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Forum Cinema em Cena

Chiquinho

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Everything posted by Chiquinho

  1. Até hoje acho que das maiores injustiças da história do cinema (e Oscar) foi não terem sequer nomeado A HORA DO ESPANTO de 1985 pra Efeitos Visuais e Maquiagem. Na premiação que ocorreu em 1986 (que se trata daqueles do ano anterior), escolheram: Mask (vencedor de maquiagem) - esse eu não conheço AINDA, mas embora (a primeira vista, pelo trecho que conferi) me pareça merecedor sem dúvida alguma de estar entre os nomeados, pelo conjunto da obra acho que nenhum bate Fright Night, é talvez das melhores maquiagens de TODOS OS TEMPOS. E não é só o Jerry Dandrige (rosto, unhas, uso de ótimas lentes, "dentaduras" que dificilmente outro filme do gênero iguala), a do "Evil Ed" (em especial a cena em que ele já está com a estaca, mas aí é mais o boneco que o ator) e "Amy" (vide a bocona assustadora já perto do final, que deu origem ao pôster) completam a parada. - The Color Purple - Remo Williams: The Adventure Begins Esse segundo é superestimado até a medula, e o terceiro acho que ninguém ouviu falar. É zueira uma porra dessas? E de efeitos visuais: - Cocoon (venceu) - Return to Oz - Young Sherlock Holmes
  2. Mais catálogos chegando em UHD/4K, nos próximos meses: Construindo uma Carreira (Career Opportunities, 1991) https://www.blu-ray.com/news/?id=35911 ++++++++ Golpe Sujo (Foul Play, 1978) https://www.blu-ray.com/news/?id=35912 ++++++++ Recrutas da Pesada (Stripes, 1981) https://www.blu-ray.com/news/?id=35909 - Versões de cinema e estendida; também em qualidade SD (de DVD) a editada para a TV, de 1983. ++++++++
  3. Dublador de He-Man morre aos 88 anos nos EUA John Erwin era conhecido por dar voz a diversos personagens de desenhos animados O dublador americano de He-Man, John Erwin, faleceu aos 88 anos. Voz do principal personagem da animação Mestres do Universo, Erwin morreu de causas naturais em Camarillo, na California, segundo o Deadline. O ator começou a carreira na televisão dublando desde personagens de desenhos animados como Flinstones, Archie até He-Man, além de comerciais. Os amigos de Erwin, como a dubladora Melendy Britt, que deu voz à She-Ra, falou sobre a perda. "Durante 40 anos, Erwin não foi somente meu irmão em tela, mas meu amigo", publicou nas redes sociais. Além do desenho original, o ator voltou a interpretar o personagem em 2005, em um episódio de The Family Guy. He-Man em breve terá uma nova versão nos cinemas vivida por Nicholas Galitzine (Uma Ideia de Você). Travis Knight (Kubo e as Cordas Mágicas, Bumblebee) vai dirigir o novo He-Man, e chamou o seu colaborador frequente, Chris Butler (Kubo e as Cordas Mágicas), para reescrever o scipt, originalmente assinado por David Callaham (Homem-Aranha: Através do Aranhaverso). Surgida como uma linha de brinquedos que, mais tarde, virou desenho animado, He-Man e os Mestres do Universo já chegou aos cinemas uma vez, em 1987, com Dolph Lundgren como o Príncipe Adam e Frank Langella no papel do Esqueleto.
  4. Falando em explicações, nesse vídeo do Laurence Fishburne com o Neil deGrasse Tyson, foi abordado de novo a parte do "humanos como bateria" não fazer sentido cientificamente falando. Mas nessa postagem do reddit, esse trecho foi retrucado da seguinte forma: Direto dos diretores: https://www.avclub.com/the-wachowskis-explain-how-cloud-atlas-unplugs-people-f-1798234238 AVC: At this point, do you have a snappy answer to the Matrix battery question that keeps coming up? AW: The battery question? AVC: It seems like for anyone who doesn’t like The Matrix, or has issues with it, the big criticism has always been that human beings don’t produce enough energy to make a worthwhile power source. That there would be more energy going into maintaining the system than it could produce. LW: That’s like saying a car battery wouldn’t be able to power a car. The whole point is that it’s related to this other, larger energy source. [The pods humans are kept in] even look like spark plugs in the thing. It’s not that they’re the pure source of energy—they provide the continuous sparking that the system needs. AW: There’s an ambiguous line in there that Morpheus says about it, that there’s a new form of fusion energy— LW: But people don’t listen to the dialogue. They don’t try to think about it. [Sighs.] +++++++++++ Traduzindo: +++++++++++ AVC: Neste ponto, vocês têm uma resposta rápida para a questão das baterias em Matrix, que sempre surge? AW: A questão das baterias? AVC: Parece que, para qualquer pessoa que não gosta de Matrix ou tem problemas com o filme, a grande crítica sempre foi que os seres humanos não produzem energia suficiente para serem uma fonte de energia viável. Que haveria mais energia sendo gasta para manter o sistema do que ele poderia produzir. LW: Isso é como dizer que a bateria de um carro não seria capaz de alimentar um carro. O ponto todo é que isso está relacionado a outra fonte de energia maior. [As cápsulas onde os humanos são mantidos] até se parecem com velas de ignição no sistema. Não é que eles sejam a fonte pura de energia — eles fornecem o disparo contínuo que o sistema precisa. AW: Há uma linha ambígua no filme que o Morpheus diz sobre isso, que é uma nova forma de energia por fusão— LW: Mas as pessoas não ouvem o diálogo. Elas não tentam pensar sobre isso. [Suspira.] Essa resposta dos diretores sugere que a ideia central não é que os humanos sejam a única fonte de energia, mas sim uma parte do sistema que ajuda a sustentar outra fonte maior (possivelmente fusão). As pessoas, segundo eles, frequentemente ignoram ou não se aprofundam nos detalhes do diálogo do filme. +++++++++++
  5. O pessoal tá descendo a lenha nessa cena em que o rosto dele, segundo os tweeters, parece zuado, e estão comparando com o Henry Cavill. Sabem qual é a REAL? Provavelmente desde Lois & Clark, seriado que passou entre 1993-1997 (aqui, sem contar o primeiro episódio), os efeitos especiais de SUPERMAN são bem toscos, medíocres. (Sobre Lois & CLARK, detalhe que o mesmo não dá pra dizer de SUPERBOY, seriado que veio antes e que cancelaram justamente pra dar lugar a L&C). Ainda que uma cena aleatória (como a do avião em Superman Returns, idem pro tiro no olho) seja até legalzinha, a real é que Superman ganhou um OSCAR DE EFEITOS VISUAIS porque justamente fazia VOCÊ ACREDITAR QUE UM HOMEM PODERIA VOAR. O que não dá para crer, se em cada cena parece um boneco de videogame, e tudo acontece extremamente rápido e sem nenhuma sutileza. E o que era bom antigamente não era feito apenas com cenas com fundo verde, que hoje vão dizer que é tosco (mas ao menos no filme de 1978 não era, de tão bem feito, em especial os últimos segundos que o Christopher Reeve olha pra câmera). A melhor parte, pra mim, era o balé no ar (que até o movimento corporal da pessoa tinha que ser bem feito), quando erguiam os atores por cabos, e isso contra cenários com FUNDO DE VERDADE. Tudo que foi feito depois que o quarto filme de 1987 (e o Superboy já citado), só teve CGI enfiado até a alma. A parada é tão fake que até a capa usada pelo ator não existe (vejam os bastidores dos filmes com o Henry Cavill), é inserida digitalmente. A mesma linha de argumentação dá pra estender pro HULK. Acho que ninguém nega que o antigo (Louis Ferrigno) parecia cômico, mas o ator era FORTÃO e convincente, não parecia um banana (Hulk do Mark Ruffalo depois ficou totalmente emasculado), e um troço totalmente imaginário, que dá pra alguém fazer num computador em casa. Pra mim esse trecho é a pá de cal pra dizer que esse filme será mais um FLOP, por essa(s) e outras. E venha quem vier, a verdade é que ninguém quer fazer mais pela ARTE, bem feito, e sim pra dizer que fez. E não, não é por ter CGI que é ruim, os primeiros filmes do Spider-Man não tem só efeitos práticos e são f0das. Mas Superman, que só usa esses estilos de efeitos, pra mim não dá mais, bom era o Jurassic Park de 1993 que misturava práticos com CGI, e por isso décadas depois ainda é lembrado e considerado melhor que os modernos. Porque nesses tempos se fazia tudo na raça e até os efeitos sonoros eram bem pensados...
