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Forum Cinema em Cena

Poesias


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 Ouvido na voz de Maysa... aff!<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Eu sei que vou te amar

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Prá te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

                

                                               Jobim/Vinicius

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"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 Fernando Pessoa

 

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Depois do sol...
 

Fez-se noite com tal mistério,
Tão sem rumor, tão devagar,
Que o crepúsculo é como um luar
Iluminando um cemitério . . .
 

Tudo imóvel . . . Serenidades . . .
Que tristeza, nos sonhos meus!
E quanto choro e quanto adeus
Neste mar de infelicidades!
 

Oh! Paisagens minhas de antanho . . .
Velhas, velhas . . . Nem vivem mais . . .
— As nuvens passam desiguais,
Com sonolência de rebanho . . .
 

Seres e coisas vão-se embora . . .
E, na auréola triste do luar,
Anda a lua, tão devagar,
Que parece Nossa Senhora


Pelos silêncios a sonhar . . .

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Volte... quando a saudade apertar...

Quando a saudade bater em sua porta
E o frio do abandono quiser te visitar
Tente ao menos voltar à linha de partida
E tentar recomeçar o que você não conseguiu realizar...

Lute como um herói, seja forte!
Que mesmo ferido e triste
Continua lutando até a morte.

Não desista no meio do caminho
Pois a estrada da vida é comprida e tenebrosa
Coberta de nuvens negras e  cheia de espinhos
Mas sempre vale a pena voltar...

Quando se tem no coração uma saudade
E correndo nas veias o sangue de um velho amor
Que te espera com muita ansiedade...
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BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

------------------------------------------------

ENVELHECER

ntes, todos os caminhos iam,
hoje, todos os caminhos vêm...
A casa é acolhedora, os livros poucos
E eu mesmo sirvo o chá para os fantasmas...

Silêncio, Solidão, Serenidade.

Quero morrer na selva de um país distante...
Quero morrer sozinho como um bicho!

Adeus, Cidade maldita.
Que lá se vai o Teu Poeta.

Adeus para sempre, Amigos...
Vou Sepultar-me no Céu!

E todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,

Eles passarão...
Eu Passarinho!

------------------------------------------------

 

EDIT: POSTAS MENSAGENS SEGUIDAS NÃO É PERMITIDO E PODE GERAR ADVERTÊNCIA SEM AVISO PRÉVIO.
Veras2009-01-16 00:52:47
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Alma perdida<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

 

Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!

Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente...
Talvez sejas a alma, a alma doente
Dalguém que quis amar e nunca amou!

Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...

 

 

Florbela Espanca

 

 

Poema mais lindo, depois de  “Metade” e “Razão p/ Amar”

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Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto

a falta de alguém que o que mais queremos

é tirar esta pessoa de nossos sonhos

e abraçá-la.

 

Sonhe com aquilo que você quiser.

Seja o que você quer ser,

porque você possui apenas uma vida

e nela só se tem uma chance

de fazer aquilo que se quer.

 

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.

Dificuldades para fazê-la forte.

Tristeza para fazê-la humana.

E esperança suficiente para fazê-la feliz.

 

As pessoas mais felizes

não têm as melhores coisas.

Elas sabem fazer o melhor

das oportunidades que aparecem

em seus caminhos.

 

A felicidade aparece para aqueles que choram.

Para aqueles que se machucam.

Para aqueles que buscam e tentam sempre.

E para aqueles que reconhecem

a importância das pessoas que passam por suas vidas.

 

O futuro mais brilhante

é baseado num passado intensamente vivido.

Você só terá sucesso na vida

quando perdoar os erros

e as decepções do passado.

 

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar

duram uma eternidade.

A vida não é de se brincar

porque um belo dia se morre.

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Sentimento temido<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Agora que nos encontramos,
de repente compreendemos
que estávamos sozinhos

 

Que importa o que vivemos?
Que importa o que passamos?
Seria mesmo vida, a vida que levamos
por diferentes caminhos

 

Agora que nos encontramos
que tu me queres
com uma força jamais
pressentida ...

