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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Rare Exports

Mais um filme de “Papai Noel do mal”, desta vez da Finlândia!? Mas é uma produção curiosa q entorna “O Caçador de Trolls” com qq produção natalina da Disney. Aqui vemos as consequências macabras q tem uma escavação gringa nos cafundó dum povoado rural na Finlândia, onde um moleque acha q encontraram o “Bom Velhinho”... mas o véio vai se revelar bem diferente daquele bonachão mostrado pela Coca-Cola. Bem feitinho e com atuações razoáveis, esta matinê só não deve passar na “Sessão da Tarde” devido a umas cenas de gore meio nojentinhas e pq demora muito pra emplacar.  Mas qdo engrena vale a pena, com uma reviravolta bacana e um dos desfechos mais divertidamente inusitados já vistos. Vale a pena, com ressalvas. E releve o estupido titulo que recebeu por aqui: "Papai Noel das Cavernas" ...pq o original faz muito mais sentido. 8/10

 

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 Visto ABSENTIA

 

 

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 Na trama, Callie (Katie Parker) vai passar um tempo com a sua irmã mais velha Tricia (Courtney Bell) que passa por um momento difícil, pois seu marido Daniel (Morgan Peter Brown) esta sendo declarado morto após estar desaparecido por sete anos. Entretanto, Tricia começa a ter uma série de visões com o marido desaparecido, ao mesmo tempo em que Callie descobre que a região vem sendo assolada por uma série de desaparecimentos ao longo dos anos, todos ligados a um misterioso túnel que fica nas proximidades.

 

  Dirigido por Mike Flanagan, esta produção de 2011 tem muito em comum com o trabalho mais recente do diretor, o mediano O ESPELHO. Ambos os filmes tem na relação fraternal o motor de suas narrativas. Mas se no filme de 2014, o sobrenatural era a principal fonte dos problemas que existiam entre os dois irmãos, em ABSENTIA, o mistério e horror que envolvem o túnel e os desaparecimentos serve apenas como pano de fundo para a conturbada, porém afetiva relação entre as irmãs Callie e Tricia. O roteiro, escrito pelo próprio Flanagan parece  usar o sobrenatural como uma metáfora para o sofrimento enfrentado pelas pessoas que possuem entes queridos desaparecidos, o que é uma proposta bem interessante, o que torna o desfecho da trama coerente, embora acredito que vá cair naquela categoria "Ame ou odeie".

 

 Não apenas na narrativa se encontram as semelhanças deste filme de Flanagan com seu trabalho mais famoso. A montagem algumas vezes brinca com o tempo para distorcer a noção do publico de realidade, na tentativa de nos fazer duvidar da veracidade de alguns fatos, o que seria usado pro Flanagan na enésima potência em O ESPELHO. Assim, o diretor cria sequências interessantes, como aquela em que acreditamos estar vendo uma alucinação de Tricia, para descobrirmos em seguida tratar-se de algo real e concreto.

 

  No geral, ABSENTIA é um thriller de mistério eficiente, com personagens bem construídos. Pode decepcionar alguns por oferecer mais perguntas do que respostas, mas pessoalmente eu curti o filme. Vale a conferida.

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The Damned 

 

Filme de terror que nos apresenta o mesmo que “Evil Dead”, só que noutra embalagem e contexto. Aqui vemos um grupo de amigos visitando os cafundós rurais da Colombia qdo o carro deles pifa numa tempestade. Claro q vão se refugiar numa casa estranha onde encontram uma pirralha presa. Mal sabem q libertando-a liberam o capeta em pessoa. Bem feitinho tecnicamente, com elenco razoável, alguns sustos e pouco gore, a película passaria desapercebida não fossem algumas sutis diferenças, uma reviravolta e um desfecho melancólico. O legal são os conflitos internos do pessoal do capeta jogando um contra o outro, mais psicológico q terror visceral. Resumindo, podia ser melhor mas ainda assim mantém o interesse. 7,5/10

 

 

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 Visto FABULA MACABRA

 

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   Na trama, Christopher e Katy Combs (Mark Lester e Chloe Franks) são dois órfãos que são convidados juntamente com outras crianças para passarem a noite de natal na casa da Sra. Forrest (Shelley Winters), uma solitária viúva que perdeu a filha em circunstâncias misteriosas. Entretanto, uma série de circunstâncias levam Christopher a descobrir um macabro segredo guardado pela Sra. Forrester, e assim ele passa a desconfiar que a velha viúva é uma bruxa que pretende comer a ele e a sua irmã.

 

  Este thriller setentista britânico, que mistura elementos do clássico PSICOSE com o conto de fadas JOÃO E MARIA parte de uma premissa bem interessante ao alternar o ponto de vista da narrativa entre a visão da perturbada Sra. Forrest e do não muito menos perturbado Christopher. A sequência de abertura, em que vemos a personagem de Shelley Winters cantarolando uma musica de natal diante de uma cama infantil, só para descobrirmos em sefuida que a cama é ocupada por um esqueleto de criança. Isso cria um suspense pra lá de interessante no momento em que descobrimos que um grupo de crianças órfãs esta prestes a passar a noite com a velhinha e seu suspeito copeiro.

