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Forum Cinema em Cena

Alexandre (Oliver Stone)


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O filme causou rebuliço no início do ano passado... Mega fracasso de bilheteria, foi pichado por muitos, amado por pouquíssimos... O tópico tb não ficou atrás: muitos diziam que Stone foi covarde ao não levar seu protagonista ao limite de suas preferências sexuais... Outros já disseram que Stone foi corajoso o bastante só de colocar um protagonista bissexual em seu filme...

Como o tópico anterior foi apagado, estou abrindo este novo. Preciso rever, mas lembro-me de ter achado o filme muito bom, com algumas ressalvas.

alexander.jpg

Obs.: aqueles que têm o DVD da versão do diretor (mais curta), digam aqui quais são as diferenças com a versão de cinema.

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Eu gostei bastante deste filme...Eu não achei que as 3 horas foram muito longas, pois tem sempre um acontecimento puxando o outro. Para mim a primeira metade do filme é uma preparação para o segundo ato. Não que seja chato, o contrário, tem muitas cenas interessantes, mas a questão é que muitas delas fazem mais sentidos se olhadas mais pra frente. O tempo inteiro tem estas ligações. Tanto é assim, que eu acho numa segunda revisão o filme ganha muito. Tanto por você saber a história, que por causa das indas e vindas no filme acaba confundindo (eu não fiquei muito confundido pois já sabia mais ou menos sobre a história), e estas ligações que tem entre as várias partes.

Mas quando começa a segunda metade (com o disco 2. E eu recomendo que assista o filme com uma pausa, para não ficar massante) é um embalo só! Começa e não pára. Fodasso! Acho que nos cinemas, as pessoas já deviam estar meio sem paciência, então já não tinham mais olhos para o filme.

Mas sou meio suspeito para falar, já que sou fã do personagem, hehehe.

(aliás, a trilha do Vangelis estava fodasso!!! Não sei como não foi indicado para algum prêmio)

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Obs.: aqueles que têm o DVD da versão do diretor (mais curta)' date=' digam aqui quais são as diferenças com a versão de cinema.

[/quote']
Tb estou querendo saber disso até hoje, mas ninguem explixou claramente...

a vers~~ao do diretor está no dvd duplo ou no simples?? Tenho aqui o duplo (comprado por apenas 9,90$smiley4.gif)  e não notei diferença alguma...

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Obs.: aqueles que têm o DVD da versão do diretor (mais curta)' date=' digam aqui quais são as diferenças com a versão de cinema.

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Tb estou querendo saber disso até hoje, mas ninguem explixou claramente...

a vers~~ao do diretor está no dvd duplo ou no simples?? Tenho aqui o duplo (comprado por apenas 9,90$smiley4.gif)  e não notei diferença alguma...

Tá no simples e é mais curto que a versão de cinema, que me lembre...

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Será possível que ninguém viu a versão do diretor e pode nos contar como é?

 

Big' date=' os coments de Stone estão legendados?

[/quote']

 

Também estou curioso. Posso dizer por ora o seguinte: na verdade, o dvd que se chama "Versão do diretor" é aparentemente a edição mais curta do filme, sem as cenas de conotação homossexual e com o acréscimo de cenas de ação. Foi feita principalmente, cogitou-se na época da divulgação do dvd, para o interior dos EUA, onde o filme, este sim a autêntica versão do Oliver Stone (que sequer deu as caras no dvd simples da suposta "Director's cut", concentrando-se no dvd duplo), não chegou nem a estrear em decorrência do preconceito profundamente arraigado por aquelas bandas no que diz respeito ao enfoque que o diretor deu a "Alexandre", ou o aspecto do filme, mais propriamente, a que a Imprensa calhorda, sempre desviando o foco principal das obras, deu mais destaque: seu lado pretensamente "gay".

 

 

 

A propósito, já que ninguém falou: mais uma trilha sonora soberba, épica, olímpica do Vangelis. Por conta da música, as revisões da obra tendem a ser cada vez melhores.

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Será possível que ninguém viu a versão do diretor e pode nos contar como é?


