Jump to content
Forum Cinema em Cena

Superman Returns


goldsmith
 Share

Recommended Posts

  • Members

 

Para delírio dos fãs...

 

Bryan Singer pensa em dirigir o encontro do Super-Homem e Batman

Por Érico Borgo

7/7/2006

envie_amigo.gif

poster8p.jpgGeralmente cauteloso ao fazer qualquer comentário sobre continuações de seus filmes, Bryan Singer devia estar muito feliz quando foi entrevistado pela MTV norte-americana. O cineasta não só disse que todos os envolvidos em Superman - O retorno estão empolgadíssimos para fazer mais um filme, como revelou que pensa em dirigir o encontro do Homem de Aço com o Cavaleiro das Trevas!

"Eu pensei bastante nesse encontro", disse Singer. "Mas não sei quem eu colocaria de vilão. Talvez o próprio Batman, mas ele não pode ser tão malvado, afinal ele é o Batman. De qualquer forma, isso não é assunto pra agora. Antes o Super-Homem precisa ter sua própria franquia estabelecida", completou.

Isso deve ser música para os ouvidos da Warner Bros...

[/quote']

 

Existiu um encontro entre os dois herois na série animada e, sinceramente, foi uma das melhores estorias que eu ja vi. Se o Singer adaptar ESSA estória teremos o melhor filme de super-herois de todos os tempos.

 

Pra constar, o nome do desenho é "Os melhores do mundo". Aluguem.

 

Link to comment
Share on other sites

  • Administrators

Gostei dessa resposta que o Alcino deu no bate-papo do UOL..

 

 

Espero que seja um filme bastante

visto porque tem alguma dignidade cinematográfica. Acho que é o melhor

"Superman" de todos os tempos, embora o desfecho da história seja um

pouco frustrante. Mas isso é um problema do roteiro. Do ponto de vista

da construção cinematográfica este é, sem dúvida, o melhor. O primeiro

é bastante bom, o segundo é bom. Os dois outros que foram feitos são

bem fajutos...

 

Sobre filme nacional, minha recomendação é "Árido Movie".

 

 

(03:47:31) Seth Plate fala para Alcino Leite Neto: O "Superman Returns" é inferior ao de 78?

 

(04:07:38)

Alcino Leite Neto: Seth Plate, esses espetáculos cinematográficos

exigem outros métodos de avaliação. Eles se inserem no espírito da

época, você tem que contar com isso para avaliá-los. O primeiro filme

era bacana... Cinematograficamente, este é o melhor. Bryan Singer é

melhor diretor que Richard Donner, tem mais domínio, mais segurança.

Ele tem um equilíbrio surpreendente entre forma e conteúdo, é moderno,

tem ironias, brinca com os elementos do próprio mundo do Superman e,

quando é preciso fazer algo mais emocionante, ele faz. E achei muito

interessante a humanização do Superman.


Link to comment
Share on other sites

  • Administrators

 

 

Ah' date=' é claro que Piratas irá bater recordes de bilheteria na sua estréia... mas no RT a coisa tá ruim pro lado deles...53%[/quote']

 

Sério?smiley5.gif...Eu estou achando que este vai bater o Super no Box Office...Mas em termos da crítica eu não esperava tão baixo, será que teremos um efeito semelhante ao filme Código DaVinci? Crítica ruim e ótima bilhetreria?

 

Já o Super estabilizou nos 75%, sendo 149 que recomendam o filme e 50 não, a avaliação está em 7.1/10.

 

Na bilheteria $134M, ainda falta a estréia em muitos países, geralmente a bilheteria internacional corresponde á 40% do total da bilheteria, X3 por exemplo, a bilheteria internacional foi de 46% do total.

 

Domestic:  $114,516,981    85.1%
+ Foreign:  $20,000,000    14.9%

= Worldwide:  $134,516,981  

 

 

Big One2006-7-7 11:53:58

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Para delírio dos fãs...