 

  O roteiro escrito por Jimmy Sangster, roteirista que trabalhou anos na Hammer, cria um contraponto interessante para a Sra. Forrest através do distorcido ponto de vista de Christopher e seus delírios de conto de fadas. O filme na verdade acaba por ser uma grande disputa entre a velha e o menino pelo amor e confiança da pequena Katy. E é curioso notar como o ciumes e a imaginação fora de controle de Christopher podem ser tão destrutivos quanto a loucura da Sra. Forrest.

 

  Infelizmente, apesar das boas idéias, FABULA MACABRA nunca consegue dar asas as suas boas ideias, ficando apenas uma promessa não cumprida. Quanto ao trabalho do diretor Curtis Harrington, o cara segura as pontas, e até faz um trabalho de câmera interessante em algumas passagens, como a já citada sequência de abertura, e uma sequência em que os irmãos tentam fugir da mansão da Sra. Forrest., mas são exceções , pois na maior parte do tempo é bem burocrático. O filme tinha todas as idéias para uma fabula realmente macabra, mas o resultado ficou bem aquém do potencial.

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 Chegou 2015 pessoa! Espero que todos tenham tido um ótimo fim de ano.

 

 Visto AMONG FRIENDS

 

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  Na trama, Bernardette (Alyssa Lobit) dá uma festa temática para um grupo de amigos. O tema é um mistério dos anos 80, e o objetivo parece ser descobrir o que houve com Lily (Dana Daurey), a unica convidada que não esta presente. Entretanto, logo os convidados descobrem que foram drogados, e acabam amarrados em cadeiras em torno de uma mesa de jantar pela anfitriã. Bernardette revela que há câmeras escondidas pela casa, que nos últimos anos gravaram vários dos maus hábitos dos amigos. A dona da festa pretende arrancar sinceridade de seus amigos, custe o que custar.

 

  A exemplo dos britânicos TRUTH OR DARE ou PANIC BUTTON, este AMONG FRIENDS coloca um grupo de amigos de pessoas em uma armadilha disfarçada de festa pelo anfitrião, que expõe os pecados de seus convidados para quem quiser ver, enquanto os tortura psicologicamente e os joga uns contra os outros. Entretanto, apesar de ter boas idéias e alguns bons momentos, o longa de estréia da gatinha Scream Queen Danielle Harris (que começou a carreira de atriz criancinha lá em HALLOWEEN 4) não consegue ter a força de seus companheiros europeus.

 

  Talvez um dos maiores problemas do filme se encontre na escalação de sua antagonista. Alyssa Lobit, que também é responsável pelo roteiro, soa bastante forçada como a sádica Bernardette. Não ajuda o fato dos efeitos gore do filme não serem dos melhores. Certas cenas soam absolutamente fakes, como uma sequência onde a vilã escalpela um de seus convidados com uma tesoura. A reação dos personagens, e o próprio efeito não convencem. O pior é que Bernardette não é uma vilã mal escrita. Ela é até interessante com seu código de integridade distorcido, mas é terrivelmente mal atuada, o que prejudica e muito a imersão.

 

  Danielle Harris até que não manda mal na direção não. Percebe-se a sua inexperiência, especialmente na montagem desastrosa do desfecho do filme, mas há algumas boas sacadas. Os enquadramentos valorizam a tensão crescente entre os personagens, e uma sequência em especial que mostra uma bad trip de certa personagem é pra lá de interessante e até agoniante. Detalhe que essa alucinógena sequência contam com as participações especiais da própria diretora e de ninguém menos que Michael Biehn, o eterno Kyle Reese de O EXTERMINADOR DO FUTURO. 

 

 No fim das contas, AMONG FRIENDS é um thriller de horror divertido. Não é nada que se diga nossa, mas serve pra passar o tempo.

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 Visto O MESTRE DAS ILUSÕES

 

 

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  Na trama, Harry D'Amour (Scott Bakula) é um detetive ocultista que ao investigar uma fraude de seguros em Los Angeles, acaba sendo testemunha de um violento assassinato. Ele se interessa pelo caso, e suas investigações o levam a travar contato com Philip Swann (Kevin J. O'Connor) um famoso ilusionista cujos truques são tão convincentes que muitos acreditam tratar-se de magia de verdade. A medida em que se aprofunda nos segredos do mágico que envolvem um sombrio passado mergulhado em magia negra, D'Amour envolve-se com a esposa de Swann, a bela Dorothea (Famke Janssen).

 

 thriller de horror noir noventista dirigido por Clive Barker, baseado em seu próprio conto, O MESTRE DAS ILUSÕES é um filme divertido com conceitos bem interessantes, mas que confesso é um pouco longo demais, o que acaba tornando a experiência um pouco cansativa. O filme possui todas as características dos filmes de Baker (e das histórias baseadas em sua obra em geral). Ou seja, o prazer e a violência parecem estar bem próximos um do outro,, e existe uma estética bastante bem pensada na hora de conceber as criaturas que cruzam o caminho do protagonista, e como em seus filmes anteriores, o clássico HELLRAISER e o fraquíssimo RAÇA DAS TREVAS, Barker usa maquiagem e efeitos práticos a maior parte do tempo, usando a computação gráfica somente quando o necessário.