  6. Essa de 35mm ficou boa, mas precisa melhorar na parte da cor esverdeada em cenas-chave (isso é realmente detrimental tanto quanto enfiar o TEAL que fizeram com os 2 filmes do Tim Burton, nos discos de 2019, em Blu-ray e UHD/4K, sendo que nesse aspecto o Blu-ray de 2010 ganha, mas ao mesmo tempo o de 2010 e antigos também perdem, note(m) que o brilho/contraste é inferior, e os discos recentes tem mais riqueza de detalhes (por isso que pra diferenciar, eu chamo de "REMASTERIZADOS"), apesar das cores serem mais fortes, deveriam ter exagerado um pouco menos) e curiosamente o uniforme do Coringa puxa pra um tom mais azul que o púrpura que pelo que eu vi está em todas as mídias (DVD, Blu-ray e acho que o UHD/4K). Ela tem um aspecto mais pálido, com brilho mais forte, mas no geral, é um dos melhores 35mm que eu já achei, em termos de ser assistível. (No tocante a legendas, essa semana devem ser adicionadas naquele outro site brasileiro). O de Matrix (1999), por exemplo, é ruim se comparado a esse, porque tem falhas de negativo mais evidentes, e praticamente o filme inteiro fica num tom de cores errado, e que chama atenção de forma bem mais negativa. Não se compara com aquele trailer open-matte que tem no Youtube (link aqui).
  7. E pra quem achou que não saía mais nada no BR, seguem alguns Blu-rays listados no tópico dedicado do BJC, com selo da Star Vídeo: https://blogdojotace.com.br/forum/viewtopic.php?t=62136 E a julgar por um dos comentários, devem ser "falsos-originais"... olhem esse: "Tão falando tão lançando tudo sem autorização, eu comprei o american pie cheio falha no áudio cena foi cortada uns segundos" Até prova em contrário, eu duvido que os deles e até da OBRAS PRIMAS DO CINEMA sejam 100% licenciados.
  8. Vídeo interessante sobre uma tecnologia que ajudou na geração de efeitos especiais em filmes antigos, em particular o MARY POPPINS, de 1964.
  9. Recentemente eu descobri 2 vídeos antigos, um de Eric Stoltz sobre ter sido demitido de DVPF, e outro de MJFX falando sobre o assunto brevemente... Esse ano a trilogia completa 4 décadas e lamentavelmente não veremos 2 coisas: - O áudio original em inglês sem ser 5.1/modificado, em estéreo/original; - Essas cenas cortadas de Stoltz, que claro que não incluem apenas ele, mas outros personagens. Elas existem, foram preservadas, mas Bob Gale não coloca porque acha que a audiência seria "crítica demais", o que eu acho uma bobagem. A qualquer ator não é merecido um papel ou aprovação, senão ele seria produtor. Lógico que foi uma experiência ruim, mas ele sequer precisaria autorizar que fosse incluída num box em mídia física. Se fosse, duvido que daria alguma repercussão a ponto de novo processo que nem no caso do Crispin Glover. Até porque ele não fala mais a respeito desde essa época. Fora tudo isso, uma pena também se não colocarem extras novos (e existem vários) numa eventual coleção de 40 anos.
  10. Uma explicação mais detalhada da polêmica em cima da remasterização de KILL BILL em UHD/4K: ++++++++++++++ Esses comentários discutem a situação da remasterização de filmes antigos em 4K/UHD, especificamente sobre os desafios técnicos e logísticos de transformar filmes que passaram por um processo de pós-produção digital, como Kill Bill, em versões de maior qualidade. Aqui está uma explicação detalhada e em português sobre os pontos levantados: ++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 1. O que é um 2K DI e por que isso importa? Nos anos 2000, muitos filmes, incluindo Kill Bill, passaram pelo processo chamado Digital Intermediate (DI), que era revolucionário na época. Aqui está como funciona: Digital Intermediate (DI): É o estágio em que o filme, originalmente gravado em película (35mm, no caso de Kill Bill), é digitalizado para facilitar a edição, correção de cores, efeitos visuais e outras manipulações. Durante esse processo, o filme geralmente era digitalizado em resolução 2K (2048 x 1080 pixels), pois era o padrão tecnológico e econômico mais viável na época. Por que isso importa? Quando um filme finalizado em 2K DI é lançado em 4K, não há uma "verdadeira" resolução 4K, pois o material base já está limitado pela qualidade do 2K. O resultado é apenas um "upscale" (ampliação artificial) para 4K, que não aumenta significativamente a qualidade visual. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 2. Negativos cortados vs. negativos brutos (uncut negative) Negativo cortado (cut negative): É o filme finalizado fisicamente, onde os rolos de película são editados e montados em sua versão final, prontos para digitalização ou exibição. Esse processo era comum antes dos anos 2000. Se um negativo cortado existe, basta escaneá-lo novamente em 4K para criar uma versão de alta qualidade. Negativo bruto (uncut negative): São os rolos de película originais, não montados. Para reconstruir um filme a partir de negativos brutos, seria necessário: Localizar todos os pedaços do filme. Digitalizar cada pedaço em 4K. Reconstruir o filme manualmente (edição, efeitos, transições etc.). Refazer a gradação de cores e ajustes de pós-produção. Esse processo é extremamente caro, demorado e complexo, especialmente para filmes que passaram por um DI em 2K. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 3. Por que o 4K de Kill Bill parece problemático? Quentin Tarantino, assim como James Cameron, tem controle criativo sobre seus filmes. Isso significa que estúdios como Lionsgate só podem lançar versões que ele aprovou. A versão de Kill Bill lançada em UHD/4K é baseada no antigo 2K DI, pois Tarantino ainda não aprovou um novo processo de digitalização e reconstrução em 4K. Reescanear o negativo original em 4K exigiria muito trabalho e dinheiro, especialmente porque o filme precisa ser reconstruído quase do zero, mantendo a aparência exata da versão de 2003. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 4. Os desafios de remasterizar filmes como Kill Bill: Falta de um negativo cortado: Para Kill Bill, parece que apenas o DI digital (2K) foi utilizado para a versão final. Isso significa que não existe um negativo físico "pronto" para ser escaneado diretamente. Recriação digital: Efeitos visuais, transições (como fades e wipes) e ajustes feitos no DI 2K precisariam ser recriados do zero ou upscalados, o que é trabalhoso. Diferença na aparência: Mesmo se o negativo original for escaneado em 4K, é difícil replicar exatamente a aparência do filme como foi lançado originalmente, porque o DI 2K envolveu ajustes específicos que não estão no negativo bruto. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 5. Comparações com outros filmes e exemplos de sucesso Alguns filmes, como League of Their Own (Uma Equipe Muito Especial) e The Outsiders (Vidas Sem Rumo), conseguiram ser reconstruídos a partir de negativos brutos. Esses projetos foram possíveis porque: Os estúdios tiveram o cuidado de preservar negativos cortados ou mantiveram registros detalhados dos ajustes feitos no DI original. Foi investido muito tempo e dinheiro para reconstruir os filmes. Em contraste, para Kill Bill, mesmo que Lionsgate estivesse disposto a investir, Tarantino aparentemente não deu prioridade a esse projeto, o que impede o estúdio de avançar. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ 6. Por que não é simples "trocar os arquivos"? Alguns comentários mencionaram que seria possível simplesmente substituir o antigo DI 2K por um novo scan 4K, mas isso é simplista demais. Aqui está o problema: O DI 2K inclui todas as edições, efeitos visuais e ajustes. Esses elementos não estão no negativo bruto. Substituir os arquivos exige recriar ou reaplicar esses ajustes no novo scan, algo que não é automático nem barato. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ Resumo: A polêmica sobre Kill Bill em 4K gira em torno da dificuldade técnica e criativa de remasterizar filmes que passaram por DIs em 2K nos anos 2000. Enquanto filmes mais antigos têm negativos cortados que permitem um processo mais simples, filmes dessa era frequentemente exigem uma reconstrução completa, o que demanda muito trabalho, tempo e dinheiro. No caso de Kill Bill, a decisão final recai sobre Quentin Tarantino, que até agora não aprovou a remasterização. Portanto, o 4K lançado atualmente é apenas uma versão ampliada do antigo 2K DI, o que decepcionou fãs que esperavam uma qualidade superior. ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
  11. A maioria dos 35mm que eu já conferi são capturas bem rústicas e problemáticas: - O brilho/contraste é ruim. True Lies, por exemplo, é impossível de assistir direito por essa razão, chega a ser pior que os discos recentes (que são bem podres) do James Cameron; - Tem falhas de negativo, aquelas clássicas que só são removidas digitalmente, em equipamentos especializados de distribuidoras, pra que não fiquem pipocando a cada 5 segundos na tela; - Precisam também passar por uma restauração / remasterização por parte da distribuidora, pra correção das cores, saturação e outros detalhes mais complexos. O problema é que em 90% dos casos as grandes empresas só fazem degradar mais ainda, com remoção excessiva de grãos, uso de IA (que nunca presta), mudança anormal da cor (deixando com aparência de filme moderno, com TEAL), e sempre, mas sempre eles usam uma fonte de baixa qualidade, a ter de lidar com os negativos originais e de forma mais demorada e cara, fazer o serviço. Eu achei esse 35mm no Twitter... acho que é esse o link do usuário. Mas ele em tamanho menor e com legendas inglês/PT-BR (sem faixas de áudio adicionais) ainda será enviada pro conhecido site TDC-Teladecinema. O problema desse rip em 35mm é que ele não sincroniza em nada com qualquer outro, como de DVD / Blu-ray / 4K, então pra colocar outras faixas de áudio e legendas, é preciso uma edição complexa, pra se adequar a ele (que eu pessoalmente não sei fazer pra áudios, mas legenda já vi que tem como).
  12. E segue um comparativo entre as diferentes versões do primeiro BATMAN, de 1989. A primeira é o DVD em 4:3/tela-cheia, a segunda é o Blu-ray de 2010, a terceira é o disco remasterizado de 2019, e a última é um arquivo em 35mm, em resolução um pouco maior que full-HD/1080p, sendo este último sincronizado por mim apenas na parte das legendas (já veio com faixa inglês 2.0). A fonte 35mm é a novidade, sendo que ela não é substituta, embora tenha uma imagem interessante. Isso porque várias cenas-chave estão com tom esverdeado, além do brilho deixar algumas mais pálidas. E outras com "pretos" mais intensos (como essa de Bruce e Vicky Vale). Mas no geral, tem uma boa qualidade, sendo que o enquadramento também parece ser diferente, talvez seja Wide 1.66:1, e não 1.85:1. O 35mm tem mais imagem acima e abaixo. Essa de 35mm, embora não ideal, me faz pensar que a de 2019 poderia ter sido mais bem pensada, embora esteja muito boa (a e 2010 e o DVD claramente são fracos em comparação). Algumas cores na de 2019 achei fortes demais, como essas do Coringa, e talvez o tom de pele. DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet +++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++ DVD (em 4:3/tela-cheia) Blu-ray de 2010 Blu-ray Remasterizado de 2019 Fonte em 35mm, baixada da internet
  13. Vídeo interessante mostrando o que poderia ter sido corrigido nos lançamentos de 2019 em Blu-ray e UHD/4K, que de maneira infame a distribuidora apenas colocou o áudio original em inglês com efeitos sonoros ALTERADOS, além de nova coloração nos discos remasterizados. No caso dos Batman de Tim Burton, é preferível checar os releases de 2010 em Blu-ray, que não tem os dois problemas citados. OBS: as correções foram feitas para Batman Returns de 1992. Algo similar já foi feito para o filme O EXTERMINADOR DO FUTURO 2, pois em 2017 digitalmente corrigiram alguns erros menores, exatamente nesse estilo do editor do Youtube. Porém, de forma trágica o T2 foi ao mesmo tempo degradado no UHD/4K dele, bem como Blu-ray, com por exemplo remoção de "grãos".
  14. Infelizmente KILL BILL volumes 1 e 2 em UHD/4K são mais uma decepção. Apenas um upscale do 2K (a pior coisa que uma distribuidora pode fazer, quando não quer meter a mão na massa, gastando tempo e $$$$$ pra restaurar da forma mais ideal possível), ou seja, um Blu-rayzinho melhorado. Além disso, parece que aquela sequência em cores do DVD japonês (e aqui, detalhe: eles usam a região 2, mas também estão como os da R1/EUA e Canadá e R4 Brasil, em NTSC, por isso sem aceleração) não aparece no 4K, que só traz o corte de cinema. https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=22814404&postcount=1197 Para mais detalhes sobre os DVDs: https://dvdcompare.net/comparisons/film.php?fid=5067 Nesse link dá para ler o tópico dedicado sobre o vol. 1 e algumas postagens do Twitter do Robert Meyer Burnett e terceiro, sobre o tema. Ainda não há resenha do Blu-ray pontocom. +++++++++++ Sobre SEINFELD, foi descoberto um erro técnico no box, por mim e pouco antes havia sido postado aqui: https://www.hometheaterforum.com/community/threads/sphe-press-release-seinfeld-the-complete-series-4k-uhd-blu-ray.384384/page-4 - O extra da oitava temporada: -- Inside Look - The Summer of George (8m26s) Na verdade possui o áudio das cenas cortadas desse episódio, que tem 50 segundos. Então, ao invés dos 8m26s, você ouve os 50s e o resto fica mudo. Um erro desses é inaceitável, mas o pior estava por vir: estão dizendo que não há recall, e a SONY apenas dá a desculpa de falta de estoque, e falar com o fornecedor (loja, vendedor), quando interpelada por email ou o "0800 americano". Mas eles não vão resolver, porque se todos os lotes estão "bichados", uma troca coletiva precisa ser feita. Ainda mais pra uma caixa que custa 216 dólares (são 180 episódios em 9 temporadas, fora a quantidade limitada de extras que colocaram). +++++++++++
  15. Mais uma grande perca de um dos ícones da TV brasileira...
  16. A atriz Carole Bouquet (que fez a Bond-Girl MELINA em 007 - Somente Para Seus Olhos, de 1981) aparece com a voz original nessa cena cortada. No filme, utilizaram uma dubladora que não sei o nome. Não foi algo incomum na franquia, basta lembrar do vilão de Goldfinger, interpretado pelo ator alemão Gert Fröbe. Fröbe, que não falava bem inglês, foi dublado no filme por Michael Collins, um ator inglês.
