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Forum Cinema em Cena

Cozinha do Inferno


Nacka
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Fez por 'obrigação moral'' date=' ok.

 

Aceitei participar porque, bem, não havia razão pra não aceitar, ora. Responder umas perguntinhas, esclarecer algumas coisas, etc.

 

Sobre escrever nada, também ia pedir pro Nacka da razão de ele ter dito isso. Eu não sei o que vocês queriam. Não respondi todas as perguntas, não cheguei inclusive a desmembrá-las pra não deixar nenhuma questãozinha passar batido? E mesmo assim, depois das respostas, vocês tiveram a oportunidade de rebater. As minhas respostas para as tuas perguntas foram inclusive as mais substanciais. Ao invés de reclamar da discussão que se despertou, por que você não sai dessa defensiva besta e contribui de fato pra esse tópico do modo que você considerar melhor?

 

No caso, as questões levantadas por você mesma, nas suas perguntas. Por que você não dá continuidade a elas? O que ocorre neste tópico depois da postagem da entrevista é uma extensão da mesma, e eu tanto me dispus a responder antes quanto estou disposto a responder agora, desde o início. Mas você prefere reclamar de um debate que surgiu naturalmente que construir alguma coisa. Por quê? Porque tá aqui por obrigação moral.

 

Depois quem tem má vontade sou eu.[/quote']

 

Honey, desculpa se te chateei com minha postura. E eu não estou aqui comentando neste tópico por mera convenção, mas para responder perguntas que você me fez.

 

É difícil quando se faz uma entrevista que, não importa o comentado nela, o assunto sempre vai se rebater na mesma questão desinteressante. É difícil achar brechas até para comentar e o desânimo para isso é tão natural quando a "organicidade obrigatória", à qual você se referiu, com que o tal assunto surge.

 

Esse embate de ladinhos é essencialmente desanimador, mas não frustrante em si, já que era esperado. E essa é razão pela qual não compactuei com o interesse em entrevistá-lo, já que sua postura no fórum é naturalmente evasiva, de deboche. Irrefutavelmente você se põe numa postura alheia às pessoas e ao ambiente, que dificilmente, ao meu ver, se dissolviria na entrevista. E de fato, não se dissolveu.

 

Realmente, e devo dar os meus agradecimentos, as respostas às minhas perguntas foram indiscutivelmente as mais substanciais. Mas somente àquelas nas quais houve um policiamento de minha parte em não fazer perguntas ligadas diretamente ao fórum. Daí, então, porque acredito que mais perguntas sobre o CeC só gerariam mais e mais discussões massantes sobre o desgastante embate entre os grupos.

 

Mas, uma vez que você se mostra disposto a comentar suas respostas (algo que eu não esperava), e na esperança de que o assunto geriátrico das panelas definhe, eu gostaria sim de comentar algumas coisas (no próximo post).
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Sobre o "Scanner do Tempo".

 

Primeiramente, acho um pouco estranho se referir a filosofia como "sci-fi". Se por vezes houveram momentos em que o sci-fi se aproximou da filosofia, isso não transforma a filosofia em ficção científica. Pensar assim iria inclusive de encontro a essência da filosofia em si, que é tratar sobre questões do mundo, numa abstração em busca de formular e responder perguntas que se liguem diretamente à realidade, seja ela a físca, ou a realidade de sentimentos, de pensamentos, de emoções, de Deus, do universo, etc.

 

Um 2º ponto é que o Second Life em nada se assemelha ao Scanner do Tempo. O Second life era essencialmente uma mentira, uma ilusão, uma segunda vida paralela, digital, enfim. O Scanner do tempo é, ao contrário, uma máquina que torna possível a onipresença de todas as células envolvidas nesse organismo. E sobre esse aspecto, quando ele relaciona esse momento de total interação e interdependência entre todos nessa cadeira, que o "Scanner do Tempo" aproximaria a sociedade de um conceito de divindade.

 

O 2nd Life foi um fracasso, porque é uma vida de mentiras. E viver uma vida de mentiras é sintomático de depressão, é algo irreal. Enquanto o "Scanner do Tempo" entrega a cada um a possibilidade de compactuar não só com a realidade, mas com todas as realidades simutaneamente.

