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Forum Cinema em Cena

Cineclube Light


Mr. Scofield
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não sei não... eu não estudei cinema em universidade alguma, mas a impressão que o rike me passou com aquele post, foi bem ruim. e a imagem que tenho de faculdades/estudantes de cinema também é bem ruim. pode ser só preconceito, no entanto.

 

mas lógico que isso vai muito de quem estuda. não consigo ver um tensor da vida fazendo um curso deles e virando um indie imbecil desses aí, só vai ter mais técnica, mas aí, eu diria que é exceção. em regra rola esse tom de ver as coisas de cima.

batgody2009-09-30 15:34:08

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pois é, a faculdade, teoricamente só serve pela técnica. não pra moldar mentes - o que parece que acontece, mas naturalmente, não algo como um ludovico. hehe.

 

eu quando estava em dúvida do que cursar, fiz um semestre de faculdade de games, sério, nunca me senti tão deslocado, só tinha espinhento virgem, barba, óculos, livros de ficção científica. era um horror, é meio isso.

 

batgody2009-09-30 15:47:19

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Mas será que o caso dele (grack) não se enquadra no que eu falei ? Acho que a forma que ele argumentou e temos que usou, talvez o caracterizem como calouro, mas isso ele pode responder melhor do que eu.

Eu continuo achando que isso é algo que vem da pessoa, da mesma forma que um cara pode não estudar cinema, mas ser totalmente teleguiado por críticas e afins - algo que a gente falou antes, de "todos os críticos falaram bem do filme, então eu tenho que ver e achar genial" (bagagem cultural, anyone ? hehe). Conheço pessoas que fazem/fizeram faculdade de cinema, bem como gente que trampa com isso (e alguns nunca estudaram), e digo que tem gente nos dois lados da moeda. Como o PT mesmo falou, muitos dos grandes diretores estudaram, e aquele grupinho específico do início da década de 70 - scorsese, de palma, spielberg, coppola, etc - ficou conhecido como movie brats, justamente porque todos eram alunos de cinema e film buffs de carteirinha.

 

Outro exemplo prático que tenho foi de experiência própria, fiz faculdade de produção musical e muitos de meus coleguinhas foram se agarrando (e ao mesmo tempo, ficando presos) a essa análise puramente técnica. E daí que neguinho passava a ouvir música de forma totalmente imparcial, e se algo fosse fora de padrões estabilizados, normalmente já era tachado de "mal gravado", e ficava por isso mesmo. Ou seja, treinava o ouvido só pra ouvir um mesmo tipo de coisa, aquela coisa audiófila no mau sentido, de procurar uma "sonoridade perfeita" baseado apenas em padrões técnicos pré-estabelecidos. E daí que na real, iam (e continuam) se formando um bando de zumbis, gente que ouve música com o coração no freezer, esquece que o fator emoção é muito mais importante, e que a parte técnica tem que ser consequência disso. E olha que tinha até professor assim, também...
Schonfelder2009-09-30 16:01:51
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perfeito. é isso que eu quis dizer em dar aquele exemplo acima (do tensor), da lavagem cerebral etc. a coisa de se deixar levar e a coisa de levar. o cara pode continuar sendo um cara descoladão, mas com técnica, conhecimento, ou virar um técnico sem coração, que acha um filme um saco, mas diz que é bom por ter boa mixagem, montagem, um belo plano sequência, foco doce haeuahe, essas coisas.

 

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O Anjo Exterminador (Buñuel' date=' 1962) - Baita filmaço, e nem sei muito mais o que dizer. Tem a interpretação óbvia da crítica à alta sociedade, mas o impressionante mesmo é a atmosfera que se estabelece. É praticamente o embrião dos filmes de terror em que pessoas ficam presas e tem que lidar umas com as outras. Genial.
[/quote']

 

O Beijo Amargo (Samuel Fuller, 1964) - 4/4

 

Quotando aqui porque rola uma conexao entre O Anjo Exterminador e (ao que parece, esse é so o 3º dele que eu vejo) o cinema do Sam Fuller. Em O Beijo Amargo ele volta a despir a sociedade, mas nao se utiliza das artimanhas do Bunuel. O Anjo Exterminador passeia entre o terror e a comedia, mantem aquele climao de fantasia e de um sarcasmo que, apesar de forte, é sempre divertido e meio teatral. Fuller nao. Fuller é seco, te joga no chao e pisa em cima. Ali com 1h de filme o sonho acaba e a mascara cai de um jeito que, putz, nem tem o que falar. Do mal.
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Eu não acho errado assistir a um filme com outras intenções. Arte é arte e cada um interpreta e se entretem do jeito que bem entender.

