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Os extremismos estão minando nosso debate. Creio que nenhum de nós concorda com o negrito.

 

Sinto Foras... o extremismo iniciou-se a partir do momento que vcs deixaram claro que a história é o epicentro. Não concordo e não estou sozinho nesta posição. Crash é um belíssimo exemplo de história fascinante contada com imagens porcas.

 

Posso postar diversas análises de estudiosos da arte cinematográfica que dispõe sobre a importância da imagem sobre a narrativa literária, mas não vai adiantar nada porquanto até agora não vi nenhum desenvolvimento pró-narrativa literária da parte de vocês, exceto o velho bordão 'eu prefiro assim... é subjetivo... sempre vi o cinema assim', etc...  
Dook2007-04-03 13:38:03
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Não tenho tempo para dar minha opinião completa agora' date=' já que estou atrasado pro trabalho, mas acho que estão distorcendo um pouco a minha opinião. Não vejo a narrativa como ponto mais importante, tanto quanto também não vejo a imagem como sendo a coisa mais importante de um filme. O cinema é um trabalho COLETIVO, feito acerca de diversos elementos, e, se um destes estiver destoante, para mim o filme não funciona. Curiosamente, o Dook citou 2001 e Era Uma Vez no Oeste, que são dois dos meus cinco filmes favoritos, como estruturados necessariamente sobre a imagem, mas não acredito que estes, por mais belos visualmente que sejam, funcionariam caso sua narrativa fosse pobre, chata ou deficiente, o que seja (como Herói, na minha concepção, o é). Noonan também citou Encurralado, que, sim, possui apenas um fiapo de trama, mas sua narrativa é desenvolvida de maneira tensa (e não apenas por suas imagens), o que faz com que o modo como a história é contada não permita uma necessidade de maior complexidade para com o espectador (algo que nunca disse ser uma obrigatoriedade). Porém, tudo nele é coerente e bem desenvolvido, mesmo que seja a partir de uma história mínima, quase inexistente. 

... Volto a me pronunciar mais tarde... 

[/quote']

 

Dan, quando eu me refiro à narrativa, não é o termo latu sensu, mas sim a narrativa literária, convencional - historinha contada com base em diálogos, começo, meio e fim, tradicional, blablablabla.

 

E fiquei curioso: de que outras maneiras, além da imagem, a narrativa de Encurralado é desenvolvida de maneira tensa?
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Quanto ao exemplo' date=' o Picasso em questão é feio a dar cum pau, e por isso, o que este representa esmaga o conceito de estética.[/quote']

 

Veja que vc desgostou do quadro ('é feio a dar cum pau') e não da idéia dele... Obrigado por confirmar que a imagem é o epicentro e a história gira ao redor dela...

 

03
Dook2007-04-03 13:40:25
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Os extremismos estão minando nosso debate. Creio que nenhum de nós concorda com o negrito.

 

Sinto Foras... o extremismo iniciou-se a partir do momento que vcs deixaram claro que a história é o epicentro. Não concordo e não estou sozinho nesta posição. Posso postar diversas análises de estudiosos da arte cinematográfica que dispõe sobre a importância da imagem sobre a narrativa literária' date=' mas não vai adiantar nada porquanto até agora não vi nenhum desenvolvimento pró-narrativa literária da parte de vocês, exceto o velho bordão 'eu prefiro assim... é subjetivo... sempre vi o cinema assim', etc...  
[/quote']

 

Seria extremo se, além disso, ignorássemos por completo o modo como esta história é contada, tal como estava nos parênteses. Não é verdade, sem a linguagem visual não há cinema, não neguei isso em momento algum. E sim, se quiser pode postar. Afinal, não estou aqui pra defender uma opinião imutável até a morte, estou, sim, curioso com a possibilidade de uma imagem em si valer mais que sua mensagem.
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Quanto ao exemplo' date=' o Picasso em questão é feio a dar cum pau, e por isso, o que este representa esmaga o conceito de estética.[/quote']

 

Veja que vc desgostou do quadro ('é feio a dar cum pau') e não da idéia dele... Obrigado por confirmar que a imagem é o epicentro e a história gira ao redor dela...

