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Forum Cinema em Cena

O Que Você Anda Vendo e Comentando?


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(108)

Primeira indicação da Tunísia ao Oscar, "O Homem que Vendeu sua Pele" vem ganhando impulso na corrida. Claro, é muito melhor do que "Another Round"! Basta ver os filmes e compará-los em vez de ficar nadando a corrente do hype.

Inspirado em eventos reais do ano de 2008, a diretora e roteirista Kaouther Ben Hania cria a história de um sírio que - como conta o título - vende a pele de suas costas para um artista plástico cultuado fazer nela uma tatuagem. Não posso dizer o que é, pois estragaria a surpresa. Mas essa tatuagem, e ele como pessoa, constituirão então um "objeto de arte" internacional.

Preconceito contra os refugiados, a situação da Síria, O que é arte?, e capitalismo predatório são vários os temas; acoplados eles, infelizmente, a uma paralela história de amor, que só prejudica o filme.

Acho engraçado como em todo os anos há similitudes inesperadas entre os concorrentes. Aqui, o protagonista trabalha como separador de pintinhos em uma granja, assim como o pai em "Minari" (Outra similitude, o espião duplo em "Judas and the Black Messiah" e "The United States vs Billie Holiday"). Achei curioso!

O ator principal ganhou prêmio em Veneza, e ele tem grandes momentos no filme, principalmente nos surpreendentes 15 minutos finais.

Um enredo muito legal, muito pertinente, e inteligente. 

Estranhamente, tem muito inglês. Muito! É falado em árabe e francês também.

O mundo internacional das artes precisa da pele de todo mundo para lucrar.

The Man Who Sold His Skin | BAC Films

 

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(109)

Magnífico curta de Israel, "White Eye" foi indicado ao Oscar de Melhor Curta Live Action, tendo recebido em sua trajetória vários prêmios, inclusive o de Melhor Curta no Festival do Rio de Janeiro.

É um único plano-sequência, brilhantemente bem realizado, intensíssimo. Trata-se de um dilema moral envolvendo a posse de uma bicicleta, que remete ao conhecido conflito salomônico. Um cara que teve sua bicleta roubada a há 1 mês, supostamente a encontra, parada, trancada, em frente a um frigorífico,  aciona a polícia para reavê-la, enquanto tenta se desfazer da corrente. Logo depois, um dos funcionários, um humilde migrante da Eritréia, cego de um olho, daí o título, trabalhador - clandestino - do frigorífico aparece se dizendo o novo dono. Refuta ser um ladrão, e alega ter comprado a bicicleta.

A coisa vai numa escalada, e várias questões sociais aparecem, em meio à discussão. Uma aula de roteiro, e uma aula de câmera na mão. Um final maravilhoso!

Qual o real valor das coisas?

Amei!

21 minutos.

White Eye (2019) - IMDb

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(110)

O islandês "Yes-People", indicado a Melhor Curta de Animação, tem sido em geral muito criticado pelas pessoas, que não entendem o seu humor. Ou até entendem, mas o acham "bobo", ou suficientemente pouco relevante a ponto de ser indicado a um Oscar.

Mostra um grupo de moradores de um prédio, que só dizem sim. O "yes" é a única palavra (com uma única exceção) dita, o que gera situações engraçadinhas, principalmente em situações de negação, de raiva, ou de se expressar uma dificuldade...Vemos então, pelo oposto, a importância da palavra "não"! Em termos de animação, que parece stop-motion, mas não é, vemos que ela precisa se esforçar na expressão dos personagens, ou na intensidade da voz, para compreendermos as situações onde só o "yes" aparece.

O "yes" de ouvir uma música que se gosta, o "yes" ao se provar uma comida, o "yes" de se conformar diante de um novo problema, o "yes" entusiasmado do gozo... 

8 minutos.

Home | GISLI DARRI

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(111)

Compondo a terceira parte da "The Humanitarian Trilogy" do diretor Skye Fitzgerald, "Hunger Ward", é o Curta de Documentário mais difícil de assistir entre os indicados ao Oscar. É a segunda indicação do diretor, que concorreu em 2019 pelo excelente "Lifeboat", que perdeu para o "Period. End of Sentence". O primeiro curta, "50 Feet from Syria", que ficou apenas na shortlist do Oscar. Síria, Líbia, e agora Iêmen. É um cinema para mudar o mundo.

O bloqueio aéreo e naval que a Arábia Saudita impõe ao país, em consonância com Estados Unidos, França, Irã, e outros, está destruindo a economia do país, junto com o desnecessário e suicida conflito armado. As principais vítimas, claro, são as crianças. 

O filme acompanha dois centros de nutrição, instalados um no sul e outro no norte do país, e a luta de uma médica e de uma enfermeira, para tentar salvar os menores da desnutrição infantil. Como era de se esperar, as imagens são chocantes. Os braços das criancinhas parecem gravetos, aliás, são menores do que gravetos. Uma simples injeção é quase uma operação dada as condições delas. As avós e mães ficam desesperadas com a situação de emergência, e ainda acusam os corpos médicos por tudo que acontece. Terrível.