 

  O diretor parece prestar um tributo aos filmes noir, não apenas na narrativa que contém fortes elementos desse estilo de cinema, mas também em sua trilha sonora, que evoca melodias do jazz em clara referência ao subgênero. Ao mesmo tempo, o roteiro de Barker cria uma mitologia interessante por trás da seita a qual Swann pertenceu no passado. O bruxo Nix, vivido por Daniel Von Bargen é claramente baseado no famoso assassino Charles Manson, sendo capaz de influenciar os seus seguidores a cometer verdadeiras barbáries. Entretanto, como dito antes, a história se estica mais do que deveria. O roteiro de Barker faz a investigação do protagonista dar mais voltas do que realmente precisa, inserindo subtramas desnecessárias, como a passagem de D'Amour por um clube de mágicos.

 

 Entretanto, apesar de não ser tão bom como HELLRAISER, este filme é bem superior ao trabalho anterior de Barker, RAÇA DAS TREVAS, mostrando um amadurecimento do escritor inglês como diretor. Algumas sequências conseguem equilibrar bem o crescendo de suspense com o gore, como uma cena angustiante em que um personagem amarrado á uma roda começa a ter o corpo perfurado por espadas, enquanto outras cenas conseguem chocar sem mostrar muito, como a montagem que mostra os discípulos de Nix abandonando as vidas que levavam para se unir ao seu mestre, incluindo ai uma mãe que sai de casa, em uma espécie de versão condensada da cena de abertura de O PADRASTO.

 

 No geral, O MESTRE DAS ILUSÕES é um filme divertido, que vale a conferida. Mas que podia ser um pouco mais enxuto, isso podia.

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 Visto SOLO

 

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   Na trama, Gillian (Annie Clark) é uma jovem que tentando se recuperar de um trauma recente, aceita um emprego de verão como monitora de acampamento. Entretanto, antes de poder ser efetivada no emprego, ela deve passar pelo "solo", uma iniciação onde ela deve passar dois dias sozinha em uma pequena ilha situada no meio de um lago. Entretanto, a medida que o tempo avança, a jovem começa a ter a sensação de que está sendo observada. Logo, Gillian se vê em uma desesperada luta pela sobrevivência, enfrentando uma ameaça ligada ao passado do acampamento.

 

 A exemplo do  que ocorre com as babás em filmes de horror passados em áreas suburbanas, os monitores são os alvos preferidos de monstros e psicopatas em filmes de horror passados em acampamentos, vide BANHO DE SANGUE, SLEEPWAY CAMP e é claro a franquia SEXTA FEIRA 13. Porém, diferente de filmes como BABYSITTER WANTED, que sutilmente reconhecia o simbolismo da posição ocupada por sua protagonista dentro do gênero (no caso uma babá) e usava isso para surpreender o público, SOLO parece não se dar conta que a sua história já foi contada um bom numero de vezes, não apresentando nada de novo em sua estética e narrativa, que se leva excessivamente á sério. 

 

  A premissa dessa produção canadense até tem alguns pontos de interesse. Situar a ação principal em uma ilha onde uma protagonista sofrendo de estresse prós traumático esta isolada, sofrendo de uma ameaça invisível é em teoria, bastante interessante. Mas o roteiro escrito pelo diretor iniciante Isaac Cravit simplesmente não aproveita nada disso. Além disso, enche a trama com barriga desnecessária, tentando dar a narrativa uma profundidade que ela simplesmente não tem. Por exemplo, o trauma da protagonista não tem nenhum tipo de função dentro da trama e nem a deixa mais interessante. Pra piorar a situação, a jovem Annie Clark, que deveria carregar o filme, apesar de ser bem gata, não tem carisma algum e é totalmente inexpressiva. Torna-se impossível se preocupar com qualquer coisa que aconteça com ela.

 

  Entretanto, o filme não é uma perda de tempo total. A fotografia é bem cuidada, ajudando a criar uma atmosfera interessante que reforça o sentimento de isolamento que a trama deve passar. E Se o roteiro de Cravit é clichê e pouco atraente, o cara até que tem uma boa mão na direção, dirigindo sequências visualmente interessantes e bem decupadas, como aquela em que Gillian tenta se esconder de um perseguidor em uma área cheia de fumaça de um sinalizador ou outra envolvendo uma lanterna, que cria uma transição interessante entre o presente e um flashback. Mas são pequenos momentos de brilho em um filme que no geral, é bastante apagado. Não é um filme que eu recomende.

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 Visto WAKE WOOD

 

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   Na trama, Patrick e Louise (Aiden Gillen e Eva Birthstle) são um casal que muda-se para o isolado vilarejo de Wake Wood, tentando se recuperar da morte de sua pequena filha Alice (Ella Connolly). Acidentalmente, os dois acabam descobrindo um misterioso ritual realizado pelo líder da comunidade, Arthur (Timothy Spall) que é capaz de trazer os mortos de volta á vida por três dias. Arthur concorda em dar ao casal a chance de se despedir da filha, mas algo dá errado, o que vai provocar consequências trágicas na vida do casal.

