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Forum Cinema em Cena

Mozts

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Posts posted by Mozts

  1. Ja decidiram qual estúdio vai distribuir a franquia?Se não, isso deve estar atrapalhando a negociação com Craig.

    As distribuidoras, eu assumo, querem o Craig de volta, foi muito bem recebido e aceito, mesmo nos seus filmes ruins, então Eon "precisa" dele para fortalecer a própria posição de negociação, o que por sua vez deixa o Craig numa posição favorável para pedir o que quiser. Contudo, o ator pode ser uma faca de dois gumes, pois se prometerem a ele algo mirabolante, quem paga essa conta eventualmente é a distribuidora, o que pode enfraquecer mais uma vez a proposta da Eon com a distribuidora.

    Verdadeiro angu de caroço.

  2. On 09/08/2017 at 11:03 AM, Gust84 said:

    Gostei sim.

    Principalmente em se tratando de Nolan. Todos sabem que não gosto muito dele. Na realidade Eu acho que ele é um Diretor muito bom, mas a hype em cima dele essa legião de seguidores me incomodam muito. O colocam num patamar que, ao meu ver ele ainda não chegou e nem sei se chegará.

    O Nolan parece ter ouvido as críticas, principalmente, de sua última obra e nos libera de ouvir incontáveis horas de diálogos expositivos, se preocupando simplesmente em nos mostrar a história, ainda que em ato "único", através de 3 perspectivas diferentes, não só de ambiente, mas de tempo. Mesmo que demoremos um pouco pra nos habituar e nos situar nas 3 frentes da história, após pegarmos no tranco, as mudanças são fluidas e orgânicas na maioria das vezes. A ausência de diálogos, muito bem vinda por sinal, ainda não tira as características principais do diretor, tendo ainda aquele controle absoluto da obra, deixando claro para nós expectadores que absolutamente cada frame do filme fora pensado e não colocado ali por acaso. Outra caraterística de seu trabalho que são as montagens paralelas, geralmente no climax dos filmes, aqui tomam conta de toda a projeção quase soando pretensioso.

    E essa frieza e controle do diretor, junto com o pouco desenvolvimento de personagens me trouxeram a impressão do filme ser um pouco "oco". Acredito que a escolha de não desenvolver tanto os personagens foram intencionais por alguns motivos sendo os principais: Primeiro, ele decide aqui (acertadamente) em não dar cara aos vilões, não existe um antagonista, uma figura pra odiar, alguém pra apontar o dedo tornando a ameaça quase que sobrenatural. E segundo, por não criar este antagonista não precisar ter uma figura de "heroi", mas sim apenas de inúmeras facetas diferentes de encarar este perigo iminente. Isso funciona, mas tem seu preço. De alguma maneira, isso nos distancia um pouco do filme e da imersão nos tornando expectadores de certa distância, a ponto de não nos envolvermos o suficiente emocionalmente com a trama.

    Tecnicamente o filme é embasbacante, vi em IMAX e tanto sua trilha sonora, como sua mixagem de som é absurda, esta, muito eficaz e tem aquele ruído crescente de seus filmes quase que por todo o tempo para criar o clima do que está acontecendo, bem como do que os personagens estão passando. Tiros, motores, vento, ondas, etc. Não sabemos distinguir o que é mais perigoso e o que vem a seguir. As cenas de ação no céu são muito bem conduzidas.  O filme é muito bonito, brilhante e achei a fotografia bem bonita também. Acho que faltou um pouco de gente/sujeira/sangue/caos pra nos colocar ainda mais dentro da pele destes soldados. 400 mil pessoas é muita gente e nos falta essa noção as vezes.

    Ainda que eu tenha essas ressalvas, eu achei o melhor trabalho do Nolan em anos. É um filme coeso, passa rápido, sem que a gente se adiante ou queira que acabe, com um refinamento no fechamento do filme como um produto que é redondo. Gostei bastante e acho que estamos a um passo do Nolan finalmente se "humanizar", haha.

    Ví recentemente e concordo bastante com seus comentários Gust.

    Ouso dizer que é a melhor produção de guerra do cinema, com uma cara quase minimalista e "simplicidade".

    A ausência do vilão qeu você mencionou me lembrou Apocalypse Now e como nunca vemos o antagonista da guerra. Essa coisa, a guerra, é definida por sí própria. Em ambos os casos, Dunkirk e Apocalypse Now, acho que o diretor quis ver a briga em sí, independente de quem brigou.

