Members Moviolavídeo Posted January 20, 2006 Members Report Share Posted January 20, 2006 Florbela Espanca SonhosTer um sonho, um sonho lindo,Noite branda de luar,Que se sonhasse a sorrir...Que se sonhasse a chorar...Ter um sonho, que nos fosseA vida, a luz, o alento,Que a sonhar beijasse doceA nossa boca... um lamento...Ser pra nós o guia, o norte,Na vida o único trilho;E depois ver vir a morteDespedaçar esses laços!......É pior que ter um filhoQue nos morresse nos braços! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Moonsorrow Posted January 20, 2006 Members Report Share Posted January 20, 2006 Gosto de The Charge of the Light Brigade de Lord Tennyson. O poema conta a história da cavalaria inglesa que na batalha de Balaclava, durante a guerra da Criméia, foi obrigada a realizar um ataque suicida contra as fortalezas russas devido à estupidez infinita dos comandantes. Charge of the Light Brigade Half a league onward, All in the valley of Death Rode the six hundred. `Forward, the Light Brigade! Charge for the guns!' he said: Into the valley of Death Rode the six hundred. `Forward, the Light Brigade!' Was there a man dismay'd? Not tho' the soldier knew Some one had blunder'd: Theirs not to make reply, Theirs not to reason why, Theirs but to do and die: Into the valley of Death Rode the six hundred. Cannon to right of them, Cannon to left of them, Cannon in front of them Volley'd and thunder'd; Storm'd at with shot and shell, Boldly they rode and well, Into the jaws of Death, Into the mouth of Hell Rode the six hundred. Flash'd all their sabres bare, Flash'd as they turn'd in air Sabring the gunners there, Charging an army, while All the world wonder'd: Plunged in the battery-smoke Right thro' the line they broke; Cossack and Russian Reel'd from the sabre-stroke Shatter'd and sunder'd. Then they rode back, but not Not the six hundred. Cannon to right of them, Cannon to left of them, Cannon behind them Volley'd and thunder'd; Storm'd at with shot and shell, While horse and hero fell, They that had fought so well Came thro' the jaws of Death, Back from the mouth of Hell, All that was left of them, Left of six hundred. When can their glory fade? O the wild charge they made! All the world wonder'd. Honour the charge they made! Honour the Light Brigade, Noble six hundred! Alfred, Lord Tennyson Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Moviolavídeo Posted January 21, 2006 Members Report Share Posted January 21, 2006 Gosto de The Charge of the Light Brigade de Lord Tennyson. O poema conta a história da cavalaria inglesa que na batalha de Balaclava' date=' durante a guerra da Criméia, foi obrigada a realizar um ataque suicida contra as fortalezas russas devido à estupidez infinita dos comandantes.Charge of the Light Brigade [/quote'] Tem legenda? Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members rafasomebody Posted January 29, 2006 Members Report Share Posted January 29, 2006 Já que citaram o Fernando Pessoa vou postar aqui um poema dele que gosto muito: LIBERDADEAi que prazernão cumprir um dever.Ter um livro para lere não o fazer!Ler é maçada,estudar é nada.O sol doira sem literatura.O rio corre bem ou mal,sem edição original.E a brisa, essa, de tão naturalmente matinalcomo tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma coisa em que está indistintaA distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.Esperar por D. Sebastião,Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol que pecaSó quando, em vez de criar, seca. E mais do que istoÉ Jesus Cristo,Que não sabia nada de finanças,Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted January 29, 2006 Members Report Share Posted January 29, 2006 Já que citaram o Fernando Pessoa vou postar aqui um poema dele que gosto muito: LIBERDADEAi que prazernão cumprir um dever.Ter um livro para lere não o fazer!Ler é maçada' date='estudar é nada.O sol doira sem literatura.O rio corre bem ou mal,sem edição original.E a brisa, essa, de tão naturalmente matinalcomo tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma coisa em que está indistintaA distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.Esperar por D. Sebastião,Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol que pecaSó quando, em vez de criar, seca. E mais do