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Forum Cinema em Cena

Gustavo Oliveira

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    Gustavo Oliveira reacted to Jack Ryan in Marcados Para Morrer (End of Watch, 2012)   
    Chega ao Brasil no próximo fim de semana este instigante drama policial. Assisti agora há pouco e gostei bastante. A condução é competente, e a alternância entre as cenas de trabalho policial e da vida pessoal dos protagonistas funciona bem, mantendo a atenção e envolvendo o espectador. De fato, ocorre a conexão com os dois personagens, que é essencial para que o terceiro ato funcione. Enfim, fica a dica.
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    Gustavo Oliveira reacted to Jack Ryan in A Hospedeira (The Host, Andrew Niccol, 2013)   
    Por um lado, é escrito e dirigido por Andrew Niccol (que escreveu O Show de Truman e dirigiu Gattaca, O Senhor das Armas e O Preço do Amanhã). Por outro lado, é baseado em um livro de Stephanie Meyer (da saga Crepúsculo, caso alguém tenha recém voltado de Marte). Já tem teaser e trailer:
     


     


     
    A estória é essencialmente Invasion of the Body Snatchers visto por outro ângulo. Enfim, não estou convencido de que possa ser um bom filme, mas tb não estou convencido de que será ruim. O trio principal do elenco adiciona um pouco de esperança. Vejamos o que sai.
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Procura-Se Um Amigo Para O Fim Do Mundo   
    Para mim,
     
     
    Eis uma tentativa falha de unir drama com comédia em um filme cujo tema já se tornou cansativo (“Fim do Mundo”), porém, a forma com a qual ele o aborda é, de certo ponto, original, devo ressaltar.
     
    Em menos de cinco minutos de projeção já ficamos por dentro completamente do universo do filme, apontando o fim do mundo iminente de maneira rápida e sutil através de veículos de comunicação. Devo assumir que até achei interessante sua premissa, entretanto, o desenvolvimento passa a nítida impressão de que os roteiristas não souberam desenrolar a ideia que tinham em mãos, acrescentando inúmeras sacadas de humor que não convencem e, no máximo, arrancam as risadas mais amarelas da plateia.
     
    Dodge (Steve Carell) foi abandonado pela esposa após descobrir que um meteoro se chocará com a Terra em um curto espaço de tempo. Decidido a recuperar o tempo perdido, ele sai numa viagem para encontrar uma namorada dos tempos de escola e acaba conhecendo Penny (Keira Knightley) no meio dessa confusa história.
     
    Se, por um lado, os roteiristas demonstraram incompetência para atribuir humor ao universo do filme, por outro, estão de parabéns ao optar por não fornecer em nenhum momento explicações aprofundadas sobre o fim do mundo; elementos que, por vezes, seriam totalmente desnecessários ao longa, uma vez que o mesmo aborda como principal objetivo a rotina humana de um ponto de vista depressivo, em que as pessoas continuavam suas tarefas cotidianas como se nada estivesse prestes a acontecer.
     
    É fato que Steven Carrel demonstra uma habilidade diferenciada para realizar comédias, entretanto em “Procura-se um Amigo Para o Fim do Muno” ele brilharia muito mais se os roteiristas resolvessem deixar de lado as tentativas falhas de humor e decidissem aprofundar com mais complexidade o teor dramático que o filme possui. Carrel até entrosa muito bem com Keira Knightley, porém, continuou achando que ela não era a escolha mais correta para o papel.
     
    Após um desenvolvimento, repito, extremamente mal sucedido, a conclusão do longa é tocante, apesar de previsível. E mesmo com um roteiro deficiente, por assim dizer, os poucos diálogos que o compõe são verdadeiros e dignos de reflexão. Afinal, o que faríamos se soubéssemos que morreríamos dentre de poucos dias inevitavelmente? Bom, eu não sei responder, mas “Procura-se um Amigo Para o Fim do Muno” tenta solucionar esta assombrosa e perturbadora questão com leveza, e embora tenha optado por mesclar drama com humor de uma maneira desajeitada (muitas vezes o filme soa como sátira mal sucedida), vale a pena ser conferido, justamente, por ser “humano”.
     
    OBS: Apesar de tudo, desde já desponta como um dos filmes mais emocionantes do ano.
     
     
    Nota: 5 de 10.
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    Gustavo Oliveira reacted to Big One in Procura-Se Um Amigo Para O Fim Do Mundo   
    A premissa é interessante mas a execução nem tanto, com Keira mas esquisitinha que o normal e Carrel fazendo aquele cara contido e introvertido já visto em pelo menos dois filmes dele, o "Miss Sunshine" e em Eu Meu Irmão e Nossa Namorada". Destaque para a cena do William Petersen do CSI e do Uncle Ben.
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Os Candidatos   
    Para mim,
     
     
    Em algum momento do filme alguém diz: "[...] Nas eleições americanas, quando se tem a grana, nada é imprevisível". A frase citada ilustra totalmente aquilo que “Os Candidatos” tenta abordar: os bastidores das eleições com maior credibilidade do mundo, ironizando seus absurdos e satirizando as realidades antiéticas. Bom, se na sinopse tudo é “interessante” e ousado, na prática não é bem assim. A comédia de Jay Roach (de “Entrando numa Fria”), após apresentar sua envolvente e hilária premissa, peca por não ir além naquilo que se propôs; assim as chanchadas (algumas delas totalmente discutíveis) rapidamente tomam conta da narrativa, prejudicando a funcionalidade da mensagem a ser transmitida e deixando-a em segundo plano.
     
    Quando o experiente congressista Cam Brady (Will Ferrell) comete uma grande gafe pública antes de um período eleitoral, dois riquíssimos CEOs planejam colocar um candidato rival para ganhar influência no distrito da Carolina do Norte, onde a disputa vai ocorrer. O homem escolhido é o “inocente” (e patético) Marty Huggins (Zach Galifianakis), diretor do Centro de Turismo local. De primeira, Marty parece ser a escolha mais improvável, mas, com o apoio de seus novos benfeitores, de um gerente de campanha arrojado e das ligações políticas de sua família, ele logo se torna um candidato com quem o carismático Cam precisa se preocupar.
     
    Se por um lado o roteiro mediano de Shawn Harwell e Chris Henchy se apresenta covarde e simples demais; por outro, Will Ferrell é perfeitamente capaz de assegurar o êxito do filme e protagonizar os melhores momentos do mesmo. Afinal, seu “jeito” de fazer humor é quase que único atualmente. E, claro, não estou esquecendo-me de Zach Galifianakis, que, apesar de ser um bom ator, aqui desempenha um trabalho robotizado e, por vezes, forçado – mesmo que seu personagem seja, tecnicamente, o “mocinho” da trama.
     
    Em meio a cenas hilárias – que de tão estúpidas chegam a ser engraçadas – e outras fora de contexto, apelativas e desnecessárias, “Os Candidatos” oscila entre bons e maus momentos em seu desenvolvimento, sem contar, claro, a construção narrativa do personagem de Galifianakis (Huggins), que, radicalmente, tem sua personalidade transformada de maneira inconvincente, pois fica difícil enxergar o bobão, que nos é apresentado nos primeiros minutos de filme, virando um político com rigor e despojado. Mas, felizmente, os pontos negativos não tornam a comédia em um filme necessariamente ruim, e sim a impede de poder almejar maior grandeza.
     
    Os demais personagens, porém, não acrescentam nada ao enredo, embora sejam simpáticos – especialmente o assessor de Cam interpretado por Jason Sudeikis. Desta forma, fica clara a dependência dos dois protagonistas que, durante todos os 90 minutos, trabalham em lados opostos em uma campanha ácida, ligeira e irônica, porém continuam sendo “farinha do mesmo saco”. Contudo, o terceiro ato do filme é totalmente atrapalhado pelos clichês e, principalmente, pelas bizarrices que deixam de ser engraçadas (a propósito, o momento do discurso de Cam é, no mínimo, ridículo) [...].
     
