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(87)

"Kapaemahu" está pré-selecionado ao Oscar de Curta de Animação, e desde sempre foi tido como um dos virtuais 5 indicados. Com uma abordagem mítica, conta a história de seres espirituais - masculinos/femininos, como ressalta - que passarão segredos de cura para os habitantes originários do Pacífico, que se instalarão no Hawai, mais precisamente em Waikiki Beach. Esses segredos de cura ficarão escondidos em grandes pedras deslocadas por aqueles povos para a praia.

Na segunda metade do curta, mostra-se como a evolução dos séculos fizeram as pessoas esquecerem-se desses ensinamentos, possibilitando que as pedras fossem deslocadadas, negligenciadas, soterradas...Enfim, é um curta sobre como nós desvalorizamos o passado, desvalorizamos os ensinamentos, a memória, os aprendizados seculares, até mesmo nossos monumentos...Mesmo que eles guardem um valor imortal.

Muito bonito como desenho, colorido como um por do sol, e, narrativamente, todo narrado em alguma língua nativa das ilhas do Pacífico.

Gostei muito.

8 minutos.

Kapaemahu Trailer on Vimeo

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Bajocero é um thrillerzaço espanhol da Netflix que a muito nao via. Imagina um Con Air - Rota de Fuga e Velocidade Máxima mais realista e com reviravolta no final. É isso! Tem masculinidade, tem porrada, tem gore, tem isso e tem aquilo.. Na boa, o cinema espanhol, ta numa era de ouro desse tpo de filme. Nao copiam trejeitos gringos e colocam o tempero catalao em suas historias e isso soa bem original. Os atores todos se encaixam perfeitamente nessa bodega pois sabem manter o interesse por eles mesmo, isso num filme que precisa manter a tensao todo tempo é primordial. O filme vai na peada gato e rato, mas nos finalmentes flerta com Seven de uma forma que vai deixar a galera meio abobalhada, no mau e bom sentido, mas o conjunto todo se salva pelo que fez ate entao. 9-10

Tele Bajo Cero
 

 

Príncipe em Nova York 2 é uma sequência fraquinha, fraquinha do razoável filme de 88, do qual nao sou muito fa. Dá pro gasto mas tudo parece piada esticada até o talo, onde os personagens do original sao simplesmente jogados aí pra efeito nostálgico e mais nada. Outra, este filme deu a impressao do original ficar meio datado, nao sei se foi efeito (ou defeito) da má direcao ou o filme é datado mesmo! Na boa, tudo soa artificial nesse filme e esse é o problema, parece esquete teatral emendada com outra. O bom Eddie Murphy até se empenha refazendo trocentos papéis mas nao dá, faz falta o John Landis na direcao. O melhorzinho nessa zueira é o Wesley Snipes que parece se divertir em seu papel..mas o conjunto todo realmente deixa a desejar. 6-10

Um príncipe em Nova York 2' ganha novo cartaz com o elenco; confira

 

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(88)

Terminei de ler "A Fazenda dos Animais", rebatismo de "A Revolução dos Bichos". Procurei então sua repercussão no cinema, e nesta manhã assisti ao filme de 1999, feito para a tevê, pelo inglês John Stephenson, mais um criador de efeitos especiais do que um diretor de cinema. Não curti muito.

É nítido que tentaram replicar o sucesso de "Babe", de 1995, de alguns anos antes. Tanto que, num grave defeito, infantilizaram a obra consagrada de George Orwell. Não tenho tantos problemas assim com a fidelidade não ser estricta (mudaram o finalzinho, por exemplo), tenho mais com o tom político ter sido um pouco esvaziado. 

Os efeitos especiais em alguns momentos pareceram apenas bizarros, como os porcos descendo as escadas...

Impressionante como esse texto, ou esses personagens, podem servir como alegorias de qualquer governante, de que ideologia for (as ovelhas aqui são caracterizações perfeitas dos atuais semoventes brasileiros), ainda que sua intenção primeira fosse caracterizar os descaminhos da União Soviética.

