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Forum Cinema em Cena

19 Dias de Horror


Jailcante
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Boar é um terror B de bicho assassino ruim. É um slasher animal so que ao invés da Anaconda (que pelo menos era divertida) é um javali com sangue no zóio do tamanho de um rinoceronte. Mal editado, com erros de continuidade, decisões ridículas dos personagens, etc..vai vendo, já na metade do filme 90% do elenco foi pro saco! Quica o único que preste são os efeitos práticos do bicho. Curiosidade é ver o chegado do Rob Zombie, Bill Moseley, e o Natan Jones, o Rictus Erectus de Mad Max, ambos figurinhas deste gênero pagando mico nesta produção australiana. 6-10

Boar Movie Poster |Teaser Trailer

 

 

Slayers é um terrir fraco, prontofalei! É um Zumbilandia com vampiros que tenta ser modernoso no formato youtuber, mas o roteiro é fraco, o gore é mediocre e as piadas são dignas de Praca é Nossa! Triste é ver tanto ator bom desperdiçado nesta bodega: o Justiceiro Thomas Jane, a Pequena Miss Sunshine Abigail Breslin, a heroina de Watcmen, Malin Akerman, etc..o único legal é o uso da cultura streamer, mas o filme não sabe que rumo tomar e cai nesse samba-do-crioulo-doido apático e sem graça! 6-10

Slayers (2022) - IMDb


 

Project Wolf Hunting é um bacanudo terror de ação sul coreano que mistura a trama de Con Air , vilões de Soldado Universal e violência sangrenta de Operação Invasão. Vai vendo, violentos criminosos são transportados num cargueiro e fazem motim, so que acordam um experimento frankensteniano dos japoneses da Segunda Guerra, escondido na carga!!! O filme é frenético e dinâmico, quando começa a carnificina não para um segundo. As atuações estão ok e o gore é de dar gosto. So achei a duração excessiva desnecessária e alguns cacoetes agridoces da trama nada a ver, mas beleza. 8,5-10

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Terrifier foi a surpresa da semana. É um slasher acima da média pois subverte expectativas, uma vez que quem você acha ser a final girl não tarda a ir pro saco de forma bem nojenta e por ai vai, ele é aleatório em personagens dando protagonismo ao seu killer clown! A violência e brutalidade impressionam nos seus caprichados efeitos práticos old school, chega perto do cinema francês. Mas seu trunfo mesmo é seu silencioso palhaço, que ta acima do Jason e Michael Myers, pois se beneficia muito de expressões e linguagem corporal bem impresionantes, o que o aproxima em certo grau, ao Freddy Krueger. Como cereja do bolo, referências a Jigsaw, Silêncio dos Inocentes e Halloween fecham este pacote. 9-10

Terrifier 2017 Filme De Horror Art Silk Poster 24x36 Polegada 24x43  Polegada 1249 De $76,96 | DHgate

 

 

Terrifier 2 é a continuação razoável do filme anterior. Se o original era anárquico e aleatório este aqui já tem um fiapo de roteiro e uma personagem principal. Se no anterior era imprevisível este aqui ja sabe de cor como termina. Outro ponto negativo foi a inserção de fatores mágicos na trama, pelamor, que destoa da mitologia sobrenatural que estabeleceu, sem falar que enfiaram uma menina palhaça parceira, nada a ver.. E outra, duração excessivae subtramas desnecessárias! Mas o filme tem pontos positivos: mortes bem brutais e o carisma do seu protagonista silencioso, uma vez que o Artie se sustenta sozinho (não precisa por isso da menina palhaça!). Resumindo: inferior ao original, mas superior ao que se vê normalmente. 8-10
Terrifier 2 (2022) - IMDb

 
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Run Sweethart Run é um ótimo filme que não dava nada e foi a grata surpresa da semana. Ele começa como poderoso thriller policial e depois muda de gênero, tal qual Drink no Inferno, e se torna um bacanudo terror sobrenatural onde tudo rola organicamente sem parecer forcado. A mensagem do filme é poderosa também, uma vez que o machismo, preconceito e abuso aqui são literalmente o mal encarnado no vilão. A também a quebra da quarta parede, estilo Deadpool, onde o vilão pede pro espectador desviar o olhar na hora em que ele comete suas atrocidades e por ai vai. Na verdade é um filme já visto antes, mas o formato como é mostrado tudo é diferente e so pela originalidade ja vale a bizoiada. 9-10

Run Sweetheart Run (2020) - IMDb

 

 

Sinphony: A Clubhouse Horror Anthology  é uma antologia de nove curtas de terror bem fraca, que tem até boas idéias mas a execução é péssima. Pra variar o resultado irregular depõe contra alguns curtas que conseguem ser melhores que outros. Os legais são o da mina que quer voltar a ser jovem, a da assaltante azarada e o do zelador. O legal desta coletânea é que os curtas tem como espinha dorsal uma mesma música, que em cada curta toca em estilo e forma bem diferenciada. O desfecho dele dá uma nova amarrada nos curtas, com personagens de um e de outro se juntando.  E só. 7-10

Sinphony (2022) - IMDb


 

The Lair é um fraquinho terror B de ação de um diretor que ja fez coisa muito melhor, tipo Abismo do Medo e Dog Soldiers mas que decaiu muito depois que fez o medonho remake de Hellboy. Roteiro genérico, protagonista clone da Milla Jovovich, personagens clichê caricatos ate o sabugo da unha com atores que despontam pro anonimato, etc.. Aqui fica difícil culpar os atores diante do roteiro tosco mas as comparações com Resident Evil e Dog Soldiers serão inevitáveis diante da falta de originalidade. Se você não espera nada e não levar muito a serio pode ate curtir esta bagaceira, mas não foi o meu caso. Se algo vale é o design do monstro, mas nao segura todo conjunto. 6-10

The Lair (2022) - IMDb

 

 


