Members Slash Posted May 20, 2009 Members Report Share Posted May 20, 2009 Peço permissão a moderação para criar este tópico, pois quero postar uma noticia que com certeza, dará muita discussão. Porém, não encontro um tópico adequado para faze-lo. Desculpe se infrigi alguma regra ou mesmo se já existe tópico sobre o evolucionismo. E se tiver, por favor me passem o link quando forem trancar este tópico. Desde já, obrigado. Será este o Elo Perdido? Os cientistas descobriram o elo perdido, um crânio de 47 milhões de anos na África. Cientistas da África descobriram uma crânio da Era da Pedra, que pode ser um elo entre a extinta espécie Homo erectus e o homem atual. "Este crânio demonstra a continuidade do processo evolutivo, por isso, nesse sentido, é um link entre o Homo Erectus e os atuais seres humanos", disse Scott Simpson, um paleontólogo da Case Western Reserve University School of Medicine, em Cleveland, Ohio.Os investigadores descobriram o crânio cinco semanas atrás em Gawis na região nordeste de Afar, na Etiópia. A área é rica em fósseis e depósitos arqueológicos que vão de 10.000 anos para 5,6 milhão de anos de idade. Teoria da Evolução estaria prestes a deixar de ser Teoria? Em breve teremos uma resposta para essa pergunta(mesmo que alguns não gostem do que vão ler/ouvir) http://www.google.com.br/ Google dá destaque para a noticia Slash2009-06-16 20:59:03 Quote Link to comment
Members MacGruber Posted May 20, 2009 Members Report Share Posted May 20, 2009 Acho que o tópico pra postar essa notícia é o Central de Notícias. Mas enfim, se for confirmado, é realmente algo histórico.BrnoSoares2009-05-20 21:24:00 Quote Link to comment
Members Slash Posted May 20, 2009 Author Members Report Share Posted May 20, 2009 Mas............... Se tem um tópico sobre RELIGIÃO, porquê não ter um tópico sobre EVOLUÇÃO? Quote Link to comment
Members MacGruber Posted May 20, 2009 Members Report Share Posted May 20, 2009 Mas............... Se tem um tópico sobre RELIGIÃO' date=' porquê não ter um tópico sobre EVOLUÇÃO? [/quote'] Ah, sim. Pensei que vc tinha criado o tópico só pra postar a notícia. Nesse caso não vejo razão pra fecharem. ;D CharlesEmave 1 Quote Link to comment
Members Jack Ryan Posted May 23, 2009 Members Report Share Posted May 23, 2009 Essa é uma descoberta muito importante. Mas vale lembrar que não é a resposta definitiva para todas as questões relativas à nossa evolução. Não que eu duvide do processo evolutivo, antes que alguém pense que eu sou religioso, ou coisa assim, só quero dizer que as pesquisas precisam continuar, ainda há muito a descobrir. E a National Geographic Society tem uma reportagem boa sobre o assunto. Mas em inglês, espero que a maioria consiga ler: "MISSING LINK" FOUND: New Fossil Links Humans, Lemurs? Email to a Friend More Photos in the News var caption = 'Photographs courtesy PLoS ONE '; What's This? SHARE Digg StumbleUpon Reddit RELATED Odd Fossil Skeletons Show Both Apelike and Human Traits Flying Lemurs Are Primates' Closest Kin Atlas of the Human Journey May 19, 2009—Meet "Ida," the small "missing link" found in Germany that's created a big media splash and will likely continue to make waves among those who study human origins. In a new book, documentary, and promotional Web site, paleontologist Jorn Hurum, who led the team that analyzed the 47-million-year-old fossil seen above, suggests Ida is a critical missing-link species in primate evolution (interactive guide to human evolution from National Geographic magazine). (Among the team members was University of Michigan paleontologist Philip Gingerich, a member of the Committee for Research and Exploration of the National Geographic Society, which owns National Geographic News.) The fossil, he says, bridges the evolutionary split between higher primates such as monkeys, apes, and humans and their more distant relatives such as lemurs. "This is the first link to all humans," Hurum, of the Natural History Museum in Oslo, Norway, said