 

03

 

 

Então, a idéia dele é mais importante que o modo como foi expressada através da tinta. A "história" é mais importante que a "imagem". Você inverteu as coisas de uma frase pra outra...
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PS: Relembrando o que disse mais acima' date=' acho "Héroi" um dos melhores filmes feitos nos últimos tempos! 05 
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Desenvolva... Pq vc acha Herói um dos melhores filmes feitos nos últimos tempos?

 

 Sorry pal, vou guardar meu tempo e desenvolvimento para "Touro Indomável". Além do que, Noonam já o fez super bem. Considere assim: assino embaixo de tudo que ele falou, ok?

 Fui!
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Se vc assina embaixo de tudo o que ele falou, vc está assumindo que admira o filme pela forma como ele foi feito, pois essa é a síntese da crítica do Noonan... Obrigado por, sem querer, reforçar minha tese...

 

Ah sim, aguardo a crítica de Touro Indomável, filme que vi pela primeira vez esses dias e achei o máximo. Pelo visto, por razões diferentes do que vc...
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Seria extremo se' date=' além disso, ignorássemos por completo o modo como esta história é contada, tal como estava nos parênteses. Não é verdade, sem a linguagem visual não há cinema, não neguei isso em momento algum. E sim, se quiser pode postar. Afinal, não estou aqui pra defender uma opinião imutável até a morte, estou, sim, curioso com a possibilidade de uma imagem em si valer mais que sua mensagem.
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Ao dizer que a mensagem vale mais que a forma como ela é contada vc está ignorando por completo o modo como a história é contada. Se vc elege um foco, está preterindo outros em função deste que vc elegeu e isso pra mim é o mesmo que ignorar os outros (ou dizer que os outros são 'irrelevantes', dá no mesmo)...

 

Então' date=' a idéia dele é mais importante que o modo como foi expressada através da tinta. A "história" é mais importante que a "imagem". Você inverteu as coisas de uma frase pra outra...
[/quote']

 

Hein? Vc acabou de meter o pau no quadro! Vc DESQUALIFICOU a obra justamente pela 'forma' como ela foi feita! Desta feita, como a idéia pode ser mais importante do que o modo, se para julgar a obra vc se utiliza do segundo elemento e não do primeiro?
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Ao dizer que a mensagem vale mais que a forma como ela é contada vc está ignorando por completo o modo como a história é contada. Se vc elege um foco' date=' está preterindo outros em função deste que vc elegeu e isso pra mim é o mesmo que ignorar os outros (ou dizer que os outros são 'irrelevantes', dá no mesmo)...

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Óbvio que não. Você não está interpretando, mas sim, fantasiando o que eu disse.

Hein? Vc acabou de meter o pau no quadro! Vc DESQUALIFICOU a obra justamente pela 'forma' como ela foi feita! Desta feita' date=' como a idéia pode ser mais importante do que o modo, se para julgar a obra vc se utiliza do segundo elemento e não do primeiro?

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Eu não julguei nem desqualifiquei nada. Disse que o quadro era feio, o que está longe de ser a mesma coisa, exatamente por colocar que "a idéia é mais importante que o modo", desta forma, levando-o em consideração pelo que representa, não por como Picasso o fez para atingir seus objetivos.
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Foras, pára... Até agora nem vc nem o Deadman desenvolveram essa tese pró-narrativa literária sendo o centro e o restante girando em torno. Até agora só li 'ah, é assim que eu vejo', 'pra mim sempre foi assim'... Eu quero ver o desenvolvimento desse raciocínio. Do contrário vcs serão obrigados a dizer que estou fantasiando o que vcs falam... Aliás, eu só poderia estar fantasiando mesmo e nem poderia ser diferente, já que não tenho elementos argumentativos de vocês para contra argumentar, estou trabalhando com um vazio retórico...

 

E sobre o Picasso, boa saída... mas se dizer que o quadro é feio não é desqualificá-lo enquanto obra (da mesma forma que falar que tal filme é ruim) eu não sei o que é, então por favor me diga...
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Foras' date=' pára... Até agora nem vc nem o Deadman desenvolveram essa tese pró-narrativa literária sendo o centro e o restante girando em torno. Até agora só li 'ah, é assim que eu vejo', 'pra mim sempre foi assim'... Eu quero ver o desenvolvimento desse raciocínio. Do contrário vcs serão obrigados a dizer que estou fantasiando o que vcs falam... Aliás, eu só poderia estar fantasiando mesmo e nem poderia ser diferente, já que não tenho elementos argumentativos de vocês para contra argumentar, estou trabalhando com um vazio retórico... <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

[/quote']

A história e a tradução desta para o idioma visual são inerentes na 7ª parte, esta discussão nem deveria estar acontecendo, posto que Herói seja belíssimo esteticamente, mas constrangedor de todas as outras formas. E não preciso dizer o que sai da minha boca é opinião...

