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Fonte da Vida


Nacka
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Mas ali é a tal Árvore da Vida da qual fala o início de Genesis. Se a seiva não fosse branca (como a porra), essa associação jamais teria ocorrido. É esse o meu ponto. Sim, sua analogia está correta, ele ingere a seiva como simbolismo de estar ingerindo vida. A associação com a porra veio de uma infeliz coincidência pelo fato da seiva também ser branca e pegajosa...

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Porra é a seiva da vida, oras, a analogia que o Dook fez está correta.

A passagem que da caminho à árvore tambem se assemelha a um canal

vaginal, ao longo de todo o filme a fotografia da esses toques, sendo apreciada pelo subconsciente.

“The Fountain” é um Poema divinamente existencialista, imerso em

conjunturas meditativas e contemplativas. Seu sistema de signos

articula-se para compor um discurso. Não é fundamental desvendar todas

as suas verdades camufladas, mas absorver o máximo da expedição que nos

imerge pelos níveis da subconsciência (princípio de qualquer

contemplação artística). “The Fountain” é Romance como Revelação e

Ficção Científica como Oração. Seu conteúdo é imortal. Mesmo quando os

violinos gemem e gritam estridentes num final arrebatadoramente

orgásmico, sente-se a pulsação de uma Obra Transcendental que

sobreviverá para além de uma sala de Cinema, alojando-se no âmago de

quem sorver toda a sua excelência. Darren Aronofsky entoa mantras que

abrem o coração, fazendo o Amor florescer. E se o Amor não conseguir

vencer as dolorosas adversidades deste mundo, pelo menos pode

transcendê-las".

Francisco Mendes

 

 

 

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  • 1 month later...
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Achei tudo muito corrido, querer ligar o Cabala da bíblia a fonte da juventude, até mesmo outros mitos da origem da vida foi algo bem rápido pa    ra uma hora e meia. <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Não vi pretensão alguma como os outros viram pretensão de ser o “filme” foram atributos de alguns.  Talvez pelos outros trabalhos do diretor, que em minha opinião é um equivoco buscar os outros filmes a critério de comparação de qualidade. O filme acaba em si mesmo. Também não vi o filme como auto-ajuda, na verdade tudo fica em aberto em meu ver. Não tenho segurança em dizer “a moral da estória é...”.

Bem na minha interpretação é a seguinte: Aqui temos um filme dividido em três tempos, três destinos diferentes. Até os três momentos tem um significado cabalístico ocultista aqui. Uma estória no passado, uma no presente e uma no futuro. Assim traz a idéia das três fiandeiras da arvore da vida ou nos mitos germânicos as Nornas ou Pacas (nascimento (Passado), vida (presente) e morte (futuro) ou início, meio e fim) ao pé de Yggdrasil.  Assim os fios da estória estão todos ligados um com o outro até o final como em “As Horas”. Não importa o tempo que separa as personagens envolvidas todas seguem o mesmo fio, todas estão envolvidas de alguma maneira.

No início temos o fiel Conquistador, que quer salvar a rainha Isabel da Espanha das garras do Conservador Clérigo, que teme a possibilidade de agregação da cultura “pagã indígena” seja levada a sério na Nova Espanha. Posteriormente vemos onde passa a maior parte dos contos que é no presente. Lá temos um médico que dedica tudo para descobrir uma cura para o câncer de sua esposa. Assim como o Conquistador, o médico está obstinado a salvar seu amor, o mesmo procede para o protetor da árvore no futuro. As três estórias estão ligadas pelos laços do amor, que pode realmente ser a argamassa da criação. Foi o amor de Izzi, que fez com que ele criasse um livro contando a estória da árvore, foi com o amor de Tomas Creo plantasse uma árvore no túmulo de sua esposa. Esta seria a mesma no futuro, que é guardada por ele mesmo.  A própria meditação de Tom ou Tomas no futuro, deixa a formação triangular que faz a ligação com os três fundamentos da criação.

Em fim, a película é cheia de simbolismos, alguns evidentes outros não. No entanto, não é isto o que o torna mais um bom filme ou não. Mas a interação entre os personagens na estória, para mim não saíram forçados ao fazerem outros personagens em um mesmo filme. E o roteiro que faz uma boa colagem destes três momentos e estas diversas influências místicas, embora achei o tempo muito corrido para fazer funcionar melhor. Acho que poderiam desenvolver mais as motivações dos personagens e as idéias do Cabala, Yggdrasil, Fonte da Juventude, Pomar das Hespérides.