in a statement. Ida represents "the closest thing we can get to a direct ancestor." Ida, properly known as Darwinius masillae, has a unique anatomy. The lemur-like skeleton features primate-like characteristics, including grasping hands, opposable thumbs, clawless digits with nails, and relatively short limbs. "This specimen looks like a really early fossil monkey that belongs to the group that includes us," said Brian Richmond, a biological anthropologist at George Washington University in Washington, D.C., who was not involved in the study, published this week in the journal PLoS ONE. But there's a big gap in the fossil record from this time period, Richmond noted. Researchers are unsure when and where the primate group that includes monkeys, apes, and humans split from the other group of primates that includes lemurs. "[ida] is one of the important branching points on the evolutionary tree," Richmond said, "but it's not the only branching point." At least one aspect of Ida is unquestionably unique: her incredible preservation, unheard of in specimens from the Eocene era, when early primates underwent a period of rapid evolution. (Explore a prehistoric time line.) "From this time period there are very few fossils, and they tend to be an isolated tooth here or maybe a tailbone there," Richmond explained. "So you can't say a whole lot of what that [type of fossil] represents in terms of evolutionary history or biology." In Ida's case, scientists were able to examine fossil evidence of fur and soft tissue and even picked through the remains of her last meal: fruits, seeds, and leaves. What's more, the newly described "missing link" was found in Germany's Messel Pit. Ida's European origins are intriguing, Richmond said, because they could suggest—contrary to common assumptions—that the continent was an important area for primate evolution. MORE: National Geographic magazine's Chris Sloan on the controversy over the "missing link" and its media blitz >> < ="application/x-shockwave-flash" ="http://video.nationalgeographic.com/video/p/flash/single-title/cdn-p/single-title-p.swf" pluginspage="http://www.macromedia.com/go/getflashp" scale="noscale" wmode="opaque" flashvars="vid=missing--found-apvin&siteid=singletitlenews&autoplay=false&adtag=http://ad.doubleclick.net/pfadx/ng.news/videop;sz=400x300;tile=1" allowfullscreen="true" width="480" height="360"> embedSingleTitlePlayer("missing-link-found-apvin","singletitlenews","http://ad.doubleclick.net/pfadx/ng.news/videoplayer;sz=400x300;tile=1",480,360,false,"single-title-player"); More on Missing Links • National Geographic-Funded Study of Human "Missing Links" • Make Missing Links Morph: National Geographic Channel's Interactive on Extreme Evolution —Brian Handwerk if (caption) { document.write(caption); } Photographs courtesy PLoS ONE Quote Link to comment
Members Rafal Posted May 23, 2009 Members Report Share Posted May 23, 2009 Acredito que ainda está cedo para especular sobre isso. Ele ainda nem foi colocado à disposição da comunidade científica. Quote Link to comment
Members Thiago Araujo Posted May 23, 2009 Members Report Share Posted May 23, 2009 Acho que o tópico pra postar essa notícia é o Central de Notícias. Mas enfim' date=' se for confirmado, é realmente algo histórico.[/quote'] ou aqui: Abrindo o Arquivo X1 2 3 4 5 6 7 ... 12 13 Ben Wade2574085817/Abr/2009 as 15:03por Ben Wade Quote Link to comment
Members Fran Pierri Posted May 23, 2009 Members Report Share Posted May 23, 2009 Ben, acho que a proposta, como explicada abaixo é manter um tópico em que ateus ou interessados em assuntos científicos sem dogmas possam discutir. Portanto, a notícia é sim muito interessante e espero as pesquisas. E que postem mais notícias e proponham mais discussões sobre o assunto. Gostaria até de propor a mudança do nome do Tópico, pra ser algo mais geral. Como Ateísmo, Ceticismo e Pensamento Livre, ou algo do tipo. Quote Link to comment