    Enfim, “Os Candidatos” é uma comédia simples e funcional – às vezes, até demais – que, volto a dizer, não se compromete a polemizar e tampouco ir além em seu plano de fundo – diferentemente do recente “O Ditador”, que, apesar dos deméritos, escancara a mensagem que deseja passar, não se preocupando, em momento algum, em ser “agradável”. Ou seja, em suma, o novo filme de Will Ferrell não deixa de ser válido e divertido, mas, em contrapartida, resulta em uma comédia um tanto quanto superficial. A política, do jeito que é, merece uma abordagem mais maliciosa. Se é que me entendem...
     
    OBS*: A data de estreia poderia ser bem melhor estudada, pois, afinal de contas, o filme foi lançado bem longe das eleições americanas e semanas após as eleições nacionais. Vai entender...
     
    Nota: 5 de 10.
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Possessão   
    Para mim,
     
    Será mesmo que os publicitários encarregados de divulgar “Possessão” (o título, por si só, já é o clichê dos clichês) acreditaram em algum momento que alguém levaria a sério o slogan que estampa a capa cujos dizeres enunciam “Baseado em Fatos Reais”? Bom, a partir daí já dá para ter uma noção clara das simples pretensões deste novo terror, que reformula à vontade clichês dos filmes do mesmo tema (exorcismo), imprimi um regular clima de tensão e convence razoavelmente.
     
    Na trama, uma jovem (Em/ Natasha Calis) compra uma caixa antiga em um estaleiro, sem saber que dentro dela vive um espírito (judaico) malicioso antigo. Os pais da menina (recém-separados – subtrama totalmente desnecessária, por sinal) se unem para lutar contra a maldição que a domina.
     
    Ao mesmo tempo em que as boas atuações contribuem muito para o filme (principalmente de Natasha Calis e Jeffrey Dean Morgan), a trilha sonora compromete o clima de tensão, pois os fortes acordes e os precipitados cortes diminuem o ritmo da narrativa, comprometendo, assim, o clima de tensão mediano – apesar de os sustos serem inexistentes. Entretanto a direção, no geral, é competente, em especial nos momentos em que Ole Bornedal (diretor) faz uso de ágeis travellings e closes sempre na medida certa. A montagem das principais cenas também é extremamente habilidosa, e é a partir daí que sentimos a participação de Sam Raimi na produção, retornando ao gênero que o trouxe para o estrelato.
     
    Abrindo com letreiros que dizem a mesma coisa do slogan (baseado em fatos...), “Possessão” aposta em uma narrativa simples, sem delongas e direta. Bom, e não poderia ser diferente, pois o roteiro de Juliet Snowden e Stiles White é o mais simplório possível. Nada que impeça, porém, que o terror possua bons momentos gerados principalmente – repito! – pelas ótimas atuações aliadas a uma eficaz maquiagem e efeitos visuais totalmente convincentes.
     
    Todavia, é, no mínimo, decepcionante percebermos o caminho que o terror vai, aos poucos, tomando à medida que a narrativa se desenvolve. Afinal, quem não se lembra de um filme de exorcismo onde o pai da garota, desesperado, procura rapidamente ajuda e, surpreendentemente ou não, encontra padres-exorcistas sabichões dispostos a ajudar? E é curioso também que os artifícios usados no clímax dos filmes do tipo são sempre os mesmos (como, por exemplo, luzes apagando, olhos virando e tudo mais. E não que não seja “legal”, porém o problema é que já vimos tudo muitas vezes antes) [...].
     
    O terceiro ato é enfadonho e insatisfatório (se preocupando mais em deixar portas abertas para uma possível – e, decerto, catastrófica – continuação do que encerrar de maneira minimamente convincente), destruindo o clima razoável do longa até então. Enfim, nada inovador e muito menos especial, “Possessão” resulta num mediano terror fácil de assistir e mais fácil ainda de esquecer, porém deixa claro que o gênero carece urgentemente de novidades.
     
    OBS*: Fica difícil escolher o melhor entre os últimos – e principais – filmes de terror lançados em 2012. “A Entidade”, “Atividade Paranormal 4” ou “Possessão”? Bom, eu fico com este ultimo justamente por não ser tão ruim, embora seja igualmente esquecível e sem quaisquer pretensões além de faturar seus milhões.
     
    Nota: 5 de 10.
     
     
    Quem viu comenta ai também!
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Frankenweenie   
    Para mim,
     
    Primeiramente, Tim Burton merece elogios por apostar numa animação stop motion fazendo uso da estética visual em preto e branco em plena era tecnológica (embora o filme também tenha cópias 3D; mas, mesmo assim, a ousadia do cineasta, infelizmente, afastou e afastará muitas pessoas mal acostumadas das salas de cinema; afinal, o longa ainda nem faturou o que custou! – mais de 30 milhões). Em segundo, Burton merece aplausos por conceber uma brilhante obra cinematográfica, que, apesar do gênero, uni drama e humor de maneira impecável acerca de uma narrativa sombria, densa, tocante e sutil.
     
    Claro que os demais envolvidos na produção também merecem elogios, pois o roteiro de John August é muito bom, a fotografia de Peter Sorg esplêndida, a trilha sonora de Danny Elfman tocante e na medida certa, assim como o trabalho dos produtores, figurinistas, desingers (não há como deixar de reparar na belíssima confecção dos bonecos, embora muitos sejam monocórdios), montadores e editores desta animação que, certamente, desponta como grande favorita aos prêmios do cinema deste ano.
     
    Agora, falando do filme em si...
     
     
    Depois de perder, inesperadamente, seu adorado cão Sparky, o jovem e solitário Victor Frankenstien (Charlie Tahan) usa o poder da ciência, após dicas de seu novo professor, para trazer de volta à vida seu melhor amigo - com apenas alguns pequenos ajustes. Ele tenta esconder sua criação feita à mão, mas, quando Sparky sai, os colegas de sala de Victor, seus professores, seus pais e toda a cidade aprendem que tentar “dominar a vida” pode ser algo monstruoso.
     
    Trazendo como plano de fundo a amizade, “Frankenweenie” explora excepcionalmente bem seu contexto infantil e cientifico , adicionando, também, várias citações no decorrer da narrativa – a maior delas está no título do filme, fazendo clara alusão a “Frankenstein”, sem contar inúmeros personagens inspirados em clássicos filmes de terror. Desta forma se torna fácil de embarcar no longa, ainda mais sendo as sequências de “ação” empolgantes, as sacadas de humor muito bem inseridas e versáteis, e, principalmente, os momentos humanos com emoção e veracidade – apesar de toda a fantasia que permeia o roteiro.
     
    Mas não se engane. Embora o gênero seja infantil, a animação não tem praticamente nada para crianças, pois, como já disse, o clima narrativo é totalmente denso e sombrio. Entretanto, para mim, um dos pequenos defeitos que “Frankenweenie” possui é justamente o fato de Burton tentar, em alguns momentos, “suavizar” o teor dramático do filme. E não que ele esteja errado, muito pelo contrário, o longa não deixa de ser infantil, porém as variações narrativas, às vezes, não se encaixam com perfeição ao arco dramático principal. Mas nada que faça perdermos o foco, pois, realmente, o roteiro, o enredo, a mensagem e tudo no que condiz aos aspectos técnicos elevam “Frankenweenie” a um patamar acima de muitas outras animações. Sem dúvidas.
     
    À medida que o roteiro transcorre temos cada vez mais convicção de que o trabalho de Burton no sonolento e fraco “Sombras da Noite” foi um equívoco. Aqui, o cineasta e toda a sua equipe – repito – esbanja talento, e a cada novo cenário, personagem, cena e sequência que incrementam a narrativa, nos emocionamos ainda mais com uma história simples de amizade e fidelidade entre um humilde garoto e seu cão, mas que em momento algum deixa de ser singela, verdadeira, amorosa e sem limites.
     
    O terceiro ato, apesar de ser frenético e dinâmico, confere um belo e sereno desfecho ao filme, vale ressaltar. E se no início de sua carreira Burton fora rejeitado por criar um curta de animação sombrio e inapropriado para crianças, agora o cineasta dá a volta por cima e retorna para casa de maneira honrosa e encantadora. Uma pena, no entanto, que provavelmente “Frankenweenie” passará despercebido pelo grande público, mas não há dúvidas que certamente será descoberto por aqueles que apreciam a sétima arte.