Existes sempre aquelas pessoas que acham que essas são imagens "apelativas", "pornográfica", e essa é uma longa discussão...Mas eu quero elogiar a qualidade das imagens em si. O diretor é também um renomado Fotógrafo. Em determinado momentos, a - acho - enfermeira diz algo como, "o país precisa ir adiante, mas estamos em círculos" (como certos países aí que eu conheço...), e a câmera passa a mostrar imagens de uma lâmina de ventilador de teto, ou imagens de um balanço giratório, coisas circulares...

Como ressalva, acho que a parte final, com textos na tela escura, clamando, apelando para o mundo prestar atenção, bem como explicando a situação política, ficou um pouco grande demais...Quero dizer, poderia-se ter distribuído melhor as informações. Mas o que é isso se compreendemos que o doc foi finalizado durante a crise do Covid-19?

40 minutos.

É cinema para salvar o mundo.

Tendo visto todos os indicados da categoria, meu voto seria para a importância deste "Hunger Ward". 

Hunger Ward (2020) - IMDb

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Come True é um thriller scy-fy que tem uma pegada bem similar á Hora do Pesadelo, The Cell e Donnie Darko, uma vez que sonho e realidade se misturam de tal forma onde é dificil saber o que ta realmente rolando. A estética lembra muito um clipe new wave mas é um filme difícil de digerir, embora apetitoso. A mina que faz a eterna insone manda muito bem, até o desfecho do filme, onde uma reviravolta tenta dar pegadinha no espectador, com algum sucesso, reavaliando tudo o que ate entao foi visto. 8-10

Fantasia 2020: Anthony Scott Burns' COME TRUE Poster | Film Pulse


 

Land é um lindo drama de superacao do luto e transformacao. Junto a tudo isso tem uma pegada outdoor feito Livre e o minimalismo de Nomadlad, tanto que estranhei muito a nao indicacao da ex sra Penn nas premiacoes. Sim, ela carrega este filme nas costas tanto na interpretacao da personagem principal como na direcao. Esquemático, porém sem ser piegas, as paisagens de cartao postal do longa sao apenas a cereja do bolo deste belo filme, onde é impossivel nao segurar as lágrimas ao final. 9-10

Estreia de Robin Wright na direção ganha primeiro trailer - Pipoca Moderna

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(112)

"The Present", indicado a Melhor Curta Live Action. É da diretora e roteirista Farah Nabulsi, também advogada de direitos humanos; uma Palestina nascida em Londres.

Conta a história de um pai e uma filha, palestinos, que precisam ir até "Israel", ou melhor, precisam cruzar um posto do exército israelense, num território ocupado da Cisjordânia, para comprar um presente de aniversário de casamento para a esposa. No entreposto militar, aquele momento de constragimento de verificação de documentos, explicação de motivos, mas isso é só a ida. No caminho de volta, pai e filha precisam atravessar o posto militar carregando o tal presente: um refrigerador! A impossibilidade de serpentear a guarnição com o presente dá lugar a uma tensa discussão.

Há um entrave no cotidiano das pessoas dessa região! Mas a solução, parece dizer a diretora, a solução vem do futuro, da nova geração.

Muito bom, mas um tanto forçado.

23 minutos.

Front Row acquires distribution rights for Farah Nabulsi's 'The Present' -  BroadcastPro ME

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(113)

Maravilhoso Curta de Animação, indicado ao Oscar na categoria, "Opera", do coreano/americano Erick Oh, é de cair o queixo.

É uma pirâmide social. Dentro da pirâmide, acontecem dezenas/centenas de coisas, simultâneamente. Não sei se muita gente vai notar, mas o eixo do filme é na vertical. A câmera vai pra cima e pra baixo, ou vice versa. O filme, portanto, "não passa". 

Na base da pirâmide, há mais gente, há mais fogo, há mais "trabalho", mais gente controlando gente. Nas partes de cima da pirâmide, há menos gente. Há mais misticismos, gente adulando uma figura religiosa. Um rei fica na ponta da pirâmide, perto de uma fechadura, e de uma ampulheta (do tempo do filme). A chave, engraçado, está na base, no primeiro escalão, perto do povo. Mas dependurada. Em dado momento, parece que há uma tentativa para pegá-la.

Isso se nota. Pois nada é falado. Não há uma única palavra. O espectador precisa interpretar as dezenas de movimentos. Há um hospital (?)l e há uma ala jurídica, e uma espécie de universidade (?) nos cantos, mais acima, de onde há trabalho braçal.

Brilhante!

Meu preferido até aqui.

8 minutos.