Members MacGruber Posted May 24, 2009 Members Report Share Posted May 24, 2009 Acho que o tópico Religião já abrange o Ateísmo. Quote Link to comment
Members Fran Pierri Posted May 24, 2009 Members Report Share Posted May 24, 2009 Acho que o tópico Religião já abrange o Ateísmo. Além de ateísmo não ser religião e não ser tratado da maneira que se deve no Tópico Religião, acho que aqui poderíamos expandir as discussões entre quem não acredita, e não envolver questionamentos que só levam a discussões que não dão em nada. A intenção não é criar um lugar onde se questione a fé, como no tópico religião, ou queira saber as rotinas da doutrina já que não há doutrina qualquer e sim abranger os pensamentos e idéias ateístas. E não só ateístas, mas questionamentos céticos e de pensamento livre, um local para agnósticos, ateus, céticos e até mesmo teístas conversarem sobre esse assunto. Quote Link to comment
Members Thiago Araujo Posted May 24, 2009 Members Report Share Posted May 24, 2009 Acho que o tópico Religião já abrange o Ateísmo. Deveria ser assim mesmo, mas vimos que lá não há condições para ter uma boa discussão entre Ateus/Agnóstico e Religiosos naquele tópico. Quote Link to comment
Members Moonsorrow Posted June 6, 2009 Members Report Share Posted June 6, 2009 Teoria da Evolução estaria prestes a deixar de ser Teoria? Em breve teremos uma resposta para essa pergunta(mesmo que alguns não gostem do que vão ler/ouvir)[/QUote] A evolução não deixará de ser uma teoria, mas não há nada de mal nisso. O erro comum é entender o termo teoria como um "quase fato" ou algo assim. Teoria é simplesmente um conjunto de hipóteses testáveis que tentam explicar uma determinada classe de fenômenos. O fenômeno neste caso seria o não fixismo das espécies, esse sim um fato amplamente comprovado pelo registro fóssil. Quote Link to comment
Members Nostromo Posted June 8, 2009 Members Report Share Posted June 8, 2009 Evolução num tubo de ensaio: Cientistas fazem moléculas de RNA evoluírem e competirem entre si por recursos. Um grupo de cientistas do Scripps Research Institute criou o equivalente microscópico das Ilhas Galápagos, um ecossistema artificial dentro de um tubo de ensaio onde moléculas evoluem para explorar diferentes nichos ecológicos, semelhante aos famosos tentilhões de Darwin, descritos em “A Origem das Espécies”, 150 anos atrás. Conforme descrito em um artigo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, PNAS, o trabalho revela alguns dos princípios clássicos da Evolução. Por exemplo, a investigação mostra que quando espécies diferentes concorrem diretamente para o mesmo recurso finito, apenas o mais adaptado sobreviverá. O trabalho também mostra que, quando administrado uma variedade de recursos, as diferentes espécies evoluem, tornando-se cada vez mais especializadas, cada um preenchendo diferentes nichos dentro do seu ecossistema comum. Em linguagem mais simples, temos: EVOLUÇÃO PROVADA EM LABORATÓRIO!! Conduzido pela doutora Sarah Voytek, a obra destina-se à compreensão do avanço da Evolução. Usando moléculas em vez de espécies vivas oferece um modo robusto de fazer isso, porque permite às forças de Evolução trabalharem durante o período de poucos dias, com um trilhão de moléculas em um tubo de ensaio, replicando cada poucos minutos. Se alguem perguntar a vocês “ninguém estava lá pra ver a Evolução”, pode xingar. Sim, foi visto. Sim, as moléculas comportam-se como espécies vivas, pois espécies vivas são conduzidas, não por uma vontade de um fantasminha amigo e sim mediante sua bioquímica. “Podemos estudar coisas muito rapidamente”, diz o Dr. Gerald Joyce, que foi assessor da Voytek e co-author da publicação. Joyce é o decano da faculdade da Scripps Research, onde ele também é um professor do Departamento de Biologia Molecular, do Departamento de Química, e do Skaggs Institute for Chemical Biology. Mas como ele não anda dizendo G-zuis é o Sinhô, óbvio que nenhum cria vai levá-lo a sério, como coisa que isso faria o resultado da pesquisa