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Forum Cinema em Cena

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    primo got a reaction from SergioB. in The Batman (Matt Reeves)   
    olha, foi uma luta para encontrar esta imagem, sem precisar do print.
    É um dos frames que mais gostei, mas segue aí, uma alusão ao Bruce "prevenido" contra o novo vírus. heheh

    Agora, sério:
    a verdade é que eu nunca acho que essas coisas são por acaso... esse tipo de máscara no filme nessa nossa época.
    Uma imagem que lembra a nossa própria situação, atualmente, um Bruce meio a parte, vendo as coisas de longe, como nós na pandemia, sem participar "in loco" do meio.
    Se dissessem que o diretor usou isso (o tipo de disfarce) como algo subliminar, para   
    ajudar na identificação, de modo bem subjetivo, eu não duvidaria.
  2. Thanks
    primo got a reaction from Big One in The Batman (Matt Reeves)   
    O autor cita alguns pontos que não vi em outros textos. Segue:
    o uso da música “Something in the way” do Nirvana. Cobain na época que escreveu a música, acreditava que um dia iria conseguir viver de sua músicas, mas as dificuldades no caminho o impediam. No caso do Batman, as coisas em seu caminho o dirigem para a vingança. Em outro trecho da música, Cobain canta que “os animais que eu prendi, todos se tornaram meus animais de estimação”. Alusão aos bandidos que o Batman enfrenta. Ele gosta de ser o Batman. Ele sente prazer em prender os bandidos. E trata-os como sua diversão. Vamos conhecer o lado do Batman maluco insano que sente prazer em esmurrar bandido.
    Aparentemente o Charada assassinou um figurão de Gotham. O nome dele é Don alguma coisa. Dá pra saber isso pelas fotos nas paredes e manchetes nos jornais que provavelmente o próprio Don mandou emoldurar. É uma pessoa que aparentemente estava concorrendo a algum cargo público. Seria o Promotor Público de Gotham antes de Harvey Dent? Seria o candidato a prefeito? Não dá pra saber ainda. O que dá pra desconfiar é que o Charada estava meio chateado com ele.
    Outra opção seja que esse personagem seja Don Verrini. Ele foi um chefão do sul da Itália que apareceu em um arco da revista da Mulher-Gato escrita por Jeph Loeb e desenhada por Tim Sale, dupla responsável também pelo arco O Longo Dia Das Bruxas, que foi citado muito tempo como inspiração para o roteiro desse filme quando ele estava em desenvolvimento. Ou seja, podemos esperar que o tal Don também seja um bandidão e o Charada esteja matando mafiosos que sacanearam com ele de alguma forma.
    :::
    Em algum momento do trailer vemos Bruce Wayne chegar de motocicleta em algo que parece uma batcaverna improvisada. E logo antes disso ele está andando com a mesma moto em um cemitério. Rumores indicam que Bruce tenha usado o mausoléu da família Wayne para montar a sua base de operações como Batman. Isso só mostra o quão maluco e obcecado será essa versão do Batman, que precisa usar o lugar onde os pais estão enterrados como base.
    A escolha para a caracterização do Charada, apesar de parecer sinistra ou colocar em cheque a fidelidade aos quadrinhos desse filme, pode significar mais alguma coisa. Talvez o personagem não seja o que realmente estão afirmando e alguma surpresa tenha sido deixada pra frente. Esse rosto todo enfaixado remete ao Duas Caras de "O cavaleiro das trevas" ou até mesmo ao Coringa. Então a dúvida fica no ar. Será que é o Charada mesmo ou será que alguém fez algo a ele que o desfigurou?
    (...) bandidos que estão caracterizados com uma maquiagem que lembra muito um certo palhaço do crime. Será que o Coringa estará de alguma maneira no filme e eles estão escondendo essa surpresa?
     