  17. Além de David Lynch, faleceu dia 15/1 o diretor Jeannot Szwarc, de cinema/TV. Alguns dos filmes que dirigiu: - "Tubarão 2" (Jaws 2, 1978): Um de seus trabalhos mais conhecidos, a sequência do clássico de Steven Spielberg. Apesar de não alcançar o mesmo impacto do primeiro filme, foi um sucesso de bilheteria. - "Somewhere in Time" (Em Algum Lugar do Passado, 1980): Um romance de viagem no tempo estrelado por Christopher Reeve e Jane Seymour. O filme se tornou um clássico cult, apreciado por sua trilha sonora e narrativa emocional. - "Supergirl" (1984): Com Helen Slater no papel principal. Embora tenha recebido críticas negativas na época, o filme atraiu um público fiel ao longo dos anos. Trabalho na Televisão Szwarc também se destacou na direção de episódios de séries de televisão, incluindo: - "Smallville": Uma série sobre a juventude do Superman. - "The X-Files" (Arquivo X): Episódios de uma das séries mais icônicas dos anos 1990. - "Grey's Anatomy": Trabalhou em episódios do famoso drama médico. - "Columbo": Uma série de mistério clássica. Estilo e Legado Szwarc tem uma habilidade para trabalhar em gêneros variados, como suspense, ficção científica, romance e drama. Ele é respeitado por sua abordagem técnica e capacidade de entregar filmes e episódios de televisão que equilibram entretenimento e narrativa. Curiosidades Apesar de trabalhar em Hollywood, ele manteve fortes laços com a Europa. "Somewhere in Time" ganhou destaque por sua trilha sonora de John Barry e pela conexão emocional com o público, mesmo sendo um fracasso comercial na época de seu lançamento. Jeannot Szwarc continua sendo lembrado por sua contribuição à cultura pop e seu trabalho em produções que conquistaram fãs em todo o mundo. https://filmtalk.org/2019/05/31/jeannot-szwarc-i-always-thought-that-somewhere-in-time-1980-was-like-a-shoe-that-fits-perfectly/
  18. Em Blu-ray, sairá um documentário sobre o ator Roger Moore: https://www.blu-ray.com/news/?id=35808 +++++++++++++++++++++ Resenhas de discos UHD/4K: +++++++++++++++++++++ Uma Ponte Longe Demais (A Bridge Too Far, de 1977): https://www.blu-ray.com/movies/A-Bridge-Too-Far-4K-Blu-ray/369293/#Review +++++++++++++++++++++ BASTARDOS INGLÓRIOS, de 2009: https://www.blu-ray.com/movies/Inglourious-Basterds-4K-Blu-ray/374280/#Review +++++++++++++++++++++ Importante: parece que o primeiro disco 4K da "Warner Archive" está em terceiro lugar no ranking de vendas: https://www.blu-ray.com/movies/The-Searchers-4K-Blu-ray/375103/#Review É o Rastros de Ódio (The Searchers, 1956); +++++++++++++++++++++ Outra resenha de disco 4K recente é a de SEVEN, OS SETE CRIMES CAPITAIS, de 1995: https://www.blu-ray.com/movies/Se7en-4K-Blu-ray/375352/#Review +++++++++++++++++++++ Sobre SEINFELD (a partir de 1 minuto e 50 segundos), o box em UHD/4K (que traz a série em 4:3, diferente do Blu-ray, que está em WIDE), vale frisar o seguinte: - Alguns extras (e não foram poucos) dos DVDs ficaram de fora, e isso para TODAS AS TEMPORADAS. Infelizmente a distribuidora colocou apenas alguns, como as CENAS CORTADAS e "INSIDE LOOKS" (bem como ERROS DE GRAVAÇÕES, os "Bloopers"), mas vários foram limados. Bola fora, porque isso significa que não dá pra se livrar dos DVDs. Para a lista completa dos extras deles, eu recomendo pesquisar no site https://dvdcompare.net/ - O UHD está apenas em DTS-HD MA 5.1. Os DVDs, em DD 2.0 estéreo. Uma pena também, pois poderiam ter incluido as duas faixas. - O UHD/4K tem legendas em inglês normal e closed-caption, os DVDs inglês NORMAIS amarelas. Nenhum extra possui legendas, e isso também vale para os episódios alternativos, que curiosamente estão exatamente da forma que os Blu-rays deveriam ser: em 4:3/tela-cheia, e não 16:9. Um exemplo disso é o 2x12, "The Revenge": -- Esse 2x12 na versão original está em UHD/4K (mais ou menos 10 GB só ele); mas existe uma outra, que é a "Syndicated" (exibida exclusivamente na televisão), que aqui virou extra. Essa está em 1080p, e também FULLSCREEN. -- A 2x12 em "Syndicated" se deve porque quando eles exibiram (e filmaram a primeira vez), a voz que o Kramer se comunica já pelo fim é do Larry David, parece que criador da série. E não do Wayne Knight, que posteriormente passaria a ser recorrente, como o NEWMAN. No 2x12, não dá pra ver a imagem, apenas o áudio do Newman gritando do andar de cima. --- Inclusive, estou vendo se consigo sincronizar DVD com UHD/4K, e 95% dos arquivos só tem diferença de 1 segundo. O único que não sincroniza (por ter um "fade-out" menor no 4K) é o 7x11, até agora (tem mais de uma diferença). Esse 2x12, por sinal, sincroniza o episódio inteiro, então a faixa exclusiva do "ORIGINAL" poderia estar no "Syndicated" (arquivo de 3.5 GB) e vice-versa, não precisavam ter colocado 2 vídeos (a menos que um deles tenha algo a mais). O áudio desse Syndicated veio apenas em DD 5.1. E não é o único caso de Seinfeld com 2 versões. Mas quando vemos alguma alternativa, fica aquela sensação de revolta, porque é exatamente assim que o Blu-ray/1080p deveria estar. A versão WIDE realmente corta imagem acima e abaixo, e adiciona na lateral uma quantidade muito pequena de imagem. O 4:3 é o formato projetado pra ser visto. - O episódio 1x01 é o único (e SEINFELD teve 180 no total) que algumas imagens estão misturadas em 4K e em qualidade de DVD pra baixo. Isso porque parece que essas cenas específicas foram filmadas em "videotape", o que é bizarro. +++++++++++++++++++++ +++++++++++++++++++++ Próximas novidades em disco UHD/4K, essas duas para os primeiros meses de 2025: - O Cavaleiro Solitário (PALE RIDER, de 1985) - Dirty Harry, de 1971 https://www.blu-ray.com/news/?id=35817 +++++ Mais alguns catálogos, pela Shout, como A Noite dos Arrepios (Night of the Creeps, de 1986): https://www.blu-ray.com/news/?id=35785 +++++ O Terceiro Homem (The Third Man, de 1949, com o Orson Welles): https://www.blu-ray.com/news/?id=35816 +++++
  19. Morre Olivia Hussey, atriz celebrada pelo clássico Romeu & Julieta Além de uma carreira balizada por astros como Bette Davis e Maggie Smith, Olivia Hussey ficou conhecida por recente polêmica na qual alegou ter sofrido abuso à época da juventude, nas filmagens de Romeu & Julieta Atriz vencedora do Globo de Ouro de atriz estreante, em 1969, a britânica de origem hispânica Olivia Hussey morreu aos 73 anos. Numa declaração veiculada pela família no Instagram, sem detalhar causas, foi registrada a morte, nesta sexta (27/12), com a informação de que ela esteve "cercada pela família, num ambiente de completa paz". Amigo da celebridade, Marc Huestis declarou à rede CBS que Olivia teria câncer. Mundialmente aclamada com a personagem Julieta, do clássico de William Shakespeare Romeu & Julieta, a atriz filmou com Franco Zeffirelli quando tinha 15 anos. A descoberta de seu talento se deu nos palcos, quando da montagem de Primavera de uma solteirona, estrelada por Vanessa Redgrave (no cinema, o papel seria de Maggie Smith, com quem Hussey, em 1978, integrou o elenco de adaptação para o texto de Agatha Christie, Morte sobre o Nilo). Foi na Italia Conti Academy, em Londres, que Olivia Hussey começou os estudos em artes cênicas. Nascida na Argentina, em 1951, ela saiu cedo do país para a jornada britânica. O alcance do sucessos de Romeu & Julieta, em fins dos anos de 1960, resultou em vitórias da produção no Oscar, nas categorias de fotografia e figurinos, numa corrida em que a fita concorria ainda como melhor filme e direção (de Zeffirelli, morto em 2019). O filme também levou Hussey e Leonard Whitinhg aos tribunais norte-americanos; uma vez que eles tentaram reclamar milhões de dólares, junto ao estúdio Paramount, responsável pelo filme. Menores de idade, à época das filmagens, eles disseram que as imagens de nudez vieram sem consentimento de ambos. A causa foi perdida em tribunal de Los Angeles, no ano passado. Com Whiting, Hussey ainda estrelou o televisivo filme Social suicide (em 2015), e para a televisão, há décadas, estrelou um filme no qual apareceu como a mãe do traumatizado Norman Bates, numa das sequências do clássico Psicose. Bette Davis, David Niven e Peter Ustinov foram alguns dos colegas nos sets dos quais Hussey — que, para tevê, ainda deu vida a Maria (em Jesus de Nazaré) — participou.