deixar de existir, como que por encanto. Mais fácil cair uma chuvarada. Durante vários anos, Joyce tem experimentado com um tipo específico de molécula de RNA enzimática, que pode evoluir continuamente em tubo de ensaio. A base desta evolução vem do fato de que cada momento, uma das moléculas replica-se e existe uma chance que vai sofrer mutação – normalmente cerca de uma vez por ciclo de replicação – de forma a população pode adquirir novas características ao longo do tempo. Em outras palavras, as mutações irão se somando, até que ao fim de algum tempo, as moléculas resultantes serão bem diferentes das moléculas em quando começaram a sobre as replicações. Isso é especiação, isso é EVOLUÇÃO! Dois anos atrás, Voytek conseguiu desenvolver uma segunda, independente molécula de RNA enzimática, que também pode evoluir continuamente. Isso permitiu a ela definir os dois RNAs em dois movimentos evolucionários dentro da mesma panela, forçando-as a competir por recursos comuns, assim como as espécies de tentilhões, em uma certa ilha no Galápagos. No novo estudo, o recurso-chave ou a “comidinha”, foi uma oferta de moléculas necessárias para a replicação de cada RNA. As RNAs só replicam se tiverem catalisadores que possam agilizar as reações químicas. Enquanto as moléculas de RNA têm “comida” suficiente, elas irão replicar-se e sofrer mutação. Ao longo do tempo, uma vez que estas mutações se acumulam, emergem novas formas. Como foi dito, isso demonstra que as mutações fornecem novos indivíduos ligeiramente diferentes. Estes indivíduos irão mutar, gerando novas mudanças, até termos uma identidade totalmente nova. Mas, não é só isso. Não só ficou demonstrado as mutações, mas também a competição por recursos, onde a Seleção Natural em nível molecular permitiu que somente a molécula que estivesse melhor adaptada de continuar se replicando. Durante a pesquisa, ficou claro que as moléculas de RNA menos aptas desapareceram ao longo do tempo. Em seguida, os pesquisadores colocaram a duas moléculas RNA juntos em um pote com cinco diferentes fontes alimentares, nenhum dos quais haviam estado em contato anteriormente. No início do experimento cada RNA poderia utilizar todos os cinco tipos de alimentos - mas nenhum destes foram utilizados particularmente bem. Depois de centenas de gerações de evolução, no entanto, a cada duas moléculas, uma se tornou independentemente adaptada para uma utilização diferente uma das cinco fontes alimentares. No processo, as moléculas evoluídas tiveram diferentes abordagens evolucionárias para alcançar o seu fim. Uma tornou-se super-eficiente em absorver a sua alimentação, fazendo isso a uma taxa que era de cerca de uma centena de vezes mais rápida que as demais. A outra era mais lenta na aquisição de alimentos, mas produziu cerca de três vezes mais progênese por geração, isto é, gerou mais descendentes. Estes são dois exemplos de estratégias de sobrevivência evolutiva clássicas, diz Joyce. A citação se refere a esses dois artigos (em inglês): Niche partitioning in the coevolution of 2 distinct RNA enzymes Emergence of a fast-reacting ribozyme that is capable of undergoing continuous evolution Quote Link to comment
Members Dook Posted June 16, 2009 Members Report Share Posted June 16, 2009 Além de ateísmo não ser religião e não ser tratado da maneira que se deve no Tópico Religião' date=' acho que aqui poderíamos expandir as discussões entre quem não acredita, e não envolver questionamentos que só levam a discussões que não dão em nada.A intenção não é criar um lugar onde se questione a fé, como no tópico religião, ou queira saber as rotinas da doutrina já que não há doutrina qualquer e sim abranger os pensamentos e idéias ateístas. E não só ateístas, mas questionamentos céticos e de pensamento livre, um local para agnósticos, ateus, céticos e até mesmo teístas conversarem sobre esse assunto.[/quote'] Não entendi a parte em negrito... CharlesEmave 1 Quote Link to comment