    nota do forista:
    Bruce Wayne salva uma criança de ser atropelada.
    referência ao Robin e o costume do Batman "resgatar" esse garotos?
    ah, e há teoria ótima sobre a história em quadrinhos "Ego", que mostra o herói conversando consigo mesmo, de modo bem 
    perturbado, quase uma relação Duende Verde e seu alter ego. Isso remete ao diálogo que encerra o trailer.
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    primo got a reaction from Big One in Gilda: Um filme sobre Mulheres e Negócios   
    bem provável, cara !
    De todo modo, tenho curtido muito essa atmosfera que o estilo passa
    com base nisso, a sensação fica próxima à que rola com "Capitão Sky e...", "Metropolis", "Seven" etc.
    e parece que o Matt Reeves vai nos presentear com algo assim no Batman dele. Torço muito pra ser um filmão
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    primo got a reaction from Cir-El in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    sim, mas faz sentido. Acredito que o diálogo que o vídeo propõe é outro. É um aceno a um público mais específico. Foi muito menos "Liga" e muito mais "papai voltou". Apesar de eu não gostar do estilo Snyder de direção, eu entendi completamente ali. A música corrobora. Snyder pega uma das críticas à sua versão de "Watchmen" e entra na brincadeira pela espera pela versão dele de "Justice League". Em resumo: não enxerguei o vídeo como "trailer de filme". Era outra proposta.
    Né? Só não acho que é culpa dele. O cenário precisava disso. Snyder é um pouco refém disso. O filme do cara foi dilacerado.
    Só discordo que seja um filme com "algumas cenas a mais". cara... filme é uma engrenagem. São sequências inteiras e conceitos etc. Diante disso, acredito que, dentro do possível, seja "outro filme", sim.
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    primo got a reaction from Big One in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    nova imagem da versão do diretor

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    primo got a reaction from Big One in O Esquadrão Suicida (Dir. James Gunn, 2021)   
    com cabeça... a prêmio. rs
    opção dois, Questão! 
    depois de tanta treta, creio que é hora de muito pouco alarde, com o Cavill surpreendendo ao invés da Warner criar expectativa. Boto fé de acertarem o tom, o público "civil" comprar a idéia e, a partir daí, querer realmente ver um novo filme. 
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    primo got a reaction from Big One in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    o teaser do evento DC
     
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    primo got a reaction from Cir-El in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    Muito bom isso aí 
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    primo got a reaction from Big One in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    o cartaz do evento

  10. Haha
    primo got a reaction from Cir-El in The Flash (2023)   
    se tiver em grupo, to incluso ae..
    esse meu otimismo é só a fase de negação! 
  11. Haha
    primo got a reaction from Jorge Soto in The Flash (2023)   
    po, soto.. nunca vi o cir-el tão cético ! 
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    primo reacted to Jorge Soto in The Batman (Matt Reeves)   
    ah, fio...eu ja não emprestop pq sei muito bem que é pedir pra nunca mais rever suas coisas... ja perdi muita coisa assim, agora aprendi a lição..nunca mais! nem disco, dvd e cd empresto.. mão-de-vaca mesmo.. so pra quem é ponta firme mesmo...e olhe lá?
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    primo got a reaction from Big One in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    saiu um rápido vídeo por aí com a Gadot e uma gravura do Uxas / Darkseid - só não consigo postar daqui
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    primo got a reaction from Jorge Soto in Patrulha do Destino (Série)   
    Pois é!  Kkk não foi por falta de aviso
  15. Like
    primo got a reaction from Jorge Soto in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    talvez a melhor análise sobre o snydercut 
     
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    primo got a reaction from Gust84 in Top DC Movies - Melhores Filmes baseados em HQs da DC   
    o assunto é bom..
    Os pontos determinantes em casos assim podem ser o nível da suspensão, a quantidade de exemplos e a proposta do filme. Em uma comédia, o desconto é maior, por exemplo 
    TDK tem uma atmosfera e algumas coisas tão boas que nublam mais a percepção 
    Mas dependendo de quem assiste, essa quantidade já incomoda de primeira e, no meu caso, coloca em cheque a noção do Nolan e do Goyer.. fazer o público não ver tanto problema é a mágica, mas.. po, eu prefiro um roteiro que não abuse. 
    Pra mim, a trilogia Nolan abusa. São pontos básicos que parecem até preguiça 
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    primo got a reaction from Sandro in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    e isso foi confirmado, Sandrão? digo.. entendi como mais "aberto" que a versão cinema . quem confirmou essa?
    é um texto estranho..
    Quem é contra o Snyder corre o risco de ler com pompons na mão e gritando alegremente antes de avaliar o que o cara realmente escreveu. Há uma mistura de suposições com fatos, típica. Além disso, parece feito com alguma necessidade de polemizar
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    primo got a reaction from Big One in Coringa - Joker (Joaquim Phoenix)   
    aproveitando o tópico returns..
    Assisti ao filme pela segunda vez no sabadão, e num é que brota um rato gigante? Kkkk não tinha reparado antes. É na cena do telefone público, quando o Arthur é demitido.
  19. Thanks
    primo got a reaction from Jailcante in Liga da Justiça (HBO MAX, 25/03/2021)   
    dérmilivre..
    no máximo produtor
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    primo reacted to Questão in Aquaman 2: O Reino Perdido (Aquaman and the Lost Kingdom)   
    Olha, não gosto da Amber Heard, vou ficar feliz se ela for trocada em AQUAMAN 2, pois acho ela muito ruim como Mera, mas acho muito ridículo essa postura dos carrascos de Internet, e devo elogiar a postura da Warner de não se guiar (completamente) pelo tribunal da internet. Afinal, a Warner está dando a Heard a mesma chance que deu ao Deep quando o manteve no "Harry Potter sem Harry Potter"
     Se fosse na Disney, a Heard já tava na fila-desemprego faz tempo.
     