A Revolução dos Bichos - 1999 | Filmow

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(89)

Candidato da Rússia ao Oscar de Melhor Filme Internacional, "Dear Comrades!", de Andrei Konchalovsky, é muito bom filme. Eu estava amando a primeira hora, mas a segunda...

Drama histórico, conta a história de um massacre ocorrido em 1962, com o governo soviético sufocando um protesto de trabalhadores, e depois encobrindo o massacre, seja cobrindo de asfalto as marcas de sangue das ruas, seja escondendo os corpos, ou prendendo as testemunhas do que se passara. O povo protestava contra o reajuste de preços que a economia planificada não conseguia mais segurar ( A propósito, muita gente ainda acredita em controle de preços, seja dos alimentos, seja dos combustíveis. Esse controle nunca deu certo, nem nunca dará, pois a inflação é sempre, e em todo lugar, um fenômeno monetário! Quando governos gastam em excesso, a moeda se desvaloriza. Simples assim. Estamos vendo isso atualmente no Brasil. Mas as pessoas preferem culpar fantasmas, como "a ganância dos empresários", "especuladores internacionais", ou outro vilão caricatural). KGB e Exército então se unem para rechaçá-los, em meio a discórdias de como proceder.

O filme tem um cuidado todo especial com sua parte visual. Figurino, cenários, locação, a Fotografia a preto e branco, a razão de aspecto diferenciada, tudo é lindo e convincente. Mas o problema do filme é que o clímax acontece no meio! Depois há apenas um exaurimento da ideia principal. 

Mesmo com esse problema narrativo, por enquanto é o melhor dos filmes semifinalistas da categoria.

Dear Comrades (2020) - IMDb

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(90)

"Raya e o Último Dragão" é a nova animação da Disney, que é um pot-pourri de várias ideias que estão sistematicamente dando certo no campo infantil: uma protagonista mulher, empreendendo uma "jornada do herói", atrás de algo mágico, que vai unir o seu povo, espantar o mal...Acompanhada, claro, de um animalzinho coadjuvante fofo, executando lutas marciais, e, de quebra, enviando alguma mensagem social/ecológica.

No campo das ideias, portanto, não há nada de novo. A fórmula está pronta há algum tempo.

Tem me chamando a atenção, contudo, a rapidez das etapas de ação. Já tenho notado isso desde outros filmes, mas aqui não há muita perda de tempo. Aos outros personagens que aparecerem no caminho, dedica-se também pouquíssimo tempo, ou simplesmente não são explorados. Apenas estão lá.

Agora a parte técnica é um primor, uma perfeição. A água em redemoinho dos rios, os cabelos dos personagens, as penugens dos animais, os rostos humanos...Sério, talvez seja um dos filmes mais perfeitos da Disney! 

Trilha sonora linda do incansável James Newton Howard.

É do diretor Don Hall, vencedor do Oscar por "Big Hero 6"; e de Carlos López Estrada.

Raya e o Último Dragão poster - Foto 2 - AdoroCinema

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(91)

"Do Not Split" é um dos candidatos ao Oscar de Melhor Curta de Documentário. Acompanha os protestos de estudantes em Hong Kong contra o avanço das medidas antidemocráticas da China Continental e a favor de eleições diretas, desde meados de 2019 até a "pausa" que eles foram obrigados a dar em 2020.

Se as pessoas ficam impressionadas pelas cenas de enfrentamento entre polícia e estudantes, com aquelas cenas habituais de coquetel-molotov, pedras, fogo, e tal. Eu fiquei, pessoalmente, mais impressionado com o efeito da pandemia nos primeiros meses do ano de 2020.

Os políticos, como sempre, aproveitaram a necessária calmaria, para aprovarem uma Lei Marcial e introduzi-la na cidade - agora sem resistência, sem contraface. É o que vemos no Brasil, também, neste lamentável dia de hoje, em que simplesmente as pessoas não podem sair às ruas e protestar. Os políticos sempre se protegem. Seja em que lugar do mundo for. Eles nunca perdem!