 

Usando Laranja Mecânica como exemplo, não vejo como o filme sobreviveria contando apenas com suas qualidades estéticas. Todos os temas abordados pela OP do Kubrick pertencem à história, o modo como isto foi disposto na tela é importantíssimo, porém, não garante seu sucesso enquanto cinema sem a narrativa incisiva criada na pré-produção.

E sobre o Picasso' date=' boa saída... mas se dizer que o quadro é feio não é desqualificá-lo enquanto obra (da mesma forma que falar que tal filme é ruim) eu não sei o que é, então por favor me diga...

[/quote']

Obrigado. E qualquer coisa que eu dissesse seria repetir o post anterior, que prefiro acreditar, você entendeu muito bem. E além disso, continua uma incógnita o que raios o Picasso faz no Cineclube...

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O Picasso foi meramente um exemplo do que é a idéia (roteiro/historia) e do que é a imagem... Mas pelo visto vc não sacou isso...

 

Usando Laranja Mecânica como exemplo' date=' não vejo como o filme sobreviveria contando apenas com suas qualidades estéticas. Todos os temas abordados pela OP do Kubrick pertencem à história, o modo como isto foi disposto na tela é importantíssimo, porém, não garante seu sucesso enquanto cinema sem a narrativa incisiva criada na pré-produção.<?:NAMESPACE PREFIX = O />

[/quote']

 

'Narrativa incisiva criada na pré-produção'... Essa foi ótima. Como vc acha que Kubrick delineou essa 'narrativa incisiva'? Escrevendo o roteiro? E outra: como vc pode afirmar que isso foi feito na pré-produção? Vc está a par do processo de filmagens, pré e pós-produção do filme?

 

Ah sim, esqueci... pelo seu raciocínio, Kubrick deveria dividir os créditos com o AUTOR do livro Laranja Mecânica já que ele é o criador da história...  
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Os extremismos estão minando nosso debate. Creio que nenhum de nós concorda com o negrito.

 

Sinto Foras... o extremismo iniciou-se a partir do momento que vcs deixaram claro que a história é o epicentro. Não concordo e não estou sozinho nesta posição. Posso postar diversas análises de estudiosos da arte cinematográfica que dispõe sobre a importância da imagem sobre a narrativa literária' date=' mas não vai adiantar nada porquanto até agora não vi nenhum desenvolvimento pró-narrativa literária da parte de vocês, exceto o velho bordão 'eu prefiro assim... é subjetivo... sempre vi o cinema assim', etc...  
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Seria extremo se, além disso, ignorássemos por completo o modo como esta história é contada, tal como estava nos parênteses. Não é verdade, sem a linguagem visual não há cinema, não neguei isso em momento algum. E sim, se quiser pode postar. Afinal, não estou aqui pra defender uma opinião imutável até a morte, estou, sim, curioso com a possibilidade de uma imagem em si valer mais que sua mensagem.

 

Mas você disse no post anterior que a história seria o epicentro, a parte mais importante de um filme:

 

Então a questão é extremamente simples. Desculpem' date=' mas pra mim a  história sempre será o centro, e o modo de contá-la gravitará ao seu redor. A história é a matéria-prima. Admitindo aqui a possibilidade absurda de separarmos os dois elementos no cinema. Quanto ao exemplo, o Picasso em questão é feio a dar cum pau, e por isso, o que este representa esmaga o conceito de estética.

