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Forum Cinema em Cena

Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino


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Ainda não assisti' date=' mas não consigo imaginar um filme (do tarantino) que consiga ser melhor que Pulp Fiction e Kill Bill. [/sãotomé'] 

Então, Be ready!!! 19.gif

 

 

By the way:

1º - "Cãe s de aluguel"

2º - "Inglorius Bastards"/ "Pulp Fiction"
MariaShy2009-10-16 12:30:48
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Ta, depois de baixar um pouco a poeira, esfriar um pouquinho ele, to em melhores condições pra comentar algo do filme (mas bem pouco, pq se for falar de tudo que gostei ninguém iria ler mesmo). É, o cara tava completamente apaixonado aqui. Falar de maturidade no cinema é estranho, dizer que esse aqui é um tarantino bem menos narciso que os outros pode soar errado, ele não abandonou a própria lambição enquanto se assiste na frente de um espelho, ta tudo ali, no mesmo lugar onde deixou em kill bill, pulp, death, etc... E talvez em até uma escala maior. Mas é inegável que ele também evoluiu pra um outro nível,em qualquer outro filme se via um tarantino amante do cinema, da sua própria genialidade, de seu ego... agora vemos um cara também apaixonado pelo processo, pelo simples prazer de criar a imagem. Diferente de Kill Bill, onde ele estrutura todo seu filme em capitulos pra alcançar uma coerencia narrativa mais sólida, em contar realmente a história da noiva e sua vingança. Aqui eu vejo praticamente um foda-se pra isso, é um cara se entregando de corpo e alma desde o primeiro segundo do seu filme para intensificar cada frame que filma. Pegando o inicio como exemplo, ok que ele vai explodir mais adiante, que é parte essencial também pra história que ele quer contar, mas também pode ser considerado como um filme a parte. Toda aquela cena tem vida própria, independente do que aconteça mais a frente. o tarantino praticamente caminha pé por pé naquele microcosmo que criou onde os dois homens conversam, ele da voltas com sua câmera, nos faz prestar atenção nas janelas, na tensão de que algo possa aparecer atrás delas, ou saltar, ou se revelar. mesmo que nao tenha nada, e seja bobagem pensar que sim. Ele nos apresenta 3 personagens femininas que não abrem a boca, coloca um certo grau de profundidade em uma delas, como se fosse diferente das outras duas, apenas com expressões, sugere que mais pra frente isso vai ser desenvolvido, mas abandona completamente. Ele faz isso apenas pra deixar aquele momento mais orgânico, mais vivo. Ele não abandona a imagem por conseguir o efeito narrativo que deseja, ele vive ela, ele suga até a última gota, tudo o que aquele momento pode proporcionar. Ele passa a mensagem para o personagem, ao mesmo tempo que conversa com quem está do outro lado da tela, apenas pq pode fazer isso, pq o cinema o permite. Não faz questão alguma de humanizar ninguém, não faz questão de deixar ninguém preso, mergulhando na história, ele só faz questão de mostrar que aquilo é CINEMA. De mostrar a força que uma imagem pode carregar, de amamenta-la até que exploda, que não existe limitações pra isso, e o quanto pode ser empolgante a imagem, simplesmente ela.  É um brinde do Tarantino, um brinde ao cinema, principalmente a imagem, e diria que o melhor que já assisti.

E tem o Christoph Waltz, que com a melhor atuação do cinema faz o melhor personagem, só.

Tensor2009-10-16 13:27:28
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Segundo o Pablo, o filme não consegue nos fazer emocionar pelos personagens ou pela situação retratada. Pode até ser, mas eu acho muito mais foda que o filme saia da tela, invada minha mente e justifique plenamente todo o tempo que passo vendo filmes. Aquele final é como se fosse a resposta definitiva para quando alguém te pergunta porque tu gosta tanto de cinema. 