 

Bryan Singer pensa em dirigir o encontro do Super-Homem e Batman

Por Érico Borgo
7/7/2006

envie_amigo.gif

poster8p.jpgGeralmente cauteloso ao fazer qualquer comentário sobre continuações de seus filmes, Bryan Singer devia estar muito feliz quando foi entrevistado pela MTV norte-americana. O cineasta não só disse que todos os envolvidos em Superman - O retorno estão empolgadíssimos para fazer mais um filme, como revelou que pensa em dirigir o encontro do Homem de Aço com o Cavaleiro das Trevas!

"Eu pensei bastante nesse encontro", disse Singer. "Mas não sei quem eu colocaria de vilão. Talvez o próprio Batman, mas ele não pode ser tão malvado, afinal ele é o Batman. De qualquer forma, isso não é assunto pra agora. Antes o Super-Homem precisa ter sua própria franquia estabelecida", completou.

Isso deve ser música para os ouvidos da Warner Bros...

[/quote']

 

hahhahhaha não msm

Ao contrário,acho que se Singer declarar que vai desistir da idéia a Warner vai dar pulos de alegria. chapas a Warner ao que parece não gosta de GRANDES DESAFIOS envolvendo o Superman....... vide que ela nunca pensou nos outros vilões que o Homem de aço...imagine se ela ia se dar ao trabalho de produzir um Superman & Batman....

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Eu também acho que a Warner com o  Material que tem nas maos poderia fazer melhor, se bem que com as cagadas como mulher gato temos que temer.

 

Basta ver que os DVD`s da Warner sao os que menos pensam no publico de outros paises, sem dublagem, etc.

 

Mas acho que se seguiram a Linha de Batman Begin`s e Superman Return`s (se for bom como parece), Batman x Superman seria o Bicho

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Será que esse filme vai ter um apelo maior junto às geracoes que viram o original? É uma homenagem aos filmes antigos ou uma tentativa de renovar a franquia?

Bom' date=' do jeito que ele esta se saindo bem nas bilheterias, eu diria que é as duas coisas.
[/quote']

Como diz o Chaves:

As duas coisas!smiley36.gif

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Garaiiii, Uma semana.... sete dias... menos de 1708 horas...   smiley19.gif

Tah quase... quase!!!

Entrei na comu do forum!!!



[/quote']

 

Isso pq tá ansioso por Returns, que falta pouco.

Agora imagine eu que vou esperar a continuação com ENORMES espectativas...  Todo respeito a quem tá considerando Returns um épico....mais sinceramente TÔ CHEIO DO LUTHOR. quero outro vilão.........e de preferecia FODÃOsmiley36.gifsmiley4.gif

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Realmente... eu tb concordo, poderiam explorar outros vilões...


Super I foi luthor,

Super II foi luthor, Zod e os comparsas

Super III foi

um milionario, que queria destruir o superman por atrapalhar seus

negocios ilicitos, Luthor ?, nao... mas bem que tem tudo a ver

Super IV foi o Luthor e o tal Homem Solar

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Realmente... eu tb concordo, poderiam explorar outros vilões...

Super I foi luthor,
Super II foi luthor, Zod e os comparsas
Super III foi um milionario, que queria destruir o superman por atrapalhar seus negocios ilicitos, Luthor ?, nao... mas bem que tem tudo a ver
Super IV foi o Luthor e o tal Homem Solar

[/quote']

 

o FODA é que os FANÁTICOS nçao estão nem ai pra isso, se depender deles teremos Luthor mais umas 10 vezes.......rsrsrs

É uma pena pq existem excelentes vilões no universo do Superman, não é pq alguns deles são fodões que não renderiam boas tramas, sabe o que me deixar furioso? é pensar que essa bilheteria mediana de Returns possa resultar em uma sequência com VERBA MENOR.... e logo quando se pretende levar um vilão NOVO.

Se isso acontece sou até capaz de deixar de ser fã do personagem nos cinemas, é MUITA INJUSTIÇA que outros personagem sejam jogados pra escanteio dessa forma..... a Warner é uma tremenda FDP e o Singer deveria ser HOMEM pra exigir o direito de levar um NOVO VILÃO com o msm investimento de Returns.