 

E, já que o assunto é faculdade, o que acho interessante, vamos lá.

 

Digo. Estou no terceiro ano já e muita coisa muda. Confesso que quase desisti do curso, mas por estar próximo de terminar, decidi continuar. O maior problema é que a maioria dos estudantes não sabem discernir "assistir filmes" de "fazer filmes". A maioria dos calouros escolhem o curso porque tem uma certeza: amam assistir filmes. Mas e o fazer cinema? Quem, realmente, gosta e já passou pela experiência?

 

São coisas muito diferentes. Para fazer cinema não é necessário ter bagagem cultural ampla. Algumas referências já bastam. Aliás, é por isto que no Brasil muitos publicitários se tornam cineastas. E sim. Eu afirmo: para FAZER cinema, não é necessário ESTUDAR cinema, mas sim ter uma base. Só. Lógico que o estudo lhe fornece mais embasamento, mais aprendizado e, assim, a chance de você errar é bem menor (em aula de roteiro, por exemplo, aprendemos a evitar clichês; em aula de fotografia, a parte mais técnica em relação a iluminação, planos). O fato é que um estudante de graduação em cinema acaba sendo um indivíduo multifuncional do que um diretor propriamente dito.

 

Eu mesmo me desinteressei por direção ao decorrer do curso. Hoje estou estagiando na área administrativa de uma distribuidora (bem importante, por sinal) e estou gostando muito. Era uma área que não dava nada e já eliminava das minhas possibilidades de construir uma carreira. Confesso que eu estou surpreso e gostando bastante. E, se um dia sair desta área, acho que seguiria para direção de arte e montagem.

 

E bat. Não generalize. Estudantes de cinema não são imbecis indies. São apenas pessoas que buscam estudar uma paixão, um vício (assistir filmes) e descobrem que ver filmes e fazer filmes são atividades completamente diferentes, mas paralelas e acabam se perdendo no meio do caminho. Para exemplificar, minha sala tem 20 alunos. Sabem quantos querem seguir a carreira de diretor? 3.

 

É mais complicado do que parece. 

 

 

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rike, eu generalizando, se eu for me apegar a exceções é outra história. aliás, isso já tá ali acima, é só prestar atenção, inclusive com exemplos.

 

-

 

evitar clichês? deveriam ensinar como usá-los...

batgody2009-10-01 14:49:26

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Mas Bat' date=' olha só o caso de 2001, no tópico dos clássicos: o cara simplesmente disse que o Kubrick não conseguiu dizer nada a ele. Que as imagens do filme não transmitiram emoção alguma. Eu, assim como você e outros, discordo. Mas é suficiente para a coisa toda virar uma aula de como funciona o cinema? Sei lá, é um troço meio tosco.[/quote']

 

Depende... ele não falou só isso... Ele também enfatizou que prefere falatório do que as imagens de 2001. Não sei quanto a você, mas essa mentalidade burocrática (para não dizer páblica) em relação ao cinema é motivo suficiente para uma aula de como funciona o cinema.

 

Se ele tivesse ficado só na questão "o filme não disse nada pra mim", a discussão morreria antes de começar. Não rebato opiniões pessoais. Rebato conceitos que acho equivocados que, por sua vez, levam às opiniões pessoais.

Quanto A Vila, eu acho que ao mesmo tempo em que dificilmente surge alguém realmente para dicuti-lo, há uma certa intransigência reinando por lá. Eu me lembro de quando o Alexei expôs algumas impressões. O clima ficou tenso. E não quero dizer que ele estava certo e quem era contrário estava errado.

 

Não houve intransigência nenhuma ali no tocante ao Alexei... Houve uma resistência da parte dele às discordâncias ao seu ponto de vista. Desta resistência adveio comentários nada lisonjeiros como acusar os fãs do filme de serem um grupo de patrulha pró-Shyamalan entre outros chistes inconvenientes e que nada contribuíram para o tópico... Coisa de criança mesmo.

 

Resistência minha? Agora você me deixou puto da vida, rapaz!