  20. E segue a resenha daquele que sem dúvida é o lançamento do ano: https://www.blu-ray.com/movies/Seinfeld-The-Complete-Series-4K-Blu-ray/374596/#Review SEINFELD, o seriado que durou 9 temporadas (entre 1989 e 1998, em 180 episódios), que saiu no formato original em 4:3 (tela-cheia) apenas em UHD/4K, e curiosamente naquele mutilado em Widescreen (1.78:1, o mesmo do streaming) em Blu-ray/1080p (há corte acima e abaixo da imagem, e pouquíssimo ganho lateral). Os DVDs vinham em Fullscreen também. A resenha dá nota máxima pra tudo. Eu tive oportunidade de dar uma conferida na imagem (não vi ainda a sincronia com mídia antiga. E gostei do resultado. Parece que o primeiro (ou primeiros?) episódios tem uma mistura de imagem em menor resolução com 4K (isso várias vezes durante), provavelmente por não terem achado cada trecho na qualidade máxima. Mas passando dele, todo o resto está em 4K. Aqui uma cena já na quinta temporada: +++++++++++ Winchester 73, de 1950, foi outro UHD/4K resenhado: https://www.blu-ray.com/movies/Winchester-73-4K-Blu-ray/373385/#Review +++++++++++ E futuro lançamento: AMADEUS, de 1984 (versão de cinema), também disco 4K, para 25/2: https://www.blu-ray.com/news/?id=35684 +++++++++++++ Por fim, eu coloquei mais comparativos de Terminator 2 (que além do 35mm-4K que eu baixei, tem outro da mesma forma, só que esse tem as cores estouradas). Vejam mais detalhes aqui: https://forum.blu-ray.com/showpost.php?p=22728982&postcount=177 O release baixado do T2 que eu obtive (projeto de fã em 1080p, misturando várias fontes pras faixas de áudio) parece ter as cores mais corretas de todas, melhor que os dois 4Ks (35mm) da internet (vejam meu comparativo, incluí ele também). O de 2017 (disco 4K ou Blu-ray) tem uma coloração abjeta, meteram teal adoidado, por isso parece estar mais esverdeado.
  21. Sobre O EXTERMINADOR DO FUTURO, o filme original de 1984 em disco UHD não é uma remasterização verdadeiramente 4K, mas um upscale (?) do 2K de 2012 (não foi finalizado pra esse disco em 4K). Pelo que esse vídeo (e o usuário é o membro "captainsolo" do Blu-ray pontocom) indica, poderia ter sido bem melhor: Ficando bem aquém do que poderia, embora melhor que os desastres no formato UHD, pra outros de James Cameron, como T2 de 1991, True Lies e Aliens (esses, pela Disney, enquanto T1 foi pela Warner). A discussão é extensa nesse do Youtube (e o canal é talvez o melhor pra avaliar verdadeiramente esses discos, pois se trata de um bom colecionador, e digo isso de múltiplos formatos, não basta ser apenas de um), como alguém tendo certo conhecimento técnico. https://www.youtube.com/watch?v=ushCOvynQNU Sobre T1 em 4K, acima dá para notar as diferenças nos efeitos sonoros ORIGINAIS (em MONO) vs. os MODIFICADOS da trilha ATMOS. E aqui, sobre a nova modinha de usar IA, o que vem estragando os remasters: Já esse fala da triste situação do T2 em home-vídeo, abordando um pouco T1 (mas o vídeo é de 3 anos atrás, sendo que T1 em disco 4K saiu agora em 2024): Uma das coisas ditas sobre T1 em UHD/4K é que recebeu tratamento (que nem os outros) adicional na imagem, e retém ainda que menos agressivo, uma mudança na paleta de cores. Aliás, esse negócio de "color grading" é uma reclamação perdida (tanto quanto meter IA nos últimos anos, pra fazer nas coxas algo que poderia ser 1000x melhor se remasterizado da maneira mais profissional, apesar de infelizmente demorada e mais custosa, na raça - uma comparação similar, que um cinéfilo entenderia, seria de usar quando necessário efeitos práticos, ao invés de tudo ser CGI, que nem ocorreu de forma brilhante no primeiro Jurassic Park de 1993), pois é incrível como nenhum clássico em nenhum disco escapa dos ineptos que querem deixá-los com aparência de produções modernas, enfiando por exemplo esse troço aqui: Por sinal, T2 eu tive oportunidade de conferir múltiplas versões feitas por fãs (projetos). Antes de abordar esse filme, queria deixar um trecho resumido/traduzido do review do disco UHD/4K (de 2017, que é a versão alterada digitalmente, sendo que no mesmo ano saiu novo Blu-ray com esse detalhe). Sobre o que muda entre a alterada digitalmente em 2017 e a pré-2017, esse link explica: https://www.movie-censorship.com/report.php?ID=642906 Uma das mudanças digitais quem viu T2 vai lembrar - na cena em que o Exterminador anda de bike, aparece um dublê dele. Nessa de 2017, é a imagem do próprio ARNOLD, e não do dublê, que é imposta no vídeo. O T1 também teve uma modificação pro 4K (e acho que novo Blu-ray, se colocaram junto). Na cena em que ele faz a remoção do olho (com uma faca). Uma pena que não estou achando o clipe agora, mas o ajuste que foi feito corrige, de fato, essa parte, nem achei ruim. O que é tenebroso é a parada não ser fiel ao filme e não terem feito algo da melhor forma possível, pro resultado final em disco. Voltando a falar do T2, segue um trecho do que foi dito sobre o disco UHD-4K, talvez o pior já feito dessa mídia física: ++++++++++++ Terminator 2: Judgment Day é apresentado em 4K UHD pela Lionsgate Films com uma transferência 2160p no formato 2.40:1. Os fãs há muito reclamam dos lançamentos anteriores de Terminator 2: Judgment Day para home video, a ponto de alguns chamarem este título de "amaldiçoado". Porém, é interessante notar que meu colega Martin Liebman deu uma classificação de 4.0 para o vídeo no primeiro lançamento em Blu-ray, mesmo enquanto reclamava que toda a transferência era medíocre (vários usuários que contribuíram com análises no site deram notas muito mais baixas). Os dois maiores problemas que a maioria dos cinéfilos enfrentará com este novo lançamento são: a quase total ausência de grão de filme orgânico e algumas alterações na paleta de cores que, por exemplo, adicionam um tom esverdeado-azulado a várias cenas que não tinham isso antes. Algumas pessoas em nosso fórum reclamaram de nitidez excessiva também, mas eu não percebi sinais realmente evidentes de halo ou outros fenômenos que sugerissem manipulação digital excessivamente agressiva nesse aspecto específico. Agora, posso causar alguma polêmica com esta próxima declaração, mas se (e é um grande "se") você puder aceitar as duas grandes mudanças mencionadas acima, especialmente a falta de grão, que agora dá a toda a apresentação uma aparência elegante e suave de captura digital moderna, há definitivamente um aumento nos detalhes na "restauração" em 4K. Mesmo com o grão removido, elementos como marcas no rosto de Hamilton ou os tecidos dos figurinos têm uma aparência decididamente precisa e nítida. Quando algumas das "novas e melhoradas" técnicas de gradação de cores não estão em destaque, a paleta é, na verdade, bem agradável, e algumas das cenas intencionalmente coloridas (por exemplo, algumas das tomadas de "varredura" na perspectiva do Exterminador) se destacam vividamente. Na minha avaliação, os detalhes finos estão realmente muito bons em muitas das cenas externas após Sarah escapar de sua "confinamento". Tenho certeza de que alguns fãs acham que tanto o disco Blu-ray quanto o disco 4K UHD merecem notas zero na categoria de