Erick Oh가 그의 환상적인 새 8K 프로젝트 "Opera"에 대해 이야기합니다.-Cartoni Online

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Liga da Justiça de Zack Snyder

 2021 ‧ Ação/Aventura ‧ 4h 2m

Visto em 3 sessões. Mais por falta de tempo do que por preguiça de ver o filme. Numa época onde as pessoas maratonas séries de 10 episódios de 1 hora cada, não dá para reclamar de um filme de 4 horas. Sempre acho que tem uma história sendo contada ali, mesmo que o filme seja longo. Há limites, claro, como por exemplo, o sonho do Batman no final do filme. Esta cena não acrescenta nada e ainda deixa a possibilidade de dar continuação para a história. O Snyder já sabendo que não há planos para um filme da Liga 2, poderia ter limado o sonho. A cena do Lex Luthor também, bem como o encontro do Batman com o Caçador de Marte. (aqui um Ben Affeck bem mais magro)

Parece outro filme, tem outro tom, aqui há mais desenvolvimento, você entende a motivação do Lobo da Estepe, o visual dele está bom, bem como o uniforme, e ele está ameaçador tbm. O Darkseid tbm está bem ameaçador, o CGI dele é bom. Já o CGI que peca é o do Ciborgue. Aquifica claro a bronca do Ray Fisher com o 
Whedon, pois ele foi limado do filme de 2017. Neste filme o Ciborgue tem muito mais desenvolvimento e mais ação. Ciborgue daria um puta filme solo. 

Um adendo, em CGI, a cena do The flash salvando a Iris West foi muito mal feita, tanto o efeito quanto os movimentos dele...falando em câmera lenta e trilha sonora.

E algumas cenas, a trilha utilizada ficou melhor o filme do Whedon, como na cena onde The Flash toca a caixa materna para "acordar" o Superman. A música tema da Mulher Maravilha eu não curti nesse filme, chegou a incomodar toda hora que tocava.

Quando o Superman volta a ser Superman, ele este o uniforme negro e voa até o espaço, ali eu esperava uma cena mais estendida e épica, foi um grande momento do filme, que foi tratado com muita rapidez.

As cenas de Lois eu não achei desnecessária, uma vez que eles estavam mostrando o luto e construindo a participação dela na cena que o Superman do mal, enfrenta a Liga logo após acordar. Ele acordou de mal humor...rsrsrs.

Dito isso, é um filme muito mais coeso, as cenas de ação são muito boas e com bem menos piadinhas. Uma cena que lustra bem essa mudança no tom do filme é a cena onde o Bruce Wayne vai atras do Aquaman. Como bem disse a Ann Sarnof, presidente da Warner Media,. O Snyder finalizou sua trilogia aqui com Homem de Aço, Batman V Superman e Liga da Justiça 2021. Time To Move On.

 

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(114)

Cumprindo a maratona do Oscar, conferi "The One and Only Ivan", filme da Disney, indicado a Melhores Efeitos Visuais. O principal nome responsável pelos animais computadorizados é Nick Davis, de "The Dark Knight", "Harry Potter", e outros, sendo esta sua segunda indicação ao Oscar, e a primeira de seus colegas.

É um filme bem infantil, baseado em um livro de sucesso, que conta a história, inspirada em um caso real, de um gorila capturado por caçadores, que depois é "domesticado" por uma família, mas seguidamente vira atração de um Shopping, e de um show de variedades.

Eu odeio circo! Lembro-me que em um exame de admissão infantil escrevi contra a prática, e tirei uma noita baixíssima, fora o espanto dos nobres professores e supervisores. Fiquei numa turma "c" (que foi maravilhosa, pra mim, na verdade), mas depois de alguns meses, "subi de sala", como se falava, para a A. É minha histórinha com o circo... Pra mim, quem defende circo, rodeio, vaquejada, e que tais, merece todo o mal cármico de volta em suas vidas. E que o argumento  falacioso da "prática cultural" seja desmontado rapidamente pelas novas gerações. 

Impossível para mim analisar a qualidade dos efeitos. Parecem excelentes, principalmente quando os animais tocam os humanos. Sem ofensas ao trabalho dos envolvidos, mas a sensação geral é de "déjà-vu". Já vimos muitos gorilas, bebês efefantes, cachorros, focas... Não há surpresa.

Um filme correto, que só me emocionou nos créditos, com as imagens reais do gorila...

66 Thoughts I Had While Watching "The One and Only Ivan" on Disney+ -  AllEars.Net

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(115)

Primeiramente, elogiar os cinco selecionados em Curta Live Action, até o pior - e favorito, "The Letter Room" - tem sua graça; os outros quatro são excelentes. Almodóvar de fora? Não fez falta. 

Este "Two Distant Strangers" é excelente, e tem chance de ganhar. Com boa dose de charme, mostra um "dia da marmota" na vida de um jovem negro, que acorda de manhã no apartamento de uma mulher com quem passara uma noite romântica (Ou seja, o dia tinha tudo pra ser ótimo) mas precisa voltar para casa para alimentar o seu cachorro. Toda vez que sai do apartamento, no entanto, é morto por um policial branco. Acordar e morrer, acordar e morrer, acordar e, principalmente, morrer de forma à toa.

O tom de comédia não esconde o objetivo político. Em determinado momento, o sangue escorre do corpo e forma o mapa da África. O certo é que o protagonista tenta de todas as formas escapar do loop, revelando uma Montagem e Trilha Sonoras excelentes, que fazem o filme fluir de uma maneira muito gostosa.

É pra bater palmas para os créditos finais. Mais do que os nomes homenagados, ressaltando a forma estúpida de seus fins.

Amei.

29 minutos.

Tendo visto todos esses trabalhos formidáveis, meu voto seria no incrível "White Eye".

