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Adão Negro (Dwayne Johnson)


Jailcante
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WB não queria retorno de Henry Cavill como Superman, diz The Rock

The Rock e a produção de Adão Negro tentaram por seis anos colocar o Superman de Henry Cavill no filme do mago sombrio da DC.

WB não queria retorno de Henry Cavill como Superman, diz The Rock

O astro The Rock revelou em entrevista que os executivos dos estúdios da Warner Bros. não queriam que Henry Cavill fizesse uma participação como Superman em Adão Negro. Respondendo a uma pergunta de um repórter, durante a première mundial de Adão Negro nesta semana, The Rock afirmou que ele e a produção do filme levaram anos tentando convencer a antiga chefia da WB e subsidiária da DC Films a trazer de volta o Supercavill ao DCEU.
“Isso levou seis anos. Repito: Levamos seis anos para conseguir isso. Estávamos em negociações, mas eles sempre diziam NÃO. Mas agora essa diretiva não existe mais.”, contou Rock.
A divisão de filmes da Warner Bros, que era dirigia por Toby Emmerich, e agora é supervisionada por Michael De Luca e Pamela Abdy. Já a DC Films ainda é chefiada por Walter Hamada, até que se encontre um nome para comandar a DC Studios, ou até o lançamento de Adão Negro, mas o executivo perdeu muita força e poder de decisão na Warner e está de saída.
Todas essas mudanças acontecem com o surgimento da nova empresa-mãe Warner Bros.Discovery, comanda por David Zaslav, no início do ano, que é dona dos filmes da WB e da DC. Antes o grupo se chamava WarnerMedia e tinha Jason Kilar como seu CEO.

 

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Falando com o The Direct, Aldis Hodge revelou que a Mulher-Gavião ficou de fora do filme de forma “intencional“, provocando que já existem planos para apresentar a Mulher-Gavião em algum projeto futuro. Confira abaixo a declaração do ator:
Seria incrível, mas ela não estar lá é intencional. Temos espaço para crescer, então, no entanto, podemos ir mais longe e podemos explorar diferentes caminhos, espero que essa seja uma das vias que podemos seguir. Mas tudo tem um significado e um propósito.
Vale lembrar que o próprio Dwayne Johnson revelou que se Adão Negro for um sucesso, vai gerar diversos derivados focados nos membros da Sociedade da Justiça. O ator esperou pelo projeto por vários anos, trabalhando com o produtor Hiram Garcia para tornar a produção uma realidade.
https://thedirect.com/article/black-adam-hawkgirl-dceu-exclusive

Black Adam Hawkgirl Justice Society of America

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Dwayne Johnson:

‘Eu estou em uma posição diferente da que estive há 10 anos. Agora eu posso pedir algo, e acontecerá. Adão Negro, Liga da Justiça e Esquadrão Suicida coexistem no mesmo universo. Se o público quer que se juntem, seus caminhos se cruzarão’

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De acordo com Daniel Richtman (via Prateon), Henry Cavill só voltou para o DCEU porque o seu amigo The Rock insistiu para que a Warner Bros. se acertasse com Cavill.
Se não fosse por Dwayne Johnson, o Supercavill iria ficar de fora de Adão Negro e do novo DCEU que surgirá ao fim de The Flash.
Os planos iniciais da WB era que o Superman desaparecesse com os eventos de Flash, dando lugar à Supergirl de Sasha Calle.
Mas por conta da insistência de The Rock (e da nova diretoria da WBD), o novo Universo Estendido DC terá Superman e Superman coexistindo no mesmo mundo.

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nao sei se comemoro ou nao...🙄

The Rock indica retorno do Coringa de Jared Leto ao DCEU

Além do Superman de Henry Cavill, o Coringa de Jared Leto pode estar retornando também ao DCEU, indica The Rock.