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    primo got a reaction from Big One in The Batman (Matt Reeves)   
    Sensacional!  Chorando aqui 
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    primo got a reaction from Big One in The Batman (Matt Reeves)   
    rapaz...
    o Reeves tá mandando muito bem nas referências.
    Se a direção der aquele contorno épico que ele tacou na franquia dos Apes... boto fé demais!
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    primo reacted to Questão in Os Novos Titãs (DC Digital, 2018)   
    Vista a 2ª temporada de TITÃS

     
      Na trama, após ajudar a jovem Rachel (Teagan Croft), também conhecida como Ravena a salvar o mundo do demónio Trigon (Seamus Deaver), Dick Grayson (Brenton Thwaites) resolve reunir os jovens heróis envolvidos na crise de Trigon em uma nova equipe de Titãs. Retornando a Torre Titã em São Francisco, que foi o lar dos Titãs originais, Grayson começa a treinar a nova geração de Titãs, em uma equipe formada por Ravena, Garfield Logan, o Mutano (Ryan Potter), e Jason Todd (Curran Walters), que sucedeu Dick como o novo Robin. O retorno da equipe, entretanto, traz a volta de um antigo e mortal inimigo, Slade Wilson; o Exterminador (Esai Morales), grande responsável pelo fim dos Titãs originais. O ressurgimento do vilão faz com que os titãs originais Rapina (Alan Richardson), Columba (Minka Kelly) e Moça Maravilha (Conor Leslie) também voltem a ativa, mas se quiserem sobreviver ao Exterminador, as duas gerações de Titãs precisam encarar os pecados e fantasmas de seu passado.
      TITÃS foi a primeira série do DC UNIVERSE ONLINE, serviço de Streaming da DC lançado no ano passado. Todos anteciparam uma bomba quando a série foi anunciada devido as imagens promocionais e trailers de qualidade bem duvidosa, mas após o fim da primeira temporada, o programa mostrou ter ótimas qualidades, ao trazer personagens com dramas relativamente complexos, e uma estética que era sombria, mas sem se envergonhar de abraçar o cartunesco dos quadrinhos. Entretanto, a série tinha muitos problemas também, e quando escrevi a resenha da primeira temporada aqui neste tópico, disse que a série havia provado que podia ser interessante, mas que em sua segunda temporada, sem a "vantagem" das baixíssimas expectativas, eu não estava esperando mais uma bomba, o que tornaria o nível de exigência consideravelmente mais alto. Essas exigências triplicaram após a mesma DC UNIVERSE ONLINE, apresentar a série derivada desta aqui, PATRULHA DO DESTINO, que se mostrou não apenas uma brilhante série de super heróis, mas uma excelente série independente do género, desconstruindo de maneira inteligente o subgénero super herói (sendo a primeira em um ano que ainda traria THE BOYS e WATCHMEN). A mesma DC UNIVERSE também trouxe a elogiada MONSTRO DO PÂNTANO (que não assisti) que acabou cancelada após uma única temporada por uma falha bizarra de produção. Ou seja, ainda que a proposta de TITÃS fosse obviamente mais tradicional dentro do subgénero, a barra das outras produções de Streaming da DC foi deixada muito alta, deixando a série do (ex) Robin na responsa para manter o alto nível de suas colegas. Infelizmente, ainda que corrija muitos dos erros de sua temporada de estreia, TITÃS comete muitos erros novos, entregando uma temporada que ainda que tenha os seus momentos (e que consegue ter algum senso de conclusão, diferente da anterior) soa inchada e sem foco, com as suas recompensas emocionais soando terrivelmente artificiais. 
      De fato, a temporada começa de forma estranha, com o primeiro episódio "Trigon" funcionando como um apressado e anticlimatico fecho da temporada anterior, com os roteiristas se livrando de um plot que dentro de sua visão, não deu muito certo. É a partir de seu segundo episódio, quando os Titãs se estabelecem na Torre em São Francisco (que não é em forma de T) que a temporada encontra os seus melhores momentos, ao adotar uma atmosfera mais leve, mas que também trabalha a tensão entre as duas gerações de Titãs pelos veteranos alienarem os novatos. A forma como a trama vai construindo a ameaça de Slade Wilson nesta metade inicial é interessante, por deixar muito claro para o publico e para os personagens o tipo de ameaça representada pelo assassino, muito bem defendido por Esai Morales. A trama tem foco nesta metade inicial da temporada; ao tratar da vingança de Slade contra os titãs, um plot que por si só já é interessante por mostrar a nova geração de heróis sofrendo as consequências pelos atos de seus veteranos.