Two Distant Strangers (2020) - IMDb

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(116)

Apesar de seu brilhante cinema, a Romênia nunca tinha sido indicada ao Oscar. O documentário "Collective" desvirginou o país, duplamente, pois disputa a estatueta de Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário, seguindo a tendência iniciada ano passado por "Honeyland".

É ótimo realmente, e guarda muitas semelhanças com o Brasil. Impossível não associarmos certas questões. Primeiro, o doc começa com uma boite cujo incêndio matou dezenas de pessoas, já que irresponsavelmente não contava com saídas de emergência. A boite Kiss deles. Acontece que os feridos levados para os hospitais começaram a morrer em maior quantidade do que os que faleceram no local. Um jornal - esportivo - começa a investigar as razões, e depara com um tremendo caso de corrupção, histórica ingerência política nos hospitais, má formação do corpo profissional, e tudo...

Porém, devo ser sincero, o doc tem quase uma divisão ao meio. A primeira parte foca na investigação jornalística, a segunda parte foca no trabalho do jovem novo ministro da Saúde, que vai tentar dar um jeito na situação. A primeira hora é incrível; a segunda parte é menos efetiva, talvez porque ficamos com o pé atrás de todo político romeno que aparece....É estranha a posição deste novo Ministro. Ele parece calmo, mas impotente; parece bem-intencionado, técnico, compra algumas brigas, mas não é eficiente...

O certo é que o doc dá uma caída. As pessoas só querem louvar o trabalho de Alexander Nanau, mas eu não entendo por que o roteiro "abandonou" os jornalistas do começo do filme.

Para mim, fica claro como a influência política destrói todos os ambientes. Somente um Estado menor, técnico, baseado em carreiras, pode se recuperar, se autocorrigir quando erra. Quanto menos poder político em tudo, melhor.

Talvez ganhe Documentário, heim?

Colectiv - 25 de Setembro de 2020 | Filmow

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(117)

Encerro a categoria de Curta de Animação, com o francês "Genius Loci", o mais surreal entre todos os indicados ao Oscar. Tem muito de Arte Moderna no traço, desde Cézanne a Kandinsky, mas, gente, é uma loucura, uma viagem alucinatória, de uma empregada negra.

A sinapse diz que é a saída noturna dessa pessoa solitária pelo caos da cidade. Então tá. O título deve querer dizer muito também. Uma expressão italiana para "singularidade", para se referir àquilo que torna um lugar especial.  Olha, diferentão é, com certeza.

Apesar de premiado, em Annecy e em Berlim, não gostei.

Tendo visto todos os indicados, meu voto iria para o maravilhoso "Opera".

Genius Loci

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(118)

Indicado ao Oscar de Melhor Som, "Greyhound: Na Mira do Inimigo" é a adaptação de um livro, feita pelo próprio Tom Hanks (sim, além de atuar, é o roteirista), que conta um episódio real da chamada Batalha do Atlântico, durante a Segunda Guerra Mundial, na qual estima-se que mais de 70 mil pessoas tenham perdido a vida (Calculem: Pouco mais de um mês de pandemia no Brasil), em confrontos entre os submarinos alemães e frotas dos aliados, e navios mercantes.

Existia um ponto no oceano, onde os navios dos aliados com destino à Inglaterra ficavam desguarnecidos de proteção aérea e entravam facilmente, como diz o título, na mira do inimigo. O filme de Aaron Schneider é muito bom enquanto ação, com muitas cenas maneiras de batalhas, explosões, artilharia naval, torpedos, etc, embora eu tenha sentido falta de um contraponto (não em termos de história) dos alemães, pois só em uma cena, mais para o final, vemos o ponto de vista alemão, a reação aos ataques aliados. Faltou essa ginga, de passar a ação para o outro lado...

O Som é de responsabilidade de alguns caras pela primeira vez nomeados, mas capitaneado pelo veterano da Mixagem de Som, Michael Minkler, com seus três Oscars ("Falcão Negro em Perigo", "Chicago", "Dreamgirls") e carradas de indicações...Gostaria de saber avaliar tecnicamente, mas creio que deve ter sido difícil aliar tantas explosões, com som das ondas, gritos, sonar, e uma sempre presente Trilha Sonora.

Agora, esse filme tem um assunto e um único personagem, o capitão, do Hanks. Porque não existem mais "pessoas". São apenas funções, sem interações maiores, sem profundidades. Deu pena ver Elizabeth Shue, envelhecida, fazendo a função da "noiva/namorada", com poucas falas, e nenhum trabalho emocional. Assim é com todos os demais personagens. É incrível como depois de tanto movimento feminista continuam a oferecer esses papeis para as atrizes...Não entederam nada!

Tom Hanks fazendo o papel de Tom Hanks, um novo James Stewart, mas aqui mais para Gregory Peck. O mocinho da América.

Tendo visto todos os indicados; e saudando o retorno das Animações, depois de mais de 10 anos, à categoria; meu voto iria sem pestenejar para "Sound of Metal".