vídeo, mas estou um pouco dividido. Isso é revisionismo, sem dúvida, e um revisionismo bastante peculiar, mas, de um ponto de vista (esperançosamente) puramente objetivo, aos meus olhos, os níveis de detalhe são de fato melhorados na versão 4K. Por essa razão, estou "dividindo a diferença" e dando ao vídeo 4K uma nota de 2,5, indicando uma aprovação mínima. (Eu aumentei ligeiramente a classificação do Blu-ray 1080p, ironicamente porque a resolução mais baixa não oferece a mesma clareza em termos de algumas das deficiências de grão e mudanças na paleta de cores.) ++++++++++++ E eu ia falar dos arquivos que conferi: - T2 de 1991 na edição alterada de 2017, em Blu-ray e UHD/4K. - T2 em projeto restaurado, obtido da internet, em 1080p. Esse primeiro tem essa característica: ++++++++++++++++++++++++++ Título: Terminator 2 Judgement Day 1991 Restored-and-Regraded MULTIPLE EDITIONS 1080p PACK Fonte (OBS: eles não permitem colocar link pra baixar NADA (nada mesmo) em público: https://forum.fanres.com/thread-3462.html Especificações: VÍDEO --- Regradação meticulosa do filme, não apenas cena por cena, mas em alguns casos quadro por quadro ou até mesmo quadros individuais, onde necessário, para restaurar o filme para algo mais próximo dos lançamentos anteriores (Isso levou muuuito tempo!). --- Restauração da faca dobrável na cena do bar. --- Restauração da cabeça do dublê na cena do salto de moto em câmera lenta. --- Substituição de tomadas ao longo do filme onde os detalhes perdidos não puderam ser recuperados da transferência de 2017, utilizando a transferência Lionsgate de 2015, com regradação adicional para combinar com o restante do filme: --- Decidimos usar a transferência de 2015 para a primeira cena do T800 esmagando o crânio com os lasers rosas acima, já que remover a absurda quantidade de azul não era possível com a transferência de 2017. --- A lava no final do filme foi alterada para amarelo, perdendo muitos detalhes no processo, então preferimos a transferência de 2015 em algumas cenas. --- Corte de uma cena no carro após a fuga do asilo de Sarah Connor devido à borda do fundo projetado visível na transferência de 2017. --- Inserção e regradação de cenas da Special Edition para combinar com o restante do filme. ÁUDIOS (da VERSÃO DE CINEMA) -- DTS-HD MA 5.1 (StudioCanal 2017) -- DTS-HD MA 5.1 (Lionsgate 2015) -- DTS-HD MA "6.1" (Skynet 2009) -- Dolby TrueHD 5.1 (Edição Premium Japonesa 2008) -- DTS-HD MA 5.1 (Mix francês CDS "Remaster" 2008) -- DTS 5.1 (Mix japonês CDS 2003) Embora eu não esteja completamente satisfeito com a sincronização do áudio do CDS "Remaster" de 2008, é o melhor que consegui e ainda é muito assistível. ÁUDIOS (da "SPECIAL EDITION") -- DTS-HD MA 7.1 (Ultimate Lionsgate Hybrid 2020) -- DTS-HD MA 7.1 (Ultimate Premium CDS Lionsgate Hybrid 2020) -- DTS-HD MA 5.1 (Premium CDS Lionsgate Hybrid 2020) -- DTS-HD MA 5.1 (Lionsgate 2015) -- DTS-HD MA "6.1" (Skynet 2009) -- DTS-HD HR 7.1 (Edição Ultimate Alemã 2008) [Agradecimentos ao @Kurtos por enviar esta raridade - presente apenas em um HD-DVD alemão de 2008 por algum motivo!] -- Dolby TrueHD 5.1 (Edição Premium Japonesa 2008) -- Eles erraram o timing das cenas da Special Edition com o áudio do StudioCanal 2017, então não incluí essa versão. -- As três primeiras faixas da SE foram montadas por mim. Descobri que o volume da Edição Ultimate Alemã 7.1 estava muito alto, causando um "brickwalling" mais pronunciado do que outros remixes. Então, peguei os canais laterais da Edição Ultimate Alemã 7.1 e os ajustei para combinar com os canais L, R, C, LFE e surround traseiro da Lionsgate, que são quase idênticos à edição alemã, mas com maior taxa de bits e menos "brickwalled". Se você quiser uma experiência remixada em 7.1, a primeira faixa é provavelmente a melhor escolha. -- A terceira faixa é o Mix da Versão de cinema Japonês CDS, com as cenas da SE da Lionsgate inseridas nos canais L, R, C e LFE. Peguei os canais traseiros da Edição Premium Japonesa Dolby TrueHD 5.1 para as cenas da SE, já que os níveis de volume combinavam melhor com o Mix CDS sem necessidade de edição. Fora o volume mais baixo, são idênticos à Lionsgate. Esta é a experiência mais próxima de assistir ao filme com o áudio original, caso você prefira a SE. -- A segunda faixa é o Mix CDS nos canais L, R, C e LFE, com as cenas da SE da Lionsgate inseridas nos mesmos canais, combinados com os canais laterais da Edição Ultimate Alemã, com o volume ajustado para corresponder ao CDS. A maioria das pessoas consideraria isso um sacrilégio, mas se você quiser o mix original em 7.1, use esta faixa. -- O áudio Lionsgate 2015 está configurado como a faixa padrão selecionada. ++++++++++++++++++++++++++ Aí alguém vai perguntar: mas como está esse arquivo aí de projeto de fã? Muito diferente do disco oficial em Blu-ray ou UHD/4K? Mais ou menos assim: UHD/4K (notem o "teal" nojento) E aqui o da ideia acima. Mas não só existe ele. Este, se trata de um release em 4K (também projeto de fã, então não é algo oficial). Esse último print é mais similar ao trailer, o arquivo se diz "35mm" e aqui em resolução 4K, no entanto não é algo "finalizado", pois tem cenas em que obviamente precisa também de um ajuste (nas cores exageradas, ou brilho/contraste ruim), sem contar as clássicas falhas de negativo, com aquelas partículas que ficam pipocando na imagem. Vou dar um exemplo adicional: Projeto em 4K Projeto 1080p do FANRES Aqui, percebemos que o 4K está exagerado, enquanto que o FANRES se parece 1000x mais com o filme finalizado, com tudo consertado. Outro detalhe é que esse 4K que também achei na internet não sincroniza com os outros, pois está em 24 fps, então seria preciso algum conhecimento técnico avançado para sincronizar as dublagens nele. Falando em dublagens, T2 teve três (eu sempre achei que fossem duas). A do VHS (que até não é de todo ruim), a redublagem do DVD (que sempre achei bem fraca), e a clássica da Globo. No Brasil, tivemos essa edição (que claro, deve ser baseada nas de 2017) em Blu-ray da "Obras Primas do Cinema", mas tem 95% de chance de ser um "falso-original". Isso porque se estão dizendo que vem com o áudio clássico, é a única que o traz, porque desde os anos 1990 eu acho que nunca mais apareceu em nenhum lugar. Nunca vi em disco, ou streaming. Se eu pegar um box desses (e a OBRAS PRIMAS também disse ter trazido dublagem clássica de O VINGADOR DO FUTURO, mesma situação), a chance é altíssima de eu saber responder se é piratex. Não se deixem enganar pelas embalagens, é bem difícil esses discos trazidos pra cá serem licenciados. E tem o agravante que devem fazer tiragem baixa, pra esgotar, ficar mais $$$$$$$$$$ caro ainda, e rolar escassez artificial. Sobre os releases de T2, embora esse projeto do 4K (similar ao de Star Wars) tenha uma aparência mais rústica, e esse do FANRES esteja em 1080p, ambos são incomparavelmente melhores que o 4K e Blu-ray de 2017 (e os boxes antigos não tem imagem boa, também, são fracos). Uma outra cena que posso mostrar: FANRES ARQUIVO EM 4K (em 24 fps) UHD/4K É insano o quão ruim o disco oficial é.
