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Forum Cinema em Cena

O Curioso Caso de Benjamin Button


-felipe-
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Vou colar aqui os dois comentários que eu postei lá no cCc, o primeiro logo depois de ver o filme, o segundo hoje, uma semana passada.

 

1 - "Acabei de ver e ainda to em dúvida. Por um lado, é um

filme meio sem alma, longo demais, mas por outro lado tem algumas

coisas que ainda tão se debatendo na minha cabeça. Com certeza não é a

obra prima que eu esperava que fosse, mas tem alguma coisa de bom nele,

alguma coisa que vale a pena guardar.

 

E realmente, não lembra em nada o Fincher dos outros filmes"

 

e

 

2 - "Tb acho que a primeira parte é melhor. Alias, o início é

fantástico, aquela estória do relógio, como o Alexei citou. A parte na

Rússia e a sequência do combate são boas tb. Depois disso, o filme

demora a passar na mesma medida em que é expedito para ser esquecido."

 

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Pois é Pantalaimon' date=' Button virou a bola da vez ao contrário...não sei se é o efeito Fincher na direção e o pessoal esperava uma OP. Respostas como "é bom, mas não é nada demais" indicam isso.

Achei bem bom...minha única grande restrição foi com qdo ele abandona ela, poderfia ter ficado mais uns 10 anos como o Pablo apotou na sua critica.

Nem muito menos a não critica ao furacão Katrina, que não tem nada a ver pois um filme não precisa fazer protestos, era uma fábula, protrestos e criticas sociais não precisavam serem feitas...


[/quote']

 

Foi triste mas coerente, que o Benjamin fosse embora enquanto sua filha ainda era pequena. Acho que ele preferiu poupar a Daisy de envelhecer vendo ele ficar cada dia mais jovem, um adolescente-marido e a filha também conviver com aquela mudança. Além disso, a memória dele quando está com uns 12 anos começa a falhar. Ele volta adolescente para ver Daisy e a filha, mas a própria Daisy vai embora porque sabe que seria uma coisa sofrida retomar aquela relação naquela altura do campeonato.  
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A bela crítica de Isabela Boscov da Veja:

 

Íntegra:

 

 

Trechos:

 

E a primeira coisa de que Daisy se lembra não é de Benjamin em si, e sim do caso do relojoeiro cego que instalou na estação de trem da cidade um relógio magnífico – que, entretanto, andava para trás, para que quem o visse pudesse imaginar que seus filhos não tinham morrido na guerra, mas estavam retrocedendo da trincheira para a vida que poderia ter acontecido. Uma coisa é narrar essa anedota; outra muito diferente é sentir um nó se formar na garganta durante a cena soberba imaginada por Fincher, que dá não apenas o tom do que virá a seguir, como estabelece uma espécie de filosofia para o uso da técnica cinematográfica. Da elaboração dos cenários ao rejuvenescimento quase imperceptível de Pitt – uma combinação extraordinária de maquiagem e computação gráfica –, Benjamin Button é todo uma façanha de virtuosismo técnico que não quer ser notada, mas apenas percebida.(...)

Nesse aspecto, o de escamotear seus feitos tecnológicos, o filme tem muito em comum com Forrest Gump, o trabalho mais conhecido do roteirista Eric Roth. Outras das marcas de Roth podem ser observadas: a ambientação sulista (o conto originalmente se passa em Baltimore), a paixão de infância que retorna em todas as outras idades, a mãe solteira que resume a vida em ditados (Taraji P. Henson, que já causara grande impressão como a prostituta grávida de Ritmo de um Sonho), e a trajetória à maneira de uma saga – à medida que rejuvenesce, Benjamin atravessa um século que também parece se tornar mais jovem, indo do peso da II Guerra para o entusiasmo da corrida espacial e a alegria pop dos Beatles. Mas o escopo do filme é muito maior que o de Forrest Gump, ou mesmo que o do conto de Fitzgerald: é uma história sobre o desejo humano de dominar o tempo e de quanto, enfim, esse desejo é vão. Aquela ideia embriagadora do início, de um homem que ganhou o dom de rumar do pior para o melhor, no final vai dar lugar à conclusão desoladora de uma infância aprisionada na senilidade e na decadência. E, talvez mais triste ainda, à constatação de que é o destino dos homens encontrar-se de forma não mais do que fugidia em algum ponto de seu caminho. Nesse filme em que as irregularidades de Fincher contam tanto quanto seus imensos acertos para torná-lo único, o tempo escapa a todos – e ninguém escapa ao tempo.
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Achei um filme regular (nota 6,5 )<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