Em termos cinematográficos, é um curta, digamos, "normal". Ainda que seja do jeito que eu goste, com a captura do 'tema" ao vivo, sem ferramentas de "memória", sem ilhas de edição, não é um curta particularmente especial. Está do lado dos estudantes, mostra a coragem deles, mostra a renúncia aos objetivos de vida, registra arbitrariedades, mas não tem aquele "pulo do gato", aquela força interior. 

Apesar do tema importante, tenho dúvidas se chega entre os 5. 

36 minutos.

Do Not Split: Sound Design & Mix for Field of Vision | Flavorlab

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(92)

Lockdown, por aqui. Mas confesso que, assim como Cazuza, ando tô tão down com tudo, que nem por isso vou aproveitar para ver mais filmes. 

Mas o candidato de Israel ao Oscar, inexplicavelmente desqualificado das semifinais, é um dos que valem a pena ver na temporada. Mais pela progressismo da trama, ou seja, pelo porgressismo de seu roteiro, do que por qualquer outra virtude cinematográfica.

Uma mãe enfermeira, de trinta e cinco anos, que tem uma filha adolescente - portanto foi mãe jovem - é supercabeça aberta com a filha. As duas têm um relacionamento franco, aberto, sem preconceitos. A filha está na fase dos primeiros encontros sexuais, e deseja perder a virgindade, porém descobre que padece de Esclerose Lateral Amiotrófica, de rápida progressão. A mãe então, além de cuidar dela, procurará também alguém para desvirginar a filha, tentando preservar a ideia do carinho, e não da comiseração, por parte de quem se aproximar.

As duas atrizes estão ótimas em seus papéis, e é muito bom ver um filme que encare "as questões de frente", sem segredo, sem medo, sem dogmas, sem crenças, sem não-me-toques. Precisamos de um banho de Israel, em vez desse banho de atraso.

Até o final de 2020, era um dos cotados ao Oscar, mas, pelo visto, não agradou. 

Asia (2020) - IMDb

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(93)

Também presente na lista de semifinalistas da categoria de Curta de Documentário do Oscar 2021, "Abortion Helpline, This is Lisa" mostra um centro de ajuda para grávidas que pretendem abortar. É um serviço telefônico, na Filadélfia, cujas atendentes atendem todas pelo nome fantasia de "Lisa", e com muita presteza, e humanidade, ouvem as angústias, as necessidades, anotam o passado médico, e quanto as pretendentes têm de dinheiro disponível para uma operação de aborto, pois o Centro apenas "completa" a quantia.

O foco não é exatamente o belo serviço de ajuda  - de mulheres para com outras mulheres, friso - mas criticar a emenda legislativa que prejudicou imensamente as grávidas pobres, pois proibiu os Estados de usarem verbas federais para o aborto das pretendentes. Assim, só as grávidas com mais dinheiro, que pretendem abortar, que justamente não precisam de auxílio, têm seu direito ao aborto acessível. As grávidas pobres acabam embarcando em uma gravidez indesejada.

Nas emotivas conversas telefônicas, revelam-se histórias de pobreza, desemprego, violência sexual.

É muito bom, relevante, mas é muito simples. 13 minutos.

Abortion Helpline, This Is Lisa 2019 - 2019 | Filmow

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(94)

Um dos candidatos da Netflix ao Oscar de Curta de Documentário é "A Love Song for Latasha". Eu era criança, mas me lembro bem deste episódio. Uma adolescente de 15 anos negra de Los Angeles foi assassinada pela dona de uma loja de conveniência, ao ir comprar um suco de laranja. A dona atirou na nuca dela, e ainda forjou a acusação de que ela estava roubando a mercadoria. Morreu com o dinheiro na mão. 

O doc usa os relatos da melhor amiga e de uma prima, para contar quem era a garota Latasha, suas qualidades, seu background familiar, seus sonhos (interrompidos), para que nunca nos esqueçamos. Eu fiquei até emocionado, por me lembro do alarido que o caso causou na época. Mas, claro, esquecemos. Mesmo de uma coisa horrível. 