 

É uma internet onde você seria capaz de compreender tudo que acontece a qualquer lugar de uma só vez. É uma evolução da internet. A internet funcionou, pegou, chegou pra ficar... E ao contrário do que você disse, a internet é a única inteligência artificial que existe que NÃO PODE ser desligada. Você desliga para você, mas ela está lá, a pleno vapor. E cada vez mais, mais e mais pessoas são completamente dependentes dela.

 

Não acho também que seja uma visão caótica de mundo, nem acho que isso fucionria hoje. Mas a sociedade há de evoluir, e já temos muitos filósofos dissertando sobre os caminhos dessa evolução. Este é apenas um deles.
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(estou separando os posts porque o fórum está apresentando problemas com meus textos muito grandes)

Sobre seu interesse em escrever permanecer.

 

Você diz que gosta de escrever, mas odeia ler. Isso é abstrato para mim. Se você puder - e quiser - dissertar sobre o assunto, acho que seria interessante. Qual o nível da escrita? Pessoal, informal, só para amigos, interesse em publicações? Pergunto isso porque, dependendo do seu nível de interesse na escrita, a leitura pode se tornar ainda mais essencial.

 

Lógico que existem "Patativas do Assaré", que são analfabetos. Mas ele dita cultura. Então acredito que seja um caso completamente à parte.
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Ok' date=' eu pensei consideravelmente sobre isso dessa vez, e acho que se não resolvermos essa questão agora, podemos entrar de comum acordo que qualquer retomada futura resultará em simples perda de tempo.

 

(nem sei se essa questão entre mim e o Scofa deveria ser tratada publicamente, mas como parece abranger o alexei - e talvez o Vinny, e talvez mais alguém que eu nem saiba - vai ser por aqui mesmo)

 

Scofa, vamos tentar entender essa questão, juntos. Pois bem. Aqui sozinho cheguei à conclusão de que talvez, nesse lance da frieza, seja porque simplesmente não conversamos mais no fórum (como fazíamos aqui mesmo e como fazíamos no ccc antes de você dar aquela sumida), e se trata de algo que, atualmente, ocorre por pura falta de oportunidade.

 

Mas eu não vejo a coisa como sendo culpa - inteiramente - minha. Por exemplo, você nunca mais quotou um comentário que eu tenha postado no O Que Você Anda etc (e eu não converso sobre filmes nem com o pessoal do ccc já faz um tempinho, uma que, como eu disse na entrevista, o ccc nem é um fórum, tampouco se restrinja a um assunto necessário que nos conecte, outra que eu tenho visto filmes ultimamente que poucos ou ninguém viu - e ao contrário do que eu sei que muita gente pensa, não os escolho pela característica de ninguém os ter visto, e é disso que falo naquela brincadeira do 'sou a maior autoridade sobre mim mesmo próprio', não tem como ninguém argumentar que eu faça isso - e negritei essa parte porque já é algo que extrapola essa questão 'sentimental' entre nós [/rike fazendo fio-terra no etc'] e enfim, mega-parênteses-prolixos-incompreensíveis).

 

Eu não deixei de postar no O que Você etc, mas você deixou de responder aos meus posts, e eu poderia considerá-lo um frio/indiferente/blasé por causa disso (no caso, é como eu disse, entendo que também lhe falte oportunidade). É complicado pra mim entender essa coisa de frieza porque, por exemplo, esses dias você me mandou uma mp perguntando sobre filmes com finais semelhantes ao de Banho de Sangue, e eu respondi da mesma forma e no memso tom que teria feito com qualquer "ccc member", assim como bati um papo muito legal com a Kate (que era a Kah e eu nem sabia) a respeito de futuro e carreira, e realmente não sei de que forma eu poderia escrever posts mais "calorosos", não sei mesmo.

 

E sobre o teu parênteses, tem esse post do Sopa e um do Tensor lá na frente (ou lá atrás, no caso, nem sei mais aonde eu tô nesse tópico) que rebatem essa impressão. E diferente de você, considero o seu ângulo de visão "de FORA" menos privilegiado que o de dentro, e acho até meio óbvio isso por você não conviver com o pessoal (isso na época) e (agora) não saber como as coisas se passam. Essa coisa de grupo homogêneo é uma impressão, apenas, resultado dessa 'visão de fora', e que portanto eu até compreendo. Mas basta bater um papo ali no msn pra sacar que, como qualquer grupo de amigos, somos pessoas muito diferentes.

 

Foras, esse post é só pra te falar que li o que escreveu (aliás, apreciei muito você ter gastado um tempo e respondido e refletido) e que te respondo em breve (só não o farei hoje por estar cansado demais, passei mal pra caramba hoje)... e, por mp, naturalmente.

