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Forum Cinema em Cena

O Curioso Caso de Benjamin Button


-felipe-
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Para os fãs de Fincher: do ponto de vista temático, O curioso caso de benjamin button sequer parece um filme do cara. Ok, vão falar que se trata de uma espécie de continuação de umas das ramificações de Zodíaco

- o tempo -, só que abordado de maneira completamente diferente. De

certa forma, há razão nisso. Mas todos vão entender quando falo que não

lembra o diretor de Seven ou Vidas em jogo, ao menos sob esse prisma.

 

spoiler

 

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de metade do filme pra frente o Fincher esboça caminhar pela estrada

mais interessante que a saga de Benjamin possibilita, abordando o

terror da impossibilidade de celebrar uma vida comum, com esposa,

filhos e tudo aquilo que o sonho americano abraça. Mas a melhoria

estaciona ainda na intenção. Falta estrutura mais adequada e domínio da

trama. A cena na qual Benjamin retorna e faz amor com Daisy, por

exemplo, é terrível de tão boba.

 

fim do spoiler

 

Resta

somente a impressão do desperdício de uma matéria-prima tão rica em

possibilidades e profundidade. Decepção total esse aqui. E nem sou fã

do Fincher, gosto mesmo mesmo de Seven e Zodíaco.

Carioca2009-01-16 08:53:45

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O cuidado com a imagem é o único detalhe que lembra os trabalhos anteriores do Fincher, porque esse O curioso caso de benjamin button é bastante bonito visualmente.

 

Mas o filme é uma bobagem de quase três horas de duração. Muito fraquinho e interminavelmente chato, puta merda.

 

 

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O poster é mesmo lindo. Lindamente creepy.

 

O cuidado com a imagem é o único detalhe que lembra os trabalhos anteriores do Fincher' date=' porque esse O curioso caso de benjamin button é bastante bonito visualmente.

 

Mas o filme é uma bobagem de quase três horas de duração. Muito fraquinho e interminavelmente chato, puta merda.[/quote']

Não diga isso. DIGA QUE O FILME É PELO MENOS ÓTIMO!cry.gif

 

Quando eu assistir o filme, se eu formar a mesma opinião que você, foi entrar em desespero. louco.gif

 

 

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Gostei muito do filme. Não achei ele incrível, nem me desapontou, atendeu as expectativas, com destaque para a primeira parte do longa. No começo me incomodei um pouco com o recurso utilizado na trama de "reviver as lembranças" por um diário onde a ouvinte é uma velhinha em seu leito de morte, mas depois percebi que tal detalhe não compromete a trama. Impecavelmente realizado, da iluminação a trilha (destaque, primorosa, mas recomendo escutá-la por completo, durante o filme muita coisa fica de fora), tudo muito bem. Destacaria a atriz que interpreta Queenie, merece ser indicada, Cate e Pitt, os outros atores - Tilda - estão bons, e só.

Confesso que a cena do berço, onde o pai se assusta ao ver o filho, e o mistério sobre a aparência da criança, me lembrou o clássico "Bebê de Rosemary". O teor fantástico e a idéia de fábula condizem com as críticas que eu havia lido, e tudo funciona muito bem, o Benjamin velhinho é apaixonante, cada detalhe de seu rosto, expressão, a boca que treme, os olhares curiosos, as feições, tudo está crível e na medida certa, excelente atuação do Pitt, apesar da maquiagem e do CGI, sim, nota-se a essência do ator, o morder dos lábios, coisa típica dele, o olhar, muito bom. Blanchett está soberba, ela realmente é incrível, não erra nunca, mais um acerto em sua brilhante filmografia; o tom de voz da Daisy jovem, sua insegurança no olhar, a gestualidade do corpo retratam realmente uma jovem, uma encantadora e bela jovem. Mais detalhes virão posteriormente, preciso rever o filme, mas adorei, mais um do Fincher que gosto.

pantalaimon2009-01-16 22:35:18
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Pode contar alguns spoilers.

 

 

 

Concordo com o Carioca no geral. Quando se aprofunda mais no romance, do meio para o fim, as coisas até melhoram; mas daí o tempo de filme já era longo demais e ele começa a correr, colocando coisas desnecessárias como a volta para o sexo (que acaba desvalorizando um pouco o conceito de que o amor é maior que o tempo - pombas, precisava partir para aquio ainda ali?) e a últimna cena ("e há pessoas que dançam" - é sobre o Benjamin mesmo?). As tentativas cômicas são em sua totalidade infelizes.

 

 

 

E à exceção do apuro técnico (com destaque para trilha e maquiagem, dã), nem mesmo as atuações me fizeram exclamar de ansiedade. Mesmo o rascunho da história nem é tão animador e o seu desenvolvimento com um personagem meio Forrest Gump (só que longe do mesmo sucesso) é ainda mais decepcionante.ltrhpsm2009-01-16 23:06:25

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Bahiana analisa a disputa pelo ouro:

 

O ANO DO CACHORRO MAGRO

 

slum.jpg

Para pensar no findi: porque eu acho que Slumdog Millionaire é o filme que vai definir a disputa pelo Oscar.
Agora com as indicações para o Bafta anunciadas e os Globos no passado, menos de uma semana nos separa das indicações para o Oscar _ que, lembrem-se, acontecem dois dias depois da posse de Barack Obama. E, como todo ano, dois filmes tomaram a dianteira: O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher (que estréia este fim de semana no Brasil) e Slumdog Millionaire, de Danny Boyle (ainda sem data de lançamento).  E também como todo ano, cada um deles representa algo diferente no imaginário da cultura popular, encarna valores e perspectivas diversas e até opostas. E, até onde eu posso ver o mundo em 2009, ao final da primeira década do século 21, Slumdog Millionaire é o filme que fala ao coração de quem somos e onde estamos, neste momento. Por isso, consciente ou inconscientemente, é nele que baftenses e acadêmicos vão votar, nas horas-chave.
Benjamin Button é um filme belíssimo, lírico, comovente. Entretanto,com toda a audácia dos efeitos e toda a trajetória  inquieta de David Fincher ele é, diante de seu principal competidor, um filme “antigo”, “tradicional”, que fala dos valores estabelecidos pelo “grande cinema” norte americano. Sua narrativa, suas escolhas visuais, seu elenco remetem a formas e temas que não são essencialmente diferentes de E o Vento Levou ou A Felicidade Não Se Compra. Tudo absolutamente belo, não me levem a mal. E melancólico: Button fala de nossas perdas essenciais, da doce tragédia de ser humano onde, para citar a velha canção portuguesa, “a vida é um dia”.
Filmado em digital (com uma nova câmera da Silicon Imaging, que dava piti a cada meia hora no calorão de Bombaim) com um elenco desconhecido e um orçamento mínimo, Slumdog é uma explosão de energia emanando diretamente de um bravo mundo novo: o mundo dos BRICs, de sociedades em incandescente mutação, de  miséria absoluta e prosperidade inaudita no mesmo momento e espaço. É um filme sobre mega-metrópoles favelizadas, sonhos instantâneos via TV, bandidagem institucionalizada. Mas sobretudo é um filme sobre esperança. Lado a lado com o trabalho de Fincher, o filme de Boyle explode em contemporaneidade e, sobretudo, em acertar no alvo do que queremos sentir agora: que, mesmo em condições muito piores que a implosão do mercado financeiro -nas latrinas de uma favela de Bombaim, por exemplo- um futuro melhor é possível.
Gran Torino ainda é meu filme pessoal do ano. Mas, nesta temporada-ouro, é em Slumdog Millionaire que ponho minhas fichas.

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