    A ausência de "herói", essa característica oca dos personagens... Sei lá por que, funciona pra mim. Eu recentemente comentei no tópico do Ghost in The Shell que o sorriso da personagem no anime pode vale mais carácter que despejo expositório cheio de família e laços emocional falado, acho que esse filme pega essa ideia e vai a loucura com ela. O jeito que os soldados tem medo, desespero, fome, esperança e limpam a bunda me trás a eles mais que o famigerado "backstory".

    Fan boy pra lá, críticos pra cá, acho que ambos podem concordar que os filmes do Nolan são umas putas de umas experiencias para ter-se no cinema. Mesmo Interstellar, que considero um de seus piores filmes, é um visual e som do caramba. Aqui, ouvimos e vemos a guerra, como o melhor cinema, é "mais real que de verdade".

    Em termos de Nolan, o filme não meche com ideias "maior que humanidade", como as vezes Nolan prefere fazer. Apesar da ausência do de fato personagem cinemático, é o filme mais humano do diretor, no sentido em que valoriza o ser vivo mais do que suas ideias. O fulano de tal importa por ser humano vítima da situação, não por agir ou ser veículo de certa filosofia. Acho que isso fica bem claro quando é revelado que o francês estava de farda Britânica e que os civis do barco são "heróis de Dunkirk".

  3. On 08/08/2017 at 2:36 PM, Jorge Soto said:

    "Hypersomnia" é um thriller fantástico argentino cujas referencias são bem claras. "Sucker Puch".."A Origem"..e até "Hostel"..Começa muito interessante, te chamando a decifrar sua simplicidade iintimista, só no final cai de nivel mas ainda assim vale a bizoiada desta produção da terra do Maradona e do Darin. 8/10
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    Não sei por que esse poster me da um desconforto do caramba...

    Verei esse filme assim que puder! 

  4. The Founder


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    Já comentaram sobre o filme e eu também recomendo, só digo que achei interessante o dilema que o filme apresenta de forma bem sutil.

    Acho que o filme usa Ray Croc como símbolo de um dilema capitalista. Bem interessante.

    Dunkirk


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    De cara já é a melhor produção de guerra que já ví.

    Pode ser dito que o filme é meio "light" no que diz respeito a personagens, e até vejo mérito nisso, contudo não acho que isso analisa o filme justamente. A questão do valor e vida dos soldados, covarde ou herói, independe de caráter ou da farda.

    Uma das melhores experiencias no cinema que tive em um bom tempo. Nolan realmente criar um espetáculo do caralho.

    O som em particular... Uau!

    Seven Psicopaths


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    Um misto de Tarantino com Shane Black, despejando boa dose de comentário e esperteza própria do diretor Martin McDonagh.

    Divertido para caramba. Sam Rockwell é bom demais.

  5. 6 hours ago, Big One said:

    Salvation eh um reboot que nao deu certo. Ok, tinha Kyle Reese, Schwarzza, mas era outro mundo, com uma pegada diferente e que nao funcionou.  Acho que se fizer tudo isso que vc falou deixa de ser Terminator.

    De fato é uma proposta com mesmo objetivo que Salvation, mas diferente nos meios.

    Salvation é PG-13, pretendido a blockbuster, bem caro (200 milhões) e ordenhou Reese/Connor, o que eu desejo pra franquia é bem o oposto, seria 17+, filme reservado de no máximo 70Mi, ignorando histórias passadas. Não precisa passar a borracha no que veio antes, mas também não as aproxima de forma alguma (nesse ponto, parece Jurassic World).

    Só acho que a franquia tem que largar o peso das histórias do próprio passado, olha como o GeniSys se dobra e desdobra para ser "Terminator" com Reese, Connor, Arnold, T1000, mas na verdade erra em ser qualquer coisa que os filmes do Cameron foram.

  6. Eu acho que passou da hora de rebootar ou renovar essa franquia.

    Filme 17+, sujo, sangrento e filmado com 35mm enxuto, sem fru-fru, sem Arnold, sem Connor, sem Reese, orçamento reservado, somente 1 Terminator Brienne of Tarth veio para matar um cientista de AI, um cara inocente, bem apaixonado pelo trabalho, pela descoberta, um criador puro sem pretensões que por acaso desenvolve um sistema auxiliar da Skynet. Por que a Skynet quer matar um cientista desses? PLOT TWIST! O Terminator é dos rebeldes e eles querem cientista morto para enfraquecer Skynet.