Big' date=' os coments de Stone estão legendados?

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Também estou curioso. Posso dizer por ora o seguinte: na verdade, o dvd que se chama "Versão do diretor" é aparentemente a edição mais curta do filme, sem as cenas de conotação homossexual e com o acréscimo de cenas de ação. Foi feita principalmente, cogitou-se na época da divulgação do dvd, para o interior dos EUA, onde o filme, este sim a autêntica versão do Oliver Stone (que sequer deu as caras no dvd simples da suposta "Director's cut", concentrando-se no dvd duplo), não chegou nem a estrear em decorrência do preconceito profundamente arraigado por aquelas bandas no que diz respeito ao enfoque que o diretor deu a "Alexandre", ou o aspecto do filme, mais propriamente, a que a Imprensa calhorda, sempre desviando o foco principal das obras, deu mais destaque: seu lado pretensamente "gay".

A propósito, já que ninguém falou: mais uma trilha sonora soberba, épica, olímpica do Vangelis. Por conta da música, as revisões da obra tendem a ser cada vez melhores.

Eu comentei a trilha! smiley4.gif Disse tudo: Soberba, épica, olímpica!!! Digna do Vangelis...

Mas o preconceito contra o filme foi grande mesmo. Mas engraçado que com Brokeback a recepção foi diferente. Talvez Alexandre tenha sido o verdadeiro filme ousado, e brokeback veio para consolidar...Mas de qualquer forma, Alexandre está longe de ser um filme cujo tema principal é a homossexualidade. Tem muito mais.

E aproveitando o espaço, vou falar do Anthony Hopkins. Para mim ele esteve muito bem no filme. Disseram que ele estava meio apagado, mas não concordo. No início ele estava até "burocrático", fazendo o papel bem, nada mais. Mas depois...o que foi aquele final? Hopikins e Vangelis. É foda! Ou então quando ele olha para o mapa com um olhar meio atormentado ao se lembrar da campanha no Hindu Kush!

Conan o bárbaro2006-5-11 15:41:45
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Vou contra a maré aqui,não concordo que o motivo de Alexandre,o filme,ter sido um fracasso tenha sido que Alexandre,O Grande foi mostrado como homossexual,ou bissexual como queiram.Acho que o cerne de tudo é que o filme não é bom mesmo,mais uma discordância de alguns.

Acho que o motivo mais forte para que o filme tenha emborcado,é que o roteiro é falho,ou pelo menos Stone (vou concentrar nele a responsabilidade) não foi feliz nas escolhas feitas sobre o que seria mostrado.Alexandre,O Grande foi o maior conquistador da história da humanidade,e isso simplesmente ficou em segundo plano na tela,em troca de longas cenas de relacionamentos,seja com a mãe,esposa ou amantes.Nenhum problema que o foco do filme fosse esse,mas então que desenvolvesse este lado da história melhor do que foi feito e não ficasse em cima do muro.Sabe-se que o estúdio pressionou demais Stone pelas partes "pessoais",digamos assim,gerando brigas e mais brigas com o diretor,mas isso não justifica,só explica.

Prova do roteiro confuso e indeciso é a personagem de Anthony Hopkins.Sempre que ele surge na tela,vem para dar aula de história,explicar o que o filme não estava conseguindo, talvez porquê tenha perdido tempo com perfumarias,e que tempo,já que o filme tem 3 horas de duração.Outra prova da intromissão no trabalho de Stone é a existência da mais incrível "versão do diretor" já feita, menor do que a versão dos cinemas,com menos cenas "pessoais" e algumas outras de ação.Não vi essa,mas deve ser melhor.

Em compensação,ponto para Stone nas cenas de ação,simplesmente fantásticas. As duas batalhas principais que são mostradas,foram orquestradas com maestria por Stone,com muita precisão,gerando a tensão e ansiedade necessárias,além da trilha de Vangelis,perfeita.

Dado2006-5-11 16:45:26
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Duas considerações.

 

 

 

Primeiramente, uma justiça: de fato, o Conan já tinha enaltecido a trilha sonora.