 

  Esta produção britânica possuí grande semelhança com o pequeno clássico oitentista CEMITÉRIO MALDITO. Em ambos os filmes, acompanhamos um casal enlutado pela morte do filho (em WAKE WOOD, filha) que encontra um jeito de trazer a criança de volta dos mortos só para descobrir que o rebento transformou-se em uma máquina de matar. Não só o conceito do filme desenvolvido pelo diretor David Keating e pelo roteirista Brendan McCarthy (responsável pelo roteiro do novo Mad Max) é muito semelhante a da já citada adaptação de Stephen King, como o arco dramático dos personagens também é muito semelhante, o que dá ao projeto um desagradável ar derivativo.

 

  Isso poderia ser contornado pela direção, mas o frouxo trabalho de Keating não dá conta. O filme possuí um ritmo lento, que tenta primeiro fazer com que nos conectemos com a tristeza do enlutado casal protagonista, para que em seguida compartilhemos de sua alegria em recuperar a filha. Mas tudo é tratado de forma muito artificial pela história. A mitologia criada em torno do povoado de Wake Wood e as regras de seu ritual até que é interessante, mas como quase tudo neste filme, é mal explorado.

 

  O filme até compensa um pouco no gore, não tendo medo de mostrar sangue, como na sequência que mostra a morte de Alice atacada por um cachorro ou a morte de um velhinho envolvendo um boi fora de controle. Mas são pequenos momentos que dão certo, pois na maior parte do tempo, é tudo muito mal decupado. Não dá pra se levar a pequena Alice como real ameaça, já que em todos os assassinatos que ela comete ao longo do terceiro ato são terrivelmente mal coreografados e editados.

 

  No geral, não recomendo o filme não. Achei bem ruinzinho.

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 Visto EDEN LAKE

 

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  Na trama, Steve (Michael Fassbender) leva a sua namorada Jenny (Kelly Relly) para passar um fim de semana romântico á beira de um belo lago, localizado em uma região isolada. Chegando lá,  um grupo de adolescentes arruaceiros liderados pelo sádico Brett (Jack O'Connell) começa a implicar com o casal. Logo, durante um desentendimento entre os jovens e o casal, a cadela de Brett é acidentalmente morta, o que leva Brett a convencer os amigos a amarrar e torturar Steve. Agora, Jenny deve tentar escapar e buscar ajuda, antes que sofra um destino terrível nas mãos da gangue juvenil.

 

  Filme de estréia de James Watkins, que mais tarde dirigiria o morno A MULHER DE PRETO, este EDEN LAKE revela-se um tenso e violento thriller que versa com certa propriedade sobre a violência juvenil. Quando vemos o grupo de adolescentes surgirem na tela pela primeira vez, escutando musica alta e fazendo bullyng, eles não geram nenhum tipo de aflição nos protagonistas mesmo que já exibam uma postura violenta. Como diz Steve durante esta introdução dos vilões do filme "São apenas garotos".

 

  Claro que mais pra frente, estes "garotos" se mostrarão mais perigosos e letais do que o casal imaginava. E é interessante notar como o roteiro escrito pelo próprio diretor trabalha a dinâmica dentro da gangue juvenil, que basicamente funciona através da pressão dos pares. Conseguimos ver a forma quase mecânica como mais de cinco jovens são levados a ir do bullyng ao vandalismo, e do vandalismo ao crime. O líder praticamente impõe a ideia, a unica garota do grupo (Finn Atkins) vai na onda pra agradar o namoradinho, e relutantemente os outros por medo ou pra não parecerem covardes vão um por um na onda. Tal processo é muito mais rico do que se simplesmente mostrassem a gangue juvenil como sendo crianças marginais e deu. Ponto para o filme.

 

  Apesar do ambiente paradisíaco em que se passa a narrativa, o filme mantém uma fotografia escura e saturada, quase cinzenta, a maior parte do tempo, excetuando as cenas iniciais em que Steve pega Jenny no trabalho (a moça ironicamente é uma professora infantil). O gore utilizado também está de parabéns, não chamando a atenção demais para si mesmo, mas conseguindo transmitir para o publico a angustia necessária, como na cena em que Steve é constantemente cortado pelos adolescentes, ou um determinado ferimento que Jenny sofre no pé durante a sua fuga desesperada.

 

  Atikins manda muito bem na direção também. Nas cenas iniciais, ele consegue fazer com que nos conectemos e nos importemos com Steve e Jenny sem tornar tal início arrastado. O cara manda muito bem também na condução do suspense, dando destaque aqui para uma sequência em que Jenny e um ferido Steve escondem-se no lago, sob uma cabana, enquanto os adolescentes os procuram no andar de cima. O cara tem uma mão boa pra suspense e tensão, sabendo usar a decupagem para extrair o máximo desses momentos.

 

  O elenco manda muito bem também. Kelly Reilly consegue fazer uma transição convincente de sua personagem de uma mulher meiga para uma sobrevivente levada ao extremo do "Matar ou Morrer", ajudada pela maquiagem, já que sua personagem fica cada vez mais coberta de sangue e lama a medida em que a narrativa avança. Já Michael Fassbender, mais acostumado a papéis sisudos, como o jovem Magneto da franquia X men, e Carl Jung de UM MÉTODO PERIGOSO, tem aqui de fazer um personagem mais simpático e caloroso, um cara comum que só queria um fim de semana maneiro com a namorada. Fechando o elenco principal, Jack O'Connel faz de Brett um vilãozinho odioso e ao mesmo tempo assustador. Sua falta de remorso e frieza, contrastada com a de seus amigos, provoca revolta e arrepios no público.