The Rock indica retorno do Coringa de Jared Leto ao DCEU
Astro e produtor de Adão Negro, The Rock pode ter indicado o retorno do Coringa de Jared Leto ao Universo Estendido DC.
De acordo com a página DCVerso, Dwayne Johnson mencionou em nova entrevista que o Coringa do DCEU poderá voltar a aparecer cruzando o caminho de Adão Negro e de outros heróis dcnautas.
“Adão Negro, Mulher Maravilha, Superman, Batman, Flash! Todos coexistem no mesmo mundo. Adão Negro está de um lado, o Coringa do outro, a Liga da Justiça do outro, e eles vão todos se cruzar em algum momento, porque os fãs querem isso”, disse The Rock.
O filme Adão Negro mostrará um pouco dessa grande conexão, já que contará com Amanda Waller (Viola Davis), chefe do Esquadrão Suicida, e Superman (Henry Cavill), líder da Liga da Justiça.
Será que, assim como Cavill e Ben Affleck, Jared Leto também retornará ao DCEU? Comente abaixo em nosso bloco de comentários.
No Brasil, Adão Negro estreia em 20 de outubro nos cinemas.
em tempo, o embargo das criticas do filme termina amanha, ai vamos ver se o filme é tudo isso ou nao... pq ate agora so resenha frufru de exibicao premiere onde os caras recebiam brinde e afago do astro....
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Revelado como The Rock trouxe o Superman de Henry Cavill de volta à DC

Retorno de Henry Cavill ao DCEU teve batalha travada entre o astro The Rock e o chefe da DC Films Walter Hamada.

Revelado como The Rock trouxe o Superman de Henry Cavill de volta à DC
Como revelamos anteriormente, o astro e produtor The Rock foi o grande responsável pelo retorno do Superman de Henry Cavill ao DCEU. E os detalhes dessa negociação do Adão Negro com a Warner Bros. acabam de ser revelados.
De acordo com o site The Hollywood Reporter, Superman, assim como Cavill, não estavam nos planos iniciais de Adão Negro. A ideia surgiu durante uma rodada de refilmagens para o filme no início deste ano, mas a participação especial foi recusada por Walter Hamada, chefe da DC Films. 
Hamada tinha seus próprios planos para o Homem de Aço, um deles envolvendo um filme de um Superman Negro escrito por Ta-Nehisi Coates (que continua em desenvolvimento).
Depois que Hamada disse não, Dwayne Johnson deu a volta no executivo, virando-se para os chefes da Warner Bros. Pictures, Michael De Luca e Pam Abdy, que concordaram.
Uma furiosa rodada de negociações ocorreu antes do Dia do Trabalho americano (que acontece na primeira segunda-feira de setembro), prazo insistido pela Warners, com a cena sendo finalmente filmada em meados de setembro.
Outra peça importante no retorno de Cavill à DC foi a produtora Dany Garcia. Além de ser empresária, parceira de produção na Seven Bucks Entertainment e ex-esposa de The Rock, Garcia ainda representa Cavill. Ou seja, seu papel foi fundamental para acertar as exigências do intérprete do Superman com a WB.
Esse retorno de Cavill parece ter sido um dos grandes motivos para Hamada pedir para deixar a DC Films, que a partir do lançamento de Adão Negro será comanda provisoriamente pela dupla De Luca e Abdy enquanto o CEO da Warner Bros. Discovery, David Zaslav, não encontra alguém para ficar à frente do vindouro estúdio DC Studios.

 
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sobre o The Rock

ele fez o Ramada (produtor executivo que aparentemente odeia o Superman) pedir as contas. Toda essa virada de mesa é por conta do Dwayne; ele sabe o que os fãs querem e sabe como botar o negócio pra funcionar. quem sabe...

Thumbnail

 

apesar disso acho besta a decisao de peitar diretamente o Panteroso, que a te publico cativo garantido..

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12 hours ago, Jorge Soto said:

Outra peça importante no retorno de Cavill à DC foi a produtora Dany Garcia. Além de ser empresária, parceira de produção na Seven Bucks Entertainment e ex-esposa de The Rock, Garcia ainda representa Cavill. Ou seja, seu papel foi fundamental para acertar as exigências do intérprete do Superman com a WB.

 

Caraca, "Dei um Google" na senhora Dany Garcia e a mulher parece a She-hulk, nem precisa de CGI. Só precisou ter como empresária a ex do The Rock? Nessa horas, o agente do Jared Leto que conseguiu Morbius pra ele deveria estar atualizando o Linkedin,pois logo logo o telefone da She-Garcia vai tocar...

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56 minutes ago, Big One said:

Ja no Rotten....tem 42, eh pouco, mas ainda assim ruim. 

 

20221018_194036.jpg

Agora que o embargo caiu tá fácil achar critica detonando na web, ou seja, tá longe de ser aquela cocada que o público selecionado a dedo da estreia comentou..

