Jump to content
Forum Cinema em Cena

A Dangerous Method, de David Cronenberg


Beckin
 Share

Recommended Posts

  • 8 months later...
  • Replies 53
  • Created
  • Last Reply

Top Posters In This Topic

  • Members

A Dangerous Method | Trailer do novo filme de David Cronenberg acaba de sair

Michael Fassbender, Keira Knightley, Viggo Mortensen e o desejo

A Dangerous Method, o novo filme de David Cronenberg, ganhou o seu primeiro trailer. A edição é uma bagunça, com mudanças de música e tom, mas dá pra ter uma ideia do que esperar. Veja:

A sinopse divulgada pela distribuidora australiana Hopscotch Films - que detém os direitos sobre a peça - dá a entender que o filme se desenvolverá como thriller psicológico: "Uma bela mulher, elouquecida por seu passado. Um ambicioso médico com uma missão de vencer. Um estimado mentor com uma cura revolucionária. Que os jogos mentais comecem...".

A Dangerous Method estará no Festival de Veneza em setembro e ainda não tem data de estreia definida no Brasil.

Este drama psicologico parece meio confuso, mas Cronenberg raro errrar a mão, e tem mais Michael Fassesbender no cinema este ano.
Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...
  • Members
Prime%20foto%20dal%20set
A Dangerous Method

Prime foto dal set


Prime%20foto%20dal%20set%20-%20Viggo%20Mortensen
A Dangerous Method

Prime foto dal set - Viggo Mortensen


Prime%20foto%20dal%20set
A Dangerous Method

Prime foto dal set


Prime%20foto%20dal%20set
A Dangerous Method

Prime foto dal set


Prime%20foto%20dal%20set%20-%20Keira%20Knightley
A Dangerous Method

Prime foto dal set - Keira Knightley


Prime%20foto%20dal%20set
A Dangerous Method

Prime foto dal set


Prime%20foto%20dal%20set%20-%20Michael%20Fassbender
A Dangerous Method

Prime foto dal set - Michael Fassbender


Prime%20foto%20dal%20set
A Dangerous Method

Prime foto dal set


Foto%201
A Dangerous Method

Foto 1


Foto%202
A Dangerous Method

Foto 2


Foto%203
A Dangerous Method

Foto 3


Foto%204
A Dangerous Method

Foto 4


Foto%205
A Dangerous Method

Foto 5


Foto%206
A Dangerous Method

Foto 6


Foto%207
A Dangerous Method

Foto 7


Foto%208
A Dangerous Method

Foto 8


Foto%209
A Dangerous Method

Foto 9


Foto%2010
A Dangerous Method

Foto 10


Foto%2011
A Dangerous Method

Foto 11


Foto%2012
A Dangerous Method

Foto 12


Foto%2013
A Dangerous Method

Foto 13


Foto%2014
A Dangerous Method

Foto 14


Foto%2015
A Dangerous Method

Foto 15




Link to comment
Share on other sites

Não sou dos maiores fãs da Knightley, mas acho que ela melhorou de forma considerável de um tempo pra cá... gostei das atuações da guria em Last Night e em Never Let me Go. Confio no Cronemba pra tirar uma atuação boa dela.

 

E o trailer é bem bom, como já comentei em outros tópicos por aí.

 

Link to comment
Share on other sites

  • 2 weeks later...
  • Members

Eu gostei do poster. Achei bem acabado e valorizou os olhares dos três. To ansioso pelo filme mas só deve vir ano que vem pra cá né? Nos EUA vai ser lançado em Dezembro. Eu gosto da Keira no geral. Tem filmes onde ela tá ótima (Orgulho e Preconceito, Rei Arthur, The Duchess, Piratas)e outros onde está bem fraquinha (Atonement, Never Let me Go, London Boulevard). Não a vejo evoluindo a ponto de se tornar uma grande atriz nem me lembro de uma atuação fodástica dela. Mas parece estar á altura dos outros dois. Se não atrapalhar já tá ótimo. E que bom que Viggo sairá como coadjuvante. Tem mais chances de ser indicado e até de levar a estatueta.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

A Dangerous Method", de David Cronenberg, é aplaudido como favorito ao Leão de Ouro

 

Do%20diretor%20canadense%20David%20Cronenberg%20%28esq.%29,A%20Dangerous%20Method,%20é%20um%20fortíssimo%20candidato%20ao%20Leão%20de%20Ouro.%20O%20ator%20Viggo%20Mortensen%20entrega%20o%20boneco%20do%20Freud%20para%20o%20diretor%20durante%20o%20Festival%20de%20Veneza%20%282/9/11%29%20

Aclamado na coletiva de imprensa de seu novo filme, “A Dangerous Method”, como um fortíssimo candidato ao Leão de Ouro, o diretor canadense David Cronenberg revelou um admirável bom humor. “Este é o 68º festival e eu tenho 68 anos. O filme de abertura se chama ‘Ides of March’ (no Brasil, ‘Tudo pelo Poder’) e março é o mês do meu aniversário”, brincou.

