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Forum Cinema em Cena

Oscar 2017: Previsões


SergioB.
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Tópico para ansiosos. Tópico para fanáticos. Tópico para apostadores. Tópico para quem ama cinema. Tópico de tradição do site Cinema em Cena. Acompanharemos por aqui mais uma temporada de festivais, prêmios de crítica, polêmicas sociais, números de bilheterias, e o eterno duelo cinema de prosa versus cinema de poesia. O que veremos neste ano? Quais filmes chegarão lá? Surpresa, ou frustração, quem sairá com uma das cobiçadas estatuetas douradas nas mãos?

 

Oscarnuts, está aberto mais um ano de previsões para o Oscar!

 

Com a ajuda dos sites IMDB, Awards Daily, do texto e pesquisa deste que vos escreve, e, sobretudo, das informações e texto do excelente Termometrooscar, eis a lista de alguns dos prováveis contendores:

 

 

American Pastoral: Diretor: Ewan McGregor. Elenco: Ewan McGregor, Jennifer Connely, Dakota Fanning, David Strathairn.

Adaptação do grande livro, vencedor do Pulitzer de 1997, de Phillp Roth, trata-se da história de ascensão e queda de uma família tipicamente americana ao longo do século XX. 

 

The Sense of an Ending: Diretor: Ritesh Batra. Elenco: Charlotte Rampling, Jim Broadbent, Michelle Dockery.

Vencedor do Man Booker Prize 2011, conta as memórias de um senhor ao final da vida que tenta se lembrar de um episódio particularmente especial na sua juventude e das consequências geradas a partir dali. Envelhecimento, remorso, memória, e um final surpreendente.

 

The Light Between Oceans: Diretor: Derek Cianfrance. Elenco: Michael Fassbender, Alicia Vikander, Rachel Weisz.

Na Austrália, depois da Primeira Guerra Mundial, um homem trabalha em um farol com a sua esposa. Um dia, eles encontram dentro de um barco um cadáver e um bebê de dois meses de idade. O casal pensa inicialmente em avisar a polícia, mas depois decidem que este foi um presente de Deus, e passam a cuidar da criança. Muito tempo mais tarde, quando fazem uma viagem, eles descobrem que tomaram a decisão errada.

 

Billy Lynn`s Long Halftime Walk: Diretor: Ang lee. Elenco:  Kristen Stewart, Vin Diesel, Joe Alwyn, Steve Martin,Garrett Hedlund. 

Billy Lynn é um jovem soldado de 19 anos, que consegue sobreviver, junto de seus colegas de exército, a um tiroteio no Iraque em 2005. Para recompensá-los, o presidente George W. Bush leva toda a tropa de volta aos Estados Unidos, a tempo de receber uma homenagem no intervalo de um jogo de futebol americano, na época do Dia de Ação de Graças. Logo após a festa, no entanto, Billy e os outros militares são enviados de volta ao Iraque.

 

Silence: Diretor: Martin Scorsese. Elenco: Andrew Garfield, Liam Neeson, Adam Driver.

Dois padres jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues (Andrew Garfield) e Francisco Garupe (Adam Driver), viajam até o Japão em uma época onde o catolicismo foi banido, assim como quase todo o contato externo. À procura do mentor deles, os jesuítas enfrentam a violência e perseguição de um governo que deseja expurgar todas as influências externas.

 

The Birth Of a Nation: Diretor: Nate Parker. Elenco: Nate Parker, Armie Hammer, Penelope Ann Miller, Aunjanue Ellis, Jackie EarleHaley.

Nat Turner, um escravo letrado e pregador, é usado pelo seu proprietário Samuel Turner para acalmar os escravos rebeldes. Mas, depois de testemunhar inúmeras atrocidades, Nat elabora um plano para liderar um movimento de libertação para o seu povo. Vencedor de Sundance 2016.

 

The Founder: Diretor: John Lee Hancock. Elenco: Michael Keaton, Laura Dern, Nick Offerman, B.J. Novak.

O filme vai retratar como o vendedor Ray Kroc adquiriu um restaurante dos irmãos Richard e Maurice "Mac" McDonald, no sul da Califórnia, e o transformou em um império alimentício que serve cerca de 68 milhões de clientes todos os dias. A trama ainda deve abordar como Kroc conseguiu manobrar a situação de forma que os irmãos perdessem o direito a franquia de fastfood.​

 

La La Land: Diretor: Damien Chazelle. Elenco: Ryan Gosling, Emma Stone, J.K. Simmons, RosemarieDeWiit.

Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo.

 

Sully: Diretor: Clint Eastwood. Elenco: Tom Hanks, Aaron Eckhart, Laura Linney, Anna Gunn.

Em 15 janeiro de 2009 o Capitão Chesley "Sully" Sullenberger (Tom Hanks) pousou um avião em pane no Rio Hudson, salvando a vida dos 155 passageiros do voo US Airways 1549. "O milagre do Hudson" transformou o veterano piloto em um verdadeiro herói americano, mas o grande feito não foi capaz de impedir uma investigação rigorosa sobre sua reputação e carreira.

 

Ave, César: Diretor: Joel Coen e Ethan Coel. Elenco: Josh Brolin, George Clooney, Jonah Hill, Scarlett Johansson, Ralph Fiennes, Tilda Swinton, Channing Tatum, Frances McDormand e Christophe Lambert.