que istoÉ Jesus Cristo,Que não sabia nada de finanças,Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa [/quote'] Eu daria meu rabo pra esse cara, ele escreveu muito , mas eu sou muito mais Alberto Caeiro ele é fodaum, esse negocio de valorizar as sensações é bastante legal Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted January 29, 2006 Members Report Share Posted January 29, 2006 Já que citaram o Fernando Pessoa vou postar aqui um poema dele que gosto muito: LIBERDADEAi que prazernão cumprir um dever.Ter um livro para lere não o fazer!Ler é maçada' date='estudar é nada.O sol doira sem literatura.O rio corre bem ou mal,sem edição original.E a brisa, essa, de tão naturalmente matinalcomo tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma coisa em que está indistintaA distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.Esperar por D. Sebastião,Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol que pecaSó quando, em vez de criar, seca. E mais do que istoÉ Jesus Cristo,Que não sabia nada de finanças,Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa [/quote'] Eu daria meu rabo pra esse cara, ele escreveu muito , mas eu sou muito mais Alberto Caeiro ele é fodaum, esse negocio de valorizar as sensações é bastante legal Mas que raios?! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Já que citaram o Fernando Pessoa vou postar aqui um poema dele que gosto muito: LIBERDADEAi que prazernão cumprir um dever.Ter um livro para lere não o fazer!Ler é maçada' date='estudar é nada.O sol doira sem literatura.O rio corre bem ou mal,sem edição original.E a brisa, essa, de tão naturalmente matinalcomo tem tempo, não tem pressa... Livros são papéis pintados com tinta.Estudar é uma coisa em que está indistintaA distinção entre nada e coisa nenhuma. Quanto melhor é quando há bruma.Esperar por D. Sebastião,Quer venha ou não! Grande é a poesia, a bondade e as danças...Mas o melhor do mundo são as crianças,Flores, música, o luar, e o sol que pecaSó quando, em vez de criar, seca. E mais do que istoÉ Jesus Cristo,Que não sabia nada de finanças,Nem consta que tivesse biblioteca... Fernando Pessoa [/quote'] Eu daria meu rabo pra esse cara, ele escreveu muito , mas eu sou muito mais Alberto Caeiro ele é fodaum, esse negocio de valorizar as sensações é bastante legal Mas que raios?! É uma expressão !!!!!!!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Não me faça imaginar a "expressão", credo! BennydrIty 1 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Não me faça imaginar a "expressão"' date=' credo![/quote'] Q cocô, fui interpretado erroneamente Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Forasteiro Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Não, acho que você foi quem se expressou (por sua causa estou com problemas com este verbo) de maneira errônea. Relaxa, brincadeira pra descontrair.Forasteiro38747.0235185185 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Não' date=' acho que você foi quem se expressou (por sua causa estou com problemas com este verbo) de maneira errônea. Relaxa, brincadeira pra descontrair. [/quote'] Do jeito q tá relaxado num vo nem precisar de KY Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Mr. Ibanez Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Putz,virou viadagem este tópico... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members T.O.H. Posted January 30, 2006 Members Report Share Posted January 30, 2006 Tem que pegar o contexto' date=' porque ele deve usar metáfora.[/quote'] A metáfora nessa caso é relacionada com a tuberculose que o afligia. Na época de Bandeira, quem tivesse turbeculose estava condenado a passar o resto dos dias sozinho, sem fazer praticamente nada. Por isso o lance do banho de mar, das prostitutas pra namorar...etc. Muito da poesia dele tem esse tom meio "pesado" por conta da doença... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members **N@!r@** Posted February 5, 2006 Members Report Share Posted February 5, 2006 Saudade (autoria desconhecida) " Você sabe como é Essa estória de saudade... Às vezes vem quando chove E aumenta na tempestade... A gente fica inútil, Num vazio sem fim, Procurando disfarçar, Até que um pingo de chuva Pinga nos olhos da gente E começa a escorregar. " **N@!r@**38753.614212963 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members rafasomebody Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 Eu daria meu rabo pra esse cara' date=' ele escreveu muito , mas eu sou muito mais Alberto Caeiro ele é fodaum, esse negocio de valorizar as sensações é bastante legal [/quote'] Também gosto do Caeiro mas prefiro o Álvaro de Campos. Tabacaria é a melhor coisa que eu já li. Se não fosse tão grande postava aqui. Mas eu não daria meu rabo pra ninguém. (Foi mal, não resisti). Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members rafasomebody Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 Mais Pessoa: Todas as cartas de amor sãoRidículas.Não seriam cartas de amor se não fossemRidículas.Também escrevi em meu tempo cartas de amor,Como as outras,Ridículas.As cartas de amor, se há amor,Têm de serRidículas.Mas, afinal,Só as criaturas que nunca escreveramCartas de amorÉ que sãoRidículas.Quem me dera no tempo em que escreviaSem dar por issoCartas de amorRidículas.A verdade é que hojeAs minhas memóriasDessas cartas de amorÉ que sãoRidículas.(Todas as palavras esdrúxulas,Como os sentimentos esdrúxulos,São naturalmenteRidículas.) Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Ivy Walker Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 Eu também adoro escrever poesias!!!! Mas hoje, vou postar uma do Vinicius de Moraes. Longa, mas vale a pena, é lindissima! É tudo o que uma mulher gostaria de ser p/ o homem... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Ivy Walker Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 ñ to conseguindo postar...calmae.... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Ivy Walker Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 O amor dos homens<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /> Na árvore em frente Eu terei mandado instalar um alto-falante com que os passarinhos Amplifiquem seus alegres cantos para o teu lânguido despertar. Acordarás feliz sob o lençol de linho antigo Com um raio de sol a brincar no talvegue de teus seios E me darás a boca em flor; minhas mãos amantes Te buscarão longamente e tu virás de longe, amiga Do fundo do teu ser de sono e plumas Para me receber; nossa fruição Será serena e tarda, repousarei em ti Como o homem sobre o seu túmulo, pois nada Haverá fora de nós. Nosso amor será simples e sem tempo. Depois saudaremos a claridade. Tu dirás Bom dia ao teto que nos abriga E ao espelho que recolhe a tua rápida nudez. Em seguida teremos fome: haverá chá-da-índia Para matar a nossa sede e mel Para adoçar o nosso pão. Satisfeitos, ficaremos Como dois irmãos que se amam além do sangue E fumaremos juntos o nosso primeiro cigarro matutino. Só então nos separaremos. Tu me perguntarás E eu te responderei, a olhar com ternura as minhas pernas Que o amor pacificou, lembrando-me que elas andaram muitas léguas de mulher Até te descobrir. Pensarei que tu és a flor extrema Dessa desesperada minha busca; que em ti Fez-se a unidade. De repente, ficarei triste E solitário como um homem, vagamente atento Aos ruídos longínquos da cidade, enquanto te atarefas absurda No teu cotidiano, perdida, ah tão perdida De mim. Sentirei alguma coisa que se fecha no meu peito Como pesada porta. Terei ciúme Da luz que te configura e de ti mesma Que te deixas viver, quando deveras Seguir comigo como a jovem árvore na corrente de um rio Em demanda do abismo. Vem-me a angústia Do limite que nos antagoniza. Vejo a redoma de ar Que te circunda – o espaço Que separa os nossos tempos. Tua forma É outra: bela demais, talvez, para poder Ser totalmente minha. Tua respiração Obedece a um ritmo diverso. Tu és mulher. Tu tens seios, lágrimas e pétalas. À tua volta O ar se faz aroma. Fora de mim És pura imagem; em mim És como um pássaro que eu subjugo, como um pão Que eu mastigo, como uma secreta fonte entreaberta Em que bebo, como um resto de nuvem Sobre que me repouso. Mas nada Consegue arrancar-te à tua obstinação Em ser, fora de mim – e eu sofro, amada De não me seres mais. Mas tudo é nada. Olho de súbito tua face, onde há gravada Toda a história da vida, teu corpo Rompendo em flores, teu ventre Fértil. Move-te Uma infinita paciência. Na concha do teu sexo Estou eu, meus poemas, minhas dores Minhas ressurreições. Teus seios São cântaros