 

Parece incrível que eu já tenha
falado desse sentimento temido
e que antes de mim
pudesse ter havido
algum amor em tua vida!

 

MariaShy2009-01-30 18:42:33
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Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA!

Luís Fernando Veríssimo

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Ando tendo rompante de pequenas coragens

Que somem como fumaça assim que tento verbalizar

Me esforço para romper tantos medos

E essa busca me faz andar no fio da navalha

Em um momento alegria exuberante

No seguinte, a mais negra escuridão

Fogos de artifício que pipocam desconectado com o todo

Ilusão de ótica no fim da tarde

No lusco fusco do entardecer

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MINHA DOR

A você

 

A minha Dor é um convento ideal

Cheio de claustros, sombras, arcarias,

Aonde a pedra em convulsões sombrias

Tem linhas dum requinte escultural.

 

Os sinos têm dobres de agonias

Ao gemer, comovidos, o seu mal...

E todos têm sons de funeral

Ao bater horas, no correr dos dias...

 

A minha Dor é um convento. Há lírios

Dum roxo macerado de martírios,

Tão belos como nunca os viu alguém!

 

Nesse triste convento aonde eu moro,

Noites e dias rezo e grito e choro,

E ninguém ouve...ninguém vê...ninguém...

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Sonetos que não são (I)


Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)
<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.


Hilda Hilst
Roteiro do Silêncio (1959)

 

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Amantepoesia

tê-la
silhueta e essência
em claros-escuros
sem ser a outra

atrair
meus minutos vazios
em sensuais
signos-fascínios

aprisioná-la
ao redor de mudas
máscaras-vozes
amarras

suas unhas absorvem
ontens
aderem hojes
rompem o amanhã

um sol espreita
seus passos
serem roubados
pelo mar

para amantepoesia
não há lugar
quando é dia

                                                                               Carlos Alberto Pessoa Rosa kika2009-02-16 23:47:55
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                                          Reflexões

 

                                Amigos não me pressionem...
                                Preciso deixar o sonho chegar,...
                                de mansinho,...
                                aos poucos...
                                e na calada da noite
                                me envolver
                                como um manto 
                                e me fazer cativa
                                num sonho comum!!!
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Estranho devaneio sem sentido

 

Divagando em pensamento o desnudo

Iludo. Nada de útil irei contar-te

Contando neste nada o existe tudo

Tudo aquilo chamo eu arte

 

Arte eu chamo aquilo tudo

Tudo existe o nada neste contando

Contar-te irei útil de nada. Iludo

Desnudo o pensamento em divagando

 

 

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Impermanência


não tem mais nada
em cima da mesa
as cartas
viraram cinzas
as letras
perdidas
em algum lugar
da casa
palavras desencontradas

tudo se foi
apenas a cadeira
permanece ali
navegando no mar
do assoalho escuro
os dois gatos
na poltrona azul
os seus olhos
o porta retrato de vidro

tudo apenas
um desenho mental
que refaço
no assoalho de madeira
perto da porta de saída

                                                                       (Karen Debértolis )
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Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo.....
Isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
Isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
Isto é equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
Isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isto é circunstância.


Solidão é muito mais do que isto.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma.

 

Francisco Buarque de Holanda
kika2009-02-25 23:46:46
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Tenho saudade.

Quanta saudade tenho
Agora do seu amor.
Quanta saudade tenho
E morrendo agora estou.

A saudade do seu carinho
Perturba-me a mente.
Sem você estou sozinho
Não vivo completamente.

Meu amor volte!
Preciso do teu amor.
Meu amor volte!
Alivie minha dor.

Cura-me dessa ferida
Que é essa saudade.
Cura-me menina
Pois digo que amo-te.

Volte para mim agora
Antes que seja tarde.
Pois perto esta a morte
Volte antes que seja tarde.

.

(Achei como crédito o nome de jealisson queiroz)
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  • 2 weeks later...
  • Members


Pela Rua

        (Ferreira Gullar)


"Sem qualquer esperança
detenho-me diante de uma vitrina de bolsas
na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, domingo,
enquanto o crepúsculo se desata sobre o bairro.