Hollywood, anos 1950. Edward Mannix (Josh Brolin) é o responsável por proteger as estrelas do estúdio Capitol Pictures de escândalos e polêmicas e vive um dia intenso quando BairdWhitlock (George Clooney), astro da superprodução Hail, Caesar!,é sequestrado no meio das filmagens por uma organização chamada "Futuro".

 

Nocturnal Animals: Diretor: Tom Ford. Elenco: Amy Adams, JakeGyllenhaal, Isla Fisher, Michael Shannon, Kim Basinger, Armie Hammer.

Susan foi abandonada pelo marido Tony há mais de 20 anos. Um dia, ela recebe dele um manuscrito intitulado "Nocturna lAnimals", e começa a ler essa história sobre uma viagem em família que termina em desastre. Susan pensa sobre as razões de ter recebido o texto, e relembra traumas de seu relacionamento fracassado.

 

Florence Foster Jenkins: Diretor: Stephen Frears. Elenco: Meryl Streep, Hugh Grant, Rebecca Ferguson.

A história de Florence Foster Jenkins, uma rica senhora de Nova York que sonhava em se tornar uma cantora de ópera, apesar de ter uma voz terrível.

 

Weightless: Diretor: Terrence Malick. Elenco: Michael Fassbender, Benicio Del Toro, Christian Bale, Cate Blanchett, Natalie Portman, Rooney Mara, Ryan Gosling, Val Kilmer, Holly Hunter, Haley Bennett, Tom Sturridge.

Dois triângulos amorosos que se cruzam na cena musical de Austin, no Texas. Obsessão e traição fazem interligam as suas vidas.

 

Free State of Jones: Diretor: Gary Ross. Elenco: Matthew McConaughey, Keri Russell, Gugu Mbatha-Raw, Sean Bridgers.

A Guerra Civil Americana divide a nação, fazendo com que um fazendeiro pobre do Mississipi lidere um grupo de rebeldes contra o exército confederado.

 

O Bom Gigante Amigo: Diretor: Steven Spielberg. Elenco: Rebecca Hall, Mark Rylance, Bill Hader.

Uma menina chamada Sophie encontra o Bom Gigante Amigo que, apesar de sua aparência intimidadora, acaba por ser uma alma bondosa. Ele é considerado um pária pelos outros gigantes porque ao contrário de seus pares, se recusa a comer meninos e meninas.

 

Tulip Fever: Diretor: Justin Chadweek. Elenco: Alicia Vikander, Christoph Waltz, Judi Dench, Zach Galifianakis.

Um artista se apaixona por uma jovem mulher casada, enquanto ele contratado para pintar o retrato dela durante a florada das tulipas do século XVII em Amsterdã.

 

The Death and Life of John F. Donovan: Diretor: Xavier Dolan. Elenco: Jessica Chastain,Susan Sarandon, Kathy Bates, Natalie Portman.

Uma estrela de cinema americana tem sua correspondência com um jovem ator de 11 anos de idade expostos na mídia, o que levou a pressuposições relacionadas à pedofilia e faz com que sua vida e carreira comecem a ser destruídas.

 

The Zookeeper`s Wife: Diretor: Niki Caro. Elenco: Jessica Chastain, Daniel Brühl, Iddo Goldberg, Michael McElhatton.

Antonina Żabiński e o marido, Jan, eram funcionários do Jardim Zoológico de Varsóvia quando o exército nazista alemão invadiu a Polônia em 1939. Estruturas foram destruídas e muitos animais mortos, mas o casal permaneceu no local e, inseridos na resistência, passaram a utilizar as instalações para esconder judeus. Assim salvaram centenas de vidas.

 

Manchester By The Sea: Diretor: Kenneth Lonergan. Elenco: Casey Affleck, Michelle Williams, Kyle Chandler.

Lee Chandler é forçado a retornar para sua cidade natal com o objetivo de tomar conta de seu sobrinho adolescente após o pai do rapaz, seu irmão, falecer precocemente. Este retorno ficará ainda mais complicado quando Lee precisar enfrentar as razões que o fizeram ir embora e deixar sua família para trás, anos antes.

 

A Garota no Trem: Diretor: Tate Taylor. Elenco: Emily Blunt, Rebecca Ferguson, Luke Evans, Justin Theroux, Lisa Kudrow.

Rachel, uma alcoólatra desempregada e deprimida, sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs, ela viaja em um trem que o leva de Ashbury a Londres, fantasiando sobre a vida de um casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e estranha com um deles e dias depois descobre que a mulher está desaparecida. Envolvida com a situação, Rachel recorre a polícia e, de repente, se vê participando de todo o desenrolar do mistério.

 

The Circle: Diretor: James Ponsoldt. Elenco: Emma Watson, Tom Hanks, John Boyega, Ellar Coltrane.

Mae Holland (Emma Watson) é contratada pela The Circle e fica muito empolgada com possibilidade de estar perto das pessoas mais poderosas do mundo, mas logo ela percebe que seu papel lá dentro é muito diferente do que imaginava.

 

The Great Wall: Diretor: Zhang Yimou. Elenco: Matt Damon, Willem Dafoe, Andy Lau, Pedro Pascal, Jing Tian, Eddie Peng e Zhang Hanyu.

No século XV, um grupo de soldados britânicos está combatendo na China, e se depara com o início das construções da Grande Muralha. Aos poucos, percebem que o intuito não é apenas proteger a população do inimigo mongol e que a construção esconde um grande segredo.

 

Midnight Special: Diretor: Jeff Nichols. Elenco: Michael Shannon, Kirsten Dunst, Joel Edgerton, Jaeden Liberher, Adam Driver, Sam Shepard.