de leite com que matas A fome universal. És mulher Como folha, como flor e como fruto E eu sou apenas só. Escravizado em ti Despeço-me de mim, sigo caminhando à tua grande Pequenina sombra. Vou ver-te tomar banho Lavar de ti o que restou do nosso amor Enquanto busco em minha mente algo que te dizer De estupefaciente. Mas tudo é nada. São teus gestos que falam, a contração Dos lábios de maneira a esticar melhor a pele Para passar o creme, a boca Levemente entreaberta com que mistificar melhor a eterna imagem No eterno espelho. E então, desesperado Parto de ti, sou caçador de tigres em Bengala Alpinista no Tibet, monje em Cintra, espeleólogo Na Patagônia. Passo três meses Numa jangada em pleno oceano para Provar a origem polinésica dos maias. Alimento-me De plancto, converso com as gaivotas, deito ao mar poesia engarrafada, acabo Naufragando nas costas de Antofagasta. Time, Life e Paris-Match Dedicam-me enormes reportagens. Fazem-me O "Homem do Ano" e candidato certo ao Prêmio Nobel. Mas eis comes um pêssego. Teu lábio Inferior dobra-se sob a polpa, o suco Escorre pelo teu queixo, cai uma gota no teu seio E tu te ris. Teu riso Desagrega os átomos. O espelho pulveriza-se, funde-se o cano de descarga Quantidades insuspeitadas de estrôncio-90 Acumulam-se nas camadas superiores do banheiro Só os genes de meus tataranetos poderão dar prova cabal de tua imensa Radioatividade. Tu te ris, amiga E me beijas sabendo a pêssego. E eu te amo De morrer. Interiormente Procuro afastar meus receios: "Não, ela me ama..." Digo-me, para me convencer, enquanto sinto Teus seios despontarem em minhas rnãos E se crisparem tuas nádegas. Queres ficar grávida Imediatamente. Há em ti um desejo súbito de alcachofras. Desejarias Fazer o parto-sem-dor à luz da teoria dos reflexos condicionados De Pavlov. Depois, sorrindo Silencias. Odeio o teu silêncio Que não me pertence, que não é De ninguém: teu silêncio Povoado de memórias. Esbofeteio-te E vou correndo cortar o pulso com gilete-azul; meu sangue Flui como um pedido de perdão. Abres tua caixa de costura E coses com linha amarela o meu pulso abandonado, que é para Combinar bem as cores; em seguida Fazes-me sugar tua carótida, numa longa, lenta Transfusão. Eu convalescente Começas a sair: foste ao cabeleireiro. Perscruto em tua face. Sinto-me Traído, delinqüescente, em ponto de lágrimas. Mas te aproximas Só com o casaco do pijama e pousas Minha mão na tua perna. E então eu canto: Tu és a mulher amada: destrói-me! Tua beleza Corrói minha carne como um ácido! Teu signo É o da destruição! Nada resta Depois de ti senão ruínas! Tu és o sentimento De todo o meu inútil, a causa De minha intolerável permanência! Tu és Uma contrafação da aurora! Amor, amada Abençoada sejas: tu e a tua Impassibilidade. Abençoada sejas Tu que crias a vertigem na calma, a calma No seio da paixão. Bendita sejas Tu que deixas o homem nu diante de si mesmo, que arrasas Os alicerces do cotidiano. Mágica é tua face Dentro da grande treva da existência. Sim, mágica É a face da que não quer senão o abismo Do ser amado. Exista ela para desmentir A falsa mulher, a que se veste de inúteis panos E inúteis danos. Possa ela, cada dia Renovar o tempo, transformar Uma hora num minuto. Seja ela A que nega toda a vaidade, a que constrói Todo o silêncio. Caminhe ela Lado a lado do homem em sua antiga, solitária marcha Para o desconhecido – esse eterno par Com que começa e finda o mundo – ela que agora Longe de mim, perto de mim, vivendo Da constante presença da minha saudade É mais do que nunca a minha amada: a minha amada e a minha amiga A que me cobre de óleos santos e é portadora dos meus cantos A minha amiga nunca superável A minha inseparável inimiga.Ivy Walker2006-2-8 7:50:32 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Ivy Walker Posted February 7, 2006 Members Report Share Posted February 7, 2006 desculpem...por problemas na pagina do forum ñ consigo mais postar..termino amanhã.... Ivy Walker2006-2-8 7:53:57 Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Administrator Posted February 8, 2006 Members Report Share Posted February 8, 2006 Poeminha do Chaves Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...ponta de alicate. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bata como... Chiquinha- ...caroço de abacati. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...pano de alfaiate . Kiko- Calem,-se, calem-se, calem-se, calem-se, Vcs me deixam LOUUUUUUUUUUCO!!!!!!!!!!! Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Ivy Walker Posted February 8, 2006 Members Report Share Posted February 8, 2006 Desculpem-me pelos post contendo apenas "cancel"...estava postando o poema em partes, pq só assim consegui ontem, mas hoje consegui coloca-lo em um post só. Como ñ consegui apagar os posts, apenas cancelei... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Mr. Ibanez Posted March 7, 2006 Members Report Share Posted March 7, 2006 WEITERE GRÜNDE DAFÜR,DAS DIE DICHTER LÜGENWeil der Augenblick,in dem das Wort GLÜCKLICHausgesprochen wird,niemals der glückliche Augenblick ist.Weil der Verdustende seinen Durstnicht über die Lippen bringt.Weil im Munde der ARBEITERKLASSEdas Wort Arbeiterklasse nicht vorkommt.Weil, wer verzweifelt,nicht Lust hat, zu sagen:"Ich bin ein Verzweifelnder".Weil Orgasmus und ORGASMUSnicht miteinander vereinbar sind.Weil der Sterbende, statt zu behaupten;"Ich sterbe jetzt",nur ein mattes Geräush vernehmen lässt,das wir nicht verstehen.Weil es die Lebenden sind,die den Toten in den Ohren liegenmit ihren Schreckensnachrichten.Weil die Wörter zu spät kommen,oder zu früh.Weil es also ein anderer ist,immer ein anderer,der da redet,und weil der,von dem da die Rede ist,schweigt. POR QUE OS POETAS MENTEM:MOTIVOS ADICIONAISPorque o momento em que a palavra FELIZé ditanunca é o momento da felicidade.Porque os lábios do sedentonão verbalizam sua sede.Porque PROLETARIADO é uma palavraque não passa pela boca do proletariado.Porque a vítima do desesperonão tem vontade de dizer:"Estou desesperado".Porque orgasmo e ORGASMOestão a mundos de distância.Porque o moribundo,em vez de anunciar"estou morrendo", estertora apenasum gemido baixoe, para nós, incompreensível.Porque são os vivosque enchem o ouvido dos mortoscom suas notícias atrozes.Porque as palavras sempre chegamtarde demais ou demasiado cedo.Porque é um outro,sempre outro,quem falae porque aquele de quem se falasilencia.(tradução de Nelson Ascher) HANS MAGNUS ENZENSBERGER. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members heromovie Posted March 7, 2006 Members Report Share Posted March 7, 2006 Poeminha do Chaves Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...ponta de alicate. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bata como... Chiquinha- ...caroço de abacati. Kiko- Mamãe querida meu coração por ti bate como... Chaves- ...pano de alfaiate . Kiko- Calem,-se, calem-se, calem-se, calem-se, Vcs me deixam LOUUUUUUUUUUCO!!!!!!!!!!! um dos melhores posts do topico.. tem umas poeisas ai q me dão ateh sono chego enchergar meu professor de portugues jurassico do terceiro ano falando em camera lenta na tela do pc... Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
Members Mr. Ibanez Posted April 13, 2006 Members Report Share Posted April 13, 2006 DEFESA DOS LOBOS CONTRA OS CORDEIROS deve o abutre se alimentar de flores?o que exigis do chacal? que ele mude de pele? e do lobo? que ele mesmo limpe os dentes? o que não apreciais nos coronéis e nos papas? o que vos deixa perplexos na tela mentirosa?quem irá então costurar para o general a condecoração sanguinária em sua calça? quemirá fatiar o capão diante do agiota? quem irá ostentar orgulhoso a cruz-de-ferrodiante da barriga que ronca? quemirá pegar a gorjeta, a soma, a propina? hámuitos roubados, poucos ladrões; quementão os aplaude? quemlhes coloca a insígnia? quemé ávido pela mentira? vede no espelho: covardes, que evitam a fadiga da verdade, avessos ao aprender, o pensar é deixado a critério dos lobos, a coleira é vossa jóia mais cara, nenhuma ilusão é tão estúpida, nenhumconsolo é tão barato, qualquer chantagemainda é para vós branda demais. cordeiros, irmãs sãoas gralhas, comparadas a vós: cegais uns aos outros. a irmandade reina entre os lobos: eles vão em bandos.louvados sejam os predadores: vós, convidativos ao estupro, vos atirais sobre o leito negligenteda obediência. mentis e aindasoltais ganidos. quereisser estraçalhados. vósnão mudais o mundo. Enzensberger. Quote Link to comment Share on other sites More sharing options...
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