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Vamos deixar claro que esse enorme gasto do Superman é somado ao gasto com os projetos engavetados anteriormente.

Agora com praticamente com elenco escolhido e tudo nos trilhos, o novo filme poderá ter reduzido seu custo porém tendo a mesma qualidade de Returns.

Link to comment
Share on other sites

  • Members

apagaram meu comentário ¬¬

 

olha isso

 

Superman volta aos cinemas e agrada fãs

 

A capa pode ter perdido um pouco da intensidade do vermelho e o símbolo

do super-herói. O uniforme azul pode estar com um visual mais moderno.

Mas, em geral, o Homem de Aço de Superman - O Retorno é o mesmo dos filmes da série com Christopher Reeve, não decepcionando os fãs.

 

 

Já nos créditos de abertura, o público acredita que está vendo uma

"continuação" da série com Christopher Reeve. A inesquecível música do

premiado John Williams serve de trilha para os créditos iniciais com os

nomes de atores e equipe do filme "voando em azul" tendo o universo

como plano de fundo.

 

 

Superman - O Retorno foi dirigido por Bryan Singer, o mesmo de X-Men (2000) e X-Men 2

(2003) e já tem uma seqüência anunciada para 2009. Dessa vez o

super-herói é vivido pelo estreante Brandon Routh, cujo um dos poucos

defeitos era não ter os olhos azuis (ele usou lentes de contato no

filme).

 

O longa mostra o mundo cinco anos após o misterioso sumiço do

Superman. Sem ele, a violência aumentou na cidade de Metrópolis e seus

arredores. Mas o pior ainda está por vir, graças a Lex Luthor (Kevin

Spacey), que saiu da prisão, e quer usar os segredos tecnológicos do

super-herói em benefício próprio.

 

Lois Lane (Kate Bosworth) também mudou desde que Superman a

deixou sem dizer uma só palavra. Ela parece ter esquecido seu grande

amor e tocou sua vida: está noiva de um sobrinho do editor do Planeta Diário

e tem um filho pequeno para cuidar. Decepcionada com o super-herói, ela

escreveu um artigo intitulado "Por que o mundo não precisa do Superman"

e ganhou o Prêmio Pulitzer por ele.

 

Após uma longa busca por um lugar no universo, Superman acaba

voltando para a Terra e para a fazenda da família Kent. Mas seu destino

está em Metrópolis, onde está Lois Lane e onde grandes perigos o

aguardam. Aliás, a relação "impossível" entre Superman e Lois Lane é o

destaque do filme. "O Super-Homem sempre foi uma história de amor, a

mais romântica que jamais contei", afirmou o diretor Bryan Singer.

 

Além de Brandon Routh, cuja performance foi muito elogiada pela

imprensa norte-americana por sua aparente facilidade em encarnar o

papel e por sua semelhança fisíca com Christopher Reeve. A atuação de

Kevin Spacey como o inimigo número 1 de Superman também merece crédito.

Ao lado de sua fiel escudeira, a "burrinha" Kitty (Parker Posey), Lex é

responsável por arrancar gargalhadas da platéia.

 

 

Apesar de algumas reações diferentes, como a crítica da revista Time que vê o retorno de Superman como "o super-herói filho de Deus", Superman - O Retorno

conquistou o público norte-americano e promete conquistar os fãs

brasileiros, como uma seqüência dos filmes com Christopher Reeve. O

diretor Bryan Singer tentou ser fiel à série anterior, até na

"participação" (por meio de um vídeo de arquivo) de Marlon Brando como

Jor-El, pai de Superman.

 

 

 

 

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Agora sim, as fotos do uniforme que tirei em NY :

http://www.fedorowicz.com.br/superny2006

A proposito, o filme é legalzinho, só não gostei de dar mais uma sacudida na linha de história do super colocando a lois casada e com um filho.

Já tinhamos confusão com o que se dizia nos quadrinhos, depois zoneou-se um pouco para a versão antiga do cinema ... com a série do Smallville, zoneou-se ainda mais ... mas enfim, é muita gente querendo deixar sua marca na história.