 

 

 

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 Nôôsssa!!! Que esculacho!! 13 12

 E que "catiguria"' date=' heim, Veras!!? Tô de cara!

 Ahãn.. Antes que eu me esqueça: onde eu assino, mesmo? 10   
[/quote']

 

Mesma coisa, Dead. Experimenta parar de lamber a Veras, tira o cérebro do armário, e veja se consegue ser útil uma vez na tua vida.

 

Sobre pedir como sinônimo de perguntar, regionalismo erechinense.

 

 

Nôôsssa!! Que esculacho hein Dead??

 

06 

 

 1º- Elogiar alguém pela sutileza e ironia não é o mesmo que lamber, filho. Se tem uma coisa aqui que não preciso fazer é isso: puxar o saco (ou tetas, se preferir) de ninguém.

 

 2º- Não entro aqui para ser "útil" a quem quer que seja ou para prestar favor ao que seja. Isso aqui pra mim é, antes de tudo,  diversão. E por conta disso, só tiro minha inteligência do armário (sic) quando quero e para trocar ideías com pessoas que considero que a mereçam. Sorry, se não é o seu caso... 03

 

 3º- Regionalismo erechinense = analfabetismo funcional? 
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Sobre o "Scanner do Tempo".

 

Primeiramente' date=' acho um pouco estranho se referir a filosofia como "sci-fi". Se por vezes houveram momentos em que o sci-fi se aproximou da filosofia, isso não transforma a filosofia em ficção científica. Pensar assim iria inclusive de encontro a essência da filosofia em si, que é tratar sobre questões do mundo, numa abstração em busca de formular e responder perguntas que se liguem diretamente à realidade, seja ela a físca, ou a realidade de sentimentos, de pensamentos, de emoções, de Deus, do universo, etc.

 

Um 2º ponto é que o Second Life em nada se assemelha ao Scanner do Tempo. O Second life era essencialmente uma mentira, uma ilusão, uma segunda vida paralela, digital, enfim. O Scanner do tempo é, ao contrário, uma máquina que torna possível a onipresença de todas as células envolvidas nesse organismo. E sobre esse aspecto, quando ele relaciona esse momento de total interação e interdependência entre todos nessa cadeira, que o "Scanner do Tempo" aproximaria a sociedade de um conceito de divindade.

 

O 2nd Life foi um fracasso, porque é uma vida de mentiras. E viver uma vida de mentiras é sintomático de depressão, é algo irreal. Enquanto o "Scanner do Tempo" entrega a cada um a possibilidade de compactuar não só com a realidade, mas com todas as realidades simutaneamente.

 

É uma internet onde você seria capaz de compreender tudo que acontece a qualquer lugar de uma só vez. É uma evolução da internet. A internet funcionou, pegou, chegou pra ficar... E ao contrário do que você disse, a internet é a única inteligência artificial que existe que NÃO PODE ser desligada. Você desliga para você, mas ela está lá, a pleno vapor. E cada vez mais, mais e mais pessoas são completamente dependentes dela.

 

Não acho também que seja uma visão caótica de mundo, nem acho que isso fucionria hoje. Mas a sociedade há de evoluir, e já temos muitos filósofos dissertando sobre os caminhos dessa evolução. Este é apenas um deles.
[/quote']

 

Eu não disse que a filosofia é ficção científica. O que eu disse foi que geralmente elas (teorias sobre futuro e internet) têm vocação pro sci-fi, mesmo se levando a sério, ou seja, são involuntariamente ridículas (ainda que ninguém seja 'voluntariamente' ridículo. Talvez o Deadman).

 

De qualquer forma, como eu disse na resposta, a não ser em se tratando dum contexto de longuíssimo prazo, nossa estrutura desenvolvida em milhões de anos - desde o surgimento da vida em si, não do homem - é incompatível com essa idéia de substituição da vida 'física' pela virtual. A internet continuará sendo uma ferramenta, não um outro ser, por muito tempo. No que eu acho, pra sempre, mas qualquer projeção pra eternidade não foge mesmo de ser considerada sci-fi, huahuahua. enfim, etc. Pelos seres humanos que somos hoje (um animal com um cérebro fantástico - nem sempre, mas etc - mas ainda um animal com instintos encravados lá dentro pra se alimentar, sobreviver e copular - e eu realmente não consideraria uma evolução nos livrarmos deles -), eu diria que o conceito de second life e de scanner do tempo são iguais no que tange à falibilidade do modelo e à incompatibilidade com seus usuários [/redação de vestibular = off]. Algo na gente precisaria mudar muito, talvez um novo salto na evolução, essas porras aí, etc.