Members Madame Bovary Posted June 16, 2009 Members Report Share Posted June 16, 2009 Gostaria até de propor a mudança do nome do Tópico' date=' pra ser algo mais geral. Como Ateísmo, Ceticismo e Pensamento Livre, ou algo do tipo.[/quote'] Excelente ideia!!! Quote Link to comment
Members Slash Posted June 16, 2009 Author Members Report Share Posted June 16, 2009 Gostaria até de propor a mudança do nome do Tópico, pra ser algo mais geral. Como Ateísmo, Ceticismo e Pensamento Livre, ou algo do tipo. Administração, fique a vontade para mudar o titulo do tópico. CharlesEmave 1 Quote Link to comment
Members MacGruber Posted June 16, 2009 Members Report Share Posted June 16, 2009 Slash, vc tb pode mudar. ;D Quote Link to comment
Members Fran Pierri Posted June 17, 2009 Members Report Share Posted June 17, 2009 Além de ateísmo não ser religião e não ser tratado da maneira que se deve no Tópico Religião Não entendi a parte em negrito... RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare", que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico. Logo Ateísmo não é religião, nem seita, nem doutrina. No tópico Religião já não basta os ataques, que particularmente não me importo muito, não podemos ficar falando sobre teorias ou notícias sobre ateísmo, sobre ciência que provavelmente será deletado por ser off topic. Aqui podemos ser divididos em quem Acredita e em quem Não Acredita. E não em quem Não ACredita e em Católicos, Evangélicos, Umbandas, Espíritas, Pessoas que acreditam que Deus é todo o Universo, Judeus, Pagãos, etc, etc, etc ... Acredito que aqui teria outro foco, discutir a ciência sem Deus e sobre o Ateísmo e as formas de pensamento e que sejam todos bem vindos. Maria Elena2009-06-17 11:49:56 Quote Link to comment
Members Fran Pierri Posted June 17, 2009 Members Report Share Posted June 17, 2009 14/06/2009 - 07h47 Cientistas revertem evolução e devolvem barbatanas a peixe enviado especial da Folha de S.Paulo a Cold Spring Harbor (EUA) Os criacionistas costumam dizer que Darwin está errado porque nunca viram uma espécie se transformar em outra. Pois cientistas americanos acabam de fazer quase isso: transformaram um peixe de água doce no seu ancestral marinho, revertendo a evolução. A pesquisa, inédita, foi apresentada no último dia 27 nos EUA a uma plateia de cientistas pelo biólogo David Kingsley, da Universidade Stanford. Foi um dos pontos altos do 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia Quantitativa. O resultado culmina um esforço de 11 anos de Kingsley e seus colegas para decifrar o mais novo animal-modelo da biologia, o peixinho esgana-gata (Gasterosteus aculeatus). O que os pesquisadores fizeram foi devolver a esgana-gatas de água doce, que habitam lagos nos EUA, um par de barbatanas pélvicas em forma de espinho. Essas estruturas estão nas populações marinhas do bicho, mas foram perdidas em algumas populações de lagos nos últimos 10 mil anos. O grupo também devolveu aos peixes lacustres as placas ósseas externas que caracterizam os esgana-gatas marinhos, mas que igualmente se perderam na água doce. Reversão "Nós revertemos dois grandes traços morfológicos", disse Kingsley à Folha. "Ganho ou perda de um membro é um grande traço. É o tipo de coisa com base na qual os zoólogos classificam organismos em diferentes categorias." Ambas estruturas são usadas para defesa dos esgana-gatas, que são refeição de diversos predadores no mar. Os espinhos, na pelve e no dorso, ferem predadores de boca mole, como trutas. Em alguns dos lagos em que os peixinhos ficaram presos no fim da Era Glacial, porém, os maiores inimigos dos esgana-gatas são insetos. Eles agarram suas vítimas justamente pelos espinhos da pelve. Onde há pressão de insetos e pouco cálcio na água, a evolução acabou por eliminar os espinhos. Quanto à armadura óssea, ela se perdeu em todos os esgana-gatas de água doce. "Isso dá mais flexibilidade e velocidade de nado", afirmou Kingsley. Restava descobrir de que forma isso aconteceu -o mecanismo molecular