Sem qualquer esperança
te espero.
Na multidão que vai e vem
entra e sai dos bares e cinemas
surge teu rosto e some
num vislumbre
e o coração dispara.
Te vejo no restaurante
na fila do cinema, de azul
diriges um automóvel, a pé
cruzas a rua
miragem
que finalmente se desintegra com a tarde acima dos edifícios
e se esvai nas nuvens.

A cidade é grande
tem quatro milhões de habitantes e tu és uma só.
Em algum lugar estás a esta hora, parada ou andando,
talvez na rua ao lado, talvez na praia
talvez converses num bar distante
ou no terraço desse edifício em frente,
talvez estejas vindo ao meu encontro, sem o saberes,
misturada às pessoas que vejo ao longo da Avenida.
Mas que esperança! Tenho
uma chance em quatro milhões.
Ah, se ao menos fosses mil
disseminada pela cidade.

A noite se ergue comercial
nas constelações da Avenida.
Sem qualquer esperança
continuo
e meu coração vai repetindo teu nome
abafado pelo barulho dos motores
solto ao fumo da gasolina queimada".

 

Para quem quiser "ver" o poema, entra aqui. É lindo!


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Pq  hoje é  o nosso dia...<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

 

 

Ser mulher

Ser mulher, vir à luz trazendo a alma talhada
para os gozos da vida, a liberdade e o amor,
tentar da glória a etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração de um sonho superior...

Ser mulher, desejar outra alma pura e alada
para poder, com ela, o infinito transpor,
sentir a vida triste, insípida, isolada,
buscar um companheiro e encontrar um Senhor...

Ser mulher, calcular todo o infinito curto
para a larga expansão do desejado surto,
no ascenso espiritual aos perfeitos ideais...

Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!

 

                                         Gilka Machado
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Sobre um ditado antigo

Vou dizer de novo o que disseram

Para que a mente nunca esqueça

Que um dia, folhas, nossos olhos se fizeram

Relva, céu veloz, veludo e névoa espessa.

 

Essa fumaça no vazio é parecida

com a outra que, vida,

dura como dura o raio, quartzo

que uma pupila dilata e irradia.

 

Quem diria, por exemplo,

que sob a carne do incenso,

no durame da tarde,

o sândalo respira

sem fazer nenhum escândalo.

 

(Rodrigo Garcia Lopes - livro visibilia, Editora Sette Letras, 1997)<?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

para ouvir o poema: http://www.garageband.com/song?|pe1|S8LTM0LdsaSgZFm0ZGE
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Fanatismo


Minh' alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver
Não és sequer a razão do meu viver
pois que tu és já toda minha vida
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história, tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina, fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como um deus: princípio e fim!...

Eu já te falei de tudo, mas tudo isso é pouco,
diante do que sinto.


Florbela Espanca

 

 

Lindo!

Ainda mais declamado por Fagner!
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  • 2 weeks later...
  • Members

essa é de protesto, quase uma literatura de cordel!

O poeta Miguezim, de Princesa (PB) disse tudo:

 

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

I

Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.
 
 

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Achei essa bonita!

Tu és!

 

Tu és pura como a água cristalina,

Suave como a brisa do mar,

Brilhante como a estrela matutina,

Bela como a noite de luar...

Tu és doce como o mel,

Forte como a leoa,

Infinita como o céu,

Livre como o pássaro que voa...

Tu és preciosa como uma jóia rara,

Encantada como um oásis no deserto,

Maravilhosa como a rua clara,

Penetrante como um olhar tão perto...

Tu és sincera como a palavra verdadeira,

Gostosa como a doce loucura,

Eficaz como uma flecha certeira,

Cativante como uma paixão sem cura...

Tu és ingênua como a flor,

Delicada como a nobreza,

Eterna como o verdadeiro amor,

Perfeita como à própria natureza.

Carlos Melgaço

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