Tão falando que é bem feito, mas confuso e cansativo..e raso nos personagens... falam que até diverte, mas que não vai ser o salvador da DC

 

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21 minutes ago, Jorge Soto said:

Os caras são ligeiros😂 já tem na internet o filme mas em qualidade bem porca! Passo. Não tô tão desesperado pra conferir, coisa que só devo fazer quando tiver uma de qualidade decente disponível..  Gastar cinquentão no cinema sem chance😂

Será que já tem a tal comentada cena pós crédito disponível?

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13 hours ago, Jorge Soto said:

Os caras são ligeiros😂 já tem na internet o filme mas em qualidade bem porca! Passo. Não tô tão desesperado pra conferir, coisa que só devo fazer quando tiver uma de qualidade decente disponível..  Gastar cinquentão no cinema sem chance😂

Mordi a lingua...nao resisti🤣

Adao Negro é um genérico e esquecível filme de herói que poderia ter sido melhor do que é. O diretor é bom mas deve ter sido obrigado pelo The Rock a abrir mao visivelmente de muitas decisoes criativas no longa. Muito bem feito, o filme escancara cada centavo na fotografia na tela, a trilha original é legal, mas a trilha pop é bizonha (Rolling Stones com Kanie West?). A introducao do Adao é feita as pressas e ele já logo ta apavorando geral pra ser contido pela SS, é muita coisa que espremeram pra pouco mais de duas horas. As cenas de acao sao boas e bem destruidoras, tipo Man of Steel só que com comédia, mas aqui ninguem vai reclamar da destruicao das cidades pra conter inimigo🤣. Meu problema é com a canastrice do Adao do The Rock, pelamor! Quando ele fala sério sempre lembro da Fada do Dente, pois a caradepau dele combina mais com a franquia do F&F que aqui, que soa forcada demais. O melhor disparado é a Sociedade da Justica, que merecia filme próprio👏. Os arquétipos da Liga estao todos ali, melhorados. O Gaviao (Aquaman) é o fodao, o Destino (Batman) é o mentor rico da galera, a Ciclone é a WW rejuvenescida e o Esmaga-Atomo é o pateta esfomeado feito o Ezra Miller. De longe Aldris Hodge e o ex-007 se destacam, eclipsam fácil o protagonista quando aparecem. Você fica querendo ver mais e saber do passado da SS, e esquece totalmente o dramalhao da trama do Adao. Gente, e se vocês achavam que Hares e Lobao da Estepe viloes genéricos esperem pra ver esse Sabbac!!! PQP🤮!!! É um filme que vai agradar quem nao espera muito ou desconhece o material original, mas quem manja bem o Adao das HQs vai ficar meio assim com a caracterizacao que o The Rock lhe impôs. Dá pra ver mas é aquele picolé de xuxu com sabor especial só na cena pós-credito, que todo mundo ja sabe qual é. 8-10

Black Adam Reveals New IMAX Poster As Tickets Go On Sale

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E daqui a duas semanas o filme do The Rock vai peitar diretamente a sequencia do Panteroso 🙄

Para David Fear da Rolling Stones, “Johnson não é o problema de Adão Negro… Os problemas estão em todo resto que acontece na tela ao redor dele. Até para os padrões suspeitos do DCEU, é uma bagunça de capa.”

Já Alonso Duralde do TheWrap diz que “a ideia de introduzir novos heróis com poderes primeiro, origem depois, parece atraente no papel, mas saber nada sobre a Sociedade da Justiça e seus membros não faz deles adversários particularmente interessantes para nosso protagonista anti-herói.”

Por fim, Peter Bradshaw, do The Guardian, elogia o filme, destacando que “Johnson está bem posicionado para perceber o potencial dos filmes de super-herói como uma comédia de ação surrealista.”

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  • Jailcante changed the title to Adão Negro (Dwayne Johnson)
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CRÍTICA: ADÃO NEGRO VEM PARA DECRETAR O FIM DA ERA DOS SUPER-HERÓIS  (1.5/5)

A hierarquia da DC Comics mudou de fato… para pior. 