Greyhound: Na Mira do Inimigo - 10 de Julho de 2020 | Filmow

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Saint Frances é uma divertida comédia dramática indie nos moldes de Bridget Jones, mas que vai além. Fora o tom cômico o longa aborda com delicadeza impar temas densos como aborto, depressao e religiosidade num casal lésbico. O filme é enxuto e as atuacoes sao todas fantásticas, onde a crianca adotada é um achado e atrizinha a ser seguida em futuros projetos. Fora isso, ótima matinezona com moraleja básica no final.. atente pra fantástica e linda cena no confessionário. 9-10

Saint Frances (Alex Thompson) 2020 Poster 12"x18": Amazon.ca: Home & Kitchen


 

Felicita é outra razoável comédia dramática, desta vez francesa, que tem um inicio muito bom mas depois vi se perdendo em temas que se cruzam e descruzam, sem definir seu tom. Vira road movie e depois desvira..manja...nao decide o rumo a tomar, a despeito das ótimas atuacoes do trio protagonista principal. A trilha sonora é muito gostosa de ouvir (tem até o titulo do filme!) e relata os estados de ânimo da galera, fora isso.. fica a sensacao do que poderia ter sido e deixou de sê-lo, em termos de filmes sobre familias disfuncionais patetas. 8-10

Felicità de Bruno Merle (2019) - UniFrance

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(119)

Ao avaliar quem vai ganhar a estatueta do Oscar em categorias técnicas convém pensar em "Mais" em vez de "Melhor". "Pinóquio", indicado surpreendemente em Melhor Figurino, tem muitas peças chamativas, mas penso que essa indicação deveu-se a bela roupa do boneco, em um vermelho-perigo excelente, e um chapéu tricorne, chamando atenção para uma época mais antiga. Nesse sentido, apesar de excelente, o Figurino do italiano Massimo Cantini Parrini, é "menos". O que é diferente com a Maquiagem, a outra indicação do filme.

E aí é "Mais". Puro "mais". Trabalho de Mark Coulier (duas estatuetas já, por "The Iron Lady", e "O Grande Hotel Budapeste") e duas colaboradoras italianas de Matteo Garrone, em suas primeiras indicações. Gente...O NARIZ CRESCIDO É MAQUIAGEM! É incrível! As pessoas estão advogando a tese que "Ma Rainey`s Black Bottom" vai levar o prêmio da categoria, mas eu tenho dúvidas...Olha, não viram "Pinóquio". Todas as demais criaturas são simbioticamente homens e animais. Não há animação. Desde o atum dentro da baleia, ao macaco-juiz, e assim vai...Um trabalho formidável! O próprio Pinóquio é incrível.

Eu falei do nariz porque virou a imagem mais forte da história, um feito da adaptação Disney dos anos 1940. Mas essa adaptação aqui segue o texto original, e o nariz só cresce uma única vez. Mais do que isso, o filme quis corajosamente ser tão fiel ao texto original, que ficamos até espantados com certas desconexões de lógica, ou assustados pelo lado sombrio da criação.

Um filme que se recusa a ser palatável. Recusa a animação doce. E mostra a Itália paupérrima, onde os adultos mentem (sem o nariz crescer, sem serem, portanto, identificados), exploram crianças, abusam da inocência.

Roberto Benigni está soberbo como Geppetto. É maravilhoso como ele entendeu profundamente o personagem. Um criador sem criatura, sem nada. 

Gostei muito.

Tendo visto todos os indicados em Figurino, meu voto seria para Ann Roth por "Ma Rainey`s Black Bottom".

Tendo visto todos os indicados em Maquiagem e Cabelo, meu voto iria para "Pinóquio".

Pinóquio poster - Foto 64 - AdoroCinema

 

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(120)

A Netflix disponibilzou recentemente "Viajo porque preciso, Volto porque te amo", e eu não resisti, acabei revendo. Queria reeencontrar a Pati, naquele momente incrível quando o cineasta (ou, no caso, os cineastas), descobrem, por acaso, um personagem da vida real. Que coisa mágica é o cinema!

Karim Aïnouz e Marcelo Gomes, codirigem, e escreveram juntos o roteiro, desse filme excelente, mistura de road movie e documentário. Ambos vinham de viagens de viagens pelo sertão, nas obras-primas ,"O Céu de Suely" do cerarense, e "Cinema, Aspirinas e Urubus", do Pernambucano. O certo é que grande parte das imagens são do arquivo da filmagem de "O Céu de Suely", e foram alinhavadas para um novo projeto, esse diário de viagem de um geológo, que nunca vemos, só ouvimos a voz, de Irandhir Santos.

A Fotografia é em 16mm, em super-8, e até em slides...Parece um registro de época, mesmo, tal qual um diário de expedição antigo. E nele, divagações amorosas, de saudade, um amor que está distante, e depois sabemos, distante não pela viagens a trabalho, mas por um abandono.

Eu amo a proposta de ir e ver in loco o que é o sertão do Ceará, o que é um projeto de um canal de águas, por ir ver quem mora nos vilarejos a serem desapropriados, por ir registrar o rosto dessas pessoas. Talvez muita gente não saiba mas o sertão nordestino é a área semiárida mais povoada do planeta. Não ligamos muito para o que se passa lá. Acho absurdo. Este filme é de 2009, e hoje, em 2021, é que as águas do eixo norte da transposição estão chegando ao Castanhão. Ninguém liga.