  22. Segue uma lista com as próximas novidades em discos UHD/4K: - Meu Primeiro Amor (My Girl, de 1991), para 25/2 https://www.blu-ray.com/news/?id=35671 - O Quarto do Pânico (Panic Room, 2002) https://www.blu-ray.com/news/?id=35649 O Leão no Inverno (The Lion in Winter, 1968), em 17/2 https://www.blu-ray.com/news/?id=35670 Em 21/1, teremos VAMPIROS de John Carpenter (1998) https://www.blu-ray.com/news/?id=35675 Em 2025, Re-Animator, de 1985 https://www.blu-ray.com/news/?id=35674 Em Blu-ray apenas, a série SUPERMAN & LOIS (2021-2024), em Abril de 2025: https://www.blu-ray.com/news/?id=35662 RESENHA: Yojimbo, de 1961, saiu pela Criterion em disco 4K: https://www.blu-ray.com/movies/Yojimbo-4K-Blu-ray/373376/#Review Blu-ray apenas, na Austrália, saiu Capricórnio Um, de 1977, com 2 cortes: https://www.blu-ray.com/movies/Capricorn-One-Blu-ray/364445/#Review Outro resenhado foi Adoráveis Mulheres (Little Women, de 1994), em disco 4K: https://www.blu-ray.com/movies/Little-Women-4K-Blu-ray/370573/#Review ++++++ Outro do Carpenter chegando em 4K é o Fantasmas de Marte, de 2001: https://www.blu-ray.com/news/?id=35596 Para 11/2.
  23. Ontem eu encontrei alguns vídeos bem interessantes, que mostram como foi feito (de forma rápida) a mixagem de sons ouvidos nos clássicos T2, de 1991, e Jurassic Park, de 1993. No contexto de O Exterminador do Futuro 2, os elementos de som foram cuidadosamente trabalhados para criar uma experiência imersiva. Aqui está a explicação de cada componente, com exemplos específicos do filme (OBS: créditos ao ChatGPT para o resumo): >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 1) Sound FX (Efeitos Sonoros) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> O que é: Sons criados ou manipulados digitalmente para enfatizar ações dramáticas, elementos fantásticos ou que não existem no mundo real. Exemplos em T2: - O som metálico e viscoso do T-1000 se transformando em líquido. - O ruído grave e potente das explosões durante as cenas de ação. - O som dos tiros da espingarda de Arnold, incluindo o ka-chunk da recarga em uma mão só. - Objetivo: Dar peso e impacto a elementos intensos ou irreais, como os movimentos mecânicos do T-800 ou o som alienígena do T-1000. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 2) Ambience (Ambiência) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> - O que é: Sons de fundo que criam o ambiente do filme, ajudando a situar o espectador no espaço e no clima da cena. Exemplos em T2: - O ruído sutil da fábrica no final do filme, com máquinas ao fundo, vapor e eco metálico. - Os sons de vento e silêncio opressor no deserto onde Sarah Connor treina. - O barulho urbano durante a perseguição com o caminhão e a moto (carros ao longe, buzinas, o som da ponte quebrando). - Objetivo: Estabelecer o local e o tom da cena sem chamar atenção diretamente. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 3) Foley >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> - O que é: Sons gravados manualmente por artistas para replicar ações humanas ou interações físicas. É sincronizado com precisão para dar realismo. Exemplos em T2: - O som dos passos pesados do T-800 ao entrar no bar no início do filme. - O ruído do couro da jaqueta de Arnold enquanto ele se move ou luta. - O som dos punhos batendo durante lutas, criado com materiais como sacos de areia ou carne crua esmagada. - Objetivo: Reforçar os detalhes do mundo físico, como movimentos e texturas. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 4) Music (Música) >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> - O que é: A trilha sonora composta para amplificar as emoções da cena e dar identidade ao filme. Exemplos em Terminator 2: - O tema principal icônico, com percussão metálica e sintetizadores, usado para transmitir a sensação de urgência e destino. - A música sombria e crescente quando o T-1000 está caçando John Connor. - Tons mais emocionais e melódicos na cena final, quando o T-800 se sacrifica. - Objetivo: Conduzir a emoção do público, realçando drama, tensão ou alívio. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Como esses elementos funcionam juntos? >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Esses quatro elementos se combinam no mix final para criar uma experiência auditiva rica e completa. Por exemplo: - Na perseguição com o caminhão e a moto: - Ambience: O som do tráfego e do motor do caminhão. - Sound FX: O ruído estridente da moto, os tiros e a explosão do caminhão. - Foley: Os passos de John ao correr, a batida do metal no concreto. - Music: Uma trilha acelerada e intensa para elevar a tensão. Esses elementos isolados ajudam a entender como cada peça contribui, mas é a união deles que transforma a cena em algo memorável. +++++++++ Vejam também: E aqui para JURASSIC PARK: Matéria de 2015 sobre JP: Você Nunca Vai Adivinhar Como os Sons dos Dinossauros em Jurassic Park Foram Criados "Se as pessoas soubessem de onde vieram os sons de Jurassic Park, o filme seria classificado como para maiores de 18 anos!" riu Gary Rydstrom. O designer de som me ligou na semana passada para falar sobre seu trabalho no clássico de ação de Steven Spielberg, relançado em 3D recentemente. Quando o filme estreou em 1993, ele rendeu a Rydstrom dois prêmios da Academia por design e mixagem de som (ao longo de sua carreira, ele foi indicado impressionantes 17 vezes e ganhou sete estatuetas). Embora o trabalho em Jurassic Park tenha sido divertido, Rydstrom lembra que foi um grande desafio: ele precisou criar dezenas de sons distintos para os dinossauros praticamente do zero, já que ninguém sabe realmente como esses animais extintos soavam. Sua solução foi passar meses gravando sons de animais — alguns exóticos, outros nem tanto — e depois ajustar esses sons naturais para criar algo que parecesse ao mesmo tempo sobrenatural e orgânico. Quais animais reconhecíveis ele usou para misturar os sons do raptor, do T. rex e dos outros dinossauros de Jurassic Park? Continue lendo, se tiver coragem: como Rydstrom sugeriu, alguns dos sons são meio... inapropriados. Tyrannosaurus rex O temível Tyrannosaurus rex é um dos maiores animais de Jurassic Park, mas alguns de seus sons principais vieram do pequeno Jack Russell terrier de Rydstrom, chamado Buster. “A forma como eles animaram o T. rex era muito semelhante à de um cachorro, especialmente quando ele pega o Gallimimus ou o advogado e os sacode até a morte,” disse Rydstrom. “Todos os dias eu via meu cachorro brincando com um brinquedo de corda e fazendo exatamente isso, fingindo que estava matando a presa.” Será que a participação de Buster em Jurassic Park foi um caso isolado? “Não, eu uso meus animais de estimação o tempo todo,” riu Rydstrom. “Em O Exterminador do Futuro 2, gravei o som de Buster comendo ração para filhotes, e isso virou o som do ‘crunch’ quando o T-1000 enfia o espeto no olho de alguém.” “Uma das coisas