da perda- e, por fim, tentar emular a ação da seleção natural. Modelo à espera Kingsley decidiu estudar o esgana-gata em 1998. "Havia milhares de trabalhos sobre ele, mas ninguém havia feito sua genética molecular. Era um animal-modelo esperando para acontecer", recorda-se. Os cientistas começaram coletando animais de várias populações de mar e de lago, com características diferentes (presença ou não de espinhos pélvicos ou armadura), e cruzando-os. Observando os traços em milhares de filhotes e analisando o seu DNA, mapearam os genes que respondiam por eles. O gene que controla quase toda a formação dos espinhos pélvicos, por exemplo, foi identificado: era o Pitx1. Mas Kingsley e colegas ainda precisavam saber o que acontecia no gene para fazer a diferença entre a presença da pelve no animal marinho e sua ausência no esgana-gatas de água doce. Para isso, eles sequenciaram o Pitx1 dos dois peixes. Aí veio a surpresa: "Não havia diferença alguma na parte codificante do gene", conta Kingsley. "Isso faz sentido, porque o Pitx1 está envolvido na formação da glândula pituitária e da mandíbula. Não dá para zoar com todas as funções de um gene desses." O segredo estava nas sequências de DNA que não trazem a receita para a fabricação de nenhuma proteína (e que até algum tempo atrás eram consideradas mero "lixo" genético), mas que controlam a intensidade com que o gene se liga em certos tecidos e em certas fases do desenvolvimento. Para descobrir que sequências eram essas, o grupo quebrou o DNA em pedacinhos e injetou cada pedacinho em um embrião de peixe para ver no que dava. A busca levou anos. Finalmente, o time chegou à "região mágica" de controle. Os peixes de lago tiveram em sua evolução um trecho de DNA apagado que estava intacto nos ancestrais marinhos. O tamanho do bloco deletado variava entre as populações, mas a região era sempre a mesma. A prova final foi feita por um aluno de Kingsley, Frank Chan: pegar o trecho de DNA do peixe marinho e injetá-lo no lacustre. "Ficamos maravilhados em ver que isso funciona", disse o biólogo. "A região de controle do Pitx1 do peixe marinho gera um peixe que tem uma estrutura pélvica de novo." O mesmo foi feito para a sequência reguladora do gene Ectodysplasin, que controla a armadura. Abaixo as mariposas "Esse é o mais belo exemplo demonstrando um mecanismo molecular de evolução que eu já vi", diz o geneticista brasileiro Marcelo Nóbrega, da Universidade de Chicago, que assistiu à palestra de Kingsley. "A seleção natural que atuou sobre esses peixes pode agora ser explicada quimicamente, não apenas como uma abstração. Nossa geração foi apresentada à evolução usando como exemplo mariposas na Inglaterra. Nossos filhos provavelmente aprenderão com o trabalho de David Kingsley." A pesquisa traz uma implicação intrigante: grandes transições evolutivas, como a perda ou o ganho de membros, podem ocorrer sem alterações na sequência de um gene e em um só passo --como aconteceu com os esgana-gatas--, e não por pequenas mutações, como prevê o darwinismo padrão. "O quanto isso pode ser generalizado não dá para saber", diz Nóbrega. "Mas só o fato de Kingsley mostrar que grandes transições podem ocorrer já é interessante o suficiente." Maria Elena2009-06-17 12:08:51 CharlesEmave 1 Quote Link to comment
Members Dook Posted June 17, 2009 Members Report Share Posted June 17, 2009 Além de ateísmo não ser religião e não ser tratado da maneira que se deve no Tópico Religião Não entendi a parte em negrito... RELIGIÃO deriva do termo latino "Re-Ligare"' date=' que significa "religação" com o divino. Essa definição engloba necessariamente qualquer forma de aspecto místico e religioso, abrangendo seitas, mitologias e quaisquer outras doutrinas ou formas de pensamento que tenham como característica fundamental um conteúdo Metafísico, ou seja, de além do mundo físico.Logo Ateísmo não é religião, nem seita, nem doutrina.No tópico Religião já não basta os ataques, que particularmente não me importo muito, não podemos ficar falando sobre teorias ou notícias sobre ateísmo, sobre ciência que provavelmente será deletado por ser off topic.