A julgar pelo também muito elogiado “Carnage”, de Roman Polanski, a edição de Veneza 2011 aponta, já nesta reta inicial, um duro duelo para a premiação de atores. Se no filme de Polanski brilharam pesos-pesados como Jodie Foster, Kate Winslet, Christoph Waltz e John C. Reilly, o filme de Cronenberg não ficou atrás, desenvolvendo um intenso drama, com pitadas de ambição, orgulho e até perversão sexual, em torno de um trio de personagens verídicos –dois deles, monstros sagrados da psicanálise, os pioneiros Sigmund Freud (Viggo Mortensen) e Carl Gustav Jung (Michael Fassbender), ao qual se acrescenta uma ex-paciente do segundo, depois psicanalista, Sabina Spielrein (Keira Knightley). Uma mulher que, segundo o filme, teria mais importância do que o registrado pela história oficial no próprio desenvolvimento da psicanálise.

Salto de compreensão
Realizando aqui seu quarto filme de época, Cronenberg destacou ver nesse gênero uma peculiaridade atraente: “Não basta simplesmente filmar os atores nos figurinos. Há uma coisa mágica. Alguns atores têm essa capacidade de, algum modo, se transportarem a um tempo diferente e haver uma verdade nisso”.

Para o diretor, filmar o início do século 20 foi um desafio também porque ele acredita que “os cérebros naquela época eram diferentes. Nossos cérebros mudaram com a tecnologia. Hoje fazer um filme sobre Alexandre o Grande seria extremamente difícil”.

O começo do século 20, para Cronenberg, é uma época em que a humanidade “fez um grande progresso”, mas tinha uma fraqueza. “Os europeus daquele período se achavam muito civilizados e sofisticados. Havia muitas coisas acontecendo e se acreditava que os seres humanos estavam se transformando em anjos. Freud negou isso, afirmando que há coisas que a racionalidade não pode resolver dentro da civilização.Isto na véspera da 1ª Guerra Mundial, que liquidou este sonho. Ele deu um grande salto na compreensão do que é realmente a natureza humana”.

Intérprete de Freud, Viggo Mortensen destacou que sua atração a esta produção veio do fato de poder fugir da mera cinebiografia. “Toda vez que se interpreta um personagem histórico que as pessoas acham que conhecem tão bem, se você não conseguir acrescentar algo mais, não tem a menor graça”. Ele elogiou o diretor por sua coragem de enfrentar dois mitos como Freud e Jung: “Muitos diretores recuariam diante do peso destes dois, especialmente focando no relacionamento deles, em suas falhas humanas, suas diferenças de opinião”.

Baseando-se num roteiro de Christopher Hampton (autor também da peça “The Talking Cure”, uma das fontes da história), Cronenberg disse ter “mudado muito sua visão do cinema”. E explicou como: “Hoje em dia, não filmo mais tanto material e monto bem rápido. O princípio básico é dar a cada filme o que ele quer, porque cada um pede uma coisa. Neste aqui, dediquei-me inteiramente ao script e aos personagens”.

Link to comment
Share on other sites

  • 1 month later...
  • Members

Um Método Perigoso | Crítica

David Cronenberg trata de interlocução, inconsciente coletivo e Holocausto em sua obra mais reflexiva

por: Marcelo Hessel

 

São necessárias duas pessoas para testemunhar o inconsciente.

Essa é uma das bases da psicanálise, a cura pelo diálogo, e é em busca desse diálogo que David Cronenberg está. O diretor que sempre serviu de "testemunha" em seus filmes, observando de cima como o inconsciente se manifesta de forma sexual, violenta e frequentemente deformadora em seus personagens, agora assume uma posição mais neutra - e deixa que os próprios criadores da psicanálise, Carl Jung e Sigmund Freud, observem a si mesmos.

Só por isso já dá pra antever que Um Método Perigoso (A Dangerous Method) é uma criatura atípica dentro da obra de Cronenberg. O cineasta - que enquanto mero observador não estabelecia, de fato, um diálogo com seus personagens - faz aqui um exame mais complexo da natureza humana. É o seu filme mais reflexivo, mas não menos perturbador que obras-primas como A Mosca e Marcas da Violência.