Alton é um garoto de oito anos que desenvolve poderes especiais, fazendo com que o pai faça de tudo para protegê-lo. O que começou como uma corrida contra os religiosos extremistas e forças locais da lei, logo ganha proporções maiores, se espalhando pelos altos níveis do Governo Federal. O pai fará de tudo para proteger Alton e ajudar o mundo a ter um destino que pode mudá-lo para sempre.

 

Esquadrão Suicida: Diretor: David Ayer. Elenco: Jared Leto, Will Smith, Margot Robbie, Ben Affleck, Cara Delevingne, Jai Courtney, Joel Kinnaman, Gary Sinise, Viola Davis.

Quando o governo precisa de ajuda em uma missão duvidosa, que os heróis não podem saber, a agente Amanda Waller faz um acordo com alguns dos maiores super vilões para resolver a missão.

 

Live By Night: Diretor: Ben Affleck. Elenco: Ben Affleck, Zoe Saldana, Elle Fanning, Sienna Miller, Chris Cooper.

Boston, década de 1920. Joe Coughlin, filho mais novo de um capitão de polícia, se envolve com o crime organizado. Ele aproveita seus dias rodeado de dinheiro e poder, mas suas escolhas podem levá-lo à prisão, ou até mesmo à morte. Adaptação do livro escrito por Dennis Lehane.

 

Julieta: Diretor: Pedro Almodovar. Elenco: Emma Suárez, Adrana Ugarte, Inma Cuesta, Michelle Jenner, Rossy de Palma.

O filme vai contar sobre a atribulada vida de Julieta, entre os anos de 1985 e 2015..

 

The Last Face: Diretor: Sean Penn. Elenco: Adèle Exarchopoulos Charlize Theron, Javier Bardem.

Theron vai interpretar uma voluntária que trabalha com equipes de ajuda humanitária em países da África desolados pela pobreza. Bardem será um carismático e talentoso médico que se vê dividido entre o amor que sente pela personagem de Theron e sua dedicação ao trabalho.

 

Everybody Wants Some: Diretor: Richard Linklater. Elenco: Zoey Deutch, Tyler Hoechlin, Ryan Guzman, Blake Jenner, Dora Madison.

Um retrato sobre um grupo de jogadores de beisebol da faculdade por seus caminhos através das liberdades e responsabilidades da vida adulta longe de casa.

 

 

 

 

         AND THE OSCAR GOES TO...

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Minha conhecida obsessão pelo Oscar instiga-me a ler todos os livros a serem adaptados para as telas.  Todo ano neste fórum faço um exercício de comparação entre literatura e cinema, e o que pode advir em matéria de Oscar. Eis o que tenho a dizer, sem Spoiler!,  sobre:

 

 

The Light Between Oceans: Autora: M. L. Stedman. Editora: Rocco. 368 páginas. Mais ou menos $35.

 

Romance de estréia desta jornalista australiana, conta uma história de uma improvável família em um dos faróis da Austrália. O enredo facilmente se adivinha. Aliás, quem por ventura assistir ao trailer poderá nem querer assistir ao filme, porque a história está praticamente dada. Ou seja, é superprevisível. A questão é...é lindo! É fácil de ler, é bonito de ler, é tocante, é delicado, é romântico, e, para quem curte geografia, é muito interessante saber sobre  a importância dos faróis para uma ilha como a Austrália. É uma história de época, do início dos anos 1920. O seu conteúdo é basicamente: Pessoas boas erram feio, sabiam? Pode ser um pouco açucarado, dramático demais para algumas pessoas. Mas o principal senão é a sua previsibilidade.

 

Michael Fassbender irá para sua terceira indicação ao Oscar. É fato. Mesmo se o filme não agradar. Comparo o personagem ao de Daniel Day-Lewis no fantástico "The Crucible". Um homem ético, bom, e justo, que, ser humano que é, desliza. Fortíssimo candidato a Melhor Ator. Sua namorada, Alicia Vikander, é também candidata ao Oscar de Atriz, mas, assim como em 2015, ela estará em uma pletora de filmes. Por qual indicá-la? A personagem é tudo o que o Oscar gosta: esposa apaixonada, mãe devotada,que sofre sofre sofre. Rachel Weisz volta com tudo às telas, em um personagem secundário muito bom, muito aguerrido, que despertará amor e ódio no espectador. Candidata a uma terceira/quarta vaga de Atriz coadjuvante.

 

Derek Ciafrance conseguirá reduzir o potencial de tragédia mexicana e transportar a delicadeza ínsita à trama? A princípio, não vejo chance a Melhor Diretor. Mas ele também assina a adaptação do roteiro.

 

Chances de Oscar: Ator, Atriz, Atriz Coadjuvante, Trilha Sonora (Alexandre Desplat), Figurino, Roteiro Adaptado (Derek Ciafrance), Fotografia.

 

The Girl On the Train: Autora: Paula Hawkins. Editora: Record. 378 páginas. Mais ou menos $30.