Mas o ponto alto do filme é quando, inesperadamente, sem pedir desculpas aos deuses do cinema, há um intervalo da ficção, e, por instantes, o filme vir documentário, para entrevistar uma prostituta - Pati - que faz poesia com as palavras sinceras, desejando ser feliz no amor, desejando uma "vida-lazer". Os poetas brasileiros morrem de inveja dessa prostituta por ter imaginado tão feliz ideia! Em outro instante de doc, encontramos um lavrador (?) que canta Noel Rosa, "Último Desejo", naquele estilo grandiloquente de Nelson Gonçalves.

Que filme esplêndido! A cultura brasileira é forte demais! Por que sobrepô-la por qualquer outra? Só se não a conhecermos...

Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo poster - Foto 3 - AdoroCinema

 

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The Burnt Orange Heresy é um razoável thriller de suspense sobre o mercado de arte clandestino, etc e tal.. É em esquemático naquilo que se propoe, que por sinal beira o genérico (mesmo com sua puxadinha noir), mas o melhor mesmo sao as performances isoladas de seu elenco de luxo, inclusive do Jagger e Sutherland, em seus breves momentos de tela. No entanto, era um filme que deveria ser mais exigente em seu roteiro que nao soube ser melhor aproveitado e o filme, mal realizado. 8-10

Burnt Orange Heresy - Laemmle.com


 

The Father é um bom drama sobre a demência, tema recorrente em várias producoes recentes. No entanto, o grande diferencial dele é que ele é feito sob o ponto de vista do doente e, ponto positivo, ainda mais quando ele é magistralmente interpretado pelo Hopkins. A mistura de realidade e ilusao, a confusao mental do protagonista é muito bem ilustrada em tela devido ao excelente trabalho de montagem. O desfecho amargo apenas serve como cereja do bolo deste filme lindo, porém melancólico. Ah, a Olivia Colman tambem ta muito bem como a filha do protagonista. 8.5-10

Assistir The Father Legendado Online | Filmes e Séries Online

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(121)

Finalmente assisti ao candidato nacional ao Oscar, o documentário "Babenco: Alguém tem que Ouvir o Coração e dizer Parou". Subitítulo longo, desagradável, mas que obscuramente aponta para o "Alguém", e o alguém é a diretora, esposa do cineasta, Bárbara Paz. Ela que ficou até o fim do diretor.

Há anos tenho escrito que não gosto muito de documentários de "ilha de edição", muito ancorados em arquivos. E aqui é um caso extremo. Além de ancorados em imagens de arquivo familiar, ancora-se em imagens de vários bons filmes do diretor. Muitas cenas mesmo. Seja a cena da amamentação em "Pixote", sejam cenas de "O Beijo da Mulher Aranha", sejam cenas de Meryl Streep e Jack Nicholson no pouco lembrado "Ironweed" - indiretamente mostrando o traquejo com os grandes astros nos anos 1980...Mas não é só eu que não gosto desse tipo de documentário, mas o próprio "branch" de documentaristas da Academia não gosta. Foi um uso excessivo. Jamais seria indicado na categoria.  Talvez em Filme Internacional, mas em Documentário, nunca, jamais.

As pessoas elogiam a Bárbara (gosto dela!) pela coragem de filmar a relação ao seu final, mas, quando se vê o doc, fica-se com a impressão que ela não mostrou muito - pelo contrário. Foi bem respeitosa, respeitosa demais com a condição. A melhor cena é Hector na cama do hospital confuso com o tempo e o espaço. Se o documentário fosse mais disso, desse momento de dor, sem sentimentalismo, sem "educação", se fosse mais franqueza menos nobreza, eu teria gostado mais.

Os poucos momentos de câmera na mão são amadores. Muito desfocamento, muita trepidação. 

É um doc bonzinho, mas nada demais. Foi premiado em Veneza, e em outros lugares. Mas faltou linguagem de cinema, embora tenha muito cinema. Cinema até demais.

Não o teria indicado como candidato.

Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer Parou (2019)

 

 

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(122)

"The Father", ou como brincamos para fugir do título bobo, "Painho", originalmente é uma peça, mas é tão bem adaptada que parece genuinamente um texto para o cinema. Tudo flui. A montagem de Yorgos Lamprinos é estupenda, nos faz sentir a confusão mental, sem joguinhos com cortes rápidos. Meu voto iria para ele. Não sei também como o francês Florian Zeller não está indicado em Direção no Oscar, por seu trabalho de estreia. 

Olivia Colman está excelente, como habitual, dando um toque de humor ou de ternura a cada frase. Muito legal ver a indicação do filme em Design de Produção, mostrando que trabalhos contemporâneos podem ser dignos de reconhecimento; Peter Francis, primeira indicação.

O filme contudo é de Anthony Hopkins! O que é essa cena final?  Puta que pariu! Um monstro. Mas durante todo o filme ele consegue expressar constragimento, vergonha, orgulho, confusão, com esse texto sublime...

Um filme excepcional! Meu segundo preferido na temporada.