Achei que Hugh Jackman deu conta dos três sem parecer o mesmo enfadonho. Comoção criada por ele especialmente no presente é tocante em nada me lembra o abrutalhado Wolverine. Em fim, os atores têm carisma e competência. Além disto, a trilha sonora é fundamental para criar um elo de comoção que o filme possuiu.

A utilização de efeitos químicos ao invés da cômoda CGI ou CG. Este método dá uma característica inovadora, usada e acertada.

Um filme belo, que não precisa ensinar nada para ser um filme melhor no meu ver.

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  • 5 months later...
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Recentemente revi a fonte da vida pela quarta vez e nunca deixo de notar um detalhe novo ou uma nova forma de reinterpretar o filme, adoro quando isso acontece...mas existem algumas duvidas que permanecem me martelando e gostaria de discutir novas abordagens com vc's caros colegas... <?:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><?:NAMESPACE PREFIX = O />

o medico e o astronauta do futuro na verdade se tratam da mesma pessoa? o fato de ele ter constantes visões da izzy e a necessidade dele se alimentar da casca da arvore da vida, levam a crer que se trata do medico do século 21, alongando sua vida até sua jornada final rumo a shibalba.

 

Qual o significado dessa sua empreitada rumo a uma estrela no espaço distante? como o filme repete diversas vezes a morte é o caminho para o sublime, e ao se negar a morrer e se alimentar da arvore ele está fazendo exatamente o contrario a isso... então sua jornada até a estrela possui um significado maior do que propriamente alimentar o ciclo de vida e morte, e qd ele finalmente alcança a estrela, o decorrer da cena nos leva a crer que este na verdade se "sacrifica" pela arvore da vida.... mas pq esse sacrifício pela arvore da vida? ou na verdade sua jornada rumo a shibalba fosse na verdade uma tentativa de se reunir a izzy novamente...então a arvore da vida deixaria de ser um "fim"...e passaria a ser um "meio" apenas do medico-astronauta do futuro completar sua empreitada...

 

E suas tatuagens, a primeira o motivo é obvio...ele tatua uma "aliança"  em seu dedo, representação máxima do seu amor e da sua obsessão em driblar os efeitos do tempo e da doença, mas logo depois vemos seu "eu" futuro com o corpo repleto de tatuagens, será aquilo é uma forma de lembrar ou contar algum tipo de historia ou lembrança? assim como izzy possuia seu livro, onde deixava escorrer seus pensamentos... ou seriam reminiscências? ele faz com o corpo...talvez única coisa capaz de sobreviver junto a ele ao efeito do tempo e estar perto dele, e o ritual para a preparação da tatuagem, sugere que aquilo tem um significado tb doloroso para ele, como se a dor física, refletisse tb a dor psicológica dele, só lembrar da primeira tatuagem dele a "aliança" ele utiliza a mesma caneta tinteiro que izzy escrevia seu livro... e a dor física de furar sua pele com aquela caneta parecia fazer eco na dor da perda.

 

O que me deixa mais intrigado é o destino do viajante espanhol....que de fato aconteceu com ele? se tornou parte da arvore da vida tb? ou simplesmente a ânsia da imortalidade tomou sua vida...o guardião asteca...nos leva a crer ao identificar em Tomás o pai celestial, (sendo que do ponto de vista do guardião ele via na verdade o astronauta) que o mesmo irá se sacrificar para o bem da arvore da vida....mas no filme só percebemos isso acontecer especificamente com o astronauta... me parece que Tomás assim como o medico, não conseguem de imediato enxergar a essência do que é a arvore da vida, para a vida em geral e não para objetivos individuais.... então dentro desse contexto, tanto Tomás, qt o medico contemporâneo, falham em suas missões, onde o astronauta é bem sucedido...na verdade acredito que o ponto de virada e de entendimento profundo dos personagens surge, qd o medico enterra a semente no tumulo de izzy...ali ele percebe que sua jornada talvez seja outra á aquela que ele se impôs...

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Primeiro não acredito que a arvore que le plantou no tumulo da izzy seja a mesma que viaja com ele pelo universo...os cilios e as propriedades da arvore são bem especificas...a arvore plantada no tumulo da izzy se tratava na verdade de uma reverencia e uma forma de imortalizar sua amada, pq anteriormente ela havia contado ao marido a historia sobre como um guia havia "imortalizado" seu pai na ocasião de sua morte...e se levarmos em conta o interessante comentario anterior, a comparação com

Yggdrasil, veriamos se tratar de uma arvore (simbolismo) unica.

 

Outro ponto é o entrevero das pessoas em associar a seiva da arvore com semen...é uma associação baseada puramente na observação subjetiva do pablo em achar que o circulo de luz no final se assemalhava ao canal vaginal....
Diogo Simões2008-03-01 19:42:37
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