 

Atualmente, o livro mais vendido no mundo. Vai ser muito difícil não escrever A Garota no Trem e Garota Exemplar na primeira frase de qualquer resenha. Mas o segundo é um milhão de vezes melhor. De qualquer forma, trata-se de um livro de mistério, de suspense, de ética do casamento. É literatura de resposta. Quer esvaziar a cabeça? É um ótimo livro. Quer arte? Fuja deste livro. Pensando em cinema, como não há um mágico David Fincher por trás, só consigo visualizar alguma indicação para a sempre esnobada Emily Blunt. Talvez seja a hora dela concorrer. Aqui ela fará uma alcoólatra, mais perdida que pum em bombacha, loucadocu, que tenta solucionar o mistério da trama. É a anti-heroína que todo mundo gosta. Pelo que eu sei, a adaptação já começa errada: mudaram o cenário de Londres para Nova York. Isso a meu ver faz uma diferença grande. Londres era personagem. De qualquer forma, a roteirista é a Erin Wilson de "Secretaria", "A Pele", "Chloe", obras difíceis e que conseguiram me satisfazer. Vou dar um voto de confiança. Será um sucesso como filme? O ótimo "Gone Girl",  que é a matriz deste filhote, não teve muito reconhecimento no Oscar.

 

Chances de Oscar: Emily Blunt, candidata a uma terceira/quarta vaga de Atriz. Erin Wilson,talvez quinta vaga de Roteiro Adaptado.

 

 

American Pastoral: Autor: Philip Roth. Editora: Companhia das Letras. 512 páginas (livro de bolso).  Mais ou menos $20.

 

O que falta ao maior escritor do mundo além de um merecido Nobel? Acertou quem pensou: "Um filme bom". Todos os fãs desse gênio octogenário, que escreveu alguns dos melhores livros já escritos na face da Terra, sofrem com as adaptações terríveis de seus livros. Mas "Pastoral Americana" gera ainda mais temor. Porque, na opinião de muitos, é o melhor livro da longa carreira do escritor americano. Premiado com o Pulitzer de 1997, "Pastoral Americana" põe a alma dos Estados Unidos no divã. É incrível, é inteligente, é denso, é engraçado, é o suprassumo do bem escrito. Nas mãos de um Sam Mendes iria virar um "American Beauty 2" e dar o segundo Oscar ao inglês. Mas o que essa obra de arte pode resultar em mãos de Ewan McGregor? Só o tempo dirá. O temor vem duplicado: ele dirige e atua. Tipo: eu sei que ele é talentoso, mas será talentoso a esse ponto?

 

A trama é - numa caricatura - pai e mãe "coxinhas" acordam um belo dia com a filha vestindo vermelho, de bigode, e militante do PT! O que pais zelosos fazem numa situação trágica como essa? Levam a garota ao psiquiatra? Suicidam-se? Conseguem um Habeas Corpus preventivo no Supremo? E todo o sofrimento e conflito que pode surgir desse choque de geração e choque de visões de mundo. Bom, falando sério, o livro retrata a ascensão e queda de um cara exemplar, e por conseguinte, a ascensão e queda simbólica dos Estados Unidos enquanto nação. É um panorama da construção cultural dos Estados Unidos e as disputas de força entre gerações.

 

Se o filme acertar o tom, Ewan McGregor tem o papel da vida dele. Um personagem-modelo, um personagem-síntese do caráter americano. Jennifer Connelly tem um bom papel, que chama mais a atenção ao final do livro, mas, infelizmente, é o papel da "esposa", do qual nunca consegue se livrar. Quem arrebatou o melhor papel foi a gracinha da Dakota Fanning. Para começar, uma personagem gaga. Estou aqui de madrugada tentando me lembrar de uma personagem gaga no cinema e não consigo. Só me lembro de "O Espelho" do Tarkoviski. Uma gaga, de esquerda, radical, boca suja, briguenta, e perigosa. Acho que eu acabei de descrever: Oscar de Atriz Coadjuvante! Os embates dela com o pai e a mãe são me-mo-rá-veis! A situação do David Strathairn é curiosa. Na prática, o personagem dele é o narrador, Nathan Zuckerman (perfeita escalação!), alter ego do escritor Philip Roth nos seus melhores livros. A questão é que...ele só aparece no início do livro. Aparece de uma maneira fundamental, pois, a melhor literatura de hoje em dia é sempre uma justificação sobre "como é que o narrador sabe esses fatos que ele vai contar". Não sei como o roteiro conseguirá explicar a ausência do seu narrador no restante da história. Pode ele conseguir sua segunda indicação ao Oscar? Gostaria muito, mas não acho suficiente. Existe uma outra dificuldade: o final não é bom cinematograficamente falando. É literário demais.

 

Chances de Oscar: Tudo dependerá do Roteiro. Se acertarem, Melhor Filme, Melhor Diretor, Ator, Atriz Coadjuvante (Dakota Fanning), Roteiro Adaptado. A parte técnica, digamos assim, não conta com nomes de ponta.

 

 

Silence: Autor: Shusaku Endo. Editora: Planeta. 288 páginas. Mais ou Menos $32.

 

Já escrevi sobre esse clássico da literatura japonesa no ano passado, mas vou sintetizar. A edição brasileira conta com um prefácio do próprio Martin Scorsese, explicando as razões de por que esse é o seu livro predileto. Pronto, né? Razão suficiente para lê-lo. É uma história muito poderosa, muito pesada, de tortura e fé, sobre a tentativa de implantação do catolicismo no Japão. Não tenho a menor dúvida que resultará em um filme belíssimo. Eu nunca li nada parecido no que tange à práticas de torturas. Andrew Garfield tem tudo para garantir sua primeira indicação (ele, injustamente esnobado em "The Social Network") nessas sempre disputadas categorias de Melhor Ator. Adam Driver pegou um bom papel, mas muito pequeno, sem chance de maior destaque. Um dos atores japoneses do elenco pegou um papel maravilhoso também. Mas quem se deu bem mesmo foi Liam Neeson, que, tem tudo, absolutamente tudo, para levar o Oscar de Ator Coadjuvante. Embora seu personagem seja citado ao longo de todo livro, ele , de fato, só aparece no terço final do livro, em dois diálogos à la Viola Davis em "Doubt". É um enredo terrível, angustiante, e comovente. Tenho certeza que Martin Scorsese brigará mais uma vez pelo Oscar,assim como Dante Ferreti,Francesca Lo Schiavo, Thelma Schoomaker, Rodrigo Prieto (outro fotógrafo mexicano - Brokeback Mountain),e Jay Cocks poderá levar sua terceira indicação a Roteiro e , quem sabe, seu primeiro e merecido Oscar. Estamos diante de uma provável obra-prima!