 

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a cena no qual o waltz enforca a agente dupla eh incrivel, foi a melhor cena com pés femininos q ele jah fez!

se olhar só os pés dela e mais nada consegue ver dentro da sua mente uma mulher em desespero morrendo por falta de ar!FODA!

a cena q o eli roth (urso judeu) vem batendo o bastão dentro do túnel antes de esmagar a cabeça do nazista, mesmo sem mostrar o rosto do nazista ele consegue transmitir todo o medo do cara, eh dificil definir se era o som, a imagem ou os 2, então vc acha q ele virá devagar com bastão em passos lentos para torturar ainda mais o psicológico e ele demora para aparecer, mas, quando aparece anda rápido e vai direto ao assunto!Sensacional!
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Meu top ficaria assim:

 

1) Inglorious Bastards

2) Pulp Fiction

3) Kill Bill

4) Reservoir Dog

5) Jackie Brown

 

 

[2]. Acho complicado falar de amadurecimento, isso por dois motivos: jamais vou começar a inferiorizar os filmes anteriores do Tarantino 'só porque' ele fez um melhor (opinião). Pulp fiction ainda é uma obra-prima e Kill Bill idem. Kill Bill, aliás, é pra mim, ironicamente, bem mais 'jovem' (mais inconsequente, por ex) que Pulp; além do mais, eu vejo que o apesar da superação em vários aspectos (muito mais pela história de Basterds ser mais genial e pelas imagens do Taranta gritarem mais aqui do que em outros trabalhos), tudo o que pode definir o cineasta tá ali: diálogos (king kong?), inconsequência (cena do bar), controle narrativo (cena inicial), referências (a si próprio ou a outros filmes - ferrara na cena antes da estreia do filme; jackson e keitel escalados e não creditados); e a cultura pop que existe desde Reservoir - pq afinal, colocar Cinderella no clímax de um filme "sobre" (aspas) a segunda guerra é foda pra caralho.

 

edit: foda o comentário da cena que abre o filme, tensor

Troy Atwood2009-10-16 17:14:06

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Segundo o Pablo' date=' o filme não consegue nos fazer emocionar pelos personagens ou pela situação retratada. Pode até ser, mas eu acho muito mais foda que o filme saia da tela, invada minha mente e justifique plenamente todo o tempo que passo vendo filmes. Aquele final é como se fosse a resposta definitiva para quando alguém te pergunta porque tu gosta tanto de cinema.  [/quote']

 

Os filmes do Tarantino não são feitos para se emocionar, mas estão longe dessas obras frias que ele citou. Exemplos: aqui, há o final do primeiro capítulo, o primeiro encontro de Shosana e o coronel e a cena na sala de projeção (o Snyder tem que aprender dessa cena como se usa slow motions, btw); em Kill Bill, a sequência de anime e os 20-30 minutos finais do volume 2; etc.
Luizz2009-10-16 17:19:54
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O Snyder sabe utilizar slow motion, o problema pra muitos é que ele exagera. O que ele não pode fazer é um filme como Bastardos. Em especial o primeiro e o segundo capítulo.

 

Acabei de ver. Como diria a Shy: "Digerindo...". 06

 

Mas é sem dúvida alguma top 3 pra esse ano. No meu top dele fica abaixo Pulp Fiction e de Kill Bill (sendo que também não tenho opinião definida sobre se são filmes separados ou um só, mas atualmente tendo a considerar um).
Jonny Greenwood2009-10-16 17:45:15
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Meu top ficaria assim:

1) Inglorious Bastards
2) Pulp Fiction
3) Kill Bill
4) Reservoir Dog
5) Jackie Brown


[2]. Acho complicado falar de amadurecimento' date=' isso por dois motivos: jamais vou começar a inferiorizar os filmes anteriores do Tarantino 'só porque' ele fez um melhor (opinião). Pulp fiction ainda é uma obra-prima e Kill Bill idem. Kill Bill, aliás, é pra mim, ironicamente, bem mais 'jovem' (mais inconsequente, por ex) que Pulp; além do mais, eu vejo que o apesar da superação em vários aspectos (muito mais pela história de Basterds ser mais genial e pelas imagens do Taranta gritarem mais aqui do que em outros trabalhos), tudo o que pode definir o cineasta tá ali: diálogos (king kong?), inconsequência (cena do bar), controle narrativo (cena inicial), referências (a si próprio ou a outros filmes - ferrara na cena antes da estreia do filme; jackson e keitel escalados e não creditados); e a cultura pop que existe desde Reservoir - pq afinal, colocar Cinderella no clímax de um filme "sobre" (aspas) a segunda guerra é foda pra caralho.

edit: foda o comentário da cena que abre o filme, tensor
[/quote']

 

sim sim, quando falo em amadurecimento, não digo no sentido de necessariamente o filme ser melhor (e até acho), mas sim de que o tarantino parece ta "mais grandinho", mais calejado, se arriscando mais na direção, usando sim ainda toda aquele festerê visual (aquele quadrado que a mia faz em pulp, escrever o nome dos carinhas chegando pro cinema nesse aqui e etc), mas tornando a imagem bem mais elegante. É que nem o nonô falou no msn esses dias, parece um cinema mais a francezado. E todos os outros dele ainda estão entre os meus preferidos (menos jackie brown, que curto, mas nem tanto assim).
Tensor2009-10-16 18:29:26
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Acho Jackie Brown até melhor que Death Proof e Reservoir Dogs.