1) Apesar de sua condição biológica incomum, a vida do Benjamim Button (BB) desenvolveu-se de maneira bastante ordinária. Vejam: após 17 anos,  sai de casa, vai trabalhar, tem sua primeira experiência sexual. Aos vinte e poucos anos, viaja pelo mundo. Em seus trinta, tem um filho. Aos setenta anos, começa a esquecer das coisas, precisa usar fraudas e morre. De diferente: um maior receio de constituir família e a possibilidade de, com o passar do tempo, ir melhorando o naipe das  mulheres com quem dividia o leito. O fato de ter começado a vida como um velho decrépito nem acarretou grandes modificações no seu crescimento, além de tê-lo tornado um paria social durante a juventude. Podia-se fazer um mesmo filme centrado em um aleijado, anão, negro, gorducho ou nerd, que, após uma adolescência sofrida, vence na vida. O filme funcionaria quase da mesma forma..

 

2) Não achei tanta semelhança desse filme com Forrest Gump, pois neste, seu protagonista, ao ter participado de eventos históricos, sempre fora um destaque destes momentos. Ademais, a ingenuidade do protagonista nestas insólitas situações conferia ao filme um ar de lirismo e comicidade.  Ao passo que, no filme do BB, os grandes acontecimentos nada mais são do que pano de fundo, simplesmente um recurso para evidenciar ao espectador a passagem do tempo.

 

3) Achei estranho o fato de ninguém, nem mesmo o próprio BB, ter ficado realmente surpreso com o fato de estar rejuvenescendo, contrariando todas as leis da física e biologia, sendo tal fato aceito por todos numa boa.

 

4) Discordo com o comentário do Pablo de que faltou ao filme um comentário sobre o racismo reinante naquela época. Considero que isso fugiria do propósito do longa, de centrar-se na vida do BB. Além disso, a situação soaria artificial, uma vez que BB tinha uma vida reclusa, enclausurada no interior de um asilo, longe do restante da civilização.

 

5) Muitas passagens foram esquemáticas <?:namespace prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />em demasia. Vários foram os personagens apresentados pelo protagonista/narrador em OFF, apenas para que, alguns momentos depois, morrerem, sem terem grande utilidade para o roteiro. Ex: as velhinhas da ópera e do piano.

 

6) O BB não apresentou ao longo do filme uma personalidade marcante, desprovida de qualquer idiossincrasia que o fizesse por merecer ter um filme centrado nele. Talvez, tendo em vista a sua frágil condição na juventude, que o fazia depender da ajuda de terceiros, desenvolveu uma personalidade demasiadamente pacata e dócil, marcada por ser um bom ouvinte, o que não o qualifica para ser protagonista de filme. Percebam como ele trata bem o pai que o abandonou, sem um pingo de ressentimento. O Forrest era igualmente pacato, mas a sua ingenuidade o fazia interessante.

 

7)A meu ver, o Benjamim e a Daisy tinham personalidades fracas por terem colocado suas respectivas vaidades pessoais acima da felicidade de seus amados. Primeiro, foi a Daisy quem se afastou de BB após ter quebrado a perna. Depois, foi o BB, quem preferiu sair da vida da sua filha para que esta não testemunhasse a sua involução num adolescente.

 

8) Gostei da citação ao Furacão Katrina. O fato de o espectador saber que há uma tragédia iminente no filme ilustra a percepção de que o tempo é fulgaz, a vida é efêmera e de que o momento atual deve ser vivido, eis que a qualquer momento um desastre pode levá-lo.

 

9) O beija-flor é ridículo.

 

10) Se o BB que esta narrando, como que ele pode saber tanto a respeito do taxista, da mulher, do pacote... todos aqueles pequenos e insignificantes eventos responsáveis pelo atropelamento da Daisy. .