[/quote']

 

Mesmo você admitindo a possibilidade de separar os dois elementos, está aí, para todos lerem...E quando você faz isso, impreterivelmente deduziremos que você relega a forma como a história é contada em segundo plano, o que eu, o Noonan e o Dook não concordamos (e os motivos já postamos aqui). É como o exemplo da pintura do Picasso postada pelo Dook: indepedente de você ter gostado ou não da obra (eu particularmente também não gosto), a idéia principal da pintura (na nossa comparação, a história) é simples, mas a MANEIRA como ela foi expressada na pintura (na nossa comparação, a FORMA como ela foi retratada) é uma assinatura única do pintor. Outros pintores poderiam retratá - la de inúmeras maneiras diferentes, e as nossas reações perante essa obra (sejam ela ruins ou boas) serão baseadas na MANEIRA  como a história (ou o fato) foi retratada e não a partir da história em si. Fazendo o paralelo com o cinema: omote principal do filme "Herói" já foi retratado várias vezes no cinema asiático, mas o diretor optou por explorar a capacidade audiovisual ao máximo. As reações perante essa obra serão baseadas na MANEIRA como o diretor resolveu tratá - la. O "roteiro" seria apenas linha inicial da obra, assim como, no exemplo do Dook com a pintura do Picasso, a idéia de retratar três músicos com os seus instrumentos.
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Porra Silva' date=' perfeito. 10

 

O duro é que não vejo uma contra argumentação desenvolvida nesse nível... isso empaca a discussão.
[/quote']

 

E pior que, usando as palavras do Forasta, eu também estava curioso para ouvir as argumentações deles...Mas até agora não vi nada sendo desenvolvido...
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O Picasso foi meramente um exemplo do que é a idéia (roteiro/historia) e do que é a imagem... Mas pelo visto vc não sacou isso...

 

 

Parece que você realmente precisa disto: "06"

 

Usando Laranja Mecânica como exemplo' date=' não vejo como o filme sobreviveria contando apenas com suas qualidades estéticas. Todos os temas abordados pela OP do Kubrick pertencem à história, o modo como isto foi disposto na tela é importantíssimo, porém, não garante seu sucesso enquanto cinema sem a narrativa incisiva criada na pré-produção.<?:NAMESPACE PREFIX = O />

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'Narrativa incisiva criada na pré-produção'... Essa foi ótima. Como vc acha que Kubrick delineou essa 'narrativa incisiva'? Escrevendo o roteiro? E outra: como vc pode afirmar que isso foi feito na pré-produção? Vc está a par do processo de filmagens, pré e pós-produção do filme?

 

Ah sim, esqueci... pelo seu raciocínio, Kubrick deveria dividir os créditos com o AUTOR do livro Laranja Mecânica já que ele é o criador da história...  

Suponho que tenha sido na pré-produção. De qualquer forma, você ignorou a maior parte do que escrevi, por favor. 
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Suponho que tenha sido na pré-produção. De qualquer forma' date=' você ignorou a maior parte do que escrevi, por favor. [/quote']

 

Vc já ouviu falar em decupagem de roteiro?

 

E eu não ignorei o que vc escreveu, pois vc vem repetindo sistematicamente o mesmo começo de raciocínio e eu já contra argumentei a respeito e vc até agora fugiu disso. Não vou ficar me repetindo.
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Os extremismos estão minando nosso debate. Creio que nenhum de nós concorda com o negrito.

 

Sinto Foras... o extremismo iniciou-se a partir do momento que vcs deixaram claro que a história é o epicentro. Não concordo e não estou sozinho nesta posição. Posso postar diversas análises de estudiosos da arte cinematográfica que dispõe sobre a importância da imagem sobre a narrativa literária' date=' mas não vai adiantar nada porquanto até agora não vi nenhum desenvolvimento pró-narrativa literária da parte de vocês, exceto o velho bordão 'eu prefiro assim... é subjetivo... sempre vi o cinema assim', etc...  
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Seria extremo se, além disso, ignorássemos por completo o modo como esta história é contada, tal como estava nos parênteses. Não é verdade, sem a linguagem visual não há cinema, não neguei isso em momento algum. E sim, se quiser pode postar. Afinal, não estou aqui pra defender uma opinião imutável até a morte, estou, sim, curioso com a possibilidade de uma imagem em si valer mais que sua mensagem.

 

Mas você disse no post anterior que a história seria o epicentro, a parte mais importante de um filme:

 

Então a questão é extremamente simples. Desculpem' date=' mas pra mim a  história sempre será o centro, e o modo de contá-la gravitará ao seu redor. A história é a matéria-prima. Admitindo aqui a possibilidade absurda de separarmos os dois elementos no cinema. Quanto ao exemplo, o Picasso em questão é feio a dar cum pau, e por isso, o que este representa esmaga o conceito de estética.