 

Mas é óbvio que você desliga pra você. ¬¬ Você desliga qualquer coisa pra você. Desliga a lâmpada, mas não a energia elétrica. Desliga a tv, mas não a Rede Globo. Desliga o seu rádio, mas não a estação. Desliga o seu cérebro, mas não o cec. Quanto à dependência, atualmente é a 'engrenagem que move o mundo', etc, mas é possível viver sem ela muito tranqüilamente. A maioria das pessoas no planeta vive, na verdade. se eu não me engano eram 2 bilhões de conectados, ou nem.

 

Eu acho uma visão bem wtf, haha, mas tudo bem. E então, também acho que não funcionaria hoje e também acho que é possível, assim como é possível que eu exploda se disser parangaricotirimirruaro 3x. Aparentemente não estamos discordando, e aparentemente eu voltei a questões que já havia colocado na resposta lá da entrevista, então etc.
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(estou separando os posts porque o fórum está apresentando problemas com meus textos muito grandes)

Sobre seu interesse em escrever permanecer.

 

Você diz que gosta de escrever' date=' mas odeia ler. Isso é abstrato para mim. Se você puder - e quiser - dissertar sobre o assunto, acho que seria interessante. Qual o nível da escrita? Pessoal, informal, só para amigos, interesse em publicações? Pergunto isso porque, dependendo do seu nível de interesse na escrita, a leitura pode se tornar ainda mais essencial.

 

Lógico que existem "Patativas do Assaré", que são analfabetos. Mas ele dita cultura. Então acredito que seja um caso completamente à parte.
[/quote']

 

Níveis, todos eles, e por muito tempo tentei pegar gosto pela literatura, achei que havia algo de errado comigo e que se eu realmente forçasse, conseguiria gostar de ler, como muitos me disseram e como eu sempre havia ouvido falar. Puta burrice, não há nada de errado em não ser seduzido por um livro, o livro é que não conseguiu seduzí-lo. Comecei dezenas sem terminar nenhum, com uma sensação imensa em cada um deles de estar perdendo meu tempo ou deixando de fazer algo muito mais interessante como, ahn, qualquer outra coisa. Mesmo aqueles que eu curti me provocaram essa sensação.

 

Escrever é diferente. Ler é como ficar refém do autor e notar cada bobagem que ele escreve sem poder mudar ou dar um tapa na cara do imbecil. Escrever é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o oposto.

 

Se é necessário? Essencial? Depende pra quê. Pra engrossar o vocabulário, pra tomar noções de ritmo, domínio de narrativa, de desenvolver idéias, etc... o primeiro resolve-se lendo o dicionário, o resto resolve-se escrevendo.
Forasteiro2009-03-29 02:39:53
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 Nôôsssa!!! Que esculacho!! 13 12

 E que "catiguria"' date=' heim, Veras!!? Tô de cara!

 Ahãn.. Antes que eu me esqueça: onde eu assino, mesmo? 10   
[/quote']

 

Mesma coisa, Dead. Experimenta parar de lamber a Veras, tira o cérebro do armário, e veja se consegue ser útil uma vez na tua vida.

 

Sobre pedir como sinônimo de perguntar, regionalismo erechinense.

 

 

Nôôsssa!! Que esculacho hein Dead??

 

06 

 

 1º- Elogiar alguém pela sutileza e ironia não é o mesmo que lamber, filho. Se tem uma coisa aqui que não preciso fazer é isso: puxar o saco (ou tetas, se preferir) de ninguém.

 

 2º- Não entro aqui para ser "útil" a quem quer que seja ou para prestar favor ao que seja. Isso aqui pra mim é, antes de tudo,  diversão. E por conta disso, só tiro minha inteligência do armário (sic) quando quero e para trocar ideías com pessoas que considero que a mereçam. Sorry, se não é o seu caso... 03

 

 3º- Regionalismo erechinense = analfabetismo funcional? 

Dead, mp.emorike.png
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(estou separando os posts porque o fórum está apresentando problemas com meus textos muito grandes)

Sobre seu interesse em escrever permanecer.