     
    Nota: 8.5 de 10.
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    Gustavo Oliveira got a reaction from Big One in 007 - Operação Skyfall   
    "007 - Operação Skyfall" : Será o melhor da franquia? Bom, para mim sim!!!
     
    A cinquenta anos atrás Sean Connery sacava sua pistola para disparar o primeiro tiro da maior franquia da história do cinema em “O Satânico Dr. No”, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo. É claro que os tempos mudaram, os objetivos são outros, o público é diferente, os efeitos especiais são mil vezes mais evoluídos e os recursos tecnológicos infinitamente melhores, mas, mesmo assim, nada tira os méritos em qualidade do ótimo “007 – Operação Skyfall”, para mim, o melhor de todos os vinte e três filmes estrelados pelo marcante e elegante agente Bond, desta vez vivido novamente por Daniel Craig, que, definitivamente, se consagrou ao interpretar pela terceira vez o icônico personagem com charme, sutileza e muito rigor.
     
     
    Em Skyfall, a lealdade de James Bond (Daniel Craig) à M (Judi Dench) é testada quando seu passado volta a atormentá-la. Com a MI6 sendo atacada por um grupo liderado pelo sádico Raoul Silva (Javier Bardem) que rouba uma lista ultra confidencial, o agente 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, sem se importar o quão pessoal será o custo disto.
    O filme abre enaltecendo a figura de James Bond (que, por sinal, somente irá se apresentar “oficialmente” na metade do longa com a lendária frase “Meu nome é Bon...”, o resto todos já sabem), e bastam poucos minutos de projeção para termos a mais nítida certeza do quão magnífico é o trabalho de Sam Mendes (que se inspirou assumidamente em Cristopher Nolan por a trilogia ‘Batman’) no cargo de diretor. As sequências de ação são montadas com perfeição, assim o talento de Mendes, aliado a uma brilhante equipe – principalmente o fotógrafo Roger Deakins e os roteiristas Neal Purvis, Robert Wade e John Logan –, se sobressai a cada quadro, plano, cena ou sequência de “007 – Operação Skyfall”.
     
    E é somente na metade do filme, também, que o vilão Raoul Silva (com um visual estranho, aliás) terá sua primeira aparição numa ótima cena - Javier Bardem em mais uma de suas brilhantes atuações, como é bom ator este homem. A complexidade de seu personagem, porém, só em bem sucedida pela entrega de Bardem (não duvido nada que venha a ser indicado – e ganhe – o Oscar de melhor ator coadjuvante, se é que alguém liga para isso...), caso o ator fosse outro o êxito certamente não seria o mesmo. Como já era de se esperar, os demais atores do ilustre elenco estão muito bem à vontade aos papéis – Daniel Craig que o diga, agora dominando completamente o agente Bond –, e desta vez o personagem de Judi Dench (M) tem muito mais destaque na trama, o que não é o caso dos novatos vividos por Ralph Fiennes (o membro do governo Gareth Mallory) e Bem Whishaw (agente Q), que, apesar das boas atuações, são coadjuvantes de terceiro escalão – porém certamente estarão presentes nas possíveis (leia-se: certas) continuações. E as Bond Girls? Bom, elas estão lá para saciar os desejos de Bond, como sempre (destaque para a bela e misteriosa agente interpretada por Bérénice Marlohe).
     
    Claro que o filme tem lá seus defeitos, e não há dúvidas que sempre haverá alguém que se incomode com alguns furos no roteiro e os mais típicos clichês – a esta altura já não duvido que James Bond tenha poderes mágicos –, no entanto a qualidade e grandiosidade de “007 – Operação Skyfall” é capaz de corresponder com proeza às expectativas dos fãs assim como encantar àqueles que apreciam um bom filme de ação, digo, um bom cinema.
     
    Agora, voltando ao roteiro, devo dizer que em momento algum achei as sequências de ação repetitivas, muito pelo contrário, são enxutas e incrivelmente bem trabalhadas, todas as elipses estão sincronizadas com perfeição e a montagem é extremamente ágil e habilidosa, moldando, assim, uma narrativa frenética e ao mesmo tempo densa, calorosa (méritos para o desing de produção ao contrastar várias cores), sombria, fria, tensa e – acredite – bem humorada. Ou seja – volto a repetir – um belíssimo trabalho de Sam Mendes e sua equipe (além de tudo, não há como deixar de mencionar o estrondoso trabalho de som), e, claro, do elenco nunca visto tão bem em cena.
     
    E à medida que a longa metragem vai passando (que não é sentida, aliás), após uma overdose de ação e emoção, o filme chega ao seu terceiro ato, onde, justamente, alguns monólogos fornecem explicações sobre o tenebroso passado de Bond – que volta ao lugar (cujo nome dá título ao filme) que vivera em sua infância. Mas, antes que a narrativa tenha seu ritmo diminuído, somos envolvidos com o exuberante clímax da superprodução (a propósito, quando a fotografia de Roger Deakins tem seu grande momento, executando travellings extremamente bem sucedidos), consolidando tal sequência como uma das melhores de toda a franquia.
     
    Enfim, tudo o que a crítica especializada vinha afirmando até então está, para mim, correto, pois o filme é realmente grandioso, daqueles do gênero raríssimos de encontrar. E eu, assim como todos os fãs e cinéfilos, já espero curioso por um Bond 24, torcendo para que seja mais um ótimo filme de uma série que nunca perde a elegância.
     
    OBS*: Além da lendária trilha sonora composta por Monty Norman, Adele também deixa sua marca na edição dos créditos de abertura com uma bela música apresentada por ela mesma.
     
    Nota: 9 de 10.
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in 007 - Operação Skyfall   
    "007 - Operação Skyfall" : Será o melhor da franquia? Bom, para mim sim!!!
     
    A cinquenta anos atrás Sean Connery sacava sua pistola para disparar o primeiro tiro da maior franquia da história do cinema em “O Satânico Dr. No”, conquistando milhões de fãs ao redor do mundo. É claro que os tempos mudaram, os objetivos são outros, o público é diferente, os efeitos especiais são mil vezes mais evoluídos e os recursos tecnológicos infinitamente melhores, mas, mesmo assim, nada tira os méritos em qualidade do ótimo “007 – Operação Skyfall”, para mim, o melhor de todos os vinte e três filmes estrelados pelo marcante e elegante agente Bond, desta vez vivido novamente por Daniel Craig, que, definitivamente, se consagrou ao interpretar pela terceira vez o icônico personagem com charme, sutileza e muito rigor.
     
     
    Em Skyfall, a lealdade de James Bond (Daniel Craig) à M (Judi Dench) é testada quando seu passado volta a atormentá-la. Com a MI6 sendo atacada por um grupo liderado pelo sádico Raoul Silva (Javier Bardem) que rouba uma lista ultra confidencial, o agente 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, sem se importar o quão pessoal será o custo disto.
    O filme abre enaltecendo a figura de James Bond (que, por sinal, somente irá se apresentar “oficialmente” na metade do longa com a lendária frase “Meu nome é Bon...”, o resto todos já sabem), e bastam poucos minutos de projeção para termos a mais nítida certeza do quão magnífico é o trabalho de Sam Mendes (que se inspirou assumidamente em Cristopher Nolan por a trilogia ‘Batman’) no cargo de diretor. As sequências de ação são montadas com perfeição, assim o talento de Mendes, aliado a uma brilhante equipe – principalmente o fotógrafo Roger Deakins e os roteiristas Neal Purvis, Robert Wade e John Logan –, se sobressai a cada quadro, plano, cena ou sequência de “007 – Operação Skyfall”.
     