 

 No geral, curti muito EDEN LAKE e recomendo, Não é inovador em sua premissa e a trama é simplíssima. Mas a execução é ótima. Vale a conferida.

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Esse aí acima é crássico dos crássicos do gênero "survival", coisa q virou modinha ultimamente mas sem o mesmo impacto. Aqui foi lançado (faz tempo) com o titulo banal "Sem Saida" nas locadoras. :wacko:  O mais recente desse naipe de filmes é o marromenos "Preservation"..

Questão, se gostou de "Solo" deve assistir enton "Black Rock" , bem melhor..q por sua vez é um "Abismo do Medo" q troca cavernas pela mata. ;)

 

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Proxy

Thriller dramático que flerta com terror psicológico este indie que bebe da fonte Hitchcock e o entorna num "Garota Ideal" só que com muito mais violência. Jovem grávida perde seu bebê num violento assalto (numa cena fortíssima e contraindicada pra gestantes!) e, na tentativa de superar a perda, começa a frequentar um grupo de apoio a mães na mesma situação. Só q ela vai fazer amizade com uma muié do grupo e o caldo vai entornar de vez. É o tipo de filme q qto menos souber, melhor. Na boa, é uma pelicula que bem podia ter sido feita pelo De Palma pq está td lá: uma cena de assassinato cabulosa em slow-motion, trocentas homenagens a Hitchcoock, mudança de protagonistas no meio da projeção e várias reviravoltas q entornam td q nos foi dado até aquele momento. Com atuações ok, quiçá o único porém deste pequeno gde filme seja justamente sua escassez de recursos q comprometem alguns detalhes técnicos. Ainda assim, vale a visita claro. 8,5/10

 

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 Visto O HORROR DE DUNWICH

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 Adaptação setentista de conto de H.P Lovecraft, o filme parece pegar um momento de transição do cinema de horror. Ao mesmo tempo em que temos o paganismo como ameaça central, e doses generosas de erotismo, algo super comum no gênero durante os anos 70, o filme possui também uma ambientação gótica com direito a aldeões enfurecidos e segredos de uma família amaldiçoada, algo característico no popular revival gótico dos então findados anos 60. Mas tirando essa curiosidade provocada pela colocação do projeto no contexto histórico do gênero, não sobram muitos motivos para assistir a este O HORROR DE DUNWICH. O baixo orçamento da produção é muito mal escondido, não existe nenhum momento de suspense digno de nota, e o horror do título é praticamente nulo. E pra finalizar, não consegui me importar com absolutamente nenhum personagem apresentado pela trama. O vilão não passa nenhuma ameaça e tem zero de carisma, a mocinha é gostosinha mas impossível de se torcer, já que passa a maior parte da produção dopada, e Ed Begley parece mais interessado em pegar o cheque no final do dia do que em atuar como o heroico Dr. Armitage. No geral, bem esquecível.

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 Seguindo a dica do SOTO, conferi PROXY

 

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  Na trama, Esther Woodhouse (Alexia Rasmussen) é uma garota que perde o filho que estava esperando, após ser atacada na rua. Ela passa a frequentar um grupo de apoio para mães que também perderam seus filhos, e acaba fazendo amizade com Melanie Michaels (Alexa Havins) Inicialmente uma bela amizade começa a surgir entre as duas, mas a fixação que Esther começa a nutrir por Melanie, somado a segredos guardados por Melanie pode resultar em uma grande tragédia.

 

 Como bem disse o SOTO, este thriller dramático parece reverenciar a obra de mestres como Alfred Hitchcock e Brian De Palma, mas sem que estas homenagens chamem a atenção demais para si. A narrativa parece se reinventar o tempo todo, e nenhum personagem é o que realmente parece ser. Apesar de ser mais focado no suspense psicológico do que na violência propriamente dita, há duas sequências que podem afetar os mais sensíveis, que é o ataque a Esther que abre o filme, e uma morte ocorrida em uma banheira, cena essa que possui um apuro estético incrível, mesmo que voe sangue pra tudo quanto é lado. Possuindo o mérito de deixar que o publico interprete a motivação de alguns personagens, PROXY só peca por ser um pouquinho arrastado em sua segunda metade, mas no geral, vale a conferida. Ah, e diferente do SOTO, nem notei a escassez de recursos.

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 Visto LENTES DO MAL

 

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   Na trama, Stephen Grace (Jackson Rathbone) é um estudante de cinema em busca de um tema para a sua monografia. Ele fica amigo de Quaid (Shaun Evans), um misterioso rapaz que sugere a Stephen que ele fizesse um documentário explorando as raízes do medo. Stephen, juntamente com a colega Cheryl (Hanne Steen) abraça o projeto. Mas a medida que o filme avança, Quaid passa a acreditar que o material esta entediante, e decide lançar um novo e perigoso ângulo para a pesquisa

 

 LENTES DO MAL é um thriller psicológico bastante eficiente, com uma boa condução de suspense, um gore modesto, mas eficiente e personagens interessantes. O espiral de loucura em que Quaid mergulha é muito bem retratado dramaticamente, gerando sequências estéticas bastante interessantes, como a alucinação de Quaid quando esta no bordel. Por se tratar de um filme que gira em torno da pesquisa do medo, o filme também guarda tensas doses de sadismo ao exibir as torturas psicológicas as quais Quaid submete os seus "Objetos de estudo", como a sequência da carne. Não é nenhum torture porn, longe disso, pois a violência exercida pelo vilão é 95% psicológica. No geral, LENTES DO MAL não vai se tornar nenhum clássico no futuro, mas é um filme que cumpre muito bem o que promete, com atuações descentes e uma trama que prende a atenção até o desfecho. Vale a conferida.