 

Você diz que gosta de escrever' date=' mas odeia ler. Isso é abstrato para mim. Se você puder - e quiser - dissertar sobre o assunto, acho que seria interessante. Qual o nível da escrita? Pessoal, informal, só para amigos, interesse em publicações? Pergunto isso porque, dependendo do seu nível de interesse na escrita, a leitura pode se tornar ainda mais essencial.

 

Lógico que existem "Patativas do Assaré", que são analfabetos. Mas ele dita cultura. Então acredito que seja um caso completamente à parte.
[/quote']

 

Níveis, todos eles, e por muito tempo tentei pegar gosto pela literatura, achei que havia algo de errado comigo e que se eu realmente forçasse, conseguiria gostar de ler, como muitos me disseram e como eu sempre havia ouvido falar. Puta burrice, não há nada de errado em não ser seduzido por um livro, o livro é que não conseguiu seduzí-lo. Comecei dezenas sem terminar nenhum, com uma sensação imensa em cada um deles de estar perdendo meu tempo ou deixando de fazer algo muito mais interessante como, ahn, qualquer outra coisa. Mesmo aqueles que eu curti me provocaram essa sensação.

 

Escrever é diferente. Ler é como ficar refém do autor e notar cada bobagem que ele escreve sem poder mudar ou dar um tapa na cara do imbecil. Escrever é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o oposto.

 

Se é necessário? Essencial? Depende pra quê. Pra engrossar o vocabulário, pra tomar noções de ritmo, domínio de narrativa, de desenvolver idéias, etc... o primeiro resolve-se lendo o dicionário, o resto resolve-se escrevendo.

 

Estou impressionado... a culpa é do livro?

 

 

 

 

 

 

 

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Olha, quanto aos comentários da Veras em relação ao Forasteiro, bem a Veras é uma pessoa q admiro muito pois é uma das poucas mulheres que tem a participação ativa aki no CemC, no entanto eu acho pouco cortez tratar um entrevistado, uma pessoa que se propos a colaborar com o cozinha do inferno e aceitar o convite da forma que está sendo tratado.  Afinal, creio eu, ele foi convidado!

 

Bom Veras me desculpe mas estou a dias pensando se escrevo isto ou não mas achei meio falta de educação com o convidado. Independente de ser interessante ou não vcs o escolheram. Enfim...
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Forasteiro,

 

A idéia é: ninguém aprende algo do zero.

Sabe aquela teoria que diz que a pessoa só bate se aprende a bater?

Não acho que escrever exaustivamente vai te fazer ser um bom desenvolvedor de idéias. Idéias nós desenvolvemos presenciando coisas e criticando estas.

 

Por isso não concordo com: "Ler é como ficar refém do autor e notar cada bobagem que ele escreve sem poder mudar ou dar um tapa na cara do imbecil. Escrever é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o oposto.".

 

Muito pelo contrário. Ler é extremamente livre. Tudo o que você lê é filtrado por você, criticado e refundamentado. E escrever não é o oposto de ler. É externar o que seu cérebro andou pensando e produzindo. E um cérebro que não lê, para mim é inerte... preso às próprias idéias, sem evoluí-las ou reformula-las.

 

E problema com vocabulários são se resolve com dicionário. Já tentou fazer uma receita que só possui os ingredientes, mas não diz as quantidades, nem o modo de fazer? Normalmente, produto disso é um desastre gastronômico.

 

"Puta burrice, não há nada de errado em não ser seduzido por um livro, o livro é que não conseguiu seduzí-lo. Comecei dezenas sem terminar nenhum, com uma sensação imensa em cada um deles de estar perdendo meu tempo ou deixando de fazer algo muito mais interessante como, ahn, qualquer outra coisa. Mesmo aqueles que eu curti me provocaram essa sensação."

 

A "culpa" jamais será do livro. Uma coisa é alguém se relacionar inteiramente com um certo gênero literário, enquanto não consegue passar da 1ª linha em outros. Outra coisa é achar que qualquer leitura é perda de tempo, até aquelas nas quais você encontra algum entretenimento.

 

E não há nada como ganhar tempo lendo. Você está trabalhando tantas coisas em si mesmo ao mesmo tempo... que ler é muito mais um catalizador de todas as coisas.

 

Eu sei que seres humanos são diferentes, cada um tem seu cada um e seu cada qual. Mas na minha visão, o que você falou beira a um extremismo absurdo e absolutamente imaturo quanto às faculdades de expressão.