O doc usa a narração, mas as imagens não são de arquivo, não são, digamos, reais, são imagens evocativas. Até há algo de arquivo, fotografias, mas é muito pouco. Há mais imagens poéticas, experimentais, intervenções artísticas, pedaços de música, e na hora do relato do crime, uma pequena animação. Li algumas críticas sobre esse diferenciado método estético, mas o resultado é bastante efetivo. 

Fica-se emocionado ao final. Muito bonito.

18 minutos.

A Love Song For Latasha

 

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(95)

Amei "The Speed Cubers"/ "Magos do Cubo", um dos dez curtas de documentário selecionados na pré-lista do Oscar, e um dos candidatos Netflix.

Não é a história da modalidade, não é sobre a criação do cubo mágico, o doc foca na relação entre os dois principais competidores do mundo, um australiano supercarismático, boa gente, recordista mundial; e um garoto americano, fenômeno da modalidade, autista, que persistentemente tem batidos todos os recordes do australiano.

É legal ver como a rivalidade/amizade entre eles fez bem aos dois, notavelmente ao garoto autista, que "ama" o australiano, tendo-o como ídolo. Não dá pra deixar de pensar na vergonha que é "Music" ao vermos do que um autista é capaz.

O filme acompanha os bastidores do último campeonato mundial, e o deselance é sensacional. Todos somos iguais, mesmos os mais inteligentes, mais capazes, todos nos encontramos na perda.

É meu favorito curta até aqui. 40 minutos.

The Speed Cubers (2020) - IMDb

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(96)

Todo ano o The New York Times tenta promover um candidato ao curta de documentário, e algumas vezes emplaca, por exemplo, com o muito criticado "Walk Run Cha-Cha", no ano passado.

O curta da vez é "A Concerto is a Conversation" que é basicamente uma conversa entre um neto e um avô, assim como os instrumentos conversam em uma apresentação musical. O neto é um jovem negro, compositor de jazz (inclusive da trilha de "Green Book", tendo subido ao palco do Oscar naquele ano para comemorar a vitória do filme) muito celebrado no momento. O avô é um simpático senhorzinho, agora com câncer, que conta sua história de opressão, saindo da racista Flórida de tempos atrás, até se estabelecer em Los Angeles, onde, se bem entendi, conseguiu sobreviver trabalhando e depois montando uma rede própria de faxina e lavanderia, onde conheceu sua esposa, e criou a família.

O filme é, em grande parte, somente plano e contra-plano; o rosto do avô, e o rosto do neto, que recebe com afeto e respeito a história e os conselhos do avô. Conselhos para nunca deixar que algo pare você. Conselhos para nunca deixar o racismo afetar você. É isso o doc.

13 minutos.

A Concerto Is a Conversation | Postred

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(97)

Excelente esse "The Van", curta Live Action, um dos semifinalista do Oscar na categoria. É do diretor albanês Erenik Beqiri, e esteve presente em Cannes 2019. 

Li uma entrevista do diretor na qual ele diz que se inspirou em um acontecimento envolvendo cães e adaptou a situação com seres humanos. O que é a situação? Dentro dessa van, ocorre uma espécie de rinha humana. Dois postulantes à briga entrar na van, e começam a lutar. A van só para de andar, quando um deles estiver caído, derrotado. O prêmio é em dinheiro, de apostadores. 

Dinheiro que o jovem protagonista precisa para sair da Albânia e migrar para a Inglaterra, a despeito da censura de seu pai, que prefere vencer pelo trabalho lá mesmo no país. 

Excelente roteiro, excelentes atuações, excelente direção. 

Merecia ser um longa.

15 minutos.