Shut In é um bom thriller que sabe utilizar bem pouco a seu favor. Pessoas que ficam presas em locais improváveis e tentam se virar nos trinta geram bons survivals, como os ótimos 127Hrs (preso numa pedra), o indiano Trapped (preso num apartamento) e o tailandês The Pool (preso numa piscina). Aqui a protagonista fica presa na despensa da cozinha🤣(!?)...sim, é isso mesmo! Mas o filme te prende e deixa tenso pelos demais fatores que adrenam o longa, tipo filhos pequenos sozinhos, namorado viciado, etc.. O filme so peca quando tenta dramalhão ao fazer paralelismos religiosos da prota com Jesus, numa espécie de redenção, mana? Atuado corretamente, duração enxuta e algumas boas sacadas eis um pequeno grande filme. 8.5-10

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Barbarian
2022 ‧ Terror/Mistério ‧ 1h 43m

 

Noites Brutais, Star+

Que decepção, fui na dica de um colega, que ainda disse, "não veja o trailer". Isso só funciona se o filme é bom. Mas quando é ruim. O trailer ajuda a escapar da bomba. 

O filme começa bem com uma noite chuvosa, bairro sinistro, noite, tendo que dividir a casa com um estranho. Aí vem um jump scare e vc já fica na defensiva. 

Depois a protagonista começa a ignorar todos os sinais de perigo, indo de encontro ao perigo em alguma momentos. Chega num ponto que vc abandona a protagonista. Burrice tem limite. Mas então o filme dá uma virada e parece que a coisa pode ficar interessante. Mas um novo personagem toma umas decisões pra lá de sem noção. E vc só espera que o filme acabe logo. 

 

 

 

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On 11/7/2022 at 12:11 AM, Big One said:
Barbarian
2022 ‧ Terror/Mistério ‧ 1h 43m

 

Noites Brutais, Star+

Que decepção, fui na dica de um colega, que ainda disse, "não veja o trailer". Isso só funciona se o filme é bom. Mas quando é ruim. O trailer ajuda a escapar da bomba. 

O filme começa bem com uma noite chuvosa, bairro sinistro, noite, tendo que dividir a casa com um estranho. Aí vem um jump scare e vc já fica na defensiva. 

Depois a protagonista começa a ignorar todos os sinais de perigo, indo de encontro ao perigo em alguma momentos. Chega num ponto que vc abandona a protagonista. Burrice tem limite. Mas então o filme dá uma virada e parece que a coisa pode ficar interessante. Mas um novo personagem toma umas decisões pra lá de sem noção. E vc só espera que o filme acabe logo. 

 

 

 

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Pô, tão ruim assim, BIG? A crítica geral tava elogiando bastante (o que também não quer necessariamente dizer alguma coisa.

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 Visto HELLRAISER

 

RESENHA: Hellraiser (2022) | Toca o Terror

 

  Na trama, Riley (Odessa A'zion) é uma jovem dependente química em recuperaçao, que em busca de dinheiro facil, acaba aceitando participar de um roubo, mas tudo o que ela consegue é uma misteriosa caixa de quebra cabeça. Mas ao resolver o quebra cabeça, Riley passa a ter visões com macabras criaturas mutiladas que passam a persegui-la, pondo não só a sua vida em risco, mas de todos a sua volta.

 Tendo início em 1987 com o lançamento do filme original de Clive Barker (que produz o reboot de 2022), a franquia "Hellraiser" se tornou uma das séries de filmes mais reconhecidas pelos fãs do gênero, ao apresentar a mitologia dos demôniacos cenobitas. O visual macabro acachapante, e as temáticas psicossexuais foram coroadas pelo assombroso trabalho de Doug Bradley como Pinhead, o líder dos cenobitas, que alçou o HELLRAISER original ao posto de clássico Cult, e tornou Pinhead um dos grandes vilões do gênero. Nove sequências se seguiram (em sua maioria lançadas direto para o Home Video), e talvez umas duas possam ser  divertidas, mas em sua maioria, são uma porcaria. As sequências mais recentes sequer contavam mais com Bradley como Pinhead, já que foram feitas declaradamente pela hoje finada Dimension Films para não perder os direitos da franquia.

Chegamos então a esse reboot intitulado simplesmente HELLRAISER, que diferente do que se imaginou inicialmente, não é um remake do original, mas como todo reboot puro, reinicia a franquia do zero. A missão de tornar Pinhead e os cenobitas minimamente respeitáveis novamente coube a David Bruckner (de O RITUAL e A CASA SOMBRIA), que traz como mudança mais chamativa  a troca de sexo de Pinhead, agora vivida pela atriz transgênero Jamie Clayton (curiosamente em uma aproximação com o romance original de Barker, onde o vilão era de fato uma figura mais andrógina do que a figura "a lá Dracula" da adaptação). Pois bem, posso dizer que embora não seja uma obra perfeita, o HELLRAISER de 2022 consegue sim devolver aos cenobitas a dignidade que eles talvez não tivessem desde os dois filmes originais dos anos 80, em um filme que é o melhor da série desde o original, e não por que a concorrência não é dura, mas por que é bom mesmo.

 O roteiro escrito a quatro mãos por Ben Collins e Luke Piotrowski (dupla que trabalhou com o diretor em A CASA SOMBRIA) reimagina a mitologia em torno dos cenobitas e do cubo de quebra cabeça de forma instigante, nos dando apenas as informações necessárias para que compreendamos a história, mas deixando o suficiente em suspenso para criar uma bem vinda aura de mistério em torno de Pinhead e o universo do Leviatã, a criatura que rege o universo de onde vem os cenobitas. Gosto também da metáfora que o filme faz ao vício e de como ele pode não só nos destruir, mas ameaçar aqueles que só querem nos ajudar. Esteticamente é um filme bastante interessante, e curti como o visual dos cenobitas é reimaginado, com as suas roupas sendo não mais feitas de couro preto, mas de sua própria pele e músculos retorcidos. Jamie Clayton manda muito bem mesmo como Pinhead, e é uma substituta digna para Bradley. A atriz acertadamente não tenta copiar a performance de Bradley, criando uma Pinhead menos ácida, mas mais enigmática, mas que se mantém completamente fiel ao espirito do personagem criado por Clive Barker.