 

Postei lá que eu achava o filme uma merda, e continuo achando. O que eu tive em resposta - ao contrário do que você está falando, distorcendo os fatos - é que eu tinha que argumentar o porquê de não ter gostado (o que fiz, por consideração), e eu tinha que ser convincente. Estou cagando e andando para quem discorda de mim e para quem não me acha convincente, Dook. Não tenho vontade, e muito menos obrigação, de atacar ou defender filme algum, nem de provar nada pra ninguém. Se eu acho que um dos grandes filmes de sua vida é uma porcaria, não posso fazer nada, muito menos você. Viva com isso.

 

Aquele tópico, lamentável, expõe um pouco da grande distorção a que esses fóruns de discussão sobre cinema são submetidos pelos próprios usuários. Na maior parte do tempo, as pessoas entram em ambientes como este para se auto-afirmar, torcendo por filmes como que torce por times de futebol e tentando, ao dizer que curte o filme A ("artístico") ou B ("pipoca"), demonstrar que é melhor que o outro ou que, ao menos, é digno de nota. Para mim, o movimento é o mesmo, seja com O Anticristo, seja com Tranformers. É o sujo falando do mal-lavado.

 

Da minha parte, venho aqui para ver as opiniões de outras pessoas sobre os filmes que eles vêem, e para expor as minhas próprias opiniões a quem se interessar. Quero apenas uma outra leitura, uma outra visão, mesmo que seja algo positivo sobre algo que eu não gosto (como A Vila). Não existe isso de "grande arena de batalha que é um fórum". Isso sim, aliás, é coisa de criança.

 

Da próxima vez, pense antes de digitar.
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Sei lá, não creio que discussões sejam necessariamente batalhas. Nossa última sobre Two Lovers é exemplo disso, creio. Por outro lado, o Dook tem esse jeito meio advogado de defender teses, o que é meio chato.

 

Acho que a função de um fórum é mais do que apenas ver opiniões de outras pessoas. A interação é o que define um fórum. Claro que essa interação não precisa ser pra provar o tamanho do pau de ninguém.

 

 

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Ah qualé. E a interação se dá, necessariamente, por meio do embate?

Qualquer usuário desse fórum chamará mais a minha atenção - e, portanto, terá mais chances de receber um feedback meu - ao expor suas idéias de maneira inteligente do que tentando dar uma de gostoso e se auto-afirmar, do tipo "eu sou o foda porque gosto disso e daquilo".

 

O Gago, o usuário desse fórum que considero não só o mais inteligente, mas também o mais equilibrado, detestou O Curioso Caso de Benjamin Button, e eu adorei o filme. Pergunte-me se eu perdi meu sono por causa isso, ou se fiquei tentando convencê-lo do contrário. Faça a mesma pergunta a ele também.

 
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Mas Bat' date=' olha só o caso de 2001, no tópico dos clássicos: o cara simplesmente disse que o Kubrick não conseguiu dizer nada a ele. Que as imagens do filme não transmitiram emoção alguma. Eu, assim como você e outros, discordo. Mas é suficiente para a coisa toda virar uma aula de como funciona o cinema? Sei lá, é um troço meio tosco.[/quote']

 

Depende... ele não falou só isso... Ele também enfatizou que prefere falatório do que as imagens de 2001. Não sei quanto a você, mas essa mentalidade burocrática (para não dizer páblica) em relação ao cinema é motivo suficiente para uma aula de como funciona o cinema.

 

Se ele tivesse ficado só na questão "o filme não disse nada pra mim", a discussão morreria antes de começar. Não rebato opiniões pessoais. Rebato conceitos que acho equivocados que, por sua vez, levam às opiniões pessoais.

Quanto A Vila, eu acho que ao mesmo tempo em que dificilmente surge alguém realmente para dicuti-lo, há uma certa intransigência reinando por lá. Eu me lembro de quando o Alexei expôs algumas impressões. O clima ficou tenso. E não quero dizer que ele estava certo e quem era contrário estava errado.

 

Não houve intransigência nenhuma ali no tocante ao Alexei... Houve uma resistência da parte dele às discordâncias ao seu ponto de vista. Desta resistência adveio comentários nada lisonjeiros como acusar os fãs do filme de serem um grupo de patrulha pró-Shyamalan entre outros chistes inconvenientes e que nada contribuíram para o tópico... Coisa de criança mesmo.

