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Forum Cinema em Cena

Cineclube Light


Mr. Scofield
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Mas voltando ao assunto.

 

Eu acho que metáforas, simbolismos e alegorias são artifícios muito válidos dentro do cinema, desde que não sejam o fulcro do filme. Quando todo o restante não te serve pra nada e ficam somente as ligações exteriores, é porque o diabo tá feio mesmo. Celebrar um filme pelo seu poder intelectualmente referencial, quando a experiência em si de assisti-lo é irrelevante, me parece ser uma das maiores tolices nesse nosso meio.

 

Quanto ao filme em si, eu já me pronunciei anteriomente e não tenho a menor vontade de pensar a respeito mais um tiquinho que seja, mas o Foras foi muito feliz no quinto parágrafo do texto, especialmente quando disse que "é como andar num carro velho com suspensão fudida enquanto uma paisagem de merda trepida pela janela".

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O melhor exemplo para mim é aquele filme maravilhoso do samba do crioulo doido indicado pelo Foras - com zumbis, criaturas fantásticas, inferno, portões dimensionais, paranormais, etc (me esqueci o nome) - onde o personagem principal tem um número limitado de balas, atira nos zumbis, percebe que eles só morrem instantaneamente quando atingidos na cabeça e CONTINUA insistentemente ATIRANDO EM OUTRAS PARTES DO CORPO deles e gastando as balas inutilmente. Fica explícito que essa peculiaridade do personagem, essa falta de raciocínio simples foi pré-fabricada com intenção explícita e funciona incrivelmente bem, você quase morre querendo entrar na tela, pegar a arma e matar os zumbis você mesmo.
[/quote']

 

Seria Terror nas Trevas, do Fulci? Apesar de que não me lembro de ter te indicado e muito menos de você tê-lo assistido. :P
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As mulheres engolem ele' date=' o mundo é destruído, tudo pela força brutal do ser feminino, que o Von Trier detesta, evidentemente. O apocalipse, mais precisamente, e logo em seguida a "homenagem" apocalíptica ao Tarkovski. [/quote']

 

Ou seja, o Von Trier deve ter tido o pinto cortado por uma prostituta enquanto dormia. Cara, isso explicaria tanta coisa...06
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Mas voltando ao assunto.

Eu acho que metáforas' date=' simbolismos e alegorias são artifícios muito válidos dentro do cinema, desde que não sejam o fulcro do filme. Quando todo o restante não te serve pra nada e ficam somente as ligações exteriores, é porque o diabo tá feio mesmo. Celebrar um filme pelo seu poder intelectualmente referencial, quando a experiência em si de assisti-lo é irrelevante, me parece ser uma das maiores tolices nesse nosso meio.

Quanto ao filme em si, eu já me pronunciei anteriomente e não tenho a menor vontade de pensar a respeito mais um tiquinho que seja, mas o Foras foi muito feliz no quinto parágrafo do texto, especialmente quando disse que "é como andar num carro velho com suspensão fudida enquanto uma paisagem de merda trepida pela janela".[/quote']

 

Nunca me canso dessa cena como exemplo:

 

idi-i-smotri-klimov-400.jpg
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Ai ai ai ai ai, hein?

 

Postei sobre AntiCristo dias atrás no "O que Você anda Vendo e Comentando?" e acabei formulando uma frase de que o filme era obrigatório para qualquer mente com capacidade de assimilação no que se diz a cinema experimental e sensitivo. Esclarecendo, não estou afirmando que todos devem gostar de Anticristo e só mentes mais perspicazes apreciarão. Só digo que é uma produção obrigatória, você detestando ou amando. É uma experiência que acho que qualquer cinéfilo que se preze deve se submeter, independente de gostar ou não.

 

 

Partindo do pressuposto e ressaltando essa característica sensorial da produção, Anticristo é como qualquer outra obra de arte: uns apreciam, outros não apreciam. É simples.

 

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Ai ai ai ai ai' date=' hein?

Postei sobre AntiCristo dias atrás no "O que Você anda Vendo e Comentando?" e acabei formulando uma frase de que o filme era obrigatório para qualquer mente com capacidade de assimilação no que se diz a cinema experimental e sensitivo. Esclarecendo, não estou afirmando que todos devem gostar de Anticristo e só mentes mais perspicazes apreciarão. Só digo que é uma produção obrigatória, você detestando ou amando. É uma experiência que acho que qualquer cinéfilo que se preze deve se submeter, independente de gostar ou não.


Partindo do pressuposto e ressaltando essa característica sensorial da produção, Anticristo é como qualquer outra obra de arte: uns apreciam, outros não apreciam. É simples.
[/quote']

Nem li esse teu post no "O que Você anda..", esse lance de capacidade intelectual/etc é o discurso padrão que tá rolando por aí. E não existe essa de filme obrigatório.

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Ai ai ai ai ai' date=' hein?

 

Postei sobre AntiCristo dias atrás no "O que Você anda Vendo e Comentando?" e acabei formulando uma frase de que o filme era obrigatório para qualquer mente com capacidade de assimilação no que se diz a cinema experimental e sensitivo. Esclarecendo, não estou afirmando que todos devem gostar de Anticristo e só mentes mais perspicazes apreciarão. Só digo que é uma produção obrigatória, você detestando ou amando. É uma experiência que acho que qualquer cinéfilo que se preze deve se submeter, independente de gostar ou não.

 

 

Partindo do pressuposto e ressaltando essa característica sensorial da produção, Anticristo é como qualquer outra obra de arte: uns apreciam, outros não apreciam. É simples.

[/quote']

Nem li esse teu post no "O que Você anda..", esse lance de capacidade intelectual/etc é o discurso padrão que tá rolando por aí. E não existe essa de filme obrigatório.

Não existe?

Cidadão Kane é o que, então? Apenas recomendável? (Obs.: Não estou comparando com Anticristo, que fique claro 06)

 

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Opa. Mas aí você já estaria predisposto a não apreciar o filme, claro.

 

Certos filmes são obrigatórios. Entretanto, deve partir de nosso interesse assistir.

 

Por exemplo.. Um dos meus maiores pecados cinematográficos é O Poderoso Chefão. Não assisti. Reconheço: é uma trilogia obrigatória. Todavia, não me desperta interesse, mesmo sabendo que é obrigatório. Um dia, quando a vontade bater, vou assistir.

 

 

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E se não bater a vontade' date=' tu vai perder a carteirinha de cinéfilo?

 

O que eu quero dizer com isso é que assim como gostar ou não de um filme é subjetivo, se interessar ou não por vê-lo também é. Não tem essa de que alguém tem que ver.

 

[/quote']

Lógico que não. 06

 

O que eu estou tentando explicar é que, independente de se interessar por assistir ou não, qualquer um interessado em criar uma bagagem, uma formação de conteúdo cinematográfico deve se submeter a assistir certos filmes. Lógico: a experiência será muito mais proveitosa quando surgir o interesse, mas acredito que devemos assistir certos filmes não só como referência, mas como processo de formação argumentativa até.

 

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