 Em resumo, HELLRAISER é o primeiro filme realmente bom da franquia em décadas, e que realmente entende os conceitos que tornaram Pinhead e os seus cenobitas tão aterradores em 1987. Poderia ser um pouco mais enxuto, e ter uma protagonista um pouquinho mais carismática, mas definitivamente faz jus ao legado de Clive Barker e Doug Bradley, e não me importaria de ver Clayton vestindo esses pregos de novo se mantiverem o nível apresentado aqui.

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  • 2 weeks later...
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Sexta-feira 13 Parte VII - A Matança Continua (Friday the 13th Part VII - The New Blood, Dir.: John Carl Buechler, 1988) 2/4

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Esse talvez seja um retrocesso na série, já que a Parte 6 foi única, colocou algo ali relevante na série, esse aqui já resolveram voltar atrás com o arroz e feijão. Vejo esse aqui se espelhando muito na Parte 4 (já que tem uma estrutura similar com uma casa com adolescentes e outra com uma família morando ali), mas acabou não tendo o mesmo impacto já que a censura na época dilacerou o filme nas suas mortes mais gráficas. Perdeu muito com isso, mas restou a Tina, garota com poderes paranormais, uma personagem realmente interessante que vai ter um embate forte com o Jason no fim do filme. Memorável porque é o primeiro filme que traz o Kane Hodder como Jason (o ator/dublê que ficou mais tempo com o personagem).Tenho uma memória afetiva com esse já que foi o primeiro que vi nos cinemas, e surgiu bem na época que por aqui o pessoal estava descobrindo a série ( com o advento do VHS). Ainda continua querido apesar de tudo.

 

Sexta-feira 13 Parte VIII - Jason Ataca Nova York (Friday the 13th Part VIII - Jason Takes Manhathan, Dir.: Rob Hedden, 1989) 1/4

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Esse  aqui foi minha primeira decepção com a série (e logo depois teve o Jason vai pro Inferno..). Talvez não pelo filme em si, mas pelo título bem equivocado. Será que ninguém notou que não faz sentido o filme ter esse nome? Prometendo algo que só vai tomar uns 15 min. de filme? Inexplicável. Tem uma cena memorável que é a morte do Julius o boxeador, e outros momentos interessantes em Vancouver (que era pra ser Nova York), se o filme fosse quase todo em Nova York, com certeza, teria cenas mais memoráveis, mas perde tempo demais num barco onde nada muito bom acontece e tudo é meio enrolado/lento demais. Visu do Jason não faz sentido, a morte dele também, não, ficar tempo demais no barco também não. Talvez seja notório dentro da série já que foi o último da fase Paramount (estúdio desistiu de vez da série quando esse aqui fracassou nas bilheterias fortemente) ou por ser o último lançado nos anos 1980 (época que a série teve seu auge). Fora isso pouca coisa restou.

 

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On 11/22/2022 at 12:01 PM, Jailcante said:

Sexta-feira 13 Parte VII - A Matança Continua (Friday the 13th Part VII - The New Blood, Dir.: John Carl Buechler, 1988) 2/4

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Esse talvez seja um retrocesso na série, já que a Parte 6 foi única, colocou algo ali relevante na série, esse aqui já resolveram voltar atrás com o arroz e feijão. Vejo esse aqui se espelhando muito na Parte 4 (já que tem uma estrutura similar com uma casa com adolescentes e outra com uma família morando ali), mas acabou não tendo o mesmo impacto já que a censura na época dilacerou o filme nas suas mortes mais gráficas. Perdeu muito com isso, mas restou a Tina, garota com poderes paranormais, uma personagem realmente interessante que vai ter um embate forte com o Jason no fim do filme. Memorável porque é o primeiro filme que traz o Kane Hodder como Jason (o ator/dublê que ficou mais tempo com o personagem).Tenho uma memória afetiva com esse já que foi o primeiro que vi nos cinemas, e surgiu bem na época que por aqui o pessoal estava descobrindo a série ( com o advento do VHS). Ainda continua querido apesar de tudo.

 

Sexta-feira 13 Parte VIII - Jason Ataca Nova York (Friday the 13th Part VIII - Jason Takes Manhathan, Dir.: Rob Hedden, 1989) 1/4

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Esse  aqui foi minha primeira decepção com a série (e logo depois teve o Jason vai pro Inferno..). Talvez não pelo filme em si, mas pelo título bem equivocado. Será que ninguém notou que não faz sentido o filme ter esse nome? Prometendo algo que só vai tomar uns 15 min. de filme? Inexplicável. Tem uma cena memorável que é a morte do Julius o boxeador, e outros momentos interessantes em Vancouver (que era pra ser Nova York), se o filme fosse quase todo em Nova York, com certeza, teria cenas mais memoráveis, mas perde tempo demais num barco onde nada muito bom acontece e tudo é meio enrolado/lento demais. Visu do Jason não faz sentido, a morte dele também, não, ficar tempo demais no barco também não. Talvez seja notório dentro da série já que foi o último da fase Paramount (estúdio desistiu de vez da série quando esse aqui fracassou nas bilheterias fortemente) ou por ser o último lançado nos anos 1980 (época que a série teve seu auge). Fora isso pouca coisa restou.

 

 

 Eu curto muito a PARTE 7. Gosto muito da trilha dele, e o embate Tina Vs Jason é muito legal, e a própria Tina é uma Final Girl bem interessante. Fora que o visual do Jason nesse filme é fantástico. Mas sente-se mesmo a tesoura que passaram nas death scenes.

 

Já esse PARTE 8 é bem esquecível mesmo, excetuando algumas das passagens em Nova York. Fora que tem aquelaque é na minha opinião a Final Girl mais chata da série, que é a Renee.