 

Algum dia acho que você vai entender. Ou não...

Mas à sombra desses argumentos, boas coisas você jamais escreverá.
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A idéia é: ninguém aprende algo do zero.

Sabe aquela teoria que diz que a pessoa só bate se aprende a bater?

Não acho que escrever exaustivamente vai te fazer ser um bom desenvolvedor de idéias. Idéias nós desenvolvemos presenciando coisas e criticando estas.

 

Parece haver uma superinterpretação das coisas que eu posto aqui no fórum' date=' assim como algumas pessoas (ou todas) tomaram minha postura na entrevista como deboche. Não façam isso. Na verdade eu sou bem simples e literal, quando escrevo alguma coisa é porque estou querendo dizer aquilo que eu efetivamente digo. Mesmíssimo caso praquilo que eu não digo, como por exemplo: negar a contribuição da leitura pra formação de um bom escritor, ou um escritor melhor, pra que a primeira frase da resposta fosse “ninguém aprende do zero”. “Essencial (=necessário)” foi a palavra que você usou no seu post e que eu peguei emprestado pra respondê-lo. Não considero essencial, ou no máximo: ler simplesmente não é tão importante, o que não significa que seja absolutamente inútil. Algo assim vindo de alguém que não gosta ler seria bem conveniente.

 

Por isso não concordo com: "Ler é como ficar refém do autor e notar cada bobagem que ele escreve sem poder mudar ou dar um tapa na cara do imbecil. Escrever é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o oposto.".

 

Muito pelo contrário. Ler é extremamente livre. Tudo o que você lê é filtrado por você, criticado e refundamentado. E escrever não é o oposto de ler. É externar o que seu cérebro andou pensando e produzindo. E um cérebro que não lê, para mim é inerte... preso às próprias idéias, sem evoluí-las ou reformula-las.

 

Isso infelizmente não é discutível. Eu me sinto preso, você se sente livre, e etc.

 

E pelo contrário, você pode mudar muito apenas escrevendo (e é óbvio “apenas escrevendo” não significa não ler nem semáforo, mas isso tá implícito). Teve uma época, há uns 2 anos (isso soa mal mas eu não tenho como usar outra pessoa senão eu mesmo próprio de exemplo), em que eu escrevia muito freqüentemente (escrever = ficção-com-pretensão-sem-noção) e putz, passava um mês e eu sempre achava o que tinha escrito uma merda absoluta, e o que estava escrevendo, genial. Aí no mês seguinte, a mesma coisa. Dá pra sacar uma mudança radical pelo que eu escrevo hoje sobre filmes, e pelo que eu escrevia na época pós-cinéfilo. Mas GIGANTE mesmo. E se você pegar textos do ano passado, certamente vai notar diferenças pros de hoje, e acredito que ocorra a mesma coisa se for comparar os de hoje com os de daqui a 6 meses (embora é claro que não vá fazer isso, só se cair duma escada e ficar presa numa cama durante 8 semanas podendo movimentar unicamente os olhos. E só pra direita)

 

E problema com vocabulários são se resolve com dicionário. Já tentou fazer uma receita que só possui os ingredientes' date=' mas não diz as quantidades, nem o modo de fazer? Normalmente, produto disso é um desastre gastronômico.[/quote']

 

Desenvolva o uso das palavras escrevendo, etc, nada impede.

 

A "culpa" jamais será do livro. Uma coisa é alguém se relacionar inteiramente com um certo gênero literário' date=' enquanto não consegue passar da 1ª linha em outros. Outra coisa é achar que qualquer leitura é perda de tempo, até aquelas nas quais você encontra algum entretenimento.[/quote']

 

Quando você não gosta de um livro, você costuma achar que não gostou porque não entendeu, porque não estava preparada, porque não “conseguiu” gostar? Quando você vê um filme ruim, sabe que é ruim, não culpa a si mesma por não ter desenvolvido o humor exótico dos irmãos Wayans.

 

E eu não disse em momento algum que leitura é perda e tempo, eu disse que rola uma sensação de perda de tempo, de que você poderia estar fazendo alguma outra coisa melhor no momento.
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(estou separando os posts porque o fórum está apresentando problemas com meus textos muito grandes)

Sobre seu interesse em escrever permanecer.