  7. Click-bait desnecessário...

    Informação interessante, pelo menos para mim, é que o filme ainda está  nos cinemas, fazendo a última graninha. Até final de semana passado estava em 1307 salas norte-americanas, o que para um filme na décima semana é impressionante.

    E não foi um mês vazio de forma alguma.

  8. Adorei esse episódio 04. Alguns probleminhas de teleport, mas que se dane.

    A produção da batalha foi topo de linha. Não notei nenhum CGI feio, na verdade único CGI que ví foi do dragão, o resto foram ótimos trabalhos de pirotecnia e stunts. Lindo! É blockbuster TV!

  9. Okay, bebi umas ou duas ou trezuas e vou divagar...

    O que acho mais lindo é que além da interpretação oferecida pelo nerdwriter1, no anime ainda resta um buffet self-service de ideias. As mais comuns são notadas imediatamente pelos fãs de sci-fi: Trans-humanismo, inteligencia artificial, vida como cyborgs, memórias artificiais, blá blá blá... Em muitas obras isso seria o pacote inteiro, mas para Ghost in The Shell é só uma premissa, a superfície do assunto.

    Argumentaria que o anime não é sobre "identidade na cidade" como diz o nerdwriter1, mas sim "identidade na tecnologia". A cidade foi somente o construto tecnológico mais bonito e mais fácil de moldar no visual orgástico, contudo o roteiro não para de comparar e definir humanos baseado na tecnologia. Até mesmo um dos parceiros da Major, aquele que dirige a van, é definido baseado no seu revolver, e ele sequer é um cyborg. Análogo, vejo como certas máquinas mudaram rumo da sociedade. O barco a vela definiu as fronteiras, armas definiram as guerras, o fogo definiu o homo sapiens nas cavernas... Para por nome chique na coisa: Ghost in The Shell é sobre determinismo tecnológico.

    Olhemos hoje, como guardamos informações, como limiar de atenção decresce, o impacto da tecnologia na sociedade nos últimos 100 anos foi do caramba, tudo mudou, o que isso vai junto nossa forma de pensar e resolver problemas. Pro martelo, todos parecem pregos. O meu muleque, um menino de 8 anos, cresceu com internet, por exemplo. Ele não vai raciocinar ou guardar informações como eu, jovem-velho dos anos 90, e muito menos como meus pais, dos anos 50/60. Eu e ele poderíamos muito bem ser um cyborg, pois a primeira coisa que fazemos na dúvida, é procurar na máquina a resposta. Pra criança hoje parece uma coisa INSANA esperar a hora do desenho começar, ora bolas, tenho Netflix, assisto o desenho quando quiser e ainda pauso para ir fazer xixi.

    Ghost in The Shell GRITA esse tipo de "determinação tecnológica" na protagonista. Ela é literalmente feita de máquinas e não consegue se definir, sentir-se completa além da sua condição de cyborg. Ao final do filme ela acha um certo tipo de catarse emocional se "mesclando" com uma tecnologia, uma inteligencia artificial. Sci-fi comumente fazem o contrário, tentam definir humanidade através da rejeição da máquina, ou quando há aceitação, existe clara diferença entre robôs e humanos, no máximo ocorre um equilíbrio "maquina x humanos". Ghost in the Shell pega nossa protagonista e só lhe deixa em paz quando ela se torna um misto de humanidade com tecnologia, não somente no nível corporal - isso já acontece torto e direito no filme - mas também no mental. O seu "ghost" torna-se uma máquina, além da sua "shell" que já era uma.

    A própria inteligencia artificial do filme aparece esclarecendo para protagonista como "não existe pessoa individual, somente o conjunto". Momentos atrás a câmera mostraria um puta dum tanque destruindo uma árvore evolucionária, a árvore da evolução em que somos o rei da cocada preta, nossa espécie, história anciã e DNA, sendo superado pela máquina humana.

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  10. Eu sei que é fan-made/fake, mas caramba, essas duas imagens da Maravilha e da Mera, quero ver esse filme ontem! 

    Se tiver eventualmente um marketing para esse filme não será tão bom quanto essas duas.

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