Já não é de hoje que se discute a “saturação dos filmes de super-heróis“. Com o inchaço midiático da Disney, a constante tentativa da Warner de criar um universo consolidado e os exercícios dissimulados de outros estúdios, as histórias em quadrinhos se tornaram material fértil para a criação de personagens sobre-humanos no cinema, mas a quantidade excessiva dessas obras teceu um questionamento: afinal, uma hora o público vai se cansar, né?
Na superfície, parece que não. O Universo Cinematográfico da Marvel anda lançando mais de dez produções todos os anos (se contarmos com as séries do Disney+ e especiais esporádicos), enquanto a DC Comics vem criando vários afluxos para franquias que não são tão presas ao universo “principal”, vide o sucesso desenfreado de Coringa, que vai ganhar sua própria continuação, e The Batman, que em breve se tornará uma nova franquia.
Com isso, Adão Negro, o novo filme do Universo Estendido da DC, vem para mostrar ao público que ainda há um forte interesse e uma forte tentativa de continuar a linha narrativa estabelecida originalmente por Zack Snyder lá em 2013, mas com uma cara repaginada. Porém, em meio às suas tentativas de acerto, o novo filme veio para deixar claro que a era dos super-heróis chegou ao fim… ou ao menos, deveria chegar.
No longa, somos apresentados a Teth-Adam, guerreiro que faz parte das lendas de Kahndaq, uma nação fictícia que, no passado, foi dominada por um rei egoísta e maléfico. Adam chegou a destruir o rei e passou milhares de anos deixado de lado, até que é acordado mais uma vez e descobre que o futuro de seu povo é ainda mais assustador que o passado.
Ao ver Kahndaq dominada pela Intergangue, uma milícia ultra-tecnológica que usa equipamentos energizados por um metal mágico, ele entra em uma nova jornada para libertar seus irmãos e irmãs, tudo isso enquanto dá de cara com a Sociedade da Justiça da América, uma organização de super-heróis enviada para impedi-lo a qualquer custo. E no centro de tudo isso, ainda temos Adrianna Tomaz, uma líder revolucionária que vive com sua família.
Desde o começo, o filme já se vendia como um longa de ação frenética e irrefreável, e isso é exatamente o que temos. A porradaria come solta a partir dos cinco minutos iniciais, e se desenvolve de uma maneira quase angustiante, sem nenhum espaço para o desenvolvimento de tantos personagens. Porém, no fim das contas, nem a ação salva o que parece ser mais um projeto sem pé nem cabeça da DC Comics.