 

The Van - 15 de Maio de 2019 | Filmow

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All My Friends Are Dead é uma divertida comédia negra vinda da Polonia, acreditem? Imagina um American Pie dirigido pelo Tarantino...é isso! Tem gore, putaria e violência de dar gosto este filme hilariamente surreal. Aqui ele pega todos os clichês gringos deste tipo de filme e eleva á enéssima potência, com resultados positivos. Sim, tem algum deslize aqui e e ali, principalmente na reviravolta final. Atente pra ótima trilha sonora oitentista. Pérola rara da Netflix. 8.5-10

KinoTop Плохой гений смотреть онлайн HD


 

The Mauritanian é um bacanudo thriller dramático de tribunal do naipe de Questao de Honra ou O Juri. Aqui a sumida Jodie Foster repete seu famoso papel e ao invés de confrontar um canibal o faz com um detento de Guantánamo. Como thriller investigativo é legal ver o filme denunciando os abusos dos States na cara dura, e gostoso ver o Dr Estranho num papel "do mal". Com atuacoes bacanas taí um filme que só peca pela excessiva duracao, pois meia hora a menos cairia bem. 8.5-10

The Mauritanian (2021) | Take Cinema Magazine

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(98)

Todo mundo em casa, de novo?

Bom, nem era minha intenção, mas estou vendo os semifinalistas da pré-lista de curta de documentário. Hoje, um dos favoritos, "Colette", o - sem desrespeito - tradicional representante sobre o Holocausto.

Colette é uma ex-integrante da Resistência Francesa, que, 75 anos depois, aceita ir pela primeira vez à Alemanha, mais especificamente ao campo de trabalho onde seu irmão mais velho faleceu, em 1945, trabalhando quase como escravo na fabricação do famigerado míssil V2.

Ela não é uma senhorinha fácil, muito pelo contrário. Não tem aquela grandeza sentimental de uma hertoína. Não. Ela dá respostas atravessadas, é dura (como se a exigência dos tempos da guerra tivesse continuado), ríspida. Isso que faz o charme do filme, pois quando ela "quebra", como dizem os argentinos, é muito real, e emocionante. 

A viagem ao campo é feita ao lado de uma adorável jovem pesquisadora/historiadora do museu local da cidade de Rouen, que a ajuda a encontrar o exato local onde o irmão dormia, e onde trabalhou, como um escravo, 24h por dia. A doçura e paciência da pesquisadora ao final são recompensadas de um modo surpreendente.

É bonito, mas, em termos cinematográficos, não é nada de mais.

24 minutos.

Colette — maysles documentary center

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(99)

Outro semifinalista ao Oscar de curta de documentário, "Call Center Blues" ocupa a tradicional vaga do assunto  imigração deste ano.

O enfoque é muito legal, os "americanos" deportados para o México. Sim, a política de Trump foi tão dura nesse ramo que até pessoas que viviam há 50 (!!!!!!) anos nos Estados Unidos acabaram deportadas. O doc mostra como elas estão se virando em Tijuana - México, muitas delas trabalhando em Call Centers, já que possuem um inglês perfeito, sem acento. 

Algumas histórias são mais marcantes do que outras, mas a de um "americano" dizendo que fala em espanhol, mas pensa em inglês, e que todas as suas raízes estão do outro lado do muro, me impressionou mais. No meio, aquele dramas de famílias separadas, crianças crescendo sozinhas...

Um bom enfoque.

25 minutos.

Call Center Blues on Vimeo

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(100)

Ainda que assumidamente infantil, feito inclusive para ser um especial natalino para a tevê inglesa, "The Snail and the Whale" é uma animação lindíssima. Devido ao seu enorme capricho estético, até os adultos irão gostar.

Adaptando um livro infantil de 2003, este semifinalista ao Oscar de Curta de Animação conta a história de um caracol (narrado lindamente por Sally Hawkins) que vive em um rochedo no cais do porto, apreciando o trabalho nas docas, mirando as partidas dos navios, e, aborrecido com a lentidão da vida em sua comunidade, sonhando em conhecer o mundo. Até que em uma noite estrelada, surge uma baleia, e a carrega em sua cauda. Juntos, viajam pelos sete mares e vivem pequenas aventuras, como, - de novo - escapar de um tubarão ( Uma rima com o "Professor Polvo" - para mim, até aqui a mais tensa cena do ano), ou fugir das bicadas de gaivotas. Quando, então, acontece, um acidente mais grave...