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 Visto O MOINHO DAS MULHERES DE PEDRA

 

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  Na trama, Hans Von Arnin (Pierre Brice) é um jovem escritor que viaja até uma pequena cidade holandesa para estudar o trabalho de Gregorius Wahl (Herbert A.E Bohme) um escultor que vive em um moinho que se tornou uma atração na cidade, devido ao seu carrocel de mulheres de pedra. Durante a sua estadia, Hans acaba se envolvendo com Elfie (Scilla Gabel) a enferma filha de Wahl. Entretanto, quando rejeita o amor da garota, Hans pode acabar esbarrando na terrível verdade que relaciona a doença de Elfie com as estatuas que decoram o moinho.

 

 Misturando elementos de clássicos como MUSEU DE CERA e OS OLHOS SEM ROSTO, este thriller italiano sessentista destaca-se não pela sua história, mas sim pela sua ótima atmosfera gótica e pelo design de produção que transforma o moinho do título em um verdadeiro cenário de pesadelo. Com suas escadas tortas e portas assimétricas, a residência do Prof. Wahl poderia perfeitamente ter saído de um filme expressionista. Ao mesmo tempo, o bizarro carrocel com as mulheres de pedra, que usam roupas e perucas coloridas, contrasta de forma incomoda com o resto do cenário cinzento. Ao mesmo tempo em que a fotografia e direção de arte do filme são muito eficientes, a trilha sonora também faz muito bem o seu trabalho, especialmente a bizarra musiquinha que toca quando o carrocel das mulheres de pedra esta em funcionamento. A musica é usada com parcimônia, sendo guardada apenas para os momentos em que realmente causa impacto dramático.

 

 No geral, vale a pena conhecer esta obscura pérola do cinema de horror italiano.

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The Atticus Institute

Eis um "found footage" legalzinho sobre possesão, relativamente superior ao resto, quem mistura "The Banshee Chapter" com "The Last Exorcism". Aqui temos em tom de falso documentario os experimentos que o Exercito dos States realizava pra estudar fenomenos paranormais, em especial uma cobaia russa telecinética. Bem feitinho tecnicamente, o que depõe contra sao as atuações abaixo da média, sem falar um ou outro efeito especial meia-boca. Contudo, é um filme que mantem o suspense e tensão durante td projeção e, consequentemente, o interesse pela trama. Mesmo sendo uma produção paupérrima q não agrega nada a este sub-gênero, o maior mérito mesmo é dar a impressão de estar assistindo um "Globo Reporter" sobre "Scanners", "Carrie" ou até uma visita ao Instituto Xavier. 8,5/10

 

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 Visto BANSHEE CHAPTER

 

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   Na trama, Anne Roland (Katia Winters) é uma jornalista que tenta desvendar as circunstancias misteriosas do desaparecimento de seu amigo James Hirsch (Michael McMillan), que sumiu após usar uma das drogas criadas no controverso projeto MK-Ultra. A busca de Anne a leva a cruzar o caminho de Thomas Blackburn (Ted Levine) um escritor viciado em drogas. Juntos, Anne e Thomas descobriram que os segredos que envolvem a misteriosa droga que James tomou é algo extremamente perigoso e muito longe da compreensão humana.

 

  Nesta ficção científica de horror, que mistura as linguagens do found footage, com as filmagens convencionais, o diretor e roteirista Blair Erickson, coloca a sua trama de horror cósmico atrelada a uma muito bem empregada atmosfera de conspiração. O filme abre mostrando imagens de arquivo reais que mostram as consequências politicas da exposição do projeto MK-Ultra, um dos mais vergonhosos episódios da Guerra Fria, quando foi revelado que o governo americano estava testando drogas psicotrópicas em seus próprios compatriotas. Com o tom de desconfiança instalado desde o início, o roteiro de Erickson começa a trabalhar nos aspectos mais fantásticos de sua trama. A influência da obra de H.P Lovecraft inclusive é exposta com orgulho, com o personagem de Levine fazendo um resumo do conto "Do Além", que tem forte semelhanças temáticas com a trama do filme.

 

  Como diretor, até que Erickson manda bem. Ele consegue esconder de forma muito eficiente os baixos recursos da produção, deixando com que seus monstros apareçam só por tempo o bastante para passar a sensação de ameaça. O suspense é bem construído, especialmente no climax.

 

  No geral, BANSHEE CHAPTER é um ótimo sci-fi de horror, com uma história instigante. Vale a conferida.

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Esse "Banshe Chapter" achei bem fraquinho prum terror em primeira pessoa pq tem bem melhores, do qual só destoa mesmo o interessante tema. Podia ter sido bem mió..