 

Resistência minha? Agora você me deixou puto da vida, rapaz!

 

Postei lá que eu achava o filme uma merda, e continuo achando. O que eu tive em resposta - ao contrário do que você está falando, distorcendo os fatos - é que eu tinha que argumentar o porquê de não ter gostado (o que fiz, por consideração), e eu tinha que ser convincente. Estou cagando e andando para quem discorda de mim e para quem não me acha convincente, Dook. Não tenho vontade, e muito menos obrigação, de atacar ou defender filme algum, nem de provar nada pra ninguém. Se eu acho que um dos grandes filmes de sua vida é uma porcaria, não posso fazer nada, muito menos você. Viva com isso.

 

Aquele tópico, lamentável, expõe um pouco da grande distorção a que esses fóruns de discussão sobre cinema são submetidos pelos próprios usuários. Na maior parte do tempo, as pessoas entram em ambientes como este para se auto-afirmar, torcendo por filmes como que torce por times de futebol e tentando, ao dizer que curte o filme A ("artístico") ou B ("pipoca"), demonstrar que é melhor que o outro ou que, ao menos, é digno de nota. Para mim, o movimento é o mesmo, seja com O Anticristo, seja com Tranformers. É o sujo falando do mal-lavado.

 

Da minha parte, venho aqui para ver as opiniões de outras pessoas sobre os filmes que eles vêem, e para expor as minhas próprias opiniões a quem se interessar. Quero apenas uma outra leitura, uma outra visão, mesmo que seja algo positivo sobre algo que eu não gosto (como A Vila). Não existe isso de "grande arena de batalha que é um fórum". Isso sim, aliás, é coisa de criança.

 

Da próxima vez, pense antes de digitar.

 

ihhhh.. 07
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Resistência minha? Agora você me deixou puto da vida' date=' rapaz!

 

Postei lá que eu achava o filme uma merda, e continuo achando. O que eu tive em resposta - ao contrário do que você está falando, distorcendo os fatos - é que eu tinha que argumentar o porquê de não ter gostado (o que fiz, por consideração), e eu tinha que ser convincente. Estou cagando e andando para quem discorda de mim e para quem não me acha convincente, Dook. Não tenho vontade, e muito menos obrigação, de atacar ou defender filme algum, nem de provar nada pra ninguém. Se eu acho que um dos grandes filmes de sua vida é uma porcaria, não posso fazer nada, muito menos você. Viva com isso.

 

Aquele tópico, lamentável, expõe um pouco da grande distorção a que esses fóruns de discussão sobre cinema são submetidos pelos próprios usuários. Na maior parte do tempo, as pessoas entram em ambientes como este para se auto-afirmar, torcendo por filmes como que torce por times de futebol e tentando, ao dizer que curte o filme A ("artístico") ou B ("pipoca"), demonstrar que é melhor que o outro ou que, ao menos, é digno de nota. Para mim, o movimento é o mesmo, seja com O Anticristo, seja com Tranformers. É o sujo falando do mal-lavado.

 

Da minha parte, venho aqui para ver as opiniões de outras pessoas sobre os filmes que eles vêem, e para expor as minhas próprias opiniões a quem se interessar. Quero apenas uma outra leitura, uma outra visão, mesmo que seja algo positivo sobre algo que eu não gosto (como A Vila). Não existe isso de "grande arena de batalha que é um fórum". Isso sim, aliás, é coisa de criança.

 

Da próxima vez, pense antes de digitar.
[/quote']

 

Eu ia escrever um post gigantesco, daqueles que eu sei que você adora... Mas daí pensei que sua verve colérica não é merecedora da minha verborragia costumeira.

 

Portanto, digo apenas que, com seu espantalho histérico, você comprovou o que eu disse: vc não gosta de ser contrariado. E na sua busca incessante de se mostrar a vítima de usuários malvados e pérfidos que se acham os gostosões (senão me engano, foi uma das razões que vc expôs para justificar sua saída do cCc), vc tira falas minhas que não foram dirigidas a você em momento algum, proferidas em outro momento, em outra circunstância, as tira do contexto para juntar tudo num balaio de gato que demonstra o quão desequilibrado você se torna quando alguém não leva em consideração o seu ponto de vista e explica porquê não leva.

 

Paciência... chiliques como esse seu só demonstram quem é de fato a criança.
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