 

Você diz que gosta de escrever' date=' mas odeia ler. Isso é abstrato para mim. Se você puder - e quiser - dissertar sobre o assunto, acho que seria interessante. Qual o nível da escrita? Pessoal, informal, só para amigos, interesse em publicações? Pergunto isso porque, dependendo do seu nível de interesse na escrita, a leitura pode se tornar ainda mais essencial.

 

Lógico que existem "Patativas do Assaré", que são analfabetos. Mas ele dita cultura. Então acredito que seja um caso completamente à parte.
[/quote']

 

Níveis, todos eles, e por muito tempo tentei pegar gosto pela literatura, achei que havia algo de errado comigo e que se eu realmente forçasse, conseguiria gostar de ler, como muitos me disseram e como eu sempre havia ouvido falar. Puta burrice, não há nada de errado em não ser seduzido por um livro, o livro é que não conseguiu seduzí-lo. Comecei dezenas sem terminar nenhum, com uma sensação imensa em cada um deles de estar perdendo meu tempo ou deixando de fazer algo muito mais interessante como, ahn, qualquer outra coisa. Mesmo aqueles que eu curti me provocaram essa sensação.

 

Escrever é diferente. Ler é como ficar refém do autor e notar cada bobagem que ele escreve sem poder mudar ou dar um tapa na cara do imbecil. Escrever é e-x-a-t-a-m-e-n-t-e o oposto.

 

Se é necessário? Essencial? Depende pra quê. Pra engrossar o vocabulário, pra tomar noções de ritmo, domínio de narrativa, de desenvolver idéias, etc... o primeiro resolve-se lendo o dicionário, o resto resolve-se escrevendo.


Estou impressionado... a culpa é do livro?

 

Você se impressiona muito facilmente.

 

Nacka, tô esperando, ainda quero que você me diga por que eu não disse "nada", e o que foi assim tão "relevador" na entrevista.
Forasteiro2009-03-31 23:31:35
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Foras fiquei impressionado foi com o raciocínio da Veras...

 

Sobre ficar refém do autor, se com algumas páginas impressas ele consegue nos "capturar" para dentro do universo dele, isso tem algum mérito não? Leia, se quiser ser um bom escritor, Ariano Suassuna e Guimarães Rosa ou continue com o mesmo raciocínio e seja um escritor medíocre.

 

Duvido que você ou qualquer outro, desenvolva noções de ritmo, narrativa ou idéias NÃO lendo, sem escrever um monte de asneiras antes... o que torna seu projeto futuro no mínimo curioso.

 

Sobre "o nada" as pistas estão aí, aos montes...

 

 

 

 

 

 

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Você se impressiona muito facilmente.[2]

 

É óbvio que eu usei o termo "refém" no outro sentido.

 

Escrever asneira é certo que ocorra, com Guimarães Rosa ou não, ninguém lê 200 livros e sai escrevendo sublimimente. E de novo, eu não tomei a leitura como inútil, e é claro que ela certamente contrubui nas "habilidades" que um aspirante a escritor queira desenvolver (aspirantes a escritor ¬¬), mas considero escrever infinitamente mais importante (e portanto, fundamental)

 

Pode ter ficado a impressão de que eu estou aqui defendendo o meu pescado, mas não é não. Já quis escrever a sério e tal, há bastante tempo, mas hoje isso sinceramente não me passa pela cabeça, embora seja algo que eu ainda pretenda fazer (e acho que todos deveriam), assim como pretendo um dia ler os livros que o Noonan me recomenda e comer pastel de queijo pelado no chafariz.

 

Pista é pra cachorro de aeroporto. Se não for pedir demais eu realmente queria que você falasse sobre o nada e sobre o revelador.
Forasteiro2009-04-01 01:30:54
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Como existe uma grande demanda para discutir um assunto que, por falta de opção, estava sendo discutido aqui, um tópico na sessão  Sugestões, Reclamações, Dúvidas... e Elogios foi aberto para que a discussão possa ter continuidade sem que o outras partes do fórum - ou outras pessoas não interessadas no assunto - possam ser afetadas.

 

O tópico é este:

 

 

 

Se existe demanda para discussão, nada mais sensato do que discutir. Portanto, fiquem todos à vontade no tópico acima. Todos os posts sobre o tema foram movidos para lá visando não haver quebras de continuidade das conversas aqui geradas. 

 

Aqui, discussões sobre as entrevistas, quaisquer que sejam.

 

Obrigada.
Veras2009-04-04 02:24:38
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