    E é somente na metade do filme, também, que o vilão Raoul Silva (com um visual estranho, aliás) terá sua primeira aparição numa ótima cena - Javier Bardem em mais uma de suas brilhantes atuações, como é bom ator este homem. A complexidade de seu personagem, porém, só em bem sucedida pela entrega de Bardem (não duvido nada que venha a ser indicado – e ganhe – o Oscar de melhor ator coadjuvante, se é que alguém liga para isso...), caso o ator fosse outro o êxito certamente não seria o mesmo. Como já era de se esperar, os demais atores do ilustre elenco estão muito bem à vontade aos papéis – Daniel Craig que o diga, agora dominando completamente o agente Bond –, e desta vez o personagem de Judi Dench (M) tem muito mais destaque na trama, o que não é o caso dos novatos vividos por Ralph Fiennes (o membro do governo Gareth Mallory) e Bem Whishaw (agente Q), que, apesar das boas atuações, são coadjuvantes de terceiro escalão – porém certamente estarão presentes nas possíveis (leia-se: certas) continuações. E as Bond Girls? Bom, elas estão lá para saciar os desejos de Bond, como sempre (destaque para a bela e misteriosa agente interpretada por Bérénice Marlohe).
     
    Claro que o filme tem lá seus defeitos, e não há dúvidas que sempre haverá alguém que se incomode com alguns furos no roteiro e os mais típicos clichês – a esta altura já não duvido que James Bond tenha poderes mágicos –, no entanto a qualidade e grandiosidade de “007 – Operação Skyfall” é capaz de corresponder com proeza às expectativas dos fãs assim como encantar àqueles que apreciam um bom filme de ação, digo, um bom cinema.
     
    Agora, voltando ao roteiro, devo dizer que em momento algum achei as sequências de ação repetitivas, muito pelo contrário, são enxutas e incrivelmente bem trabalhadas, todas as elipses estão sincronizadas com perfeição e a montagem é extremamente ágil e habilidosa, moldando, assim, uma narrativa frenética e ao mesmo tempo densa, calorosa (méritos para o desing de produção ao contrastar várias cores), sombria, fria, tensa e – acredite – bem humorada. Ou seja – volto a repetir – um belíssimo trabalho de Sam Mendes e sua equipe (além de tudo, não há como deixar de mencionar o estrondoso trabalho de som), e, claro, do elenco nunca visto tão bem em cena.
     
    E à medida que a longa metragem vai passando (que não é sentida, aliás), após uma overdose de ação e emoção, o filme chega ao seu terceiro ato, onde, justamente, alguns monólogos fornecem explicações sobre o tenebroso passado de Bond – que volta ao lugar (cujo nome dá título ao filme) que vivera em sua infância. Mas, antes que a narrativa tenha seu ritmo diminuído, somos envolvidos com o exuberante clímax da superprodução (a propósito, quando a fotografia de Roger Deakins tem seu grande momento, executando travellings extremamente bem sucedidos), consolidando tal sequência como uma das melhores de toda a franquia.
     
    Enfim, tudo o que a crítica especializada vinha afirmando até então está, para mim, correto, pois o filme é realmente grandioso, daqueles do gênero raríssimos de encontrar. E eu, assim como todos os fãs e cinéfilos, já espero curioso por um Bond 24, torcendo para que seja mais um ótimo filme de uma série que nunca perde a elegância.
     
    OBS*: Além da lendária trilha sonora composta por Monty Norman, Adele também deixa sua marca na edição dos créditos de abertura com uma bela música apresentada por ela mesma.
     
    Nota: 9 de 10.
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    Gustavo Oliveira reacted to Jack Ryan in 007 - Operação Skyfall   
    Tem mesmo. Gostei dessa possibilidade.
     
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    Gustavo Oliveira reacted to -felipe- in 007 - Operação Skyfall   
    Ela tem cara de Bond girl mesmo.
     
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    Gustavo Oliveira reacted to Jorge Soto in Atividade Paranormal 4   
    Atividade Paranormal 4: O Diabo está na Repetição
     
    POR GABRIEL PAIXAO – 25/10/2012
     

    Fã de carteirinha desde a primeira instalação, não poderia deixar para trás a “tradição” de assistir à franquia Atividade Paranormal, que ano após ano assombra os cinemas com suas câmeras amadoras ligadas madrugada adentro. Iniciada em 2009, o fenômeno dirigido criado pelo cineasta Oren Peli é sempre sinônimo de grana no cofre da Paramount: custo baixo, alta lucratividade. Uma equação simples que faz com que a franquia tenda a se perpetuar nos cinemas, igual ao amiguinho Toby, o demônio que ninguém vê na série.
    Porém tudo o que é amplo demais acaba tendo um custo “artístico“; este custo é representado na queda da qualidade.Atividade 1 era tosco, barato e isto tornava-o assustadoramente realista; o segundo, com mais orçamento, personagens e profissionalismo, estabelecia a franquia e dava um ar diferenciado as ideias dos roteiristas; o terceiro tinha invariavelmente um charme retrô e boas ideias que o tornavam uma diversão à parte. Este quarto filme, como no anterior dirigido por Ariel Schulman eHenry Joost baseado no roteiro de Christopher Landon, não consegue segurar o rojão e acaba se tornando uma “carne de segunda” da franquia: tudo igual, mas com uma qualidade significativamente inferior.
    Atividade 4 abre alguns anos após o sequestro deHunter pela tia possuída Katie (Katie Featherston), o que é recapitulado para quem nunca viu os filmes anteriores. Agora estamos em 2011, bem longe do local dos acontecimentos originais, e acompanhamos o dia-a-dia da família composta pelo casal Holly (Alexondra Lee) e Doug (Stephen Dunham) e seus filhos, o pequeno Wyatt (Aiden Lovekamp) e a adolescente Alex (Kathryn Newton). A família passa por alguns problemas vindos do matrimônio abalado do casal, mas tenta manter as aparências por conta dos filhos.
    Uma dada noite, Alex percebe que há alguma movimentação no playground do quintal e ao ir checar (sempre com a câmera a tira colo) encontra um visitante inesperado: um pequeno assustador de 6 anos chamado Robbie (Brady Allen), que mora na casa ao lado. Após um acidente, a mãe do garoto (que nunca aparece na tela, mas você já deve saber quem é) é hospitalizada e Robbie, sem parentes próximos, é acolhido por Holly para passar alguns dias na residência.
    Acordando inesperadamente a noite, fazendo uma estranha amizade com Wyatt e conversando frequentemente com seu amigo imaginário Toby, a presença de Robbie deixa todos na casa apreensivos, porém é Alex quem se preocupa mais. Ela e seu “namorado” Ben (Matt Shively) resolvem hackear todos os notebooks da casa, fazendo suas webcams registrarem todos os movimentos da família afim de tentar esclarecer se efetivamente há algo demoníaco no ar.
    Não deveria escrever mais sobre o roteiro, pois incorreria em spoilers, mas, sinceramente, não existe o que escrever: É uma mistura dos filmes anteriores. Você tem a busca por respostas e o namorado mala da primeira parte, a família com problemas e a adolescente desacreditada da segunda e as crianças assombradas da terceira, tudo no rítmo “found-footage” também encontrado em Atividade Paranormal 2.
    As grandes decepções começam no fato que não há nada em Atividade 4 que já não tinha sido feito, e melhor, nos filmes anteriores. A apreensão das produções anteriores consistia principalmente em não saber o que a escalada nas atividades poderia trazer na noite seguinte, e tudo apresentado de maneira coerente com a narrativa e, às vezes, até minimalista até o “magnum-opus” no desfecho. Aqui as sutilezas são muito menos evidentes: É claro como água o que vai acontecer, você só não sabe quando. E, com isto, você se tem milhares de jump-scares criados com pouco embasamento narrativo e bagagem de roteiro, ou seja, você ainda se assusta (e como!), porém se antes os sustos eram como num passeio no trem-fantasma, agora são como aquele amigo chato que pula de dentro do armário e você sente vontade de enchê-lo de porrada depois.
    A construção da trama é um grande fator para estabelecer este status, portanto. Diferentemente do segundo filme, a família não percebe que há algo de errado e insiste na batida fórmula de desacreditar; a única que acha que existe algo a mais na casa, Alex, e acredita cegamente que a explicação para o estranho comportamento de Robbie é o trauma de ter sua mãe hospitalizada. O comportamento errático de Wyatt após receber Robbienão é considerado motivo para alarde pelos pais.
    Não é aceitável no decorrer do filme que os pais sejam tão negligentes e desinteressados assim na criação dos filhos, tornando-se meros coadjuvantes ante a ação que os envolve. Um contraste com os papéis de, por exemplo, Kristi e Dan na parte 2 – que apesar de coadjuvantes mais céticos, não hesitaram em fazer alguma coisa (qualquer coisa!) quando perceberam algo de errado – e Dennis na parte 3, e olha que nem pai das meninas ele era! Falando nos pais, uma curiosidade,Alexondra Lee e Stephen Dunham formavam um casal também na vida real, porém Dunham faleceu tragicamente após sofrer um ataque cardíaco súbito a cerca de um mês do lançamento de Atividade Paranormal 4.
    Voltando ao filme, colocando nas costas somente na figura de Alex eBen como heróis, como já dito um papel levemente similar a Katie eMicah em Atividade 1, fica difícil simpatizar com eles quando Ben é tão ausente e a atriz que interpreta Alex não tem carisma suficiente para levar o filme nas costas sozinha. O mesmo ocorre com Wyatt e Robbie, simulando as jovens Katie e Kristi de Atividade 3, infelizmente sem o mesmo talento convincente das meninas.
    Além disto, não que alguém se importe, mas Atividade Paranormal 4 ainda coloca uma incoerência na linha do tempo da franquia, já que o filme se passa em 2011 – e Katie ainda vive “muito bem, obrigada” – quando um bocado do argumento em Atividade Paranormal em Tokio vem da história que a protagonista Haruka está com as duas pernas quebradas após atropelar Katie e matá-la… em 2010!
    Ao final das contas não posso deixar de apontar que após cinco filmes quem está ficando cada vez mais cético, apesar de todas as evidências, sou eu mesmo. Especialmente quando o poster prometia uma experiência decisiva onde “toda a atividade levará a isso” e acaba entregando uma ponte mal feita, com pouquissimas revelações e novidades (umkinect e câmeras de notebooks? Bah!), para ligar aAtividade Paranormal 5 ou seu chamado “spin-of latino” que, baseado na cena pós-créditos, provavelmente se passará no México. O monstro continua a solta, contudo só espero que alguém lá em Hollywood tenha as bolas para aprender com os erros da parte 4, buscar tirar a franquia da zona de conforto, da fórmula de grana fácil, parar de lançar uma “xerox” de si mesma, e não deixá-la rolar ladeira abaixo como outras tantas franquias esmagadas no passado.