Tendo visto agora todos os concorrentes indicados em Best Picture, meu voto iria para "Nomadland".

Tendo visto agora todos os indicados a Melhor Design de Produção, meu voto iria para Donald Grant Bur por "Mank".

Tendo visto agora todas os indicados a Melhor Montagem, meu voto iria para Yorgos Lamprinos em "The Father".

Tendo visto agora todos os indicados a Melhor Roteiro Adaptado, meu voto iria para Florian Zeller e Christopher Hampton por "The Father".

Tendo visto agora todas as indicadas a Melhor Atriz Coadjuvante, meu voto iria para Yuh-jung Youn por "Minari".

Tendo visto agora todos os indicados a Melhor Ator, neste ano de performances excelentes na categoria, meu voto iria para Sir. Anthony Hopkins por "The Father".

The Father (2020) - IMDb

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(123)

"O Agente Duplo" é um documentário chileno que representava o país no Oscar, como candidato a Filme Internacional, mas acabou sendo indicado apenas em Documentário. 

Um velhinho de 83 anos, meu xará, é contratado como espião para averiguar como a mãe de uma (suposta) cliente está sendo tratada, com abusos ou não, em uma casa de repouso. Se o filme começa com um clima "A Pantera Cor-de-Rosa", com um detetive ensinando-o a mexer com os dispositivos tecnológicos; depois mostra-se uma perspicaz forma de análise da solidão e abandono dos internos da terceira-idade.

Como linguagem de cinema, é bem legal. O documentarista é um espião, mas aqui temos algo ao quadrado, a câmera que espiona o espião. E percebemos que na verdade o motivo da presença dele é uma ficcionalização, uma artimanha de roteiro.

Tem muitos momentos bem simpáticos, impossíveis de não gostar. E os últimos 5 minutos são bem emocionantes.

Maite Alberdi, primeira indicação.

Tendo visto todos os ótimos indicados na categoria, meu voto iria para "Professor Polvo".

El Agente Topo' revela trailer inédito y fija estreno premium -

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Godzilla vs Kong é um divertido e acerebrado filme pipoca que realmente cumpre o que promete: porradaria em cgi em grande estilo! Infinitamente melhor que os dois últimos Godzillas e o último Kong (mas ainda inferior ao filme do Peter Jackson), este aqui tem um roteiro bizonho (e daí?) que é apenas desculpa pra colocar os bichoes em 4 confrontos colossais, onde o elenco humano é só coadjuvante, menos mal. As sequencias de porradaria sao muito bem feitas, com destaque aos quase 10min na cena do porta-avioes e a do final, em Hong Kong. Aqui eles deram uma nerfada no lagartao pra equipará-lo ao macaco, mas nada que comprometa a diversao. Muito bem feito tecnicamente, é o mais legal dos recentes confrontos do cinema, tipo Alien vs Predator, Freddy vs Jason e Batman vs Superman. O desfecho é bem nhééé (sim, a pelega tem um vencedor!?) mas até lá valeu pela pancadaria. Outra, a duracao de 2hrs é enxuta e sem enrolacao nenhuma, feito SnyderCut. Agora meu desejo é assisti-lo na telona (se a situacao estiver melhor até lá), pois é daqueles filmes que merecem obrigatoriamente ser vistos em grande estilo. PS: nao há cena pós-crédito!  9-10

Godzilla vs. Kong | Filme ganha novo pôster; primeiro trailer será lançado  neste domingo - Cinema com Rapadura


 

Archenemy é um razoável thriller scy-fy que tenta dar uma nova visao aos batidos filmes de super-herói, tocando temas relevantes geralmente negligenciados pela maioria, mas fica só na boa intencao. Sim, a premissa é bem legal mas o filme é mal executado nesse sentido, parece filme de baixo orcamento. Resta a bacana estética oitentista, a violência gostosa tipo Kick-Ass, as intervencoes em animacao/HQ e a bacanuda atuacao do Joe "Exterminador" Manganielo, no papel do herói deslocado do seu tempo. É uma opcao despretensiosa aos ja batidos filmes da Marvel e DC, mas ja ciente de que ela nao é perfeita. Valeu mesmo pela tentativa. 8-10

DOWNLOAD SUBTITLE: Archenemy (2020) | SubTitlesJam

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(124)

Por muito tempo, esteve entre os meus 5 selecionados na categoria de Curta Live Action, mas felizmente o retirei nas semanas finais. Vi "Da Yie" cair na atenção global, frente aos incríveis curtas deste ano. Este curta ganense é uma espécie de "Cidade de Deus" com "Moonlight".

Começa com duas crianças da periferia de Gana perseguindo galinhas por entre as vielas, jogando futebol, e depois, ao encontrar um homem mais velho (traficante de drogas, ou de órgãos, ou de crianças, nunca se sabe) - brincam com uma câmera dele, e os três desenvolvem uma amizade, que os levarão à costa do país...

Tudo é extremamente bem fotografado, com belas imagens do litoral, mas falta enredo, e sobram referências. Qual o assunto? A infância estar à mercê da violência, perto demais dela? Ok. É uma opinião, não é um enredo.

Não diz a que veio. Não entendi o hype.

20 minutos.