      Ainda assim, já começa a se perceber aqui alguns dos problemas que arruinariam a segunda metade da temporada. Primeiro, que TITÃS se torna aquelas séries onde temos um bando de personagens convivendo em um local, que lidam com crises, mas que não se comunicam sem nenhum bom motivo, ou pior, por motivos absolutamente imbecis, como a relutância de Ravena em contar que está perdendo o controle de seus poderes para não magoar Dick (que decididamente fica muito mais magoado quando ela quase mata uma colega de equipe justamente por perder o controle de seus poderes). O segundo problema é o excesso de personagens. Tinhamos basicamente o mesmo numero na temporada anterior, mas ela não tinha esse problema, pois ao se estabelecer como um road movie (no caso, Road Series) a primeira temporada estabelecia personagens como Rapina, Columba e a Moça Maravilha como participações especiais que serviam para dar background ao quarteto principal de protagonistas. Mas ao duplicar o numero de protagonistas, a série simplesmente acaba esquecendo de trabalhar muitos deles, como é o caso de Mutano, reduzido a porteiro da Torre por boa parte da temporada, ou da própria dupla Rapina e Columba. Não contente, a série continua a inserir novos personagens, como é o caso de Rose Wilson (Chelsea Zhang), a filha do Exterminador, que se junta a equipe no segundo episódio sem possuir grande importância além de se envolver em um romance bem artificial com Jason Todd, e o Superboy (Joshua Orpin), que ainda que protagonize um dos melhores episódios da temporada (talvez o melhor) soa terrivelmente deslocado dentro da série. O mesmo pode ser dito da Estelar (Anna Diop) que sai e entra da equipe a esmo, protagonizando uma subtrama que só ganhara espaço na já confirmada terceira temporada, mas que no contexto da temporada atual, poderia simplesmente não existir.
      Mas a temporada começa a desandar a partir de sua segunda metade. A partir da introdução do Superboy e de Kripto, o Supercão (não mais um cão alienígena, mas sim uma experiência com o DNA kriptoniano) a série introduz a organização Cadmus, representada pela figura de Mercy Graves (Natalie Gumede), sempre respondendo a figura invisível de Lex Luthor. A trama do Cadmus é muito interessante por si só, mas surge de forma atravessada no meio da temporada, e passa a brigar por espaço com a trama do Exterminador, criando uma confusão narrativa, já que os dois plots simplesmente não se comunicam em nível algum. Mas esse não é o maior problema. Ao causar um rompimento dos Titãs, não uma, mas duas vezes (primeiro em um episódio de Flashback com os titãs originais, e depois com a nova equipe) os roteiros tiram qualquer impacto que tal separação poderia causar. Não bastando acabar com a credibilidade do grupo como uma equipe, já que eles ficam de beicinho indo cada um para um lado na primeira dificuldade, mas também torna o desenvolvimento dos personagens truncado e pouco natural, já que numa série com tantos personagens, isola-los para desenvolve-los ao invés de trabalhar em núcleos é simplesmente uma estupidez. O maior exemplo, esta, é claro, em seu inegável protagonista, Dick Grayson, cuja jornada para se transformar no herói Asa Noturna o leva a cenários verdadeiramente estúpidos, como ir para a cadeia de caso pensado como forma de purgatório ao agredir policiais federais (acusação que naturalmente desaparece quando a série precisa). O problema nesse desenvolvimento é que Grayson tem umas três ou quatro catarses ao longo da temporada que parecem, irão levar o seu personagem a algum lugar, mas que não levam a lugar algum (quando não o fazem dar passos para trás), o que se repete com muitos dos personagens. Depois de duas temporadas, Mutano continua sendo capaz de se transformar só em um tigre, e Ravena e Estelar continuam tendo problemas para controlar os seus poderes, tal como no começo da série.