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 Visto ABRACADABRA 2

 

Abracadabra 2 - Filme 2022 - AdoroCinema

 

  Na trama, Becca (Whitney Peak) é uma adolescente de Salem, interessada por bruxaria, que sente estar se afastando de uma de suas melhores amigas, Cassie (Lilia Buckingham) depois que esta começa a namorar. No dia das bruxas, Becca, juntamente com a amiga Izzy (Belissa Escobedo) acaba acidentalmente acendendo a infame Vela da Chama Negra, trazendo de volta á vida as Irmãs Sanderson, três bruxas que assombram a cidade á gerações.

 O primeiro ABRACADABRA foi lançado em 1993, tendo arrecadado críticas mistas e fracassado nas bilheterias na época de seu lançamento original. Entretanto, o filme de Kenny Ortega encontrou o seu público no mercado Home-Video, e se tornou um sucesso no auge do VHS, sendo alçado ao status de Clássico cult de Dia das Bruxas. Eu mesmo fui um que ainda criança, lá por 1995, assisti com os primos o filme em VHS, que se tornou uma das minhas produções favoritas de Halloween, que revisito de vez em quando, e segue resistindo ao teste do tempo. O grande charme da produção estrelada por Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy, era que que ele se configurava como um "terror para crianças", que era capaz de provocar tensão e arrepios nos pequenos, mas sem grandes traumas, dentro de uma linguagem Disney com números musicais e tudo. Ao mesmo tempo, o filme era capaz de apelar para o público mais velho por lidar com subtextos mais maduros e até bastante sombrios para um filme que carregava a marca Disney, além de nunca descartar a ameaça de suas antagonistas, por mais bobas e divertidas que elas fossem, que foi o que tornou as Irmãs Sanderson vilãs tão cativantes.

 Dito isso, desde os anos 2000 se falava em uma sequência de ABRACADABRA, com as três atrizes que vivem as bruxas bastante animado para retornar aos seus papeis, mas a Disney relutante em dar o sinal verde. Com a chegada do Disney Plus, o projeto finalmente ganhou sinal verde para virr uma produção de Streaming, garantindo o retorno de Midler, Parker e Najimy como as Irmãs Sanderson, além de Doug Jones como o zumbi Billy Butcherson. Infelizmente, ABRACADABRA 2 falha tanto em entender o que tornou o original tão cativante, quanto em lançar um novo olhar para a franquia.

Em certo momento de ABRACADABRA 2, uma decepcionada Sarah Sanderson (Sarah Jessica Parker) pergunta as protagonistas adolescentes "Vocês não atraem mais criancinhas para a morte"? Embora seja uma piada, tal linha representa perfeitamente uma das razões que tornam o filme dirigido por Anne Fletcher, a partir do roteiro da estreante Jen D'Angelo tão frustrante. Como disse acima, embora fosse uma comédia infantil de terror, o filme original não tinha medo de ser um pouco mais sombrio e cínico em alguns momentos, tanto na forma de explorar os arquétipos de terror; quanto na comédia em torno do choque cultural sofrido pelas bruxas com o Século XX. 

Nada disso se mantém nessa sequência tardia, onde em nenhum momento temos a sensação de que os personagens estão de fato em risco (nem os próprios parecem muito convencidos disso), e nem o humor tem aquela acidez mórbida do filme original. Em ABRACADABRA 2, temos uma Sarah Sanderson muito mais casta, as descrições dos crimes de Winifred (Bette Midler) são muito mais brandas, e até o Bullyng do qual a jovem protagonista é um mal entendido cômico quando comparado ao do primeiro filme.Odeio usar o argumento "produto pra geração nutella" pois acho argumento de gente velha ressentida que não entende que os tempos mudam (ou talvez eu esteja em negação de idade kkkk), mas  essa continuação seria um exemplo perfeito disso ao soar completamente higienizado em relação ao seu antecessor.  E se faço tantas comparações com o primeiro filme, é simplesmente por que ABRACADABRA 2 o tempo todo convida a isso, ao invés de realmente seguir o próprio caminho. Assim, talvez eu não me incomodasse tanto, mas não é o que ocorre.

 Esse segundo filme começa sugerindo uma desconstrução da figura das vilãs, ao trazer um flashback, que conta a infância das três bruxas, e como elas se envolveram com bruxaria, sugerindo que foi o puritanismo e a opressão de Salem que as jogou no caminho sombrio. Por mais que fossem provocar chiados dos "lacrofobicos", buscar uma motivação para as vilãs era uma forma de não repetir o filme anterior, especialmente quando a obra tenta criar um paralelo entre as Irmãs Sanderson, e o trio de adolescentes que protagoniza o longa. Infelizmente, tudo isso fica apenas na intenção, pois o filme está ocupado demais tentando recriar momentos do primeiro filme, sem o mesmo brilho, gerando o meloso desfecho que vem do nada, que excetuando o divertido prólogo, não encontra embasamento algum no resto do filme.

 Existe em ABRACADABRA 2 um discurso de sororidade, que supostamente é o coração do filme, mas que nunca se concretiza. Isso por que o roteiro nunca se preocupa minimamente em desenvolver a dinâmica entre o trio de adolescentes que supostamente deveria servir de contraponto as Irmãs Sandersons. Basta perceber que Cassie, a filha do prefeito que aje como o membro desgarrado do trio, está simplesmente ausente durante a maior parte da projeção, fazendo com que não nos importemos nem um pouco com a amizade danificada que deveria nos conduzir. Talvez isso se deva ao fato do filme parecer assumir que o trio de atrizes veteranas são as verdadeiras estrelas aqui, tanto que elas tem muito mais tempo de tela, mas do jeito que o texto é construído, isso não se sustenta. Além disso, é óbvio que o filme se entrega a diversos fan-services que estão lá só para isso, mas que não impactam a narrativa de jeito algum, vide o cover de "One Way Or Another", que está lá apenas para referênciar o famoso cover de "I Put a Spell On You" do flme original; ou mesmo a participação do Billy Butcherson de Doug Jones, que podia perfeitamente ser retirado da trama. Caso assumisse o seu discurso progressista mais frontalmente, estabelecendo um paralelo real de sororidade e perseguição entre o trio de bruxas e o trio de adolescentes, o filme de Anne Fletscher pudesse ter encontrado a alma que lhe falta.