[/quote'] Primeiramente, se ateísmo não é religião (e eu concordo), então nem há que se reclamar que o ateísmo "não tem sido tratado como deve" no tópico em questão, até pq não há que se falar em "tratamento devido" no caso em tela... Seria como reclamar que, num tópico de Star Wars, a trilogia Senhor dos Anéis não tem o "tratamento devido"... São duas coisas completamente diferentes e incompatíveis entre si. Segundo, que acho que você não viu os ataques ateístas naquele tópico. Religiosos foram e estão sendo chamados de ignorantes, preconceituosos, alienados, criminosos, entre outras alcunhas desagradáveis. Dr. Calvin2009-06-17 13:03:25 Quote Link to comment
Members Nostromo Posted June 17, 2009 Members Report Share Posted June 17, 2009 Assim como os religiosos estão fazendo o mesmo com ateus e agnósticos. E veja só que irônico, estão fazendo isso até entre eles mesmos. Cristãos chamando testemunhas de jeová de "otários", por exemplo... Ninguem ali é inocente. Não há vítimas naquele tópico. Quote Link to comment
Members Moonsorrow Posted June 18, 2009 Members Report Share Posted June 18, 2009 Acho que o esse tópico deveria ser sobre ciência em geral. Ceticismo acabou restringindo um pouco o assunto. Quote Link to comment
Members Nostromo Posted June 19, 2009 Members Report Share Posted June 19, 2009 “DNA” artificial dá pistas sobre surgimento da vida Molécula replicadora feita com aminoácidos se monta sem auxílio de enzimas. Estudo, publicado no periódico "Science", tem como coautor Leslie Orgel, pai da hipótese do mundo de RNA, morto em 2007 Ricardo Mioto escreve para a “Folha de SP”: Pesquisadores nos EUA criaram uma molécula artificial que pode explicar como ocorreu a transição entre o mundo sem vida e o aparecimento do RNA (e depois do DNA), um dos maiores enigmas da ciência. O achado ajuda a criar hipóteses sobre como a vida emergiu na sopa química dos oceanos primordiais da Terra, há mais de 3 bilhões de anos. Nos organismos existentes hoje, o código genético está escrito em DNA (ácido desoxirribonucleico), que carrega a receita para fazer proteínas (as moléculas que fazem tudo na célula). O DNA, no entanto, é complexo demais para ter sido o primeiro transmissor de informação genética. Uma parte da fita do DNA, onde ficam as bases nitrogenadas, é responsável pelo pareamento (A-T e C-G) que permite a transmissão da informação. O resto do DNA é estrutura auxiliar: um esqueleto feito de fosfatos e açúcares onde as bases nitrogenadas se ligam. A montagem da fita, entretanto, só pode ser feita com a ajuda de proteínas especiais que aceleram reações químicas, as enzimas. Ao criar o tPNA (o ácido nucleico peptídico de tioéster), uma molécula que consegue agregar bases nitrogenadas sem precisar de enzimas, os cientistas mostraram que é possível que existissem moléculas mais simples do que o DNA transmitindo informação. O tPNA é mais simples até do que o RNA (ácido ribonucleico), que a maioria dos cientistas acha hoje que precedeu o DNA no papel de replicador. Esqueleto novo Os cientistas do Instituto de Pesquisas Scripps e do Instituto Salk, ambos na Califórnia, criaram um novo tipo de esqueleto, feito de aminoácidos, os "tijolos" que formam as proteínas. Os aminoácidos seguram as bases nitrogenadas com muito menos vigor do que os fosfatos e açúcares do DNA. Isso faz com que as bases possam se agregar ao tPNA mesmo sem a presença de enzimas. Sabe-se que os oceanos da Terra primitiva eram repletos de aminoácidos. Com a prova agora de que bases nitrogenadas podem se fixar em uma estrutura de aminoácidos, existe uma pista sobre como as informações se transmitiam antes do surgimento do RNA. O estudo foi publicado na última edição da revista "Science". Um de seus autores foi o químico britânico Leslie Orgel, morto em 2007. Orgel foi o pai da teoria do "mundo de RNA", que