     

     

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    Gustavo Oliveira reacted to The Deadman in Intocáveis   
    Firth é muito bom também. Combina com o papel. Mas, será, no mínimo, chover no molhado... Esse filme é uma pérola. Penso que a mesma coisa vem por aí com "Oldboy"... Enfim... Coisas desses americanos doidos varridos.
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Atividade Paranormal 4   
    O que fazer quando os elementos “surpresas” deixam de inovar e as ideias parecem sucumbir das mentes dos roteiristas da franquia de terror? Bom, fizeram “Atividade Paranormal 4”, um filme que, por si só, não agrada os fãs e tampouco convence como continuação “tão aguardada”, mas, de algum modo, pode funcionar como filme de terror, dadas as circunstâncias.
     
    Desta vez, o longa da continuidade em seu tempo narrativo a partir de onde terminou o primeiro filme, e apresenta uma nova família numa cidade diferente, porém que, como se já não soubéssemos, viverá periodicamente os mesmos fenômenos paranormais vivenciados pelas famílias dos longas anteriores. Ou seja, “Atividade Paranormal 4” é totalmente repetitivo (até o momento clímax parece copiado do antecessor, diga-se de passagem), assim, naturalmente, por se tratar de uma quarta parte de uma franquia de terror, a metragem se torna aos poucos cansativa e frustrante.
     
    Vamos à trama chula (de sempre): depois dos eventos anteriores, os espíritos/demônios voltam para assombrar outras vítimas. Desta vez eles buscam por algo maior, uma criança que pode ajudar a montar o quebra-cabeça criado no primeiro longa da franquia, que, após o acidente de sua mãe “adotiva” (Kate), vai morar por alguns dias nos vizinhos, daí tudo começa...
     
    O roteiro de Zack Estrin e Oren Peli é no mínimo preguiçoso e demonstra grandes sinais disso logo no primeiro ato do filme, onde o clima de tensão é extramente falho (leia-se: inexistente) e todas as tentativas de exprimir terror da trama em seu desenvolvimento já foram exploradas inúmeras vezes em “Atividade Paranormal 1, 2 e 3” (como não reparar na porta que sempre fecha sozinha? Nos mesmos barulhos de sempre? Ou nas pessoas habitualmente flutuando?...), desta forma as amarrações soam absurdas, digo, patéticas; e, como “admirador” dos filmes anteriores (sim, sim... eu sou. Pois são bons longas de terror e a principio inovaram), fica difícil de embarcar no climinha de “Atividade Paranormal 4” sabendo que tudo o que estamos vendo na telona já vimos três vezes, só que com atores diferentes.
     
    Aliás, falando de elenco, os atores do longa se esforçam bem (isso não significa que sejam bons), principalmente a adolescente – e bela - Kathryn Newton, que se entrega muito ao papel para convencer. Katie Featherston (atriz principal do primeiro filme) está de volta numa participação mais extensa, porém os momentos protagonizados por ela são mal sucedidos (exceto alguns, como no final), pois volta a questão que prejudica tanto o êxito (?) de “Atividade Paranormal 4”: já vimos tudo anteriormente...com isso, o longa perde todos os seus elementos que poderiam surpreender.
     
    Outro fator problemático, também, consiste na direção de Henry Joost e Ariel Schulman, que aposta precipitadamente em cortes abruptos e filmagens dinâmicas (como de costume) fazendo uso de travellings inconvincentes (vale dizer que a sacada do Kinnect, que parecia interessante, não acrescenta nada ao filme), tentando, a todo o momento, transmitir mais realidade a fita, porém acaba jogando contra do que necessariamente a favor. Todavia, saiba que ao ir ao cinema assistir “Atividade Paranormal 4” verá um filme no típico estilo “falso documentário” (que, a propósito, precisa ser renovado, afinal, não a mais no que se inspirar no clássico “A Bruxa de Blair”), assim a direção da dupla acaba por resultar naquilo que estava no “script”.
     
    Então, no decorrer da fita levamos alguns sustos - mas que nem de longe se equiparam àqueles do primeiro filme, que transmitem tamanha tensão da qual gera grande precaução ao espectador por ficar tenso em função daquilo que poderia aparecer em tela, e não do que necessariamente aparece – suspiramos muitas vezes (na maior parte delas torcendo pelo filme acabar) e temos a mais nítida sensação de que a franquia já deu o que tinha que dar e já gerou as centenas de milhões que tinha que gerar.
     
    No final das contas, “Atividade Paranormal 4” – repito!– pode funcionar como filme de terror, mas jamais como continuação convincente e tampouco satisfatória, pois, como já disse, o roteiro é mal desenvolvido e o clima de tensão falho, sem dizer que a criatividade e o bom senso passaram muito longe das mentes dos roteiristas, e a ganância do estúdio foi tão grande a ponto de nem procurar saber sobre aquilo que o produtor Oren Peli levaria aos cinemas: simplesmente, mais do mesmo, frase que será dita, redita e dita outra vez para classificar esse filme.
     
    OBS*: Quem acredita num quinto filme? Bom, eu já não tenho quaisquer expectativas. Prefiro ressuscitar “A Bruxa de Blair” em V/H/S ou revisitar “Atividade Paranormal” em DVD.
     
    Nota: 4 de 10.
     