Pra piorar, ABRACADABRA 2 não consegue esconder a sua natureza de "produção de TV" (tecnicamente Streaming). Os efeitos em CGI são bem ruins,, enquanto a decupagem com enquadramentos relaticamente fechados e locações que parecem repetidas dão um ar de "produção B" no mal sentido para a película. Salva-se do filme apenas ver a reunião de Midler, Parker e Najimy, que quase trinta anos depois de terem encarnado as Irmãs Sanderson, continuam tendo a mesma química de cena de antes, parecendo se divertir ao máximo com a oportunidade que essas personagens lhe dão de improvisar e devorar o cenáro

Infelizmente, ABRACADABRA 2 desperdiça o seu trio principal em um filme que parece escrito por um algoritmo, que acha que jogando algumas chamadas nostalgicas aqui, algum discurso progressita pronto ali, e um elemento de sucessão acolá vai ter um filme pronto. Uma continuação que, não só não entendeu realmente onde estava o apelo de seu antecessor, como também fica no meio do caminho na hora de realmente tentar algo novo com esses personagens.

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Alucinações do Passado (Jacob's Ladder, Dir.: Adrian Lyne, 1990) 3/4

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Tem um quê de 'Coração Satânico', já que personagem fica tendo alucinações inclusive com coisa mais satânicas, e também 'A Casa do Espanto', já que tem uma história no passado rolado no Vietnã que ainda influencia na vida do personagem. O filme começa bem com o personagem perdido sem saber o que é realidade e alucinação/sonho mas mais pro final acaba indo pra uma investigação sobre o que rolou na guerra, que acaba com um personagem aleatório soltando tudo de uma vez o que rolou (ou seja, precisou investigação? Era só esperar o cara vir e contar tudo). Adrian Lyne sempre caprichava na fotografia sempre interessante, e elenco tá bem mesmo, apesar da parte final abandonar a estrutura de realidade/sonho que estava bem legal, pra uma investigação resolvida no tapa, o filme tem esse ar de suspense sobrenatural muito bom. 

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Iniciação (Initiation, Dir.: John Berardo, 2020) 2/4

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Mais um slasher, com jovens sendo mortos, assassino mascarado, numa universidade e etc. Mas aqui colocaram investigação rolando simultaneamente, então quando é assim, sempre acho que é algo puxado pra um giallo (apesar de nada mais no filme lembrar um giallo). Primeira morte demora pra rolar, porque tem toda uma apresentação de personagens, e situações até acontecer a "ação". Assim, o início do filme é bem lento. Não é ruim, mas não vi nada de especial ou memorável, é assistível só que vai se esquecer dele depois de 10  min. 

 

Spoilers: A cena final não faz lá muito sentido. O Assassino prendeu todo mundo num lugar da universidade, mas isso foi só pra matar um cara lá. Só que depois de matar o cara ele continua no lugar sendo que não tinha objetivo de matar mais ninguém lá (e isso não é algo que conseguiram esconder, é nítido que ele não vai matar mais ninguém ali) , então o final tem muita correria inútil, do povo fugindo do assassino mas no fim nada importante acontece até a "morte" dele e a revelação de quem ele é.

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Soft & Quiet foi a grata grande surpresa desta semana. É um indie bacanudo dirigido por uma ianque-brazuca e forma de terror ou thriller social que até agora ta na mente por ser bem atual por ser um soco no estomâgo. Ele trata da inocente reunião de um grupo de amigas, cidadãs de bem porém supremacistas brancas, que resolve fazer uma pegadinha com um casal de jovens latinas. Porém tudo dá errado e terna numa bola de neve de violência nua e crua. O legal é que é tudo mostrado numa única tomada (onde os cortes estão bem disfarçados) o que lhe da um caráter meio documental.  Eu que achava que a personagem do mokumentary Dashcam era mais desprezivel que tinha visto este ano me enganei... esse grupo de jovens faz dela parecer menininha da Disney diante da dualidade de caráter que podemos encontrar aqui do lado, na nossa vizinhança mesma. Não é um filme fácil e quicá tena seus defeitos (principalmente no desfecho) mas ele passa facilmente seu recado, que reverbera ate depois dos créditos finais subir. 9,5-10

Soft & Quiet (2022) Movie Photos and Stills | Fandango

 

 

Violent Night é um Duro de Matar natalino, so que no papel do Mclane é um Papai Noel politicamente incorreto, tipo Bad Santa que sai na porradaria com mercenários estilo John Wick. O filme é bizonho em sua premissa porém divertido e não engana ninguém, é passatempo rápido e esquecível. Harbor aqui reprisa seu Guardiao Vermelho madando bem no personagem, mas particularmente curti mais as pontas do John Leguizamo e Beverly D'Angelo, atores dos 80, em seus papeis bem canastras porém eficientes. O resto é resto. As coreografias de porradaria são bem inventivas e sempre se valem de algum adereço natalino, o que o diferencia dos Esqueceram de Mim da vida. Dá pra ver de boas sem esperar muito pois é previsível até o sabugo da unha e esfrega na sua cara todo tipo de mensagem natalina possível, ironicamente em meio a litros de sangue e violência.  8-10

Violent Night (2022) - IMDb

 

 

Christmas Bloody Christmas é mais um bom filme de terror natalino onde um Papai Noel animatrônico de loja sai apavorando numa cidadezinha qualquer. Ou seja, é um bom velinho Terminator e o diretor não esconde seu amor ao filme do Schwarzza pois as homenagens ao seu robozao da Skynet  estão em cada fotograma do filme inclusive a cena da invasão á DP e o desfecho. Tem até uma Sarah Connor como final girl! O ruim é que o filme demora pra dizer ao que veio, e os primeiros 40min são de papo furado sobre musicas natalinas e até uma discussão sobre qual o melhor Terminator da franquia! Mas depois desses 40min é violência desenfreada até o final. E o legal é que o filme é corajoso porque não poupa nem crianças na carnificina. 8,5-10