Amizade. Autoceitação. Beleza nas diferenças. Entre o pequeno e o grande, todos são importantes.

Clássico, infantil, mas tudo num nível altíssimo.

Lindo de marré de ci. Indicado ao Annie 2021, de melhor produção especial.

25 minutos.

The Snail and the Whale (TV Movie 2019) - IMDb

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(101)

Candidato da Pixar-Disney ao Oscar de Curta de Animação, "Out"/ "Segredos Mágicos" usa o artifício recorrente nas comédia da "troca de corpos", para levar humor ao tema da tensa revelação aos pais sobre a sexualidade de um filho. Aquele é um recurso explorado em demasia, mas funciona junto ao público.

Vejo aquelas pessoas de corte mais militante - das quais, pessoalmente, quero extremada distância -  alegando que o estúdio quis apenas monetizar o assunto e o curta, portanto, deveria ser "cancelado". Não tenho paciência!

Gostei da produção, mas, digamos, em termos artísticos, achei meio fraco. Há boas jogadas de caracterização, como colocar um dos personagens vestindo uma camisa de gola v, ou o uso da barba-lenhador, porém mesmo assim, nada que no desenho fosse digno de prêmios.

Ao final do curta, contudo, há uma decisão, sim, corajosa, do roteiro. Normal, mas corajosa. O valor do curta, por isso, aumenta consideravelmente.

9 minutos.

Um dos favoritos.

Segredos Mágicos - Limão Mecânico

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(102)

Uma das boas surpresas da temporada; não dava nada por "The Mauritanian". Vou ter de mexer nas minhas últimas previsões, pois agora acho que o filme - energizado plea indicação ao BAFTA - tem condições de entrar amanhã na lista dos indicados a Melhor Roteiro Adaptado no lugar de "The White Tiger", que eu adorei também.

Um thriller político sobre uma história real, a prisão injusta em Guantanamo de um cara acusado de ser ligado ao terrorismo de 11 de setembro.

Tirando os flashbacks terríveis e dispensáveis, a trama é importante e envolvente, e o personagem principal é forte. Em determinado momento, o filme se encontra com o recente "O Relatório", principalmente no sentimento de Adam Driver ao perceber o grau de tortura pelo Estado, agora refletido o espanto em Jodie Foster e Benedict Cumberbatch.

Não me admiraria se o ótimo Tahar Rahim, de "O Profeta" ou "O Passado", for indicado amanhã. Nos créditos finais, temos a confirmação do quanto ele atuou bem.

The Mauritanian (2021) - Kevin Macdonald | Synopsis, Characteristics,  Moods, Themes and Related | AllMovie

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(103)

Indicado ao Oscar de Melhor Curta Live Action, "Feeling Through" pode ser caracterizado como um "golpe baixo". Lindo demais!!!!

Um encontro inesperado entre um jovem pobre e um homem surdo e cego, tarde da noite, serve como mola propulsora para um desenvolvimento da sensibilidade do jovem. Através da comparação, ele poderá perceber que, se a vida é dura, no campo do dinheiro, da saúde, ou do amor, os problemas também são superáveis. Mais do que isso, basta começar a se ressensibilizar, quem sabe, pela solidariedade, para a vida mudar de perspectiva.

Duas atuações excelentes, e uma trilha sonora lindíssima. Doug Roland, primeira indicação.

19 minutos.

Amei!

