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Abraços Partidos, do Almodóvar


-felipe-
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É bem doido isso em Almodovar, pura metonímia !

E ainda tem o suposto enteado, todos loucos pela sétima arte... aff!

Na verdade, parece mais uma homenagem ao cinema.

A história em si me pareceu pano de fundo. 

 

By the way, o que estranhei no filme, como foi citado por alguém, é sempre as mulheres que ele mostra passionais, loucas de amor... não neste filme.
MariaShy2009-10-06 20:16:03
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Interessante é que nesse filme, quem ama mais são os homens. Harry/Matteo e Ernesto dividem o mesmo amor louco por Lena, que por sua vez é retratada como uma figura mais sensata, independente (talvez porque a história é contada pelo ponto de vista do Harry). Claro que isso não a impede de possuir suas fragilidades.

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Sei lá pq raios achei esse filme diferente dos demais de Almodovar.

Talvez por isso que tu citou, o ponto de vista é masculino.

 

Senti falta disso.

Diferente das mulheres chorosas e passionais, a personagem de Penelope parecia tão forte, um pouquinho maquiavélica e até meio masculina em suas atitudes, já que (spoilers) aguentava ser espancada p/ que o filme não fosse prejudicado.

 
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Acho mulheres racionais são meio raras nos filmes dele.

 

Isso do personagem de Penelope, suportar tudo em nome da arte, tb mostra que seu primeiro amor era o cinema ... aff!

 

By the way a cena descrita com Matteo tocando a tela é mesmo a mais forte do filme.

 

Sobre o que Gago citou, de Diego e Matteo escreverem a duas mãos (ou a duas cabeças)... meu! Eles fazem parecer tão fácil e divertido criar um roteiro... afff!
MariaShy2009-10-06 20:54:09
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Acho mulheres racionais são meio raras nos filmes dele.

 
[/quote']

 

Meio raras? Elas não existem em seus filmes! A mulher "Almodovariana" é passional, intensa até a carne.

 

Mas pela primeira vez não estou tão ansiosa por um filme dele, sei lá, este parece ser mais uma ode à Penélope Cruz.

 

Nem por isso deixarei de conferir! 03
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Mas ela até que merece.

Está estupenda e em papel duplo.

 

By the way, lendo o blog de Almodovar, vi que ele emputeceu por não ter se dado bem em Cannes.

Detonou o jornal El País... afff!

Não tiro a sua razão já que o crítico escreveu heregemente :

Não serei masoquista a ponto de ver Los Abrazos Rotos"  pela segunda vez”.

O Crítico já havia visto o filme na pré-estreia em abril no seu lançamento e haveria outra sessão p/ a imprensa.

 

 
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  • 1 month later...
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ABRAÇOS PARTIDOS - 6,5/10 - Eu não fui assistir ao novo filme do Almodóvar porque tinha me interessado por ele ou pq gosto especialmente dos filmes do diretor (os que vi são bons, mas não morro de amores por nenhum, embora "Carne Trêmula" seja o meu preferido). Eu fui assistir ao novo filme do Almodóvar por pura falta de opção mesmo. E ao final deste filme bastante irregular sai um pouco frustrado, mas com uma certeza de que dificilmente haveria um filme melhor pra conferir. O diretor espanhol expõe as suas paixões pelo cinema e por Penélope Cruz em uma trama sobre segredos, ciúmes e obsessões que demora a decolar (muito suspense por nada), desenvolve-se relativamente bem (muita paixão cercado de dramas e tragédias, às vezes auxiliados pela fraca muleta narrativa do "making off") e é encerrado com um terceiro ato fraco (verbaliza-se demais algumas surpresas e reviravoltas, algumas extremamente fracas). Ainda assim é um bom filme do Almodóvar, que não deveria finalizar seu filme às cegas, e Penélope Cruz, mesmo sem o mesmo brilho de "Volver", que tem uma atuação marcante e bastante especial. Lluís Homar está muito bem também e há um belo trabalho de fotografia a ser conferido. Thiago Lucio2009-12-06 19:58:11
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ABRAÇOS PARTIDOS - 6,5/10 - Eu não fui assistir ao novo filme do Almodóvar porque tinha me interessado por ele ou pq gosto especialmente dos filmes do diretor (os que vi são bons, mas não morro de amores por nenhum, embora "Carne Trêmula" seja o meu preferido). Eu fui assistir ao novo filme do Almodóvar por pura falta de opção mesmo. E ao final deste filme bastante irregular sai um pouco frustrado, mas com uma certeza de que dificilmente haveria um filme melhor pra conferir. O diretor espanhol expõe as suas paixões pelo cinema e por Penélope Cruz em uma trama sobre segredos, ciúmes e obsessões que demora a decolar (muito suspense por nada), desenvolve-se relativamente bem (muita paixão cercado de dramas e tragédias, às vezes auxiliados pela fraca muleta narrativa do "making off") e é encerrado com um terceiro ato fraco (verbaliza-se demais algumas surpresas e reviravoltas, algumas extremamente fracas). Ainda assim é um bom filme do Almodóvar, que não deveria finalizar seu filme às cegas, e Penélope Cruz, mesmo sem o mesmo brilho de "Volver", que tem uma atuação marcante e bastante especial. Lluís Homar está muito bem também e há um belo trabalho de fotografia a ser conferido. [/quote']