Tanto o livro A Most Dangerous Method, de John Kerr, quanto a peça The Talking Cure, de Christopher Hampton, servem de base para o roteiro. Nele, o jovem suíço Carl Jung (Michael Fassbender) começa a colocar em prática a psicanálise que o austríaco Freud (Viggo Mortensen) havia formulado em teoria. A tese do médico judeu, de que o desejo sexual é o motor do nosso comportamento, é comprovada por Jung em uma das suas primeiras pacientes: a judia russa Sabina Spielrein (Keira Knightley), que se sentia atraída pelos castigos físicos de seu pai.

Estudiosos defendem que Spielrein - que depois de ser paciente de Jung em 1904 e 1905 tornou-se sua assistente, antes de filiar-se a Freud - ajudou a formular o conceito de pulsão de morte, que depois seria atribuído ao austríaco. É essa versão dos fatos que o filme encampa (e que são em boa parte escudados pelas correspondências de Spielrein encontradas nos anos 1970), para colocar Sabina como catalisadora das diferenças entre Jung e Freud.

Um Método Perigoso já seria um filme notável se apenas expusesse as idiossincrasias que terminaram afastando o mentor e seu mais notável pupilo. Freud inveja a riqueza do "ariano" Jung, que por sua vez ressente-se do judeu que não lhe conta um sonho que teve, "porque isso acabaria com a minha autoridade", justifica Freud. Sabina Spielrein, que na superfície é aquela que mais se parece com uma personagem típica de Cronenberg (até o overacting habitual de Keira Knightley vira um lance de autor aqui), com seus "desvios" de comportamento manifestos fisicamente, no fim é a pessoa, dentro do trio, que melhor lida com sua personalidade.

Já seria notável, enfim, por toda essa observação. Mas o que transforma o filme de fato em uma obra desestabilizadora - muito além da simples curiosidade diante dos caprichos dos pais da psicanálise - é o que Cronenberg e o corroteirista Hampton (que adapta o roteiro de forma bastante fiel à sua peça) têm a dizer sobre o Holocausto.

Há referências demais à tragédia do século, ao longo do filme, para que elas sejam ignoradas. Está nos diálogos: "Os anjos falam alemão", diz Jung, enquanto Freud, já absorto em sua preocupação com o antissemitismo, diz a Sabina que fica feliz por ela desistir de seu "príncipe ariano". Está nas situações: a plateia congelada enquanto Jung toca Richard Wagner em um experimento. E, finalmente, está nas entrelinhas: na pulsão de morte da teoria da judia masoquista Sabina e na preocupação de Jung com "um pouco de repressão que seja saudável à sociedade" e com "um ato inominável que permita continuar vivendo".

São referências espalhadas muito pontualmente (em uma narrativa repleta de elipses como a de Um Método Perigoso, toda cena é crucial), e tirar uma conclusão delas exige ver o filme mais de uma vez. O que não há dúvidas é que aqui está em curso aquilo que Freud chamou de "trabalho de luto": transformar o incomunicável em verbo, em uma articulação, para superar o trauma dessa vivência incomunicável - que neste caso seria o Holocausto.

Desequilíbrio de interlocução

Com ou sem essa interpretação (martelada até os créditos finais, que mencionam a Segunda Guerra), o fato é que Cronenberg faz aqui alguns comentários sobre o inconsciente coletivo europeu (o inconsciente coletivo é um conceito junguiano, aliás) e um assombroso estudo de personagens sobre interlocução e o tal testemunho do insconsciente.

Quem melhor analisou a questão da interlocução no filme até agora foi a crítica Amy Taubin na edição de setembro/outubro deste ano da revista FilmComment. Ela defende que a mise en scène econômica de Cronenberg ajuda a expor o desequilíbrio da reciprocidade. Cronenberg usa uma lente grande-angular para destacar ainda mais quem está no primeiro plano e afastar a pessoa que está no segundo plano. Dá pra notar a eficiência desse procedimento nas cenas em que Sabina se consulta com Jung; Knightley e seus olhos esbugalhados ficam mais salientes, enquanto de Fassbender, desfocado no fundo, não conseguimos ver a verdadeira reação.

Esses momentos, em que a interferência do cineasta se dá de forma bastante discreta, a olhos apressados podem parecer desapaixonados, despojados demais. Não se engane: Um Método Perigoso é filme de um autor na maturidade.

Muito animador esta resenha do Omelete
Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

Announcements


×
×
  • Create New...