Acho que quiseram quebrar a imagem de um herói muito "certinho" e quiseram introduzi-lo mais à realidade (ele com ciumes, desejando a mulher do próximo, um garoto com asma, etc).

Ah, não reparei nos créditos, mas quem faz o papel do corno que casa com a Lois (Richard) é o mesmo ator que faz o Ciclope no X-men ? Se for, é muito azar... ser corneado pelo Wolverine e pelo Superman !

Sobre o efeito IMAX 3D, não é lá grandes coisas. Na verdade, foram só 4 cenas (a do avião, uma dele relembrando o passado e outras duas não tão marcantes).

Foi legal pela curiosidade, mas o efeito não acrescenta em quase nada no filme.

Nao sei se ja postaram aqui' date=' mas o uniforme que foi usado no filme novo (Superman  Returns) pelo Brandon Routh, está em exposição aqui em New York, na loja de brinquedos "Toys R Us".

Fui lá ontem e tirei algumas fotos.
Como estao um pouco grandes, estou disponibilizando as fotos em :
http://www.fedorowicz.com.br/superny2006

PS : Momentaneamente so estou com uma foto no ar... quando colocar todas de volta, volto a avisar.

Detalhe para o sapato "plataforma" do cara hauahhauauhahu

Ainda não vi o filme, mas já comprei ingresso pra amanhã no IMAX 3D (sao 20 minutos de cenas do filme em 3D). Depois conto a impressao que tive do filme.

Abs
AuToMaN

[/quote'] automan2006-7-8 3:11:9
Link to comment
Share on other sites

  • Members

 

A sequencia que abre Superman Returns já dá o tom de homenagem que Brian Synger abraça durante o filme todo. Enquanto vemos a nave que traz o herói, os créditos passam deixando uma sensacao inevitavel de deja-vu. Somem à isso trechos da trilha sonora classica e temos o gancho perfeito para a geracao que cresceu acreditando que o homem podia voar.

 

Mas os tempos sao outros. Filmes como Homem-Aranha, Batman Begins e X-men mostraram que estórias de super-heroi nao podem subestimar a inteligencia da sua audiencia. E graças a Deus dessa vez nao temos nada do tipo girar a terra ao contrario para fazer o tempo voltar, beijos que apagam a memória e muito menos um vilao que nao mete medo em ninguem.

 

Kevin Spacey, embora bastante calcado na interpretacao de Gene Hackman, faz um Luthor cínico, violento e imprevisível, ainda que com um plano de dominacao mundial pra lá de idiota.

 

Nao vou me ater a contar o plot do filme porque, a menos que vc tenha deixado o planeta em busca de sua terra natal, isso já está mais do que batido. Entao vou falar do porque esse filme é surpreendentemente bom.

 

Pra começar, Synger faz um superman mais humano (se é que isso é possivel). O heroi sofre com suas escolhas e principalmente ao perceber que "a fila andou" e agora Lois Lane tem uma vida da qual ele nao faz parte. Esse talvez seja a representacao mais vulneravel do Super já feita. A dor dele é comovente. Em segundo lugar, o vilao da estoria quer realmente matar seu inimigo. Acredite, vc vai temer pelo super em uma dado momento da projecao.

 

O filme nao foge à cartilha da mocinha em perigo nas maos do vilao que conta todo o seu plano maligno antes de decidir o que fazer com ela, mas ainda assim a estoria rende e a longa duracao da pelicula mal é percebida.

 

Mas, como disse antes, a forca desse novo Superman nao esta nas fantasticas cenas de acao. Alias eu devo dizer que as duas sequencias que eu mais gostei sequer tiveram balas ricocheteadas ou explosoes. Em uma delas, a melhor pra mim, Karl-el reencontra Lois Lane e diz que quer mostrar uma coisa à ela. A camera mostra a reporter tirando os sapatos e subindo nos pes do heroi com uma naturalidade que deixa implicito que aquela cena ja havia se repetido inumeras vezes. Entao ele diz:

 

- O que vc ouve?

 

- Eu nao ouco nada.

 

- Eu sim. Ouco tudo. Vc escreveu que o mundo nao precisa de um salvador, mas todos os dias eu ouco pessoas chorando por um.