Christmas Bloody Christmas (2022) - IMDb

 

 

The Friendship Game é mais um terror teen do naipe Sete Desejos que vai pro esquecimento por se levar a sério e se mostrar muito confuso. Comeca com um objeto maldito saido de Hellraiser que passa a testar a amizade de um quarteto de grandes amigos. O que poderia render uma boa alegoria da angustia adolescente se torna uma enfadonha jornada de tédio pro espectador, pois o filme é contado em capitulos sob a perspectiva de cada personagem, o que mais confunde que explica alguma coisa. E o pior, terror que é bom, nada. Só se salvam as sinceras interpretacoes de duas gurias e mais nada. 7.5-10

The Friendship Game (2022) - IMDb

 

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  • 2 weeks later...
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 Visto A LÂMINA DE AÇO

 

A Lâmina de Aço - 24 de Agosto de 1972 | Filmow

 

 Na trama, Martha Caldwell (Carroll Baker) é uma jovem que perdeu a voz quando criança após testemunhar a morte dos pais em um trágico acidente de trêm. Ela muda-se para as montanhas da Italia para passar um tempo com o seu tio Ralph (George Rigaud), mas logo assassinatos brutais começam a ocorrer, que podem estar ligados a rituais satânicos e a um estranho homem de olhos azuis que ronda a região.

  Dirigido por Umberto Lenzi a partir de um roteiro escrito pelo próprio em parceria com Luis G. De Blain, A LÂMINA DE AÇO é um Giallo setentista, que ainda que carregue muitas das características do gênero, como a figura de um serial killer de luvas pretas, o fator whodunit, e a investigação para identifica-lo, ainda não possui a violência que marcou o subgênero, representado principalmente por nomes como Dario Argento e Lucio Fulci. Não que o filme de Lenzi não traga violência, mas com uma exceção, testemunhamos mais o estrago que o vilão do filme deixa para trás do que os ataques em si. O texto está mais interessado nos aspectos investigativos da história, e nos impactos psicológicos que os crimes tem sobre a protagonista, em uma influência direta do Cult dos anos de 1940 SILÊNCIO NAS TREVAS de Robert Siodmak (o projeto nasceu inclusive como uma idéia de remake, antes de virar a sua própria história). Infelizmente, a reviravolta final, embora conceitualmente interessante, não se sustenta com o que o filme havia sido apresentado antes, prejudicando o resultado final.

 

Visto NOITES BRUTAIS

 

Barbarian (2022 film) - Wikipedia

 

  Na trama, Tess (Georgina Campbell) aluga uma casa em Detroit pelo Airbnd devido a uma entrevista de emprego, mas ao chegar no local, descobre que a residência já esta ocupado por Keith (Bill Skarsgard), que também alugou a casa. Embora fique desconfiada, Tess aos poucos começa a confiar no estranho, mas existe algo mortal vivendo no porão da casa.

 NOITES BRUTAIS surgiu nesse ultimo trimestre sendo alardeado como um terror surpreendente e chocante, ganhando elogios da crítica e público. Aqui no forum entretanto, nosso colega @Big One se mostrou bem decepcionado com o filme, e vou fazer coro com ele, pois não consigo conceber como esse filme pode ser colocado na lista de melhores filmes de terror de 2022. Honestamente, eu não sou de questionar a inteligência dos personagens nesse tipo de filme, geralmente acho contraprodutivo e cri-cri. Mas o roteiro chama a atenção pra burrice a personagem tentando ser meta (como Kevin Williamson e Jordan Peele já fizeram maravilhosamente bem), mas falha miseravelmente ao fazer ela cometer a burrice que acabou de críticar sem uma desculpa minimamente aceitavel, e não é uma nem duas vezes que isso acontece. A própria mitologia em torno do segredo em torno da casa é pouco criativa, e mal construída, quando se para pra pensar por dois minutos. A estrutura do roteiro até merece pontos por ser relativamente inventiva na forma de guiar a história, com algumas quebras de expectativa  interessantes, mas não é o bastante, por que esse tipo de transição exige certa habilidade, que o filme não tem.

 Ponto dado, a atmosfera é bem construída, especialmente no primeiro terço da narrativa, quanto temos o ambiente da noite chuvosa e o jogo de desconfiança entre Tess e Keith, mas depois o filme desanda. E gosto também de quando diretores brincam com o sistema de StarSystem, e do que esperamos sobre personagens de certos atores, e a inclusão no elenco do citado Skarsgard, acostumado a viver tipos sinistros, e Justin Long, que por sua vez fez a sua carreira vivendo personagens boa-praça e até meio bobos é uma forma inteligente de brincar com as expectativas do público. Mas isso ainda não livra o filme de fatores genéricos, envoltos em uma história genérica, com um vilão genérico, e o prego no caixão de qualquer filme desses, personagens com quem não nos importamos. Enfim, o filme mais superestimado do ano.

 

Visto JURASSIC WORLD: DOMÍNIO

 

Jurassic World 3: Dominion - AdoroCinema

 

  Na trama, quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, a humanidade tenta encontrar uma forma de se adaptar aos dinossauros que fugiram para o continente. Enquanto isso, Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard) tentam proteger a adolescente Maisie (Isabella Sermon), o primeiro clone humano bem sucedido. Quando Maisie é sequestrada, Owen e Claire partem ao resgate da menina, topando com uma conspiração que pode provocar a extinção da raça humana.