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Mesmo você admitindo a possibilidade de separar os dois elementos, está aí, para todos lerem...E quando você faz isso, impreterivelmente deduziremos que você relega a forma como a história é contada em segundo plano, o que eu, o Noonan e o Dook não concordamos (e os motivos já postamos aqui). É como o exemplo da pintura do Picasso postada pelo Dook: indepedente de você ter gostado ou não da obra (eu particularmente também não gosto), a idéia principal da pintura (na nossa comparação, a história) é simples, mas a MANEIRA como ela foi expressada na pintura (na nossa comparação, a FORMA como ela foi retratada) é uma assinatura única do pintor. Outros pintores poderiam retratá - la de inúmeras maneiras diferentes, e as nossas reações perante essa obra (sejam ela ruins ou boas) serão baseadas na MANEIRA  como a história (ou o fato) foi retratada e não a partir da história em si. Fazendo o paralelo com o cinema: omote principal do filme "Herói" já foi retratado várias vezes no cinema asiático, mas o diretor optou por explorar a capacidade audiovisual ao máximo. As reações perante essa obra serão baseadas na MANEIRA como o diretor resolveu tratá - la. O "roteiro" seria apenas linha inicial da obra, assim como, no exemplo do Dook com a pintura do Picasso, a idéia de retratar três músicos com os seus instrumentos.

 

Coloco o modo de contar a história em segundo plano, mas não a jogo do abismo ou desenrolo léguas de distância entre os dois elementos, como vocês parecem deduzir. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Mas então? A forma de contar é importantíssima, parece que vocês não me ouvem dizer isso, a questão é contando com uma narrativa frágil, o filme ficará definitivamente prejudicado. A história é o centro, se parte dela, tudo é construído em torno dela. Faça uma torta com maçãs estragadas, e vai acabar estragando a torta, não importa quantas vezes mude a receita.

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Não vejo a narrativa como ponto mais importante' date=' tanto quanto também não vejo a imagem como sendo a coisa mais importante de um filme. O cinema é um trabalho COLETIVO, feito acerca de diversos elementos, e, se um destes estiver destoante, para mim o filme não funciona. Curiosamente, o Dook citou 2001 e Era Uma Vez no Oeste, que são dois dos meus cinco filmes favoritos, como estruturados necessariamente sobre a imagem, mas não acredito que estes, por mais belos visualmente que sejam, funcionariam caso sua narrativa fosse pobre, chata ou deficiente, o que seja (como Herói, na minha concepção, o é). Noonan também citou Encurralado, que, sim, possui apenas um fiapo de trama, mas sua narrativa é desenvolvida de maneira tensa (e não apenas por suas imagens), o que faz com que o modo como a história é contada não permita uma necessidade de maior complexidade para com o espectador (algo que nunca disse ser uma obrigatoriedade). Porém, tudo nele é coerente e bem desenvolvido, mesmo que seja a partir de uma história mínima, quase inexistente. 

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Se nos elementos que compõem um filme algo destoa, o fime é ruim e/ou não funciona. Então, estamos à procura do filme perfeito? Quando isto ocorre?

 

Porque em todos os exemplos dados, alguma coisa falta... dou razão ao Deadman quando ele cita a subjetividade. 2001 é perfeito para ALGUMAS pessoas mas não para todas e há muitos que encontram inúmeras formas de espinafrá-lo.  

 

O cinema me atinge de várias formas. Quando assisto a um filme tento perceber as inúmeras mensagens contidas nele. É um conjunto que certamente não me agradará 100%, mas se em grande parte ficar safisfeito o objetivo terá sido alcançado. Herói seria um filme banal se o diretor optasse por contá-lo sem aquela fotografia linda? Ou mesmo se deixasse o uso das cores de lado? Respondam aí...

 

 

 

 
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Os extremismos estão minando nosso debate. Creio que nenhum de nós concorda com o negrito.