 

 

 

Em segundo lugar, não acho que seja necessariamente um erro do filme ter focado mais nos relacionamentos de Alexandre com o pai, com a mãe, com a esposa etc., do que nas batalhas que lhe permitiram conquistar grande parte do mundo então conhecido. Júlio César, um dos maiores generais da História, além de grande escritor e orador ("De Bello Gallico" e "De Bello Ciuili"), foi tema de uma grande tragédia de Shakespeare, sem que este tivesse de reproduzir em cena suas duas guerras, a da Gália, contra Vercingétorix, e a Civil, contra Pompeu, as quais César descreveu em seus dois célebres livros (pouco comentados no Brasil). Alguém consegue imaginar um filme de Alexandre, inversamente, só com cenas de ação, à maneira de Michael Bay? Creio que o Oliver Stone conseguiu um equilíbrio dramático interessante no filme, ao mostrar seu relacionamento humano, sem descuidar das cenas de ação e do paulatino avanço de Alexandre na Ásia, em sua conquista do mundo. Trata-se, a meu ver, de um filme subestimado.

 

J. de Silentio2006-5-11 17:21:42

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Não acho que Oliver Stone errou ao enfocar os relacionamentos de Alexandre,só não o fez a contento.Se a idéia era colocar o foco na relações pessoais de Alexandre,tudo bem,que fosse assim,mas que o desenvolvimento do roteiro tivesse sido mais cuidadoso,mais sensível,menos superficial nesses pontos,para que se pudesse entender a personagem e suas implicações pela obra em si.Mas não,caíram na superficialidade,então a obra não se bastou.Também poderia ter se encontrado soluções melhores do que colocar uma personagem "dando aula" para explicar os feitos de Alexandre,isso,somado com as indas e vindas do roteiro,fizeram o filme ficar confuso e maçante.

Eu sei que muitas destas "culpas" não são de Oliver Stone.O estúdio meteu muito a colher no desenvolvimento deste filme e exigiu várias coisas que não eram do agrado do cineasta,brigaram e discordaram demais,tanto foi assim,que criaram a tal "versão do diretor",que não foi feita por Stone,diga-se de passagem,para privilegiar os pontos defendidos pelo estúdio.

Então que fique claro; Não acho que o filme tivesse que ser um conjunto de batalhas à la Michael Bay,mas acho que,como não houve concordância entre as partes (diretor/estúdio) na linha condutora do roteiro,o filme ficou confuso e dando voltas.

Dado2006-5-11 18:57:15
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Personagem dando aula foi uma saída excelente para o filme. Impossível ser de outra maneira, ainda mais num único filme (que já é grande). É muita coisa para ser contada, e o filme se passando como memórias de Ptolomeu foi interessante. Pois caso o filme tentasse narrar todos os feitos de Alexandre, aí que ficaria mais confuso e sem nexo. A não ser que alguém estivesse disposto a assistir um filme de 10 horas. Não basta simplesmente citar o fato, mas montar uma rede de situações interligadas, e ao Ptolomeu narrar apenas citando, o filme fica livre destas conexões ao mesmo tempo que situa quem assiste no contexto desejado para o desenrrolar da história. Tanto é assim, e como é a proposta do filme de mostrar um Alexandre "humano", que a história começa com a Batalha de Gaugamela, a última grande batalha contra os persas, quando finalmente o Império Persa cai. Ou seja, o filme já começa quando os grandes feitos de Alexandre já tinham ocorrido. E a partir daí vemos a evolução do personagem e da relação dele com aqueles que estão em volta.

Um exemplo de que as indas e vindas do filme funciona: Quando o pai de Alexandre, o rei Filipe, condena o filho ao exílio. Se fosse numa evolução linear, ficaria muito estranho mostrar o retorno do Alexandre alguns anos depois na cena seguinte. E caso desenvolvessem esta fase, seria algo totalmente fora do filme. E como foi feito, ficou perfeito mostrar o retorno do Alexandre logo após ele matar Cleitus; foi uma ligação muito bem amarrada.