 

Chances de Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Fotografia, Melhor Design de Produção, Melhor Montagem, Melhor Maquiagem, Melhor Figurino. Melhor Trilha Sonora (?) ( Ainda sem créditos).

 

 

Live By Night: Autor: Dennis Lehane. Editora: Companhia das Letras. 480 páginas. Mais ou menor $40.

 

Traduzido no Brasil como "Os Filhos da Noite", que não é exatamente a ideia que se quer passar, temos aqui a história clássica da atuação dos gângsteres durante o período da Lei Seca nos Estados Unidos. Como todo livro do Dennis Lehane, é cheio de reviravoltas, cheio de cenários, cheio de ação, cheio de chavões. Não é um escritor que eu particularmente goste, mas que entrega tudo que se propõe a fazer. Suas obras são quase convites para o cinema. De cabeça, lembro "Ilha do Medo", "Medo da Verdade" (meu preferido), e "Sobre Meninos e Lobos". É um livro que diverte, mas que não é - digamos - uma aula sobre o que acontecia nos Estados Unidos da década de de 1920/1930. Sempre acho que fica faltando substância.

 

Ben Affleck dirige, roteiriza, e atua. E isso é importante, porque o personagem dele está em TODAS as páginas, em todas as conversas, em todas as situações, em tudo, do começo ao fim, do goleiro ao ponta esquerda. Será que ele dá conta de dirigir e atuar? É um personagem difícil, que apanha muito, que bate muito, que transa muito, mas, não é, digamos assim, um personagem complexo. A trama vai de Boston a Flórida, passa por uma penitenciária, por docas enevoadas, envolve-se com a comunidade cubana, atravessa um pântano, segue em alto-mar, e...O que eu quero dizer é que há uma profusão de cenários que só por isso já qualifica Jess Gonchor a disputar seu segundo Oscar de Desenho de Produção (indicado antes por "True Grit"). Também fica patente a possibilidade de um Oscar de Figurino para Jacqueline West. Ela, que fez um maravilhoso trabalho merecidamente indicado em "The Revenant", tentará sua primeira estatueta, por intermédio da profusão de ternos de todos os tipos, uniformes, e roupas de época, que essa história precisa. As roupas são exaustivamente descritas no livro. Falando dos atores...Ben Aflleck está na disputa pelas cobiçadas vagas de Ator, mas lembro que ele não entrou por "Gone Girl". Detalhe: No livro, o personagem começa com 19 anos, e depois 23, e assim vai. Um ator mais jovem seria mais fiel ao livro. A grande questão fica em Atriz/ Atriz Coadjuvante. Sienna Miller faz o clássico papel da prostituta. Ela é uma atriz muito querida (e muito inteligente) em Hollywood, embora tenha poucas oportunidades boas. Teria chance em Atriz Coadjuvante, mas...Onde vão colocar Zoe Saldana? Atriz? Atriz Coadjuvante? Complicado. Vimos recentemente o que se passou com a Alicia Vikander. É uma droga isso. A personagem dela só aparece mesmo na segunda metade do livro, mas ela é a mais importante, a peça fundamental. Então, a meu ver, o justo seria Atriz. Contudo, porém, todavia, sinto que no final das contas, ela disputará Atriz Coadjuvante. Possibilidade também para Brendan Gleeson, em um personagem bom, mas pequeno. Como todo filme de tiroteio, chances reais nas categorias de som. Conclusão: candidato clássico e tradicional a Melhor Filme. Deve agradar a todos que curtam ação. Não é um filme que propague maiores discussões de peso, mas tem chances reais de ganhar.

 

Chances de Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz Coadjuvante (Zoe Saldana), Melhor Montagem (o excelente William Goldenberg, vitorioso por "Argo"), Efeitos Visuais, Figurino, Desenho de Produção, Maquiagem, Mixagem de Som, Edição de Som, Fotografia (a lenda Robert Richardson). Talvez Ator Coadjuvante (Brendan Gleeson).

 

 

The Sense of an Ending: Autor: Julian Barnes. Editora: Rocco. 160 páginas. Mais ou menos $22.

 

O pequeno filme inglês do ano que vai tentar bombar. Baseado em um livro vencedor do Man Booker Prize de 2011. Eu li este livro há alguns anos e me lembro pouco dele. O que é curioso pois trata-se justamente desse exercício de relembrar o passado e como vamos preenchendo os espaços em branco com ficção que contamos para nós mesmos. Tudo do Julian Barnes é feito com aquele humor inglês sutil, auto-referente, meio deprê...Ele tem passagens muito bonitas sobre o que é a memória, sobre o que é o remorso, sobre como as decisões da juventude afetam a velhice e tudo...As pessoas tendem a gostar muito do livro porque ele tem um final - digamos - impactante. De reviravolta. Eu lembro que quando cheguei a página final eu disse a mim mesmo, brincando com o título: "Quase faltou sentido ao fim". Em termos de Oscar, tudo se resume aos personagens do Jim Broadbent, o inequívoco protagonista, e da Charlotte Rampling. Se ela for proibida de dar entrevistas e de comentar a situação racial da indústria, talvez ela consiga uma segunda indicação, dessa vez a uma distante quinta vaga de Atriz Coadjuvante. Quanto ao Jim Broadbent, apesar de ele ser um ator excepcional, prevejo um ano muito forte. Não vejo ele entrando.