 

Sinto Foras... o extremismo iniciou-se a partir do momento que vcs deixaram claro que a história é o epicentro. Não concordo e não estou sozinho nesta posição. Posso postar diversas análises de estudiosos da arte cinematográfica que dispõe sobre a importância da imagem sobre a narrativa literária' date=' mas não vai adiantar nada porquanto até agora não vi nenhum desenvolvimento pró-narrativa literária da parte de vocês, exceto o velho bordão 'eu prefiro assim... é subjetivo... sempre vi o cinema assim', etc...  
[/quote']

 

Seria extremo se, além disso, ignorássemos por completo o modo como esta história é contada, tal como estava nos parênteses. Não é verdade, sem a linguagem visual não há cinema, não neguei isso em momento algum. E sim, se quiser pode postar. Afinal, não estou aqui pra defender uma opinião imutável até a morte, estou, sim, curioso com a possibilidade de uma imagem em si valer mais que sua mensagem.

 

Mas você disse no post anterior que a história seria o epicentro, a parte mais importante de um filme:

 

Então a questão é extremamente simples. Desculpem' date=' mas pra mim a  história sempre será o centro, e o modo de contá-la gravitará ao seu redor. A história é a matéria-prima. Admitindo aqui a possibilidade absurda de separarmos os dois elementos no cinema. Quanto ao exemplo, o Picasso em questão é feio a dar cum pau, e por isso, o que este representa esmaga o conceito de estética.

[/quote']

 

Mesmo você admitindo a possibilidade de separar os dois elementos, está aí, para todos lerem...E quando você faz isso, impreterivelmente deduziremos que você relega a forma como a história é contada em segundo plano, o que eu, o Noonan e o Dook não concordamos (e os motivos já postamos aqui). É como o exemplo da pintura do Picasso postada pelo Dook: indepedente de você ter gostado ou não da obra (eu particularmente também não gosto), a idéia principal da pintura (na nossa comparação, a história) é simples, mas a MANEIRA como ela foi expressada na pintura (na nossa comparação, a FORMA como ela foi retratada) é uma assinatura única do pintor. Outros pintores poderiam retratá - la de inúmeras maneiras diferentes, e as nossas reações perante essa obra (sejam ela ruins ou boas) serão baseadas na MANEIRA  como a história (ou o fato) foi retratada e não a partir da história em si. Fazendo o paralelo com o cinema: omote principal do filme "Herói" já foi retratado várias vezes no cinema asiático, mas o diretor optou por explorar a capacidade audiovisual ao máximo. As reações perante essa obra serão baseadas na MANEIRA como o diretor resolveu tratá - la. O "roteiro" seria apenas linha inicial da obra, assim como, no exemplo do Dook com a pintura do Picasso, a idéia de retratar três músicos com os seus instrumentos.

 

Coloco o modo de contar a história em segundo plano, mas não a jogo do abismo ou desenrolo léguas de distância entre os dois elementos, como vocês parecem deduzir. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Mas então? A forma de contar é importantíssima, parece que vocês não me ouvem dizer isso, a questão é contando com uma narrativa frágil, o filme ficará definitivamente prejudicado. A história é o centro, se parte dela, tudo é construído em torno dela. Faça uma torta com maçãs estragadas, e vai acabar estragando a torta, não importa quantas vezes mude a receita.

 

Em se tratando de arte, às vezes pode - se fazer coisas inimagináveis com maças estragadas, Forasta.

 

Só para citar dois exemplos: Encurralado (homem é perseguido por um caminhão numa estrada dos EUA); Os Pássaros (Pássaros resolvem, do nada, atacar uma cidade costeira)
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Suponho que tenha sido na pré-produção. De qualquer forma' date=' você ignorou a maior parte do que escrevi, por favor. [/quote']

 

Vc já ouviu falar em decupagem de roteiro?

 

E eu não ignorei o que vc escreveu, pois vc vem repetindo sistematicamente o mesmo começo de raciocínio e eu já contra argumentei a respeito e vc até agora fugiu disso. Não vou ficar me repetindo.

Sim, estamos na pré-produção de um daqueles pretensiosíssimos curtas acadêmicos.07

 

Não, você prefere acreditar, e o que é pior, plantar a idéia de que eu fugi. É clássico, quando não se ataca os argumentos, se ataca o argumentador. A coisa é muito simples, como disse antes, não carece dessa verborragia toda, ou teses, ou estudos elaborados. Basta não apresentar um ponto de vista como fato indubitável.
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