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Acho que o motivo mais forte para que o filme tenha emborcado' date='é que o roteiro é falho,ou pelo menos Stone (vou concentrar nele a responsabilidade) não foi feliz nas escolhas feitas sobre o que seria mostrado.Alexandre,O Grande foi o maior conquistador da história da humanidade,e isso simplesmente ficou em segundo plano na tela,em troca de longas cenas de relacionamentos,seja com a mãe,esposa ou amantes.Nenhum problema que o foco do filme fosse esse,mas então que desenvolvesse este lado da história melhor do que foi feito e não ficasse em cima do muro.[/quote']

Por isso que acho que o filme é bom... Evita o lado histórico da figura (que todos conhecemos) e investe na DESMISTIFICAÇÃO do mito, na DESCONSTRUÇÃO dessa figura imponente que é Alexandre...

E onde Stone fica em cima do muro?

Prova do roteiro confuso e indeciso é a personagem de Anthony Hopkins.Sempre que ele surge na tela' date='vem para dar aula de história,explicar o que o filme não estava conseguindo, talvez porquê tenha perdido tempo com perfumarias,e que tempo,já que o filme tem 3 horas de duração.[/quote']

Concordo que a personagem de Hopkins soa prolixo muitas vezes e que sua importância como testemunha ocular dos eventos de Alexandre deveria ser mais acentuada, visto os detalhes que ele tem conhecimento e que sua encarnação mais jovem parece não ter acesso...

Mas o final do filme justifica esses problemas: Hopkins começa o filme com o objetivo de contar como a coisa realmente aconteceu. Porém no final, ele manda o escrivão apagar tudo e deixar que a História faça da imagem de Alexandre o que bem lhe aprouver... Achei isso magnifíco...

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Concordo com o Dook,o final foi magnifíco mesmo...amo essa coisa de "hoje em dia é assim pq no passado alguém fez isso",quer dizer,se Hopkins tivesse publicado o que escreveu,como seria a imagem de Alexandre para nós hoje em dia?

Mas mesmo assim achei o filme cansativo,não deixou bem claro o porque ele queria conquistar o mundo,o envolvimento entre os personagens ficou muito "falso",as cenas dele com a "mãe"(fala sério,aquilo era ridículo..como a Angelina podeira ser a mãe dele?!?!?!smiley7.gif)eram ridículas,com o "amigo" nojentas.

Um ponto alto:Perto do final quando eles encontram os macacos e acham que são "homenzinhos" e vêem os elefantes e se assutam,deixou uma boa noção de pessoas de uma terra indo para outra..quer dizer uma impacto de culturassmiley32.gif 

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Escrevi um post posterior a este em resposta ao J.de Silentio que,acredito,explique melhor o que eu quis dizer,mas vamos lá:

Acho que o motivo mais forte para que o filme tenha emborcado' date='é que o roteiro é falho,ou pelo menos Stone (vou concentrar nele a responsabilidade) não foi feliz nas escolhas feitas sobre o que seria mostrado.Alexandre,O Grande foi o maior conquistador da história da humanidade,e isso simplesmente ficou em segundo plano na tela,em troca de longas cenas de relacionamentos,seja com a mãe,esposa ou amantes.Nenhum problema que o foco do filme fosse esse,mas então que desenvolvesse este lado da história melhor do que foi feito e não ficasse em cima do muro.[/quote']

Por isso que acho que o filme é bom... Evita o lado histórico da figura (que todos conhecemos) e investe na DESMISTIFICAÇÃO do mito, na DESCONSTRUÇÃO dessa figura imponente que é Alexandre...

Concordo que esta seria a visão mais interessante a ser apresentada,só acho que não foi o que aconteceu.Pela pressão do estúdio para que a postura "polêmica" de Alexandre fosse amenizada,o filme nem se aprofunda no lado pessoal e ficou confuso no lado histórico,a ponto do narrador (Hopkins) ter que periódicamente explicar o que estava acontecendo.Inclusive Dook,acho que essa indefinição do filme causou um outro grande problema: Nota-se facilmente que o filme perde muitas vezes o ritmo por causa das indas e vindas e dos cortes bruscos da montagem,feita com mão pesada,sem capricho.Aliás,por isso é que eu falei que talvez (não vi) a segunda versão seja melhor,pelo menos haveria mais ação e menos enrolação,já que a parte pessoal não foi tratada adequadamente mesmo,embora seja a visão que eu preferiria ver.