divertidas no design de som é pegar um som e desacelerá-lo: ele se torna muito maior,” continuou Rydstrom. “Isso foi inspirado por Ben Burtt, o grande designer de som dos filmes Star Wars e um mentor meu: ele criou o som da criatura Rancor em O Retorno de Jedi desacelerando o som de um chihuahua. Esse é um dos segredos do design de som: desacelerar algo pequeno realça elementos que você provavelmente nunca conseguiria gravando algo grande.” Quanto ao assustador e estrondoso rugido do T. rex: “O elemento principal do rugido do T. rex não é um elefante adulto, mas um elefante bebê,” explicou Rydstrom. “Mais uma vez, um pequeno animal fazendo um som pequeno, desacelerado um pouco, tem mais interesse para nós do que o que um grande animal poderia fazer.” Velociraptors Os inteligentes velociraptors parecem ter sua própria linguagem simples, que, ao que parece, é a linguagem do amor. “É meio embaraçoso, mas quando os raptors ‘latem’ uns para os outros para se comunicar, é o som de uma tartaruga acasalando”, disse Rydstrom. “É uma tartaruga em pleno ato! Gravei isso no Marine World... as pessoas de lá perguntaram: ‘Você gostaria de gravar essas duas tartarugas acasalando?’ Parecia uma piada, porque o acasalamento de tartarugas pode levar um bom tempo. Você tem que ter bastante paciência para sentar, assistir e gravar.” Ainda assim, esse não foi o único elemento animal usado para criar os sons dos raptors. “Quando o raptor aparece na janela da porta na cozinha, o som da respiração é de um cavalo”, disse Rydstrom. “Usamos o cavalo em cerca de três ou quatro dinossauros diferentes.” E o som de chiado que o raptor faz ao emboscar o guarda-florestal Muldoon (que leva ele a dizer: ‘Clever girl’)? “Esse é de um ganso. Os pássaros fazem sons bem ásperos, mas os gansos são famosos por serem os mais irritados. Para fazer um ganso chiar, você só precisa deixá-lo bravo, e isso não é difícil, porque eles parecem se irritar com qualquer coisa. Basta chegar perto de um, colocar um microfone próximo ao bico e você consegue aquele chiado, que é exatamente o som que Muldoon ouve antes de morrer.” Gallimimus Se o rebanho de Gallimimus lembra uma estampida de cavalos selvagens, há um bom motivo para isso. “Lembro de ter gravado uma égua, e o cavalo macho passou bem perto dela, e ela relinchou porque estava no cio,” riu Rydstrom. “Muitos animais no cio fazem um som muito característico, e ela relinchou para o macho porque ele chegou um pouco perto demais, e acho que ela ficou animada com ele. Esse é o relincho que os Gallimimus fazem quando estão correndo, e também o som que um deles faz quando está sendo devorado por um T. rex. Um dos elementos principais dos gritos dos raptors foi um golfinho macho no cio, então dá para perceber um padrão aqui!” Brachiosaurus “O canto do braquiossauro é um dos meus sons favoritos no filme porque é bonito, mas, como todo bom design de som, é feito de uma fonte não tão bonita, que são jumentos,” disse Rydstrom. “Você pensa em jumentos, e eles meio que fazem um som de yodel, sabe? Há uma mudança de tom nos vocais dos jumentos, e, se você desacelerar bastante, obtém algo quase como um som de uivo, com qualidade de canto. Esse é o braquiossauro em seu modo de esplendor.” E quanto à cena mais tarde no filme, quando ele está espirrando? “Isso é o sopro de um buraco de baleia e um hidrante de incêndio.” Triceratops “Eu trabalho no Skywalker Ranch, que tem muitos bovinos ao redor, então usei muitas vacas para o tricerátopo,” disse Rydstrom. “Mas o som principal do tricerátopo doente é a respiração dele — aquela longa inspiração e expiração lentas — e isso, na verdade, é um dos únicos elementos do filme que não é um som orgânico. Usei um longo tubo de papelão com uma mola dentro, um dispositivo de reverberação que faz os sons parecerem esticados, mais profundos e estranhos. Então, quando Sam Neill encosta o ouvido na cavidade torácica do tricerátopo e ouve a respiração dele, há muito som de vaca ali, mas o elemento principal da respiração sou, na maior parte, eu soprando em um tubo.” Rydstrom admitiu que colocou outra voz humana no filme: seu amigo Dietrich. “Ele estava me visitando, e eu liguei o microfone e disse: ‘Você consegue fazer sons estranhos?’ E ele fez esse rosnado gutural com catarro. Na cena do ataque na cozinha, há um close do raptor abrindo lentamente a boca, prestes a atacar Lex enquanto ela está escondida em um armário, e esse som é, na maior parte, meu amigo Dietrich fazendo esse rosnado gutural estranho. Na época, parecia que eu estava trapaceando ao usar a mim mesmo ou qualquer outro humano para fazer um som de dinossauro — senti como se estivesse enganando os deuses do design de som!” Filhote de Raptor Os sons que Rydstrom usou para dar vida ao recém-nascido dinossauro são tão adoráveis quanto a própria criatura. “Ele acabou de nascer, então no início é realmente agudo e fofo, e nós gravamos muitos filhotes de animais: filhotes de corujas, raposas e coisas assim,” ele explicou. E não, seus ouvidos não estão enganados: quando Sam Neill descobre que o adorável dinossauro bebê é, na verdade, um velociraptor feroz, os sons que ele emite tornam-se mais... perturbadores. “Exatamente isso; assim que ele pergunta: ‘Que tipo de dinossauro é esse?’, você começa a ouvir esses sons mais ásperos de filhote de coruja,” disse Rydstrom. “Eu já sabia como seria o som do raptor adulto, que teria esse grito áspero e estridente, então tentei encontrar um animal bebê que tivesse essa aspereza nos sons que fazia.” Dilophossauro Quando encontramos o Dilophossauro pela primeira vez, ele inclina a cabeça para Dennis Nedry e emite um som agradável e trinado. “Foi feito a partir de um cisne,” revelou Rydstrom. “Cisnes fazem um som fofinho, como um assobio, então a versão bonitinha do Dilophossauro soa como um cisne, na maior parte.” Ele riu. “Parte da diversão de fazer esse tipo de trabalho é que eu não tinha ideia de como era o som de um cisne antes disso!” Claro, as coisas rapidamente ficam mais tensas com o Dilophossauro, quando ele abre a gola intimidadora ao redor da cabeça e cospe em sua presa. “Quando ele está na versão assustadora que cospe veneno, há definitivamente um som de cascavel ali enquanto ele abre o colar, e os sons ásperos na sua voz vêm de um falcão,” explicou Rydstrom, acrescentando com uma risada: “Sempre que dou palestras sobre gravação de sons para filmes, uma das coisas mais importantes que digo é que, quando você precisa gravar animais perigosos como leões, jacarés ou cascavéis, você deixa seu assistente fazer isso! No Jurassic Park, eu tinha um assistente, o adorável Chris Boyd — que ainda está vivo — e, se precisávamos de uma cascavel, eu dizia: ‘Chris, por favor, grave a cascavel.’ E eu ficava com os cães e os gatinhos!” ++++++++++++++++++++++++++++++++++++
  24. Boa entrevista do hoje execrado Bill Gates 😶
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