 

O Snyder sabe utilizar slow motion' date=' o problema pra muitos é que ele exagera. O que ele não pode fazer é um filme como Bastardos. Em especial o primeiro e o segundo capítulo.[/quote']

 

Utilizar um slow motion a cada 5 minutos não é o que eu chamo de saber utilizar.
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era o que eu ia dizer...

 

se o cara exagera. ele não sabe usar, penso eu.

 

-

 

e eu tbm não consigo como pode ser melhor que KB já que esse é um filme perfeito, sob todos os aspectos. é foda ser melhor que perfeito.

 

batgody2009-10-16 18:37:31

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À princípio eu não os separo também' date=' mas os considero beeeeem diferentes. 

 

[/quote']

 

 

 

Eu vejo Kill Bill Vol. 1 como uma espécie de ensaio para o volume 2. O ritmo dos dois filmes é bem diferente.

 

 

 

E sobre o comentário do Pablo, me parece a opinião de alguém que foi com expectativas erradas assistir o filme. Francamente, Inglorious Basterds não é um filme feito para emocionar. Se fosse, seria apenas mais um na gama de filmes sobre segunda guerra, nazistas, judeus perseguidos, etc.

 

Não era isso que o Tarantino queria. Não é o estilo dele.

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Sei lá' date=' como eu disse antes, quase escorreu uma lágrima na cena do cinema, pela homenagem à uma das coisas que mais gosto de fazer em minha vida. Por isso acho que o filme foi sim feito para emocionar. Aliás, cinema bom tem que emocionar, independente do tipo de emoção. [/quote']

 

aí que ta. eu acho que o pablo confunde a emoção óbvia, de buabuabua, com qualquer outro tipo de emoção. E sim, os filmes do taranta me emocionam sempre, seja me deixando empolgado, extasiado, etc, ou coisas do tipo.
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Sei lá' date=' como eu disse antes, quase escorreu uma lágrima na cena do cinema, pela homenagem à uma das coisas que mais gosto de fazer em minha vida. Por isso acho que o filme foi sim feito para emocionar. Aliás, cinema bom tem que emocionar, independente do tipo de emoção.

 

[/quote']

 

 

 

Mas aí é um outro tipo de emoção, uma emoção que transcende a história e fica mais na montagem.

 

Eu me refiri à história em si. Não é feita para arrancar lágrimas. É uma história cruel sobre vingança, mas o tom do filme passa longe de algo emocional, é preponderantemente sarcástico.

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Bom, já comentei como gostei do filme e às vezes parece que quando os elogios vem assim aos montes parece que queremos fazer parte de um clubinho... "O Clube dos Fãs de Tarantino"... mas não é o caso... gosto de "Pulp Ficton" e "Cães de Aluguel" e os demais são bacanas e tal (eu curto KB, tenho o DVD do primeiro, mas é curtição, saca?), mas confesso que fui surpreendido positivamente pelo Tarantino neste aqui.

Uma sequência que me chama muito a atenção e que tenho visto ser criticada pela NET é o da taverna. O que mais me agrada nessa sequência é justamente a maneira como ela é conduzida... se vc pega o início dessa sequência e vai até o momento em que a Kruger é resgastada, ela funciona toda em um único ritmo... e se vc pegar essa sequência, ela por si só é um filme todo... nela consta apresentações de personagens, premissa, trama, reviravolta, clímax e desfecho... ou seja... tudo aquilo que ocorre em um único ambiente (limitado diga-se de passagem) poderia resultar em um filme de 1 hora e meia, 2 horas, mas não, Tarantino faz tudo aquilo se tornar uma única passagem... eu acho isso muito foda...

 

Enfim, o cara foi novamente foda neste filme...
Thiago Lucio2009-10-16 21:22:27
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