E onde Stone fica em cima do muro?

Concentrei a crítica em Stone por acreditar que o diretor seja o principal comandante do projeto.Tudo bem' date='não é bem assim,senão não haveriam tantas versões de diretores,então refaço; O FILME ficou em cima do muro quando não aborda a contento,na minha opinião,nem o lado pessoal,nem o lado histórico de Alexandre,tudo foi tratado de forma muito leve,superficial,de encomenda para não chocar.

Prova do roteiro confuso e indeciso é a personagem de Anthony Hopkins.Sempre que ele surge na tela' date='vem para dar aula de história,explicar o que o filme não estava conseguindo, talvez porquê tenha perdido tempo com perfumarias,e que tempo,já que o filme tem 3 horas de duração.[/quote']

Concordo que a personagem de Hopkins soa prolixo muitas vezes e que sua importância como testemunha ocular dos eventos de Alexandre deveria ser mais acentuada, visto os detalhes que ele tem conhecimento e que sua encarnação mais jovem parece não ter acesso...

Mas o final do filme justifica esses problemas: Hopkins começa o filme com o objetivo de contar como a coisa realmente aconteceu. Porém no final, ele manda o escrivão apagar tudo e deixar que a História faça da imagem de Alexandre o que bem lhe aprouver... Achei isso magnifíco...

Não vejo o que uma coisa tem a ver com outra.A impressão que dá é que o filme foi feito com mão pesada,usando de novo essa expressão,coisa que acho que Oliver Stone não tem.O fato da questão ter sido aberta no final para que a história se encarregasse de imortalizar Alexandre a seu modo,não redimem os erros que estão lá,indeléveis.

 

 

 

 

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Eu já tinha falado do final. Aliás, que a metade do filme para frente, fica excelente.

Quanto ao Hopikins, ainda continuo achando uma boa saída, em vista de não ter outra alternativa. Quer dizer, para sitetizar a longa breve vida de Alexandre só através de uma narração. E isto ao mesmo tempo dá a sensação de estar ouvindo uma história, um relato. E interessante, que toda vez que aparece Hopikins falando algo, imediatamente mostra o Ptolomeu no passado. A ligação entre os dois tempos é sempre feita feita através da figura do Ptolomeu. Isto é, não é um corte, mas como um momento de reflexão do narrador. E para que o filme explorasse o lado pessoal, logicamente o lado histórico não poderia ter ficado de lado, assim de algum modo ele deveria entrar no filme também. E que maneira fazer isto? Contar os dois ao mesmo tempo? Não. Foi feito através da narração. Fora as pausas feitas pelo narrador, quais são as indas e vindas? Que eu me lembre (se tiverem outras, me avisem) foi só depois da morte de cleitus que mostra Alexandre retornando do exílio. Que aliás, a ligação ficou muito boa (já expliquei na página anterior), pois um assunto tem tudo a ver com o outro, e uma vez que não daria para mostrar Alexandre sendo condenado ao exílio e voltando do exílio e presenciando a morte do pai numa sequência linear, não sem perder o ritmo e lógica.

E para aqueles que falam que deveriam ter acentuado mais o que Ptolomeu realmente viu, vale lembrar que até a narrativa feita por ele está passível de erros e subjetividade.

E não acho que o lado pessoal ficou superficial. Aliás, ficou muito denso. Pois, mais uma vez: o lado pessoal no filme não é somente o bissexualismo, pelo amor de deus! Tem a eterna presença da mãe, vivendo sempre na sombra do pai, o conflito com os seus generais e o exército, aqueles que estão ao seu redor em geral; que no final Ptolomeu vai dizer algo mais ou menos assim " sua tragédia foi sua crescente solidão e impaciência com aqueles que não o entendiam".

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