     
    Diga você também o que achou!
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    Gustavo Oliveira reacted to leomaran in Até que a Sorte Nos Separe   
    Imaginando-se que eles coloquem os melhores momentos no trailer... Não, eu não tenho a mínima vontade de assistir isso aí.
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    Gustavo Oliveira reacted to Calvin in Looper - Assassinos do Futuro   
    Tem alguns pontos altos como a maquiagem do joseph gordon levitt(!!!!) [encarna um Logan sisudo e serio], a atuação do guri ( surpreendente o comportamento meio precoce...wtf?) mas nao me agradou. Nao curti a historia, o filme é extremamente longo e da uma sensaçao meio exagerada de volta no tempo em vários momentos que nao precisava ter na estória para dar um efeito cool,claro..(ex. premonição de tiroteio). Todavia o filme esta tendo ótimas avaliações na mídia e na critica (sabe se lá pq...talvez por ser "filmado de forma extremamente original" como tem sido comentado repetidamente na internet)
     
    Há tempos que filmes com temática futurista nao me surpreendem...eu meio que acho que o gênero já ta saturado de projeções apocalípticas ou maniqueismo heroi x vilao, fim do mundo, vilão que quer ficar super rico....enfim!...gostaria de ver A originalidade em enveredar em outro âmbito, entretanto filmes deste gênero tem como requisito atrair as massas dado o orçamento de uma produção nesse estilo, acaba saindo algo original que puxa mais pra Blockbuster. (relendo meu comentário acho que nao consegui me fazer claro...foi uma tentativa.)
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    Gustavo Oliveira got a reaction from jujuba in Até que a Sorte Nos Separe   
    Para mim,
     
    Havia me assustado com a qualidade do último longa – e o único de expressão – dirigido por Roberto Santucci (“De Pernas Pro Ar”), pois o cineasta faz questão, a todo o momento, de adaptar as características televisivas para às telonas de maneira precipitada, principalmente em relação ao elenco que, por mais carismático que seja (nesse caso, Ingrid Guimarães e Maria Paula), demonstra absoluta falta de experiência. Porém, mesmo com tudo conspirando contra a este “Até que a Sorte nos Separe”, Leandro Hassum rouba o filme para si na maior parte da metragem garantindo algumas risadas espontâneas – embora muitas delas sejam forçadas –, e conta com a ajuda de Danielle Winitz desempenhando um papel estranhamente eficaz como megera. Mas não se engane, pois estes fatores não impedem que a comédia passe perto de ser um desastre.
     
    Bastam pouco mais de cinco minutos de projeção para termos a mais nítida certeza de que se trata de um filme com direção pedestre, cujas cenas são decupadas de maneiras quase que amadoras; roteiro assustadoramente ingênuo e uma trama boba que, de algum modo, atrai um grande público nacional.
     
    Tino (Leandro Hassum) é um pai de família de classe média que vê sua vida e, especialmente, seu casamento com Jane (Danielle Winits), completamente transformados após ganhar na loteria. O problema é que ele acaba perdendo tudo em dez anos de uma vida de ostentação. A partir daí, com a ajuda do vizinho Amauri (Kiko Mascarenhas) e de seu melhor amigo Adelson (Aílton Graça), ele cria uma série de situações hilárias para que sua esposa, grávida do terceiro filho, não perceba que está falido.
     
    Apostando seu possível êxito total e desesperadamente no engraçado Leandro Hassum (mas longe de ser milagroso), “Até que a Sorte nos Separe” se perde em pontos básicos de construção narrativa minimamente coesa, como, por exemplo, os personagens secundários que entram e saem da trama igual a piscas-piscas; mas, pior ainda, é ter que aturar o personagem interpretado por Kiko Mascarenhas (fraquíssimo, por sinal) tendo grande foco desnecessário no enredo, simplesmente para criar um contraste entre o vizinho chato e o pobretão ignorante (Tino), mas que, aos poucos, vão se tornando amigos por ironia do destino. Todavia, devo admitir que achei graça dos pouquíssimos momentos onde Airton Graça aparece em cena se fingindo de gay, pois, embora seja pastelão puro, consegue fazer rir. Afinal, este é única e exclusivamente o objetivo do longa. Porém mesmo se privando somente a isso, não cumpre sua promessa totalmente (vide alguns momentos).
     
    À medida que a historinha se desenrola precariamente, o roteiro impõe inúmeras chanchadas com o objetivo de quase forçar risadas amarelas do público, como num momento (do qual tem grande foco no trailer, aliás) onde Tino dança hilariamente Flashdance, no maior estilo Zorra Total, realmente soa descartável e irritante, etc.etc.etc... Seria perda de tempo enumerar as demais cenas, mas acho plausível citar o melhor momento do filme, para mim, quando Olavinho – primo de Jane, de 104 anos de idade e multibilionário – diz a Tino: “... Eu daria tudo o que tenho para ser jovem e ter uma mulher bonita outra vez, tudo!”. Por mais que possa parecer careta, a frase mencionada reflete exatamente toda a moral que a comédia tenta transmitir constantemente no decorrer dos 104 minutos de sua metragem, e, felizmente – apesar de todos os excessos, exageros, apelos, erros, ingenuidades, falhas... –“Até que a Sorte nos Separe” consegue realizar tal proeza, fazendo com que, desta forma, o filme não seja um desastre total (como dito no inicio desse texto).
     
    Enfim, não vá ao cinema esperando um bom filme, e sim algumas risadas e uma válida liçãozinha de moral, pois no final das contas são as únicas coisas que a comédia proporciona, além, claro, de Hassum se esforçando muito para convencer e divertir.
     
    OBS: Dá para acreditar que na sessão quando assisti “Até que a Sorte nos Separe” muitas pessoas aplaudiram durante 4 minutos após o término da projeção? Por que será? Talvez carência de bons filmes nacionais ou simplesmente estavam ironizando? Ou melhor: Será que se divertiram tanto a ponto de chegar a esse nível de aclamação? Bom, não sei responder... Vai entender.
     
    Nota: 3 de 10.
     
     
    Eu até me diverti, e você?
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    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Busca Implacável 2 (Taken 2, Olivier Megaton, 2012)   
    Bom pessoal, assisti a "Busca Implacável 2", minha opinião abaixo, quem assistiu diga também o que achou!
     
     
    Apesar dos deméritos, gosto muito de “Busca Implacável” (2008, com o roteiro de Luc Besson e Robert Mark Kamen e direção de Pierre Morel), principalmente por imprimir um ritmo alucinante durante toda a fita, e embora tenha muitos furos no roteiro, consegue convencer muito bem. Felizmente (se é que posso dizer assim), esta continuação resulta em algo muito mais alucinante, vibrante e empolgante; no entanto a nítida sensação de estarmos vendo o primeiro filme superficialmente alterado é inevitável, desta forma, “Busca Implacável 2” é simplesmente “mais do mesmo”. Ou seja, funciona como longa de ação, mas em qualidade está muito longe de atingir um nível elevado.
     
    Bryan Mills (Liam Neeson) é um ex-agente da CIA extremamente talentoso, que arriscou tudo para salvar sua filha Kim de sequestradores albaneses. O pai de um deles promete vingança pela morte do filho. Em uma viagem a Istambul, Bryan e sua ex-esposa são sequestrados. Desta vez, ele irá depender da ajuda da filha Kim para escapar, usando as mesmas forças táticas de sempre para salvar a todos e sistematicamente eliminar os sequestradores, um por um.
     
    Partindo da mesma premissa levemente alterada, “Busca Implacável 2” abre bem ao iniciar sua narrativa de modo sombrio, fazendo com que temamos pela vida do protagonista e...NOSSA! JÁ IA ME ESQUECENDO DE QUE BRYAN MILLS É CAPAZ DE DÍZIMAR UM EXÉRCITO DE CRIMINOSOS COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS, E DE QUE ESTES SÃO PIORES DE MIRA DO QUE UM CEGO NUM TIROTEIRO; E MAIS, BRYAN PODE SE SOLTAR DE ALGEMAS COM MAIOR FACILIDADE DO QUE PODERIA ROUBAR DOCE DE CRIANÇA. [...] Bom, já deu para perceber que não é recomendado que se crie as mínimas expectativas possíveis para com esta continuação, pois as chances de se decepcionar são assustadoramente enormes.
     
    A direção de Olivier Megaton é competente, embora às vezes este peque por exagerar na concepção de seus planos gerais (dos quais estão presentes em praticamente TODAS as transições), que, apesar de serem exuberantes (méritos para a bela fotografia de Romain Lacourbas), soam exagerados e servem automaticamente como elementos de desritmização da narrativa—esta bem conduzida, dadas as circunstancias. Já o roteiro, novamente assinado por Luc Besson, é eficiente o suficiente para noz fazer embarcar facilmente no universo do enredo, mas ao mesmo tempo falho da mesma forma em comparação com o roteiro do primeiro capitulo da franquia.