      Toda essa confusão nitidamente leva a um final terrivelmente frustrante na Season Finale naturalmente chamada de "Nightwing". Tendo deixado para resolver todos os seus principais conflitos de ultima hora, o impacto emocional que uma série de eventos como o retorno de um personagem. a mudança de lado de outro, e a morte de um dos protagonistas vão ocorrendo sem que tenhamos tempo de sentir a emoção por trás de qualquer um desses eventos, por que eles vão se atropelando. Vemos os personagens dizendo repetidamente como os Titãs são uma família e tudo, mas esse senso nunca foi construído ao longo dos treze episódios. Os titãs se reúnem com a mesma facilidade com que se separam, então todo o discurso sobre a equipe ser uma família não soa apenas meloso, mas também hipócrita. Falei muito de roteiro, mas TITÃS também não é uma série com grande direção, embora alguns episódios acabem se sobressaindo sobre outros, como é o caso de ELKO, que ainda que tenha algumas falhas de roteiro é muito bem dirigido, com destaque para uma sequência de luta de Grayson com uma alucinação de Bruce Wayne (Iain Glein), ou o brutal ataque de um Mutano sob efeito de lavagem cerebral a uma cientista do Cadmus
      Agora que bati bastante, posso apontar que a série ainda tem as suas virtudes. Episódios como "Rose" e "Aqualad" que apostam em uma atmosfera mais leve, mostrando que antes de serem super heróis, os Titãs são um grupo de amigos (e adolescentes em alguns casos) funcionam por explorar a humanidade dos personagens nos detalhes, vide o momento em que Dick resolve ligar para o Batman só para pedir alguns conselhos sobre lidar com adolescentes problemáticos. É um momento pequeno, mas humaniza os personagens, não são só Batman e Robin, é um filho ligando pro pai pedir um conselho. Ao mesmo tempo, ainda que totalmente deslocado (uma falha comum em TITÃS) "Conner" se mostrou uma excelente história de origem de super herói ao acompanharmos literalmente os primeiros dias de vida do Superboy, que ao ser criado a partir do DNA tanto do Superman quanto de Lex Luthor, gera uma metáfora interessante para o heroísmo presente não apenas em fazer o bem, mas no valor de reconhecer a existência de um lado sombrio, e conviver com este lado sem deixar que ele o domine, enquanto "Bruce Wayne" se mostrou uma jornada interessante nas inseguranças de Dick Grayson e em sua relação com Bruce Wayne, quando chegamos naquele momento da vida em que olhamos para os nossos pais e decidimos onde queremos ser como eles, e onde não queremos (aqui devia ter se encerrado a jornada de Dick ao Asa Noturna, ao invés de arrastar isso por mais seis episódios). Tecnicamente, a série evoluiu bastante também, com efeitos especiais que não gritam "After Effect" na nossa cara, e mesmo um trabalho visual mais interessante, com uma fotografia mais diversificada, ótimos uniformes (o traje de Asa Noturna é um trunfo), e a maior vitória, uma Estelar cujo cabelo não parece uma peruca.
    Vale destacar que a série tem um bom elenco. Brenton Thwaites consegue nos vender os conflitos de Dick Grayson de forma bastante competente, mesmo quando o texto não ajuda, conseguindo transitar muito bem entre os momentos mais sombrios de Dick , com a sua veia mais leve e esperançosa que o impede de se tornar como o seu mentor. Curran Walters, por sua vez, interpreta Jason Todd com toda a fúria e petulância tão característica do segundo Robin, mas faz algo que os quadrinhos nunca conseguiram fazer pelo personagem, que é conceder a ele uma vulnerabilidade emocional que o torna relacionável, algo que acho que vem muito mais do talento do ator do que do texto e que (quase) nos faz desejar que esse garoto quebrado não tenha um encontro com um certo palhaço e seu pé de cabra. Em seu trabalho de estreia, Joshua Orpin dá uma complexidade cativante ao seu Superboy, que basicamente tem a mentalidade de uma criança de oito anos em um corpo de um jovem de 17 super poderoso. Orpin concede a este clone do Superman uma inocência que ora é cativante, ora ameaçadora, vide o seu encontro com Lionel Luthor (Peter Macneill). Falando dos veteranos, Esai Morales concede uma frieza assustadora para o seu Slade Wilson, ao mesmo tempo em que sua imponência física em cena constrói Slade como uma figura sempre ameaçadora, mesmo quando em tese, não está ameaçando ninguém.