 

Chances de Oscar: Os ingleses sempre puxam forte os seus compatriotas. Mas, por agora, só vejo chances diminutas em Atriz Coadjuvante (Charlotte Rampling).

 

                                                           ..................................................................

 

Florence Foster Jenkins: autor: Peter Quilter

 

É um texto teatral. Eu vi a peça no Brasil com a saudosa Marília Pêra em um espetáculo que ganhou o nome de "Gloriosa". Tinha também o Eduardo Galvão no elenco. Vocês sabem a história? Uma mulher de duvidoso perfil mental que crê ser uma grande cantora. Não, não estou falando da Cláudia Leitte. Trata-se de uma grã-fina cantora de ópera. Mas que desafina para caramba. E ganhou o epíteto de "a pior cantora do mundo". É uma comédia/musical muito engraçada, com muita canção que dói o ouvido- o que pode ser uma faca de dois gumes. Meryl Streep, favoritassa a Melhor Atriz.

 

Chance de Oscar: Filme, Atriz, Ator Coadjuvante ( talvez uma terceira/quarta vaga, para Hugh Grant!), Figurino (Consolata Boyle, indicada apenas por "The Queen"), Maquiagem, Trilha Sonora (Alexandre Desplat), Desenho de Produção. Contudo, não vejo o Frears entrando em Direção.

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Muviola, mas Cannes interessa demais. Tem-se que prestar atenção na seleção, sim. Assim como à Berlinale 2016, que nos revelou um candidato forte da Alemanha em Filme Estrangeiro, "24 Weeks", que o Pablo adorou; e o vencedor, da Itália, o documentário "Fuoccoammare", cuja distribuição já está assegurada no Brasil.

 

Na minha lista, ficou faltando a categoria de Animação, cujo expoente será "Finding Dory". Bem como ficou faltando falar do Brasil. Eu adorei "Boi Neon" .

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Mozts, mas seu aparente equívoco decola de uma posição justa: já foi filmado. Tá na lata!  Jogar o filme para daqui a mais 2 anos só demonstra como o Ben Affleck está atarefado, às voltas com Batman, às voltas com pós-divórcio, e tudo... 

 

O adiamento muda muita coisa nos meus cenários. Abrem-se vagas certas em Direção, Montagem, Atriz Coadjuvante, Figurino, Roteiro Adaptado (muito lotado este ano), Desenho de Produção, as duas de Som...

 

Melhor pro Scorsese. 

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  • 2 weeks later...
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2016-2017 Film Awards Calendar


 


 


oscar-statue-48x48.jpgAcademy Award nominations – Thursday, January 12, 2017


 


 


golden-globe-statue-icon.jpg74th Golden Globe Awards – Sunday, January 15, 2017


 


 


dga-logo-icon.gif69th Directors Guild Awards – Saturday, February 4, 2017


 


 


oscar-statue-48x48.jpg89th Academy Awards – Sunday, February 26, 2017


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Por que começar falando de "Zootopia"? Porque ele é claramente o primeiro candidato real a uma indicação no Oscar 2017. Ainda em março, já era possível dizer que o filme está totalmente lock a uma das vagas de Animação. Os times de Byron Howard e Rich Moore, anteriormente indicados por "Bolt" (e não pelo maravilhoso "Tangled"!) e "Wreck-it Ralph", respectivamente, unem-se para dirigirem e escreverem essa história superdivertida de união entre diferentes.

 

Sem cair em discursos, a questão-tema do filme é apresentada em poucos minutos, ao apresentar o esforço da coelha em se tornar uma policial. Isso me lembrou muito a rapidez com que "Inside Out" apresentava, logo no início, todos os caráteres de seus personagens. Essa velocidade é um dos aspectos que mais me agradam nas animações americanas. Mas também "Zootopia" guarda um dos aspectos que eu menos gosto nas animações americanas: a concepção visual das criaturas é sempre muito parecida (olhos grandes amorosos, por exemplo), muito pasteurizada, em prol de uma estética do fofinho. É o secular padrão Disney, não é mesmo? Por isso, torna-se maravilhoso vermos a cada ano a inclusão de animações estrangeiras no Oscar apontando para outras direções de criação, como o traço infantil e minimalista de Alê Abreu em "O Menino e o Mundo". Falando em traço, espero sinceramente que as pessoas e os votantes da Academia percebam algum dia que existe Design de Produção em filmes de Animação. Talvez um dia ainda veremos uma animação ser indicada nesta categoria. Não sou especialista em desenho, mas registro o brilhantismo da equipe de design de "Zootopia" em tratar os bairros da cidade idealizada como se fossem habitat diferentes de acordo com o perfil de seus moradores.