    O fato é que “Busca Implacável 2” é um daqueles filmes que desde o início já somos perfeitamente capazes de deduzir seu final. Para piorar, fazia tempo que não assistia um longa com tantos clichês como este (não se enganem, são MUITOS mesmo!!!); e dentre algumas das cenas que gradativamente me incomodaram, devo citar uma onde Bryan e sua “esposa” são feitos de refém numa sala na qual se encontram algemados, mas, para variar, Bryan consegue se soltar e salvar a mulher (que estava prestes a falecer quando os criminosos cortam seu pescoço e a colocam de ponta cabeça, para que, assim, Bryan pudesse vê-la morrer dolorosamente; todavia a estúpida gangue de capachos do vilão deixa a sala, dando algum tempo do qual seria mais do que necessário para o expert interpretado por Neeson soltá-la e, ainda por cima, matar alguns bandidos sem errar um só tiro). Enfim, este é um simples exemplo de muitos momentos dos quais prejudicam a aceitação do filme, mas que, felizmente, sempre trazem no segmento empolgantes sequências de ação concebidas com vigor.
     
    Entretanto, tudo o que poderia se tornar num desastre é, de certa forma, salvo pelo agora astro de ação Liam Neeson, que esbanja carisma, competência e coragem (isso mesmo, coragem. Ainda mais se levarmos em consideração sua idade que não o impede de emplacar longas sequências de lutas difíceis de serem desempenhadas). O restante do elenco não atrapalha, simplesmente conta com bons atores que não tornam este “Busca Implacável 2” especialmente memorável em momento algum.
     
    Em contrapartida, devo admitir que achei graça das ridículas e totalmente desnecessárias subtramas envolvendo Kim, que, por sua vez, é incapaz de tirar sua carteira de motorista, mas consegue fugir de dezenas de viaturas nas ruazinhas de Istambul . Isso sem contar a trama que traz a dificuldade de Bryan em aceitar seu namorado, algo que não acrescenta absolutamente nada ao filme.
     
    Prosseguindo, como já disse em alguns momentos dessa crítica, sempre somos surpreendidos por muita ação alucinante que, querendo ou não, faz com que esta continuação divirta e prenda a atenção convincentemente, mas em momento algum a eleva a um patamar de ótimo filme do gênero (pelos fatos já citados).
     
    Portanto, já deu para sacar qual é a finalidade deste longa que alterna entre alguns momentos eficazes e outros totalmente irritantes (para não dizer patéticos), mas que, no final das contas, pode funcionar e agradar os fãs do primeiro filme, do gênero de ação e, principalmente, de Liam Neeson, que, a propósito, extermina novamente dezenas de criminosos sem ao menos levar um tiro e tampouco ser gravemente ferido.
     
    OBS: Fica a pergunta: quem será a próxima vítima sequestrada? Bom, para mim não importa desde que Bryan e suas habilidades especiais ainda estejam aguçadas. Ah, e mesmo que não estejam todos sairão vivos, pois os criminosos não sabem atirar [...]. Enfim, que termine por aqui esta franquia levemente interessante que proporcionou até o momento bons entretenimentos, porém que já deu o que tinha que dar.
     
    Dá pra se divertir!
     
    Nota: 5 de 10.
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    Gustavo Oliveira reacted to Jack Ryan in Busca Implacável 2 (Taken 2, Olivier Megaton, 2012)   
    Caça-níquel óbvio, mas será que consegue ser bom?
     
    Ah, tem o Liam Neeson, vai ser bom sim.
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    Gustavo Oliveira got a reaction from Big One in Looper - Assassinos do Futuro   
    Este filme estreou em: 28 de Setembro de 2012
     
    Sinopse: Em um futuro não muito distante, as viagens no tempo existem, mas não são permitidas. Entretanto, um grupo de assassinos da máfia, os chamados Loopers, a utilizam para encobrir vestígios de seus assassinatos, enviando as vítimas de volta ao passado. Um desses assassinos, Joe (Joseph Gordon-Levitt), recebe a visita de sua versão no futuro (Bruce Willis) e terá de lutar contra si mesmo para tentar sobreviver.
     
    FICHA TÉCNICA
    Diretor: Rian Johnson
    Elenco: Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt, Jeff Daniels, Piper Perabo, Paul Dano, Garret Dillahunt, Pierce Gagnon, Tracie Thoms, Han Soto
    Produção: Ram Bergman, James D. Stern
    Roteiro: Rian Johnson
    Fotografia: Steve Yedlin
    Trilha Sonora: Nathan Johnson
    Duração: 118 min.
    Ano: 2012
    País: EUA
    Gênero: Ação
    Cor: Colorido
    Distribuidora: Paris Filmes
    Estúdio: DMG Entertainment / Endgame Entertainment / FilmDistrict / Ram Bergman Productions
    Classificação: 16 anos
     
    Bom, espero que digam o que acharam sobre esta nova ficção!!!
     
    Pois, para mim,
    Está se tornando tendência as ficções cientificas de Hollywood adotarem, cada vez mais, premissas que desafiam totalmente a lógica como conhecemos, porém o mais interessante é quando os roteiristas não se preocupam em procurar explicações mirabolantes das quais não acrescentam nada à obra cinematográfica em si, fazendo com que, desta forma, o filme adquira uma narrativa ágil, habilidosa e empolgante. E, felizmente, “Looper – Assassinos do Futuro” resulta num longa eletrizante e, em até certo ponto, original.
     
     
    Abrindo a projeção de maneira misteriosa com uma narração em off absurdamente essencial feita pelo personagem central Joe (Gordon-Levitti) que nos familiariza com o clima da produção imediatamente, “Looper” é contemplado por uma direção ótima de Rian Johnson concebida através de uma sombria e competente fotografia de Steve Yedlin que, por sua vez, aborda um mundo futurístico de modo audacioso ao empregar uma visão de que este se encontra em estado caótico e degradante, mesmo se tratando do “futuro tecnológico” como esperamos. Com suas ideias formuladas, o longa começa a ganhar ritmo e forma rapidamente, chegando a um de seus grandes momentos onde as duas versões de Joe (do futuro - Bruce Willis - e do presente – Joseph Gordon-Levitt, em atuações seguras e convincentes) se encontram, algo que conduzirá a ficção até o fim. E embora o roteiro apresente certos problemas, o dinamismo imposto por Rian através duma notável montagem ajuda a manter o ritmo que tinha tudo para se perder no decorrer do enredo.
     
    O fato é que “Looper – Assassinos do Futuro” é um daqueles típicos filmes dos quais, por mais que você tente encontrar explicações, não se propõe a fornecer qualquer tipo de respostas mais elaboradas para preencher suas lacunas, pois mesmo se tratando de uma ficção cujo contexto é totalmente surreal, é primário que narrativa imprima coerência de acordo com sua diegese, algo que incômoda em “Looper”, pois a construção da estória depende, primordialmente, do aguçado poder de dedução do espectador que, logo após sair da sala de cinema, certamente irá polemizar e questionar muito com seus amigos e na internet (como no meu caso). Porém, felizmente, todos os deméritos são compensados por implacáveis sequências de ação muito bem sucedidas, das quais conseguem fugir satisfatóriamente dos irritantes clichês do gênero.
     
     
    Bom, no desenrolar da trama conhecemos um intrigante garoto (Pierce Gagnon, talentoso, aliás, que constrói um dos personagens mais interessantes da fita, sendo de dupla personalidade) com poderes telecinéticos (que se tornaria um sanguinário assassino em 2070, mas a versão do futuro de Joe tenta a todo o momento o exterminar por precaução), que reside numa fazenda junto com sua “mãe” (Emily Blunt, cuja personagem não tem seu grande momento); também refletimos constantemente por conta de várias questões filosóficas muito bem empregadas (Afinal, como será o futuro?). E apesar da dupla de protagonistas se entrosarem muito bem na difícil incumbência de interpretar o mesmo personagem, é inconvincente a construção como antagonista da versão de Joe interpretada por Willis, mas nada que prejudique diretamente a ficção.
     