 

The Guest

Divertido thriller de ação (e próximo do slasher) do mesmo naipe de "No One Lives" e de "You´re the Next", do mesmo diretor aliás. Aqui vemos a vida duma familia virar do avesso qdo acolhe um misterioso cara q diz ser amigo do filho morto (no Iraque). Mas o fulano logo vai mostrar a que veio, num mix de "Drive", "Soldado Universal" e "Ultimato Bourne" deixando um rastro de sangue q coloca em perigo a tal familia feliz. Bem feitinho, com ritmo frenético e repleto de referências oitentistas (Carpenter, principalmente), Dan Steves segura bem a peteca na canastrice do personagem principal. Resumindo, o filme esta longe de ficar na memória, mas é bem divertido sem dúvida. 8,5/10

 

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 Visto ANATOMIA

 

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   Na trama, Paula Henning (Franka Potente) é uma ambiciosa estudante de medicina, que ao ingressar em uma renomada universidade se depara na mesa de autópsia com o corpo de um jovem que havia conhecido um dia antes. Ao investigar a causa da morte, Paula acaba topando com um terrível segredo, ficando na mira de uma sociedade secreta que leva as suas pesquisas médicas até as ultimas consequências, e que não pouparam esforços para impedir que a jovem os denuncie.

 

  Thriller alemão de suspense com toques de slasher, ANATOMIA parte de uma premissa bastante interessante ao colocar uma série de assassinatos ligados a tal sociedade secreta, que ignora totalmente o juramento de Hipócrates em nome do bem maior da medicina. Mas o roteiro do diretor Stefan Ruzowitzky prefere a certa altura deixar essa interessante discussão dos limites da medicina em segundo plano, para colocar um mero surto de ciumes do vilão principal como principal catalizador de seus crimes, uma baita oportunidade desperdiçada.

 

  Como diretor, Stefan Ruzowitzky não chega a ser ruim. Uma das primeiras cenas do filme, que mostra uma das vítimas dos médicos psicóticos acordando semi paralisado em uma maca mortuária, só para perceber que seu peito foi aberto, e que um de seus braços foi descarnado quase até o osso é arrepiante e promete um filme promissor, mas infelizmente fica só na promessa, já que Ruzowitzky nunca consegue nos entregar novamente uma cena que chegue perto do impacto desta. Mas o diretor parece ter grande dificuldade de timing no que diz respeito a transição da comédia para o suspense, arruinando tanto os alívios cômicos que tenta criar, como certos momentos de tensão. E uma cena em montagem paralela em especial envolvendo um homicídio cometido em meio a borboletas e a destruição de alguns diplomas, acaba soando terrivelmente pretensiosa. Uma pretensão que não foi alcançada.

 

 No geral, ANATOMIA não é ruim. É um filme divertido com uma trilha sonora bacana. Mas é facilmente esquecível.

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Nightcrawler

Foderoso thriller dramático com elementos de horror psicologico, ecos do scorcessiano "No Limite" e do argentino "Abutres" . Aqui vemos a ambição dum ladrão pé-de-chinelo em se tornar um "repórter cinegrafista de imagens chocantes" que cobre desgraças noturnas - algo como Datena ou Gil Gomes amador - subvertendo a ética e moral no jornalismo. Belissimamente fotografado e se passando quase que sempre a noite, esta fábula mórbida tb alfineta a midia sensacionalista, a solidão e o sucesso a qq preço. Contudo, se favorece principalmente da espetacular atuação do "cowboy biba" e "principe da pérsia" Jake Gyllenhall em seu melhor papel. Após "Donnie Darco", claro. Repleto de sinistro humor negro, é um filme q incomoda pelo teor real que transmite embora se arraste em alguns momentos. E por isso mesmo merece ser visto. 9/10

 

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Visto KUSHISAKE ONNA

 

 

  Na trama, uma pequena cidade japonesa é assombrada por uma série de sequestros de crianças cometidos pela Mulher De Cara Cortada (Miki Mizuno) uma lenda urbana que parece ter ganhado vida. Após ter uma de suas alunas sequestradas pela estranha figura, dois professores, Kyoko Yamashida (Eriko Sato) e Noboru Matsuzaki (Haruhiko Kato) unem forças para tentar encontrar as crianças antes que seja tarde demais.

 

  KUSHISAKE ONNA segue a maior parte da cartilha do horror sobrenatural nipônico. Temos uma maldição executada por um fantasma homicida de pele pálida e longos cabelos negros, que desta vez ganha o acréscimo de estar armado com uma tesoura  ter grande parte da boca rasgada, além da conclusão em aberto. Dito isso, apesar de não ser nada inovador, o filme de Koji Shisaishi joga bem com os clichês do gênero, conseguindo ter uma atmosfera instigante, uma vilã visualmente assustadora, e personagens com os quais conseguimos nos importar.

 

  A sequência de abertura é bem eficiente ao introduzir o clima de medo e pânico do filme. Antes mesmo do primeiro ataque da Mulher de Cara Cortada, conhecemos a sua lenda através dos comentários das crianças, que em diferentes contextos, contam umas as outras o mito do terrível espirito vingativo, que esconde a sua deformidade com uma mascara cirúrgica, e vaga por ai com uma afiada tesoura na mão, raptando crianças e levando-as para a sua casa de telhado vermelho. Isso dá um ar mítico a vilã antes mesmo que ela surja, e é muito apropriado que essa introdução seja feita pelas crianças, que no fim das contas, são as principais vitimas da vilã.