 Quando foi lançado em 2015, JURASSIC WORLD, foi um sucesso de público e crítica, devolvendo para a franquia "Jurassic" uma notoriedade que ela talvez não tivesse desde o filme original, o clássico JURASSIC PARK de Steven Spielberg. O filme de Colin Trevorrow, ao lado de STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA indicou o caminho que seria seguido por Hollywood nos anos seguintes para restaurar franquias paradas, onde novos personagens são apresentados, mas elementos e personagens fortes do "filme original" são trazidos de volta, gerando um hibrido de continuação e "remake espiritual", que via de regra, surge como o primeiro filme de uma nova trilogia. Claro, o primeiro filme é "facil" (e uso aspas, pois acho que JURASSIC WORLD tem muitos méritos próprios, e pessoalmente é a minha continuação favorita do imbativel filme original de Spielberg), pois ele pode se apoiar em valores nostálgicos e em um caráter introdutório de reapresentar um mundo para uma nova geração. As sequências, entretanto, carregam o peso de apresentar algo novo. JURASSIC WORLD: REINO AMEAÇADO, lançado em 2018 com produção de Juan Antonio Bayona tinha essa ambição. Ainda que fosse um filme que tivesse os seus problemas, e parecesse ser mais um "capítulo de ponte", não funcionando completamente por si mesmo, o filme de Bayona prometia grandes mudanças na franquia, com a destruição da Ilha Nublar, e a liberação dos dinossauros no nosso mundo. Mas infelizmente, JURASSIC WORLD: DOMÍNIO, que traz o retorno de Trevorrow não quer lidar com isso, jogando no seguro a maior parte do tempo.

 O roteiro escrito pelo próprio Trevorrow, em parceria com Emily Carmichael e Derek Connoly(que escreveu os dois filmes anteriores da série) se divide em dois núcleos. O primeiro, traz a busca de Owen e Claire para resgatar Maisie, enquanto o segundo envolve a investigação de Ellie Sattler (Laura Dern), Alan Grant (Sam Neill) e Ian Malcolm (Jeff Goldblum), oriundos da trilogia original, para expor o envolvimento da empresa de Lewis Dodgson (Campbell Scott) em uma série de ataques de gafanhotos pré-históricos(!) ao redor do mundo. Esse segundo núcleo acaba trazendo alguns dos principais problemas do filme. Primeiro, por que embora os vilões humanos da franquia nunca tenham sido um poço de profundidade (até por que queremos ver os dinossauros), o vilão vivido por Campbell Scott, que surge como uma sátira do bilionario descolado a lá Elon Musk, é caricato demais, e não ficaria fora de lugar como um antagonista de James Bond (e não dos bons). Segundo, por que a desculpa usada para trazer o trio original de volta, e promover esse apelo nostálgico é muito fraca, com a presença do personagem de Sam Neill sendo especialmente forçada. Mas talvez o maior problema é que em um filme que promete explorar o impacto que a presença de dinossauros tem em nosso mundo (o prólogo com uma narração intrusiva faz justamente isso) passamos tempo demais confinados a, vejam só... Uma ilha que funciona como uma reserva para dinossauros.

 No fim das contas, JURASSIC WORLD: DOMÍNIO acaba sendo um grande desperdício, não funcionando como tributo ao elenco original, que soa mal encaixado em um plot absurdo, e nem leva a franquia pra frente, pois nada é feito realmente com o gancho deixado pelo filme anterior, voltando a isolar os personagens em uma ilha com dinossauros, algo que já foi feito de forma bem melhor no passado (inclusive pelo próprio Trevorrow). 

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Gabinente de Curiosidades de Guillermo del Toro é uma boa antologia de 8 histórias de terror que tem o próprio diretor não so como supervisor dos contos mas como anfitrião abrindo cada episódio de uma hora (em média), no estilo Além da Imaginação, Alfred Hitchcock Presents ou Contos da Cripta. O forte disparado é a caprichada produção que deixa no chinelo muito filme de cinema, e o fraco é que como toda antologia seu resultado é irregular pois contos superiores a outros. Mas no geral o saldo é positivo. O melhor disparado é A Autópsia, onde vemos uma invasão alien contada de forma bem original. Tem outros legais, como o da mina feia que quer ficar bonita, os dois baseados em HP Lovercraft e aquele psicodélico com o cara do Robocop. E tem o Murmúrio, que tem uma das cenas mais lindas do ano, onde a protagonista se "liberta" cercada por uma revoada de pássaros. Os demais parecem deja vu dos outros em seus desfechos, sejam eles histórias de redenção, culpa ou sermão moral. O mais fraco é justamente o primeiro, com o futuro vilão Lider e a sumida mina do primeiro Predador.  8-10

O Gabinete de Curiosidades: Veja o novo pôster da série de Guillermo Del  Toro - Combo Infinito

 

 

Escolha ou Morra é outro terror teen razoável que se baseia em escolhas morais dos protagonistas em formato de um jogo amaldiçoado da web. Imagina um Jumanji com Jogos Mortais... é isso! Pior que o filme começa muito bem prometendo, mas depois vai perdendo sua força tornando-se cada vez mais confuso no decorrer de sua mitologia mais confusa ainda. O ponto positivo é a estética oitentista retrô dos jogos que propõe mas fica só nisso Outra.. aqui os grandes Eddie Marsan e Asa Butterfly desperdiçados.. 7,5-10 

Pôster do filme Escolha ou Morra - Foto 1 de 16 - AdoroCinema

 

 

 The Killing Tree é outra bobagem de terror natalino que parte de uma premissa esdrúxula, uma árvore de natal assassina (WTF!)..vai vendo, o plot é o mesmo do Brinquedo Assassino mas desta vez o killer reencarna numa árvore🤣...kkk...pior que tem cenas que sao tao ruins que dá risada, tipo a árvore "andando" atrás dos presuntos.. o foda é que a produção é porca e não sabe balancear quando usar cgi ou um cara fantasiado de árvore (sim, isso mesmo!) corretamente. Sem mais.. 7-10

The Killing Tree (2022) - IMDb
 

 

Santastein é uma tranqueira de slasher cômico que tenta misturar Morte do Demônio 2 com Pânico tendo o bom velhinho como killer rescucitado dos mortos apavorando geral.. vai vendo! Mas o filme se perde dentro de suas próprias pretensões pois tenta se levar a sério sendo aquilo que é.. Atuações caricatas, piadas sem graça e o pior, sem cenas quentes com o bando de periguete que vira presunta no decorrer do longa. Sei lá porque assisti isso, a..acho que tava meio sem nada mesmo como opção.. 5-10

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 Visto UZUMAKI

 

Uzumaki (film) - Wikipedia

 

Na trama, em uma pequena cidade japonesa, algumas pessoas inexplicavelmente começam a se tornar obcecadas por formas espirais. Logo, essa obsessão passa a se tornar pandêmica com consequências mortais, enquanto torna-se cada vez mais claro que forças sobrenaturais agem por trás dessa obsessão.