 

O filme é um deleite para qualquer fa do azulao e um bom ponto de partida para uma nova geracao de seguidores. Vou parar por aqui senao vou acabar contando mais do que deveria. NAO PERCAM POR NADA NO MUNDO!

 

SUPERMAN RETURNS: 80/100

ChosenOne2006-7-8 4:35:18

Link to comment
Share on other sites

  • Administrators

O Google também tem um sistema de ranking de reviews com nota. Basta digitar:

 

movie: Superman Returns

 

Ele traz a lista de reviews + a média das notas, interessante.

 

Olha como está o Superman:

 

 

Pontuação média

reviews-star-on.gifreviews-star-on.gifreviews-star-on.gifreviews-star-on.gifreviews-star-off.gif

3,8 / 5

Baseado em 71 resenhas

 

 

Link to comment
Share on other sites

  • Members

Crítica da Veja:

Cinema
Feito de aço, mas com
coração de manteiga

O novo Super-Homem tem vilões,
ação, planos diabólicos e tudo
o que é de praxe. Mas, no fundo,
ele quer ser mesmo é um romance
Isabela Boscov

Na redação do Planeta Diário, Clark Kent descobre que Lois Lane está a bordo de um avião prestes a se incendiar na estratosfera. Mal há tempo de ver o "S" de Super-Homem aparecer sob a camisa que ele vai abrindo e o herói já está a alguns milhares de metros de altitude, salvando Lois da morte (e provocando, num estádio que vai servir de campo de pouso, emoções que os fãs de beisebol nunca sonhariam sentir). O momento dessa primeira transformação de Kent em Super-Homem não dura nem um segundo a mais ou a menos do que deveria durar; é calibrado à perfeição para ser icônico. Está aí, sem dúvida, o ponto em que o diretor Bryan Singer se supera: o dos tempos e cadências que regem um filme de ação que aspira a ser algo mais. No caso de Super-Homem – O Retorno (Superman Returns, Estados Unidos/Austrália, 2006), que estréia nesta sexta-feira no país, essas aspirações incluem não apenas ressuscitar o decano dos super-heróis (se possível, saindo da sombra do filme de 1978, que lançou Christopher Reeve no papel), mas fazer com que a platéia experimente um pouco do peso carregado por um homem que todos julgam ser um salvador. Está-se aqui menos no território de X-Men, o outro quadrinho que Singer verteu para o cinema, e mais no de A Última Tentação de Cristo – o da dúvida e revolta que, supõe-se, atingem os messias divididos por uma natureza meio humana e meio divina.

No argumento criado por Singer, depois de cinco anos, durante os quais foi ver de perto as ruínas de Krypton, seu planeta natal, o Super-Homem (o novato Brandon Routh) volta para uma Metrópolis mudada. Pior: para um mundo mudado, ainda mais violento e desnorteado do que o que ele deixara. Metrópolis, como se sabe, é Nova York, e Super-Homem – O Retorno incorpora obrigatoriamente o sentimento de caos que se seguiu ao 11 de Setembro, além do pesar pelo holocausto que sempre pontua o trabalho de Singer. Como o mundo do nazismo, esse para o qual Clark retorna é um mundo do qual a idéia de um deus parece ter se ausentado. Personificando o titubeante Clark Kent, o herói retoma seu emprego no Planeta Diário para pelo menos reencontrar Lois Lane (Kate Bosworth). Mas ela não só arrumou um filho (de suspeitíssimos 5 anos de idade) e um noivo, como vai receber o Prêmio Pulitzer, por um artigo intitulado "Por que o mundo não precisa do Super-Homem". Não há fúria no inferno que se compare à de uma mulher desprezada, e Lois não tem nenhuma palavra boa para dizer sobre o sujeito que, apesar de parecer tão especial, sumiu de sua vida como um canalha qualquer.