 

 O filme também tem como pano de fundo a violência excessiva contra as crianças. A menina Mika (Rie Kuwana) vai a escola com uma mascara cirúrgica idêntica a usada pelo espirito maligno, isso para esconder o lábio inchado praticado por uma agressão cometida pela mãe. E descobrimos que a própria heroína do filme, a professora Yamashida perdeu a guarda da filha para o marido por também praticar maus tratos, o que explica a sua busca para salvar Mika como uma espécie de redenção. Desta forma, a Mulher da Cara Cortada surge como uma espécie de Velho do Saco, que pune os pais roubando os seus filhos por estes terem os maltratado.

   

  No geral, é um bom filme, com uma atmosfera que prende o espectador, Vale a conferida.

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Detour

Eis mais um thriller dramático/horror psicológico ou até mesmo um "survival" independente do naipe de "127 Horas" e "Enterrado Vivo", só q ao invés do sujeito se ver preso num caixão aqui ele ta enclausurado em seu jeep Cherokee por conta dum deslizamento na estrada. Com este simplório roteiro e mesmo a trama passando num único lugar, o filme consegue prender a atenção tão bem qto o ótimo "Loocke" (com Tom Hardy) com mta tensão e suspense. Destaque pras criativas soluções q o cara tem pra sobreviver dentro da caranga, algo q lembra muito o McGyver. Contudo, assim como o fôlego do bom protagonista, o filme se sustenta numas e outras, mas no balanço geral dá pro gasto desde q se esteja sem gdes expectativas. 8/10

 

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The Remaining

Filme apocaliptico que entorna "Final dos Tempos" e "O Nevoeiro" de forma apenas mediana. Na trama, chupinhada de "Cloverfield" , um grupo de amigos comemora o casório dum deles qdo subitamente o mundo colapsa e td indica que seja o Apocalipse de acordo as profecias biblicas. Claro que eles vão se virar nos trinta pro q vem a seguir. Na boa, esta pelicula é muito bem feita, tem cenas de desastre bem legais, o ritmo é bem ágil e prende o interesse, sem mencionar q seus atores são bem superiores os ruinzinhos de "Skyline". Contudo, o maior defeito ta no roteiro, feito exclusivamente pra passar sermão religioso sem pudor algum aos espectadores "não crentes", o que torna a pelicula bem ingênua boa parte da projeção. Mas se vc for algum fiel da Igreja Universal, quiçá considere esta produção uma obra prima a ser recomendada. 7/10

 

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 Visto A FRONTEIRA

 

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   Na trama, Yasmine (Karina Testa) é uma jovem gravida que junto com o irmão, o namorado e alguns amigos executam um assalto, aproveitando-se do caos gerado pelas manifestações políticas em Paris. Eles tentam fugir para a Holanda, mas acabam tendo que parar em uma velha pousada próxima a fronteira. O problema é que essa pousada é administrada por uma família de nazistas canibais, fazendo os jovens encararem uma realidade muito pior do que aquela da qual estavam tentando fugir.

 

  Horror francês com certo caráter político que bebe direto da fonte de clássicos como O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA e QUADRILHA DE SÁDICOS, este filme de estréia de Xavier Gens, que também é responsável pelo roteiro tem doses bem interessantes de suspense e daquele grafismo sanguinolento que fez a fama do cinema francês de horror dos últimos anos, ao mesmo tempo em que faz um interessante comentário sobre a situação difícil das minorias, mas sem transformar o filme em um palanque;

 

  O roteiro de Gens tem algumas sacadas muito boas. Existe uma ironia trágica na jornada de Yasmine e seus amigos, todos pertencentes a minorias, que fogem de uma Paris onde um presidente extremista de direita acaba de ser eleito, só pra caírem nas mãos de um bando de nazistas sádicos. Da mesma forma, é interessante o paralelo que é feito entre a protagonista que pretende abortar a criança que carrega, e a jovem Eva (Maud Forget) que abomina as ações de sua família, mas aguenta por seus filhos, crianças mutantes que foram relegadas as minas abandonadas que cercam a propriedade dos nazistas.

 

  Pra quem curte um gore, o filme é um prato cheio. Temos tendões de aquiles sendo cortados por alicates, cabeças sendo estouradas por armas, gente sendo cozinhada viva em uma câmara de gás e por ai vai. A condução do suspense também é garantida, como a tensa cena em que a protagonista é obrigada a jantar com a família depois de ter a cabeça raspada (em mais uma clara alusão ao nazismo) mais uma das muitas homenagens que o filme presta ao clássico de Tobe Hooper O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA.

 

  No geral, vale muito a pena conferir A FRONTEIRA. A premissa pode não ser das mais originais, mas tem um clima tenso, um gore pegado e bem executado, uma protagonista que bate tão bem quanto apanha e vilões odiosos. Tudo o que se pode querer de um bom filme de horror. Vale a conferida.

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a filmografia do francês Gens comecou bem irregular com "Hitman", mas vem subindo. Particularmente acho o filme acima um "torture porn" acima da média.. e considero sua pelicula posterior, o pós-apocaliptico "The Divide", bem melhor! Ja seu curta na antologia de terror "ABCs of Death" é apenas mediano.

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