 

A história de "Zootopia" já vem sendo bastante reverenciada, ao trabalhar com inteligência os valores da convivência, igualdade, e não discriminação. Mas é curiosíssimo perceber lances mais sofisticados, que passam despercebidos, como, por exemplo, o cargo da vice-prefeita cumprir a "cota" da representatividade, enquanto o cargo de prefeito é ocupado pela figura do leão, ou seja, é ocupado por quem sempre o ocupou, o rei da selva. Bem como o porteiro da central de polícia ser ocupado pelo - nunca abertamente falado, mas igualmente notável - representante gay da história - um cargo menos perigoso,que requer talvez menos valentia. É dizer: se quiserem enquadrar "Zootopia" em um viés político, ele pode ser até entendido como um libelo a favor das ações afirmativas. A história da coelha é a árdua história individual do mérito, mas que se choca com o ambiente profissional dos "de sempre" estabelecidos, ocupado majoritariamente por machos brucutus.

 

Todo mundo cata as referências a Breaking Bad e a "O Poderoso Chefão", mas não se pode esquecer as referências às canções mais deprês que insistem em tocar no rádio de madrugada. Essas inserções culturais funcionam plenamente, aproximam os adultos do filme, mas nada, nada, nada, nada funciona mais neste filme do que a piada do Bicho Preguiça, funcionário Público. Esticaram a piada ao máximo e ela ainda sim dá certo. Eu particularmente adoro esse tipo de humor, quando a graça já está antecipadamente na nossa cabeça, mas ela funciona mesmo assim. 

 

No mais, um sucesso estrondoso de crítica e público. Notas altíssimas nos sites de coleção de crítica, bem como 280 milhões de bilheteria só nos USA. Volto ao início, é o primeiro lock do ano.

 

Chances de Oscar: Animação, Canção ( "Try Everything", composta pela australiana Sia e pelos noruegueses do Stargate, performance de Shakira), e, não impossível, Roteiro Original.

 

 

 

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 "The Witch"

 

 É o debut em longas do diretor Robert Eggers, pelo qual ele ganhou o prêmio de Direção em Sundance 2015. Como aqui é um local em que todo mundo que participa gosta muito de cinema, está acostumado a ver muitos filmes, talvez vocês me entenderão se disser que o terror é o melhor gênero para alguém estrear. Primeiro, os erros são bastante disfarçáveis - valendo-se de uma massiva escuridão, ou de seguidos fade-out, ou então estrategicamente não exibindo o que é mais importante. Assim como as virtudes do gênero terror são relativamente fáceis de serem atingidas. Por exemplo, você pode inserir todos os emblemas de satanismo (um bode preto, uma maçã do bosque, fogueira, rolos de palha) e obter algum efeito conhecido em cima disso.

 

Fiz esse nariz de cera para dizer que apesar de perceber as trucagens, "The Witch" é realmente um filme muito bom, ainda mais para um estreante. Não vejo a obra-prima que alguns dizem, longe disso. Há um liquidificador de senhas para o terror: paranoia, mitos religiosos ( e o catolicismo é especialmente uma religião muito propícia para o susto, está cheia de fantasmas, espectros - como observa a escritora Donna Tartt  no maravilhoso "A História Secreta": uma religião em que se come a carne e bebe-se o sangue), opressão feminina, opressão sexual, passado colonial, animais de fazenda, etc, mas, mesmo assim, os clichês servem ao comentário sobre a escuridão que há dentro das pessoas, escuridão sempre fruto da ignorância, da culpa, e da repressão. Então, acuso a presença desse liquidificador de como fazer um filme de terror, mas mesmo assim recomendo o filme, em nome da sua inteligente trilha sonora, do seu ótimo figurino, da sua ótima fotografia, do notável trabalho dos atores (A garota do filme, Anya Taylor-Joy, é uma revelação!), e do seu excepcional Design - cenário, locação, móveis, até a postura dos atores, que muitos dirão ser méritos apenas de Atuação e Direção, mas são também eles design, pelo modo como se colocam enquanto objetos fisicamente para a cena.

 

O Pablo lamentou o final, mas encaro-o como apenas mais um elemento recorrente desse tipo de história. Quem é meio místico, quem celebra Dionísio, reconhecerá aquilo ali. Não é uma excentricidade gratuita, não briga com o viés psicológico do restante da história. Ao contrário: Por que não encará-lo como uma metáfora sobre libertação da família?

 

Lamento desde já qualquer ideia marqueteira de continuação, qualquer tentativa de transformá-lo em uma série comercial.

 

Vamos ao busílis, àquilo que nos interessa: embora "The Witch" esteja fazendo sucesso de crítica, em termos de Oscar, eu só consigo ver chances remotas em Fotografia. O filme é praticamente um continuum de cinza, indo do mais claro ao mais escuro, no que converte-se em paleta eficiente para caracterizar a opressão da floresta, a desgraça, a tristeza, e a pobreza material da família. Seria uma indicação justa. Contudo, trata-se, como sabemos, de uma categoria muito cobiçada, muito associada tradicionalmente a Direção e Filme. Impossível dizer neste abril de 2016 se conseguirá chegar lá. Acho que não.

 

Chances de Oscar: remota indicação em Fotografia (Jarin Blaschke).

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Não vi o filme ainda (infelizmente), mas certeza que ele tem 0 chances de indicação.

 

Ano passado, Corrente do Mal deveria com toda certeza ter sido indicado a Trilha Sonora, Montagem, Fotografia e Direção de Arte (e considero uma das cinco melhores direções do ano) e passou batidaço, então acho que não vá ser o caso de A Bruxa tb.

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A confiança em "Fences" é tão grande que, embora o filme só começa a ser gravado na semana que vem (ou seja, pré-produção), Viola Davis está cotadíssima para a vaga de Melhor Atriz e Denzel para Ator. A peça com os dois parece ter sido espetacular mesmo. Será que fica pronto para este ano? Curioso contratarem para a produção a fotógrafa dos filmes do Vinterberg. 