O maior inimigo de uma boa história: O algoritmo
A melhor forma de descrever a experiência que é Adão Negro é dizer que o filme é a versão cinematográfica de uma arte feita por inteligência artificial. Você consegue reconhecer padrões e formas que são comuns a todos os filmes do nicho dos super-heróis, há pequenas doses de “autoralidade” que mais parecem copiadas de outros artistas e, no fim, temos um produto disforme, sem apuro estético e que se limita a vomitar algoritmos e mais algoritmos.
É quase como se o longa dirigido por Jaume Collet-Serra fosse uma colcha de retalhos de tudo que vimos com os grandes ícones da Marvel e da DC nos últimos dez anos. Uma nação fictícia (possivelmente africana) com seu metal desejado por forças externas? Temos! Uma batalha com um mago capaz de se multiplicar e criar caleidoscópios? Nós temos também! Ação a la Snyder, junto do discurso em torno da necessidade de heróis? Mais um ponto!
Agora, um bom roteiro? Não… isso vai ter que ficar para outro dia.
Chega a ser surpreendente que isso tenha sido escrito não por um nem por dois, mas por um trio de roteiristas (que são Adam Sztykiel, Rory Haines e Sohrab Noshirvani), já que em momento algum percebe-se um fiapo de narrativa que sustente duas horas de filme. Na prática, Adão Negro funciona como uma série de sequências de ação soltas que são coladas por muitos momentos expositivos.
E nesse ponto, fica até engraçado ver algumas das reações iniciais que diziam que o filme “tem o melhor trabalho de construção de universo da DC em anos”, o que é um completo absurdo. Não há mitologia alguma sendo construída, não há tentativa de dar aos personagens algum desenvolvimento básico. Tudo o que temos são informações bem importantes para o desenrolar da trama sendo vomitadas a esmo.
Isso já se prova na sequência de abertura do longa, que vem para apresentar o personagem central e sua origem. No fim, há uma reviravolta envolvendo essa abertura que até funciona, mas que torna o filme extremamente inchado com suas intermináveis cenas (repetidas) de flashbacks. E olha que Dwayne Johnson se esforça para entregar um personagem igualmente carismático e ameaçador, mas nem o astro consegue torná-lo algo mais que apático.
A Sociedade da Justiça é outro ponto bem irritante do filme. O quarteto vivido por Pierce Brosnan (Sr. Destino), Aldis Hodge (Gavião Negro), Quintessa Swindell (Ciclone) e Esmaga-Átomo (Noah Centineo) funciona mais como um entrave para o próprio Adão Negro, e o longa até pincela a hipocrisia de um grupo americano interferindo em nações estrangeiras por ordens superiores, mas esse tema nunca é aprofundado e se torna apenas uma rixa besta e repetitiva.
Contudo, nada irrita mais que todo o núcleo envolvendo Adrianna Tomaz. Para não soar apenas rancoroso, Sarah Shahi está dando seu máximo no papel, mas o texto torna a personagem rasa como um pires. Em dados momentos, ela muda de ideia numa velocidade impressionante, e alguns de seus diálogos se contradizem em meros segundos de distância.
Pior do que ela, apenas o filho. Amon, interpretado por Bodhi Sabongui, é aquele clássico personagem que faz o papel “do público” em toda a ação, mas até o carisma do ator é sabotado por uma infinidade de momentos irritantes. Ele está sempre dando aulas de como se “deve ser um super-herói”, e como o Adão Negro pode ser famoso e ganhar “mochilas e lancheiras” próprias. Há uns cinco anos atrás, com Deadpool, esse discurso até podia ser novidade, mas hoje só soa cínico e acusatório do quanto os super-heróis se tornaram apenas uma máquina de dinheiro fácil.
Aliás, o filme também não faz um bom trabalho construindo seus antagonistas. A Intergangue é uma mera equipe de papelão colocada ali para que Adão Negro tenha quem socar e matar, enquanto o grande antagonista, Sabbac, não passa do monstro de CGI mais genérico que você já viu… isso é, até estrear outro filme de super-herói com um outro vilão computadorizado.
No fundo, Adão Negro me fez ter saudade da época em que Zack Snyder comandava os filmes da DC Comics – e não porque eles eram bons, mas porque pelo menos havia alguma visão criativa por trás de tudo aquilo. Mesmo em seus piores momentos, como as intermináveis três horas de Batman vs. Superman: A Origem da Justiça, o diretor pelo menos tinha algo a dizer e não pensava em fazer um “filme de super-heróis qualquer”.
Aliás, a impressão que passa é que o próprio Jaume Collet-Serra também sente essa ausência, e talvez essa seja a única justificativa por trás do excesso de cenas em câmera lenta colocadas ali para insertar o público na ação – o que quase sempre não funciona, já que as grandes sequências são carregadas de fundo verde, areia voando e detritos vindos de todos os lados. Isso tudo faz a batalha final de Homem de Aço parecer uma verdadeira obra-prima.
Porém, o mais decepcionante é constatar que não há mais qualquer tentativa de se fazer algo minimamente bom – e isso não é uma crítica exclusiva à DC Comics, já que a Marvel teve a proeza de emplacar, nos últimos dois anos, obras altamente questionáveis como Viúva Negra e Thor: Amor e Trovão. Em meio ao seu discurso batido e piegas, Adão Negro pelo menos acerta em um ponto: a era dos heróis está em seu crepúsculo.
É claro que isso vai se tornar uma franquia – afinal, quem dispensaria o superpoder de The Rock, que é capaz de extrair dinheiro mesmo nas produções mais questionáveis? Porém, se esse é o novo rumo que a DC Comics optou por tomar nos cinemas, é um caminho deveras triste. Um caminho que não se importa de fato com essas figuras e o que elas representam para o mundo.
Talvez Alan Moore esteja certo e todos devêssemos parar de dar tanta bola para heróis e histórias em quadrinhos. Talvez, o cinema finalmente esgotou todas as possibilidades criativas dentro dessas franquias. Talvez, tenhamos que aturar obras cada vez mais genéricas, mastigadas e sem nenhuma preocupação estética ou artística. Talvez, talvez, talvez… se ao menos fôssemos como o Senhor Destino, preveríamos o futuro e descobriríamos quão fundo esse poço é capaz de chegar.
Adão Negro é uma obra vergonhosa que poderia ter feito sentido dez anos atrás, quando ainda não tínhamos centenas de seres com capas e poderes divinos voando alucinadamente nas telas de cinema todos os meses. É um filme de ação que entedia e que confunde construção e desenvolvimento narrativo com uma tonelada de easter-eggs vomitados e uma cena pós-créditos “empolgante”. E talvez isso seja o que muitos fãs queiram ver, mas eles certamente mereciam algo muito melhor.

https://www.legiaodosherois.com.br/2022/critica-adao-negro-dc.html

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