Feeling Through - FilmFreeway

 

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My Salinger Year é um simpático drama romântico que emula os filmes do Woody Allen com uma narrativa mais teen. Na boa, imagina uma versao literária e voltada pro mercado de livros de O Diabo Veste Prada...é isso! Aqui a Sigourney Weaver repete a perfeicao o papel que já foi da Meryl Streep porém com mais camadas. E a menina que faz a estagiária nao deixa por menos, com uma atuacao tao espontânea quanto cativante. O nome do filme faz alusao a J.D. Salinger, o autor agenciado pelas protagonistas. Bonitinha matinê que apenas é uma carta de declarao de amor á leitura. 9-10

My Salinger Year vanaf 4 maart in de bioscoop | Entertainmenthoek.nl

 

 

Hearts Beat Loud é um delicioso drama musical indie que faz muito com pouco, ou seja, faz da simplicidade seu charme quando trata da relacao entre um pai e sua filha. Imediatamente lembrei de Once, Begin Again e Sing Street pela pegada musical, mas aqui a questao é o choque geracional e o tempo de mudancas. Filme enxutinho e bem atuado tanto pela dupla principal como pelas pontas de luxo. É um filme cativante que tem a música como mola propulsora, bem feel good! Ótima e agradável Sessao da Tarde. Baixando imediatamente a trilha sonora, que tô assobiando até agora. 9-10

Nick Offerman Talks Woodworking, His Love Of Tom Waits, And Learning  Electric Guitar

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(104)

"The United States vs Billie Holiday" é um filme muito ruim, pra não dizer péssimo. Tenho que riscar da memória "Lady Sings the Blues", de 1972, pra não ficar comparando, pois aquele dá de 1000.

Acho que muita gente está percebendo aos poucos a dificuldade de se fazer biografias. É o gênero mais difícil, como sempre digo. Este filme tem um bom figurino, uma boa reconstituição de época, aquelas músicas maravilhosas, atores bons, e....não tem valor cinematográfico nenhum. Como cinema, não representa nada. É preciso um outro caminho artístico para se fazer biografias. Não se pode terminar com a morte da pessoa, ou fazer um flasback da infância, num sonho atormentado...O cineasta que não compreender isso não compreenderá mais nada. Lee Daniels está no time dos que não entenderam.

Mas o que arrasa este filme é a montagem. Eu li ou ouvi algumas pessoas falando que a Andra Day salva o filme nos números musicais, e, tenho que dizer que não é verdade. E não é por culpa dela. Todas as cenas de músicas são entrecortadas por imagens da plateia mesmerizada, por imagens entrecortadas de ela se drogando no banheiro, por imagens do passado, por imagens da banda...Não há um plano "limpo"! Quando chega a hora de "Strange Fruit", eu pensei, "vai ser agora". E não! Mais cortes, mais intervenção! Era a hora da câmera estática na atriz, era a hora da cena limpa...E não! A montagem revela uma não confiança na atriz.

A atuação dela é um pouco irregular, a meu ver. Há momentos que ela está muito bem ( e uma cena de sexo à la Halle Berry, diga-se de passagem), em outros, ela está meio caricata. Sinceramente, nesta quinta vaga de Atriz, eu votaria na Julia Garner em "The Assistant". 

Não gostei.

The United States vs. Billie Holiday - 26 de Fevereiro de 2021 | Filmow

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(105)

De madrugada, revi "Liga da Justiça", de 2017, para me preparar melhor para o novo trabalho do Zack Snyder.

Eu gosto muito da apresentação dos personagens, mas não gosto do conflito final. Nisso, devo ser o contrário da maioria, que vibra com as grandes batalhas...Eu não, eu desligo. 

As piadas neste filme funcionam muito bem, desde aquela clássica sobre o superpoder do Batman, mesmo aquela cena superlegal do Aquaman sentado no Laço da Verdade...O que não funciona é o CGI! Muito ruim. Quando os atores estão em primeiro-plano, então, fica tudo superfalso. 

Volto a louvar o quanto o Jason Momoa revolucionou o personagem, como imagem, como ideia...

Ficheiro:Liga da Justiça (Poster).jpg – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

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19 hours ago, SergioB. said:

(105) O que não funciona é o CGI! Muito ruim.

Acredite, o CGI continua ruim... ?