 

Richard2009-02-09 08:09:43
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  • 3 weeks later...
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A cena de Benjamin velhinho brincando é sensacional.

cinema1.jpg

 

E as de Daisy bailarina são sublimes. E pensar que Cate não é nem nunca foi bailarina profissional.

E a inicial do relógio voltando e a guerra. Linda !

Segue o sucesso internacional de Benjamin Button, e isso com apenas três Oscars, mesmo quando sabemos que merecia mais.

 

"O curioso caso de Benjamin Button” segue firme em seu quarto fim de semana consecutivo como vitorioso nas bilheterias estrangeiras, com US$ 13,4 milhões faturados em mais de 5 mil salas de cinema espalhadas por 61 mercados. Este foi o primeiro fim de semana pós-Oscar; o filme havia sido indicado a 13 prêmios e levou apenas três estatuetas. "(...)

 

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E a inicial do relógio voltando e a guerra. Linda !

Segue o sucesso internacional de Benjamin Button' date=' e isso com apenas três Oscars, mesmo quando sabemos que merecia mais.

[/quote']

 

Sabemos? Eu já nem teria indicado ele em praticamente nenhuma categoria. Mas a sequência do relógio é realmente linda, a melhor do filme.

 

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Você não gostou, mas gosto não se discute, né. Eu adorei, todas as pessoas que conheço adoraram. Todas.

E os críticos Isabela Boscov(Veja), Marcus Petrucelli (CBN)e Luiz Carlos Merten (Estadão), além dos jornalistas, Ruth de Aquino (Época) e Arnaldo Bloch (O Globo) consideraram o filme magistral. Além disso, a bilheteria internacional, mostra que é um sucesso, mesmo não tendo ganhado todos os Oscars que merecia.
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Embora o filme seja um pouco melhor em concepção do que em execução, gosto muito dele. Tem seus problemas (Cate Blanchett), mas também tem grandes virtudes (Tilda Swinton). E aquela história toda da impossibilidade de se comparar vidas, assim como a justificativa para serem as pessoas criaturas mortais (o Benjamin Button chega ao final do filme daquele jeito porque seu espírito envelheceu, independentemente da idade cronológica do corpo), é a coisa mais bonita e mais inteligente que o David Fincher já colocou em seus trabalhos.

 

Considero Benjamin Button o filme da maturidade desse diretor, aliás.
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Você não gostou' date=' mas gosto não se discute, né. Eu adorei, todas as pessoas que conheço adoraram. Todas.

E os críticos Isabela Boscov(Veja), Marcus Petrucelli (CBN)e Luiz Carlos Merten (Estadão), além dos jornalistas, Ruth de Aquino (Época) e Arnaldo Bloch (O Globo) consideraram o filme magistral. Além disso, a bilheteria internacional, mostra que é um sucesso, mesmo não tendo ganhado todos os Oscars que merecia.
[/quote']

 

Gosto não se discute, claro. Mas quando tu colocas esse "merecia" de forma tão enfática ("sabemos que merecia"), aí já há discussão, sim. Porém, agora que explicaste que o "nós" embutido nesse "sabemos" são pessoas do nível da Boscov, aí fica tudo explicado, hehehe.

 

E eu não tava discutindo sucesso, isso pra mim é bem menos importante que qualidade, que é o foco das minhas mensagens.

 

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Ainda bem que nos entendemos. 01

É que muitas vezes, algumas pessoas consideram o sucesso como uma coisa importante, mas é o tempo que define o 'sucesso" das coisas. Os filmes do Sérgio Leone foram execrados nos anos 60/70 e hoje são clássicos citados em vários filmes. 2001 do Kubrick foi marretado pelos críticos e hoje é total referência. Não estou comparando as situações, mas considero importante a minha opinião, a sua (mesmo contrária) e a desses critícos que são bastante conceituados.

É que as pessoas tendem a fazer uma medição de filmes que simplesmente a longo prazo fica na poeira. Continuemos discordando e concordando. Com diz Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra.

 

Benjamin Button é um grande filme, essa é a minha modesta e insignificante opinião nesse vasto mundo de opiniões diversas.

