman Haziell, é com você!03
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