 

SnyderCut é um bom filme de herói que melhora um tanto o ruinzinho filme do Whedon. Sim, assisti em duas partes: ontem comecinho da noite e agora cedinho, pela madrugada, pois nao tenho tempo em horario comercial, e agora to caindo de sono?. O comeco é um porre mas aos poucos tudo vai ficando melhor, na verdade, o filme é repeteco do anterior em roteiro geral, mas com muitas mudancas e alguns adendos. Aqui o Ciborgue, Batman, Flash e Lobao se destacam como personagens com arcos bem mais lapidados. Até o Leto tem seu grande momento, mesmo que breve, acredite! No entanto, o CGI continua ruim, mas longe daquela atrocidade do mustache do Cavill. E outra, realmente o filme poderia ter sido mais enxuto.. tem muita coisa jogada que nao diz a que veio e uma hora a menos nao comprometeria em nada a obra. É um bom filme, mas se pra toda producao da DC for necessario uma versao do diretor com 4hs de duração pro filme ficar bom, tamo fudido. Nao é top mas ta longe de ser ruim. 8-10

Pode ser um desenho animado de 4 pessoas, Superman e texto que diz "RAY FISHER EZRA MILLER GAL GADOT RAY PORTER BEN AFFLECK HENRY CAVILL HARRY LENNIX JASON MOMOA J ZACK SNYDER'S JUSTIC LEAGU ONLY ON HBoMax 202"

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(106)

Dia de levar a galera pra vacinar, por aqui...Fila gigante (imagino quando chegar o público de 50-60), caótica, encheção de saco de toda ordem, é horrível ter que vigiar coisas básicas de seus próximos - imagino que todo mundo esteja estressado com isso...

Pois bem, sem muita cabeça, fui ver um curta Live Action, indicado ao Oscar, o favorito da categoria, "The Letter Room", de Elvira Lind, esposa do ator protagonista, Oscar Isaac.

Ele interpreta um agente penitenciário de um corredor da morte que passa a exercer a função de censor das cartas dos presos, para evitar a incursão de tráficos, ou pornografia, bem como outras outras questões... Aos poucos, ele se vê entretido na vida privada de dois internos, lendo as cartas, até de maneira um pouco lasciva... Depois de um tempo, seu envolvimento passa do ponto,  e ele se vê compelido a quebrar essa quarta-parede e a procurar pessoalmente os destinatários.

Parece mais interessante do que é. Mas tem algo de incompleto no roteiro...  

Parece um filme pequeno.  Sinal de que, para um curta, dinheiro não faltou. Tem todo jeito de filme, na verdade.

 Não sei se vi num mau dia, mas não curti tanto assim.

30 minutos.

THE LETTER ROOM by Elvira Lind – Trailer - YouTube

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(107)

Terceira indicação de Hong Kong ao Oscar, após a obra-prima máxima e absoluta "Lanternas Vermelhas", e o lindo "Adeus, Minha Concubina", a ilha ficou quase 30 anos sem voltar ao prêmio, e voltou, infelizmente, por este terrível "Better Days". Nossa, um dos piores filmes entre os selecionáveis. Aliás, é o pior. É o pior de todos.

Um filme policial - romântico adolescente! Mas, além do gênero, parece que foi escrito e dirigido mesmo por um adolescente! E ainda dura duas horas e quinze minutos! Tudo é uma enorme "emoção", sem profundidade nenhuma, sem verdade, sem crítica, sem nuance...

"Better Days" mostra a questão do Bullying em um grupo de alunos prestes a se submeterem ao Enem deles. A "pele" da classe é uma menina que acaba se envolvendo sentimentalmente com um cara marginal, um punk, que a defenderá. A partir, daí tudo se complica. 

As cenas de bullying são ridículas em sua falsidade, em sua coreografia. Quer dizer, depois do mexicano "Depois de Lúcia", nenhum filme pode superar aquela barra. O resto do filme não existe. É o amor tentando superar o sofrimento...

Informo-me agora que o filme é baseado em um livro de grande sucesso entre os jovens. Tô falando...um filme de adolescente que chega ao Oscar...

No final, há quase uma aula de moral e cívica, um recado institucional dos atores do filme, clamando por um bom ambiente escolar.

Está na Netflix gringa.

Preferia desver.

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