Da Yie - 2019 | Filmow

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(125)

Candidato da Itália ao Oscar, o documentário "Notturno" tentou estrategicamente vaga nas duas categorias, Filme Internacional e a específica, assim como o Brasil, e o Chile, mas só a Romênia conseguiu. Subscreveram-no com base no nome de seu diretor Gianfranco Rosi, que tinha sido indicado em 2017 pelo excelente "Fire at Sea". 

Ainda bem que nos primeiros segundos há uma microexplicação, sobre a perseguição às minorias religiosas na região do Curdistão, entre Turquia, iraque, Síria, e Líbano. Porém, creio que para a grande maioria dos espectadores será uma explciação insuficiente. Não se fala quem são os Yazidis, por que são perseguidos, o que professam, se são monoteístas, por que moram naquele específico território. Eu tive de dar um Google. Não é que eu espere didatismo, mas quem é que sabe a respeito dos pormenores dessa religião?

O doc opta por mostrar a vida cotidiano dos atingidos pela guerra contra o Estado Islâmico. Mostra silenciosamente as cidades à noite, sem vida, sem economia, sem nada. Mostra as mulheres chorando as perdas de seus filhos, mostra mães tentando pagar o resgate em dólar de suas filhas feitas de escravas, mostra as crianças recebendo tratamento psicológico para se curarem das atrocidades que presenciaram, sendo isso a melhor parte do doc. Uma criança descreve como o Estado Islâmico forçou os capturados a COMEREM AS CABEÇAS dos mortos.

O doc quase não tem diálogos, como se a dor fosse grande demais. É tão silencioso, que em uma hora pensei que estava com problemas de som. Essa característica torna o doc, infelizmente, muito chato.

Um tema muito importante, muito drástico, mas que é difícilímo de ver, dado o seu estilismo, dado o seu formato.

Notturno

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The Stylist é um razoável thriller de terror sobre uma cabeleireira serial killer...sim, isso mesmo! Pior que a diretora ja foi cabeleireira e entende bem de madeixas.. É legal e a protagonista manda bem no papel principal deste filme que é mais um estudo de personagem e sobre carência afetiva. O problema é que seu plot vem de um curta e o filme todo parece piada esticada até o talo, havendo muita enxecao de linguica na metragem. Dá pra ver mas poderia ser bem melhor e mais cativante, porque parece teatro filmado. 7.5-10

Najarra Townsend (@Najarra) | Twitter


 

Chaos Walking é uma scy-fy fraquinha de doer... Imagina um baita dum elenco, uma baita producao e uma baita premissa desperdicadas...isso tudo é este filme. Meu, o filme nao emplaca e a capacidade de ler pensamentos dá pano pra muita manga, mas o filme é mal montado, nao ha tensao e resulta tudo muito genérico...até o bom vilao é desperdicao, interpretado pelo Hanibal Lecter. Pior ainda ver que este filme é dirigido pelo mesmo cara que fez Bourne e Limite do Amanha.. mas este filme é dose mesmo de engolir. O Teioso e a Rey bem que se empenham, mas nao rola nao. Dos blockbusters Kong vs Godzilla é o melhor até agora! 7-10

Confira o pôster de Chaos Walking, filme com Tom Holland e Daisy Ridley

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(126)

O maior choque dos indicados ao Oscar pela ausência, foi, sem dúvida, "The Human Voice", de Pedro Almodóvar, fora dos cinco selecionados em  Curta Live Action. Era pule de dez pra ganhar, pelo nome do diretor, por ter Tilda Swinton no elenco, por ter sido exibido em Veneza...

Mas ficou de fora. É a adaptação do texto teatral de 1930 do francês Jean Cocteau, que já teve diversas montagens célebres, por ser um texto curto, considerado um amoral monólogo feminino: sucintamente, uma mulher ao telefone, desesperada pelo afastamento do amante. Será que os dias de hoje, de neofeminismo militante, foram a melhor época para ele ter filmado esse curta?

Como vi "A Lei do Desejo" recentemente, tenho fresco na memória que esse desejo por filmar a peça era antigo. Naquele filme, há a encenação da peça, por pelo menos alguns instantes. Agora, em 27 minutos, com uma atriz fora de série, ele cumpre mais demoradamente o desejo. Embora, em verdade, seja um repeteco.

É meio "Dogville", pois vemos que o apartamento é um cenário de madeira, que inclusive Tilda anda por fora dele...Mas as cores do apartamento, e seu design, são incríveis, bem Almodóvar, fazendo-nos pensar que a decoração é a melhor coisa do curta. Aliás, adorei ver vários livros e filmes da minha biblioteca decorando as estantes do curta: desde "Uma Vida Pequena", de Hanya Yanagihara, ou livros do Truman Capote, e Alice Munro; bem como dvds de "Kill Bill" e "Trama Fantasma". Pelas estantes comunicáveis, devo ser tão louco quanto a personagem...

Infelizmente, não há nada de novo quanto à encenação do texto. Não é um grande curta.

CINEMA 505 on Twitter: "Pôster de 'The Human Voice', novo curta-metragem de  Pedro Almodóvar, protagonizado por Tilda Swinton.… "

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