Com tanta coisa acontecendo, seria quase dispensável ter também um vilão. Mas, como o item é considerado de rigueur, Kevin Spacey, de cabeça raspada e com aquela enunciação fastidiosa, faz as honras como Lex Luthor. Como em tantas outras adaptações de quadrinhos – inclusive a mais sensacional delas, O Homem-Aranha –, é nesse flanco, o dos arquiinimigos, que o gênero mostra a sua fragilidade. Depois de quase duas décadas ininterruptas de entretenimento marcado pela ironia e pela paródia, hoje não há plano maligno que não pareça criação do Dr. Evil de Austin Powers. O de Super-Homem – O Retorno não é exceção: apesar de muita conversa sobre vingança e kryptonita – a única coisa que pode matar o Homem de Aço –, tudo o que Luthor quer é, ao fim e ao cabo, lançar-se em grande estilo no ramo imobiliário.

Para simplificar, então, pode-se dizer que Luthor representa o que há de mau nesse filão, e o Super-Homem, o que resta de interessante nele. Se um produtor tivesse coragem (e, dado o zelo dos fãs de quadrinhos, é, sim, preciso ter coragem) de riscar de um roteiro como esse tudo o que ele tem de obrigatório, o filme de Singer não teria de lidar com o entulho de planos pretensamente diabólicos e personagens que não têm o que fazer. (A lista é grande. Vai dos capangas de Luthor e de Kitty, sua namorada desmiolada, ao staff do Planeta Diário.) Aí então Super-Homem – O Retorno seria exatamente aquilo que o diretor quer fazer dele: uma história de amor complicada, em que os atos heróicos do personagem ao mesmo tempo atraem a mulher que ele ama e o afastam dela.

No filme de 1978, dirigido sem muita personalidade por Richard Donner, esse viés funcionava por causa de Christopher Reeve, um ator tão hábil que sabia ser ingênuo sem parecer boboca, e que teve a excelente iluminação de retratar o Super-Homem e seu alter ego Clark Kent como dois papéis desempenhados por um homem cuja verdadeira identidade não seria nenhuma dessas duas, mas uma terceira – que permanece misteriosa porque uma mulher superficial como Lois (ou como a platéia) não tem sensibilidade para enxergá-la. Em Super-Homem – O Retorno, a idéia funciona por razões mais objetivas: porque Singer entende o personagem, porque Routh tem muito do encanto (embora menos da ingenuidade) que Reeve tinha e porque as cenas de ação, tratadas com uma fineza rara no cinema, definem que tipo de homem o herói é – todo explosão e potência no calor da hora, todo cavalheirismo nos finalmentes. Richard White (James Marsden), o noivo de Lois Lane, é, para azar geral, um cara bacana, e também não lhe faltam iniciativa e virilidade. Mas não é difícil entender por que a repórter fica tão balançada com a volta do super-herói. Ao menos no inconsciente, ao escolher um parceiro as mulheres escolhem também passar o resto da vida se indagando se não abriram mão de um outro destino, ideal; Lois tem de lidar com o problema na prática, e não é à toa que ela aqui é tão mais tensa que em suas encarnações anteriores.

A pedra de toque do personagem comercializado em 1938 pelos rapazes Jerry Siegel e Joe Shuster sempre foi este poder simbólico: a idéia de que dentro dos Clark Kent do mundo, tão tímidos, desajeitados e míopes, existe em forma latente um herói pronto para despontar e arrebatar a todos. Mas se os Clark de verdade podem ao menos sonhar um dia tornar-se aquilo que imaginam, o herói, ao contrário, está fadado a ser sempre dois – o Clark Kent que Lois Lane acha insípido demais até para ser seu amigo e o Super-Homem por quem ela é apaixonada, mas que tem atribuições pesadas demais para poder corresponder a ela. E aí vai, de quebra, uma explicação razoável para o fato de que apenas os óculos quadrados e pretos usados por Clark bastem para impedir que Lois, sempre tão abelhuda, descubra quem ele realmente é: o verdadeiro disfarce não está na roupa, mas na insegurança que Clark afeta em relação à sua masculinidade. Assim é se lhe parece, diz Super-Homem – O Retorno, um filme inteligente e às vezes até tocante – com (e não de) um super-herói.

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Loading...
 Share

×
×
  • Create New...