estabelecia o RNA como predecessor do DNA. O RNA hoje auxilia o DNA no organismo humano, além de carregar o genoma de certos vírus. Orgel propôs que ele tenha reinado como único replicador antes do surgimento do DNA. "Apesar de a hipótese consensual para a molécula que originou a vida ser o RNA, este é considerado por alguns muito complexo para ter sido a primeira molécula capaz de se autorreplicar. Logo, especula-se que polímeros mais simples teriam antecedido o RNA e depois sido substituídos por ele", diz o biólogo goiano Paulo Amaral, da Universidade de Queensland, na Austrália. "Por outro lado, também é consenso que esses sistemas ainda são muito artificiais. Não temos ideia do que realmente estava lá há cerca de 4 bilhões de anos", afirma. Falta agora mostrar se o tPNA pode se replicar indefinidamente. "Eles não mostraram isso", diz Amaral. "Nem que o sistema evolui (no sentido de evolução darwinista). Mas o primeiro passo foi dado." (Folha de SP, 16/6) http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=64105 Quote Link to comment
Members Dook Posted August 26, 2010 Members Report Share Posted August 26, 2010 Quote Link to comment
Members Gustavo Adler Posted August 26, 2010 Members Report Share Posted August 26, 2010 Teoria da Evolução estaria prestes a deixar de ser Teoria? Em breve teremos uma resposta para essa pergunta(mesmo que alguns não gostem do que vão ler/ouvir)[/QUote] A evolução não deixará de ser uma teoria' date=' mas não há nada de mal nisso. O erro comum é entender o termo teoria como um "quase fato" ou algo assim. Teoria é simplesmente um conjunto de hipóteses testáveis que tentam explicar uma determinada classe de fenômenos. O fenômeno neste caso seria o não fixismo das espécies, esse sim um fato amplamente comprovado pelo registro fóssil. [/quote'] Mais ou menos, tipo, hipotese são opiniões, teses que não foram submetidas a testes e experimentos para ser comprovada ou descartada. Teoria é a hipótese que já foi submetido a experimentos, testes, que dê a tese credibilidade e assim seja capaz de "prever" outros fenômenos de mesma natureza. Os erros que se cometem muito é confundir teoria com hipótese, o criacionismo é uma hipótese, uma opinião de alguém ou algum grupo, a evolução é uma teoria, antes hipótese, mas que fora(pelo próprio Darwin) e vem sendo submetida a enumeros testes, experimentos. E como tal oferece meios de visualizar explicações para vários fenômenos biológicos que ainda conhecemos. Mas Teoria não é quase-fato, é a explicação que melhor se saiu perante os experimentos e princípios de cada área do conhecimento. Além de ateísmo não ser religião e não ser tratado da maneira que se deve no Tópico Religião' date=' acho que aqui poderíamos expandir as discussões entre quem não acredita, e não envolver questionamentos que só levam a discussões que não dão em nada. A intenção não é criar um lugar onde se questione a fé, como no tópico religião, ou queira saber as rotinas da doutrina já que não há doutrina qualquer e sim abranger os pensamentos e idéias ateístas. E não só ateístas, mas questionamentos céticos e de pensamento livre, um local para agnósticos, ateus, céticos e até mesmo teístas conversarem sobre esse assunto. [/quote'] Não entendi a parte em negrito... Bem, o sentido que é defendido este tópico é justamente o fim dessa barreira Ciência x Religião, onde se possa discutir os conhecimentos e os objetos do conhecimento sem a premissa religiosa, sem a discussão se é Divino ou não. Bem, essa é, ao meu ver, a razão que mantem válida essa pasta, um estudo do mundo, independentemente do que cada um crê. Mas a pasta certamente cambeara para discussões no campo da crença, o que será inevitável e sadia, mas sempre focada na natureza dos fenômenos, e não na existência do Divino. Acho que o esse tópico deveria ser sobre ciência em geral. Ceticismo acabou restringindo um pouco o assunto. exatamente! Quote Link to comment
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