 

acho que você viu o mesmo filme que eu (os 20 minutos finais são fracos mesmo), mas curti bem mais.
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Tem spoilers menores no terceiro parágrafo, nada que entregue a estória.

Como eu comentei no tópico O Que Você Anda Vendo e Comentando, considero esse filme o melhor dentre os lançados nos cinemas neste ano. É como uma declaração de amor à arte de fazer filmes, à arte de delimitar uma realidade e de entregá-la aos outros, que vai se mostrando de maneira bem cadenciada numa trama que mistura harmoniosamente vários gêneros (noir, melodrama, comédia).

Almodóvar, que conhece tanto do ofício de fazer cinema quanto de sua história, é da melhor estirpe dos grande diretores que já executaram melodramas (John M. Stahl, Douglas Sirk, Rainer Werner Fassbinder, Wong Kar-Wai, Max Opüls) e demonstra isso em cada frame, misturando referências e identidade própria (com claro predomínio desta última, entretanto). Mas o modo como ele trata a imagem é uma coisa que eu, que vejo filmes há mais de duas décadas, nunca vi ninguém fazer igual. Os enquadramentos e as cores parecem pinturas, é um negócio fantástico.

 

Gostei muito da forma pela qual ele retrata Lena em fases sucessivas: secretária, prostituta, amante, atriz e, finalmente, mulher. As cenas em que Lena encontra a felicidade nos braços de Harry são de uma beleza absurda, assim como a catarse final de Judit (meritos também de Blanca Portillo, fantástica), que mais parecia uma represa erodindo. Eu achei o final do filme muito lindo, aliás. Uma expiação de todas as frustrações e de todos os pecados, voluntários ou não, pela arte. Almodóvar tem essa busca incessante pela transcendência que coloca os filmes dele num patamar único.

 

Enfim, cinema com C maiúsculo, de gente grande. Eu creio que Abraços Partidos entra para a galeria dos grandes filmes feitos sobre a paixão entre a imagem e o cineasta que a captura. Ainda bem que Almodóvar, como diz Harry, não tem interesse em escrever (e muito menos em dirigir) cinebiografias, remakes ou seqüências. Ele, que é um auteur verdadeiro, está muito acima disso.

 

P.S.: Vejam esse filme no cinema. Ele merece.

 
Alexei2009-12-10 12:22:55
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Mas esse aqui é que nem o Fale com Ela. Um filme protagonizado por homens' date=' sobre mulheres, a influência que elas exercem na vida deles.

[/quote']

 

Disse tudo. E o filme é, como eu nunca vou cansar de repetir, fabuloso.

 

Eu li que esse filme seria um dos poucos erros cometidos pelo Almodóvar... que bom, não acreditei mesmo...

 

 
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Mas que pequena delícia esse filme, hein?? Vi agora há pouco e achei fantástico. Nem sei muito o que dizer, só que acho que o Almodovar é daqueles raros caras que combinam talento artístico com um ótimo conhecimento das mulheres. E aí consegue fazer coisas como esse filme maravilhoso.

 

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Estreou aqui' date=' e NÃO VI AINDA!Heresia![/quote']

É,  faz umas duas páginas que tu tá se esquivando... aff! 0606

 

By the way, sei lá se é uma impressão pessoal, mas acho que Penelope se entrega mais quando dirigida por Almodovar.

 

Ou de repente tb pode ser que as mulheres de Almodovar são todas assim estupendas, intensas e qdo comparadas, personagens de produções americanas  pareçam mais...sei lá... "mornas" (?)
MariaShy2009-12-15 11:56:47
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