 

Armie Hammer, sólido na conquista de uma indicação em Ator Coadjuvante pelo papel em "The Birth of a Nation". O favorito segundo os analistas americanos? Liam Neeson. Com Steve Martin (Oscar honorário em 2014) em boa posição por "Billy Lynn`s Long Halftime Walk". Comédia de Guerra é a definição cinematográfica da expressão faca de dois gumes, mas Ang Lee é Ang Lee, fodão em todos os gêneros. Por enquanto, Martin Scorsese, favorito absoluto, por "Silence". Mas o que fazer com Nate Parker? Roteiro? Ator? Alguma estatueta hão de dar.

 

"Loving" confirmado em Cannes! Ou seja, o filme é bom. Joel Edgerton conseguirá sua primeira indicação? Ruth Negga em Coadjuvante?

 

Cannes, chega logo, abra as cartas pra gente!

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Official Selection for the 69th Cannes Film Festival ( begins on May 11)


 


Opening Night Film


Cafe Society – directed by Woody Allen


 


Competition


Toni Erdmann – directed by Maren Ade


Julieta – directed by Pedro Almodovar


American Honey – directed by Andrea Arnold


The Unknown Girl – directed by Jean-Pierre and Luc Dardenne


Personal Shopper – directed by Olivier Assayas


It’s Only The End Of The World – directed by Xavier Dolan


Ma Loute – directed by Bruno Dumont


Paterson – directed by Jim Jarmusch


Rester Vertical – directed by Alain Guiraudie


Aquarius – directed by Kleber Mendonca Filho


Mal de Pierres – directed by Nicole Garcia


I, Daniel Blake – directed by Ken Loach


Ma’Rosa – directed by Brilliante Mendoza


Loving– directed by Jeff Nichols


Bacalaureat – directed by Cristian Mungiu


Agassi – directed by Park Chan-Wook


The Last Face – directed by Sean Penn


Sieranevada – directed by Cristi Puiu


Elle – directed by Paul Verhoeven


The Neon Demon – directed by Nicolas Winding Refn


 


 


Un Certain Regard


Varoonegi – directed by Behnam Behzadi


Apprentice – directed by Boo Junfeng


Voir Du Pays – directed by Delphine Coulin and Muriel Coulin


La Danseuse – directed by Stephanie Di Giusto


Clash – directed by Mohamed Diab


La Tortue Rouge – directed by Michael Dubok de Wit


Fuchi Bi Tatsu – directed by Fukada Koji


Omar Shakhsiya – directed by Maha Haj


Me’Ever Laharim Vehagvaot – directed by Eran Kolirin


After The Storm – directed by Kore-Eda Hirokazu


Hymyileva Mies – directed by Juho Kuosmanen


La Large Noche de Francisco Sanctis – directed by Francisco Marquez & Andrea Testa


Caini – directed by Bogdan Mirica


Pericle Il Nero – directed by Stefano Mordini


The Transfiguration – directed by Michael O’Shea


Captain Fantastic – directed by Matt Ross


Uchenik – directed by Kirill Serebrennikov


 


 


Outside Competition


The BFG – directed by Steven Spielberg


Money Monster – directed by Jodie Foster


The Nice Guys – directed by Shane Black


Gok Sung – directed by Na Hong-Jin


Special Screenings


Gimme Danger – directed by Jim Jarmusch


The Train to Busan – directed by Yeon Sang-Ho


A Chad Tragedy – directed by Mahamat-Saleh Aroun


The Death of Louis XIV – directed by Albert Serra


L’Ultima Spiaggia – directed by Thanos Anastopolous and Davide Del Degan


Exile – directed by Panh Rithy


Le Cancre – directed by Paul Vecchiali


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Sobre "The Great Wall", fiquei triste ao verificar que o Figurino não será da grande Emi Wada (Oscar, por aquela coisa sublime chamada "Ran", e criminosamente nunca mais indicada, nem por "Dreams", nem por "Herói", nem por "O Clã das Adagas Voadoras"), que já deve estar bem velhinha...Aliás, qual o trabalho de Zhang Yimou predileto de vocês?

 

Vocês viram o trailer de "The Birth of a Nation"? Parece que o filme foi gravado na mesma plantation de algodão de "12 Years a Slave". O que eu mais queria desse filme é ser surpreendido, sair do cinema sem sequer mencionar "12 years Slave". Ou seja, já deu ruim. De qualquer forma, tirando certa sensação de déjà vu, tudo parece muito bonito.

 

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Mozts, repara, há até um escravo com violino atrás de uma senhora branca, de aspecto semelhante a Sarah Paulson. Fora a locação idêntica, o Figurino é bem parecido, claro trata-se de uma caracterização histórica, mas poderiam ter mudado alguma coisa... Também achei o Armie Hammer bem semelhante ao Fassbender.

 

Não sei se "Strange Fruit" faz parte da trilha, mas já se sabe que há uma elogiada canção original no filme, provável candidata na categoria.

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Novo filme de Asghar Farhadi, "A Salesman", incluído em Cannes.

 

Faltava mesmo um iraniano para tornar a seleção ainda melhor. Outro dia, revi o estupendo "Gosto de Cereja", vencedor da Palma de Ouro em 1997, e só ratifiquei minha paixão pelo Abbas Kiarostami. Aquele filme só não supera "Close-up", na minha opinião.

 

Cinema iraniano: pq tão foda?

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