    Então, após seu desenvolvimento levemente irregular, o terceiro ato de “Looper – Assassinos do Futuro” é extremamente vibrante e demora até nos darmos conta que o filme realmente acabou justamente pelo fato de ser tão imprevisível [...]. No final das contas, os pequenos erros são suavizados, especialmente, por uma narrativa convincentemente instigante, sombria e empolgante.
     
     
    Portanto, adoraria ver novos projetos como este resultando novamente em algo original e ousado (não faria mal um melhor acabamento do roteiro, mas...); e embora o filme certamente vá dividir opiniões (principalmente por não ser de fácil compreensão), o estranho êxito de “Looper – Assassinos do Futuro” é, para mim, inegável. É claro que dadas as circunstâncias.
     
    Se Divirta!
     
    Nota: 6 de 10 / Se assistiu, comente e de sua opinião abaixo!!!


  21. Like
    Gustavo Oliveira reacted to Gustavo Oliveira in Looper - Assassinos do Futuro   
    Este filme estreou em: 28 de Setembro de 2012
     
    Sinopse: Em um futuro não muito distante, as viagens no tempo existem, mas não são permitidas. Entretanto, um grupo de assassinos da máfia, os chamados Loopers, a utilizam para encobrir vestígios de seus assassinatos, enviando as vítimas de volta ao passado. Um desses assassinos, Joe (Joseph Gordon-Levitt), recebe a visita de sua versão no futuro (Bruce Willis) e terá de lutar contra si mesmo para tentar sobreviver.
     
    FICHA TÉCNICA
    Diretor: Rian Johnson
    Elenco: Bruce Willis, Joseph Gordon-Levitt, Emily Blunt, Jeff Daniels, Piper Perabo, Paul Dano, Garret Dillahunt, Pierce Gagnon, Tracie Thoms, Han Soto
    Produção: Ram Bergman, James D. Stern
    Roteiro: Rian Johnson
    Fotografia: Steve Yedlin
    Trilha Sonora: Nathan Johnson
    Duração: 118 min.
    Ano: 2012
    País: EUA
    Gênero: Ação
    Cor: Colorido
    Distribuidora: Paris Filmes
    Estúdio: DMG Entertainment / Endgame Entertainment / FilmDistrict / Ram Bergman Productions
    Classificação: 16 anos
     
    Bom, espero que digam o que acharam sobre esta nova ficção!!!
     
    Pois, para mim,
    Está se tornando tendência as ficções cientificas de Hollywood adotarem, cada vez mais, premissas que desafiam totalmente a lógica como conhecemos, porém o mais interessante é quando os roteiristas não se preocupam em procurar explicações mirabolantes das quais não acrescentam nada à obra cinematográfica em si, fazendo com que, desta forma, o filme adquira uma narrativa ágil, habilidosa e empolgante. E, felizmente, “Looper – Assassinos do Futuro” resulta num longa eletrizante e, em até certo ponto, original.
     
     
    Abrindo a projeção de maneira misteriosa com uma narração em off absurdamente essencial feita pelo personagem central Joe (Gordon-Levitti) que nos familiariza com o clima da produção imediatamente, “Looper” é contemplado por uma direção ótima de Rian Johnson concebida através de uma sombria e competente fotografia de Steve Yedlin que, por sua vez, aborda um mundo futurístico de modo audacioso ao empregar uma visão de que este se encontra em estado caótico e degradante, mesmo se tratando do “futuro tecnológico” como esperamos. Com suas ideias formuladas, o longa começa a ganhar ritmo e forma rapidamente, chegando a um de seus grandes momentos onde as duas versões de Joe (do futuro - Bruce Willis - e do presente – Joseph Gordon-Levitt, em atuações seguras e convincentes) se encontram, algo que conduzirá a ficção até o fim. E embora o roteiro apresente certos problemas, o dinamismo imposto por Rian através duma notável montagem ajuda a manter o ritmo que tinha tudo para se perder no decorrer do enredo.
     
    O fato é que “Looper – Assassinos do Futuro” é um daqueles típicos filmes dos quais, por mais que você tente encontrar explicações, não se propõe a fornecer qualquer tipo de respostas mais elaboradas para preencher suas lacunas, pois mesmo se tratando de uma ficção cujo contexto é totalmente surreal, é primário que narrativa imprima coerência de acordo com sua diegese, algo que incômoda em “Looper”, pois a construção da estória depende, primordialmente, do aguçado poder de dedução do espectador que, logo após sair da sala de cinema, certamente irá polemizar e questionar muito com seus amigos e na internet (como no meu caso). Porém, felizmente, todos os deméritos são compensados por implacáveis sequências de ação muito bem sucedidas, das quais conseguem fugir satisfatóriamente dos irritantes clichês do gênero.
     
     
    Bom, no desenrolar da trama conhecemos um intrigante garoto (Pierce Gagnon, talentoso, aliás, que constrói um dos personagens mais interessantes da fita, sendo de dupla personalidade) com poderes telecinéticos (que se tornaria um sanguinário assassino em 2070, mas a versão do futuro de Joe tenta a todo o momento o exterminar por precaução), que reside numa fazenda junto com sua “mãe” (Emily Blunt, cuja personagem não tem seu grande momento); também refletimos constantemente por conta de várias questões filosóficas muito bem empregadas (Afinal, como será o futuro?). E apesar da dupla de protagonistas se entrosarem muito bem na difícil incumbência de interpretar o mesmo personagem, é inconvincente a construção como antagonista da versão de Joe interpretada por Willis, mas nada que prejudique diretamente a ficção.
     
    Então, após seu desenvolvimento levemente irregular, o terceiro ato de “Looper – Assassinos do Futuro” é extremamente vibrante e demora até nos darmos conta que o filme realmente acabou justamente pelo fato de ser tão imprevisível [...]. No final das contas, os pequenos erros são suavizados, especialmente, por uma narrativa convincentemente instigante, sombria e empolgante.
     
     
    Portanto, adoraria ver novos projetos como este resultando novamente em algo original e ousado (não faria mal um melhor acabamento do roteiro, mas...); e embora o filme certamente vá dividir opiniões (principalmente por não ser de fácil compreensão), o estranho êxito de “Looper – Assassinos do Futuro” é, para mim, inegável. É claro que dadas as circunstâncias.
     
    Se Divirta!
     
    Nota: 6 de 10 / Se assistiu, comente e de sua opinião abaixo!!!


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    Gustavo Oliveira reacted to Jorge Soto in Ted   
    parece q a indicacao da faixa etaria escancarada na sinopse nao significa nada pro deputado... assistiu pq quis e depois vem encher o saco..
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    Gustavo Oliveira reacted to Big One in Ted   
    Obrigado Protogenes, vc chamou minha atencao para o filme, agora entao que vi que tem o dedo, do meio de preferencia, do .Seth MacFarlane, do Family Guy, estou dentro, bem dentro.
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    Gustavo Oliveira reacted to Jorge Soto in Ted   
    Esse deputado é bem sem-nocao mesmo! pq nao leva o filho pra ver pornö e depois reclama do filme tb...aff!.. sera q ele nao tem bom senso de ler uma sinopse antes de assistir alguma coisa com crianca? pelo visto ta mesmo carente de atencao e com tempo de sobra, afinal um ursinho merece mais atencao q a roubalheira no senado, entre outros assuntos mais relevantes..Tava lendo q ele primeiro queria tirar o filme de cartaz mas agora, com td mundo caindo em cima, voltou atras e agora quer apenas a aumento da faixa etaria de classificacao do filme. Como se isso bastasse pra demover qq crianca de assisti-lo.. nao existe internet na casa dele, pelo visto.. De qq jeito, essa patacoada deu apenas mais Ibope pruma comedia adulta...apenas engracadinha, nada demais. Mas comparativamente, superior aquela bosta de Turistas e outros filmecos polemicos q ganharam holofotes involuntariamente.
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    Gustavo Oliveira reacted to Jack Ryan in Ted   
    Ele tinha saído da mídia, sentiu saudade dos holofotes e inventou essa aí pra chamar atenção.
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