 

Aliás, gosto muito dos filmes do Jack Ryan, inclusive, o bom Soma de Todos os Medos, (e não sou fã do Ben Afleck) que não faz muito sucesso nos cinemas, mas é campeão nas locadoras.
Trinity2009-03-06 07:40:04
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e...?

 

E você 06

 

Benjamin Button é um ótimo filme com ou sem Oscar. E Cate é a solução de qualquer filme. 10

 

...

 

Você não gostou' date=' mas gosto não se discute, né. Eu adorei, todas as pessoas que conheço adoraram. Todas.

E os críticos Isabela Boscov(Veja), Marcus Petrucelli (CBN)e Luiz Carlos Merten (Estadão), além dos jornalistas, Ruth de Aquino (Época) e Arnaldo Bloch (O Globo) consideraram o filme magistral. Além disso, a bilheteria internacional, mostra que é um sucesso, mesmo não tendo ganhado todos os Oscars que merecia.
[/quote']

Gosto não se discute, claro. Mas quando tu colocas esse "merecia" de forma tão enfática ("sabemos que merecia"), aí já há discussão, sim. Porém, agora que explicaste que o "nós" embutido nesse "sabemos" são pessoas do nível da Boscov, aí fica tudo explicado, hehehe.

E eu não tava discutindo sucesso, isso pra mim é bem menos importante que qualidade, que é o foco das minhas mensagens.

perfeito

 

Boscov e companhia são lixos criticos 14
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É verdade e por você postar tanto aqui é sinal de que Benjamin mexeu com você. É um filme que provoca mesmo sensações para o bem e para o mal. Nelson Rodrigues também gostava de provocar sensações no público e adorava uma vaia. A vaia mexe com os brios. Não é bom ficar achando sempre tudo lindo e maravilhoso. Continue apontando a mediocridade do mundo. Senso crítico é fundamental. 03

Algumas críticas ao maravilhoso caso de Benjamin Button:

 

 

E todo neném é Matusalém:

 

 
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É verdade e por você postar tanto aqui é sinal de que Benjamin mexeu com você. É um filme que provoca mesmo sensações para o bem e para o mal. Nelson Rodrigues também gostava de provocar sensações no público e adorava uma vaia. A vaia mexe com os brios. Não é bom ficar achando sempre tudo lindo e maravilhoso. Continue apontando a mediocridade do mundo. Senso crítico é fundamental. 03

Algumas críticas ao maravilhoso caso de Benjamin Button:

 

 

E todo neném é Matusalém:

 

 
[/quote']

 

resposta bem criativa, até impressar os vomitos alheios...

 

bem, mas errou, não estou aqui pelo benjamin, e sim pelas respostas, neste caso, suas ... que causa alguma espectativa do que poderá vir 03
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Mais vômitos06:

 

David Fincher é um gênio ! Depois de Zodíaco e Benjamin Button, ele confirmou seu extremo talento. É um dos melhores diretores do cinema atual. E não se engaja no sistemão.

 

 

 

 

 
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  • 2 weeks later...
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O DVD vai sair pelo prestigiado selo Criterion:

The Curious Case of Benjamin Button DVD Release Date Announced (+Blu-ray)

19 March 2009 9:55 PM, PDT | From BuzzFocus.com | See recent BuzzFocus.com news

Brad Pitt's The Curious Case of Benjamin Button charmed audiences throughout over the Christmas holiday. Now the epic picture will be hitting DVD and Blu-ray this spring. You can get your own copy of the movie, which one 3 Oscars this year and was nominated for 10 more, on May 5, 2009. Here's some details on the release: The Curious Case of Benjamin Button two-disc and single-disc DVD are presented in widescreen enhanced for 16:9 TVs with Dolby Digital English 5.1 Surround, French 5.1 Surround and Spanish 5.1 Surround and English, French and Spanish subtitles. The two-disc Blu-ray is presented in 1080p high definition with English 5.1 DTS-hd Master Audio™, French 5.1 Dolby Digital and Spanish 5.1 Dolby Digital and English, English Sdh, French and Spanish subtitles. The two-disc Criterion Edition DVD and two-disc Criterion Blu-ray include the following special features: *The Curious Birth of Benjamin Button—four-part documentary:

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  • 2 months later...

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