      Embora tenha muito menos espaço aqui do que na temporada anterior, (e seu plot seja absolutamente descartável) Anna Diop surge muito mais a vontade no papel de Estelar agora que sua personagem sabe quem é. Curiosamente, são nas cenas de natureza mais cómica que Diop acaba brilhando mais, vide a cena em que desabafa com uma transa casual, que acaba sendo coincidentemente um terapeuta. Por fim, preciso falar de Iain Glein. Tendo causado bastante estranheza quando foi anunciado como Bruce Wayne (com muitos dizendo que ele seria mais adequado para o papel de Alfred, ) Glein faz uma leitura bastante particular do Batman (que nunca aparece uniformizado), mas que super funciona. Wayne surge aqui como uma figura sarcástica e uma figura paterna distante e dura, cuja natureza sombria está muito mais nas entrelinhas do que exposta para todos verem. O ator se diverte muito ao explorar diferentes facetas do bilionário,  utilizando elementos tão dispares quanto o Batman da série de 66 e o Batman de Frank Miller para criar uma versão única do cavaleiro das trevas, que se manifesta principalmente através das alucinações de Dick Grayson, que inclui não só uma ótima sequência de luta já citada, onde Glein mostra que tem sim idade pra lidar com as cenas de ação se precisar, mas uma bizarra e divertidissima versão do Batusi, imortalizado por Adam West. Decididamente não é o que a maioria espera de um Bruce Wayne mais velho, mas gostei de ver uma versão um pouco menos sisuda do personagem, que não tem medo de brincar com o camp (o contexto das alucinações permite isso) mas que ainda mantém o mistério e uma certa obscuridade que o personagem precisa.
     Ainda que tenha seus acertos, não dá pra dizer que o saldo final desta segunda temporada de TITÃS foi positivo. Tivemos aqui uma temporada mal planejada, com excesso de personagens, e plots e subplots que não conversavam entre si. Não é intragável, mas fica longe de ser bom. É uma pena, pois se percebe muito potencial ao longo da série, mas ela nunca chega lá. Você levar treze episódios (em uma série que já está em sua segunda temporada) pra fazer uma equipe se comportar como tal é muito difícil de comprar, especialmente quando os conflitos entre os membros são construídos de forma tão pouco credível. O final da temporada encerra um arco iniciado lá na primeira temporada, já que finalmente Grayson se tornou o Asa Noturna, se tornando independente de seu mentor (ele ainda paga a Torre Titã, mas deixa quieto) e os Titãs enfim parecem articulados como uma equipe, então há um quadro limpo para a já confirmada terceira temporada. Talvez eu assista? Talvez. Mas nesse ritmo, dificilmente recomendo pra alguém. Ainda bem que a DC UNIVERSE tem a Patrulha do Destino pra lhe conferir alguma credibilidade.
     
    PS: há uma cena pós crédito que estabelece a ameaça da 3ª temporada, dando alguma razão ao plot vivido pela estelar nessa segunda leva de episódios.
     
     
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    primo got a reaction from Gustavo Adler in Coringa - Joker (Joaquim Phoenix)   
    Apesar desse deslize (muitas aspas) soar como dispensável, pelo menos pra mim.
    A impressão é de que alguns realizadores não encontraram a equalização, e não vejo problema em tentar encontrar, como um exercício mesmo de cada diretor. Temos exemplos recentes de filme desse meio que soube dosar ainda mais. Coringa consegue, sim, bastante. Não considero que os poucos exemplos ali sejam necessariamente parte nesse tipo de filme. Talvez seja até fruto de um receio, uma visão do realizador sobre o público. Não sou contra a cautela, mas me parece que passa do ponto.
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    primo got a reaction from Big One in Coringa - Joker (Joaquim Phoenix)   
    boa, Big One! legal isso aí
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