 Dirigido pelo diretor ucraniano Higuchinsky, a partir de um roteiro escrito por Takao Niita, que por sua vez adapta o popular mangá, UZUMAKI é um terror psicológico de caráter surrealista dos anos 2000, mais interessado na construção da atmosfera do que propriamente em uma narrativa que tente dar qualquer sentido ou lógica para os espirais assassinos. Isso poderia ter tornado UZUMAKI meramente um filme de terror conceitão se não fosse a competência e a criatividade de Higuchinsky em criar cenas grotescas, mesmo que nonnsense, envolvendo as mortes e mutações provocadas pelos espirais. Todos esses eventos são costurados pela investigação e romance adolescente envolvendo os jovens Suichi (Asumi Miwa) e Kirie (Eriko Hatsune), em um arco dramático simples, mas eficaz.

Mas honestamente, UZUMAKI é muito mais uma experiência estética e atmosferica do que narrativa. Os efeitos práticos criados por Tomoo Haraguchi são dignos de nota, e realmente enervam o público, vide o menino que lentamente se transforma em um caracol, ou o garoto que se torna um espiral humano após ser atropelados, ainda que seguindo a tradição do cinema japonês, alguns dos efeitos CGI utilizados exijam um pouco demais da nossa suspensão de descrença. Mas a tmosfera de insanidade sufocante construída pela obra, especialmente em sua metade inicial, quando acompanhamos o pai do protagonista masculino lentamente enlouquecendo garantem a imersão, reforçada pela fotograifia esverdeda de Gen Kobayashi, que combina com o caráter onírico do projeto. Quem leu o mangá, costuma falar mal desse filme, mas como não é o meu caso, achei uma boa entrada do cinema de terror surrealista japones.

 

Visto LACUNA

 

Lacuna – Wikipédia, a enciclopédia livre

 

  Na trama, a jovem Sofia (Lorena Comparato) se vê responsável por sua mãe Helena (Kika Kalache) depois que ela acorda do coma após sofrer um grave acidente de trânsito. Mas Helena não voltou do coma como a mesma pessoa, passando a exibir um comportamento cada vez mais estranho e errático, e ainda que Sofia se mantenha cética, surgem cada vez mais evidências de que algo horrível, e possivelmente sobrenatural, aconteceu com a sua mãe.

 Escrito e dirigido por Rodrigo Lages, que lança o seu primeiro longa metragem como diretor, LACUNA é um thriller sobrenatural brasileiro lançado em 2021 como um original Globoplay. Tendo clara influência dos "suspennses de apartamento" de Roman Polansky, como O BEBE DE ROSEMARY. De fato, falando em terror nacional, o filme também lembra o Cult de Marco Dutra QUANDO EU ERA VIVO, ao também se situa em um único local na maior parte do tempo, e ter uma clara dívida com Polansky na forma de construir o suspense e os signos de terror. Mas diferente do filme de Dutra, que conseguia construir uma identidade muito própria, LACUNA acaba se entregando a clichês bem flagrantes do gênero, vide o trauma mal resolvido da protagonista, o acadêmico que nos explica a mitologia do filme,uma figura suspeita encarnada na enfermeira vivida por Laila Zaid, e por ai vai.

 Mas se o roteiro acaba sendo por demais manjado, algo que a direção também não faz muito para superar, os devidos elogios devem ser dados ao seu elenco principal, e por consequência, a direção de atores. Lorena Comparato é uma atriz que nos ultimos anos acabou caindo no Typecast na TV, ao sempre viver garotas sexy, mas meio destrambelhadas em séries como SAMANTHA e CINE HOLIUDI, mas entrega aqui uma protagonista intensa e vulneravel, fazendo valer cada camada que o roteiro lhe dá (mesmo quando não é muito). Kika Kalache, também mais lembrada por seus papéis cômicos em novelas, consegue construir Helena como uma figura ameaçadora e inquietante, sem cair no exagero. No fim, LACUNA é um Supercine passável, mas esquecível, apesar do esforço admirável da dupla principal.

 

Visto ILHA DO MEDO

 

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  Na trama, em 1954, o agente federal Teddy Daniels (Leonardo Dicaprio) e seu parceiro Chuck Aule (Mark Ruffalo), chegam até uma isolada ilha onde se localiza um sanatório judiciário para investigar o desaparecimento de uma das internas. Mas a medida em que a investigação avança, Teddy torna-se cada vez mais convencido que há uma conspiração ocorrendo na ilha, e que os envolvidos estão dispostos a matar para encobri-la.

 Dirigido em 2010 pelo icônico Martin Scorsese, a partir de um roteiro escrito por Laeta Kalogridis, que por sua vez adapta o romance de Dennis Lehane, ILHA DO MEDO marcou o retorno de Scorsese ao suspense de terror, que ele não visitava desde o clássico CABO DO MEDO. Aqui, Scorsese nos entrega um thriler paranóico ao não só situar a trama em um sanatório repleto de pacientes não confiáveis, e médicos suspeitos (vividos por nomes de autoridade, como Ben Kingsley e Max Von Sidow), mas ao nos fazer desconfiar da sanidade do próprio protagonista, que tem delirios cada vez mais agressivos com a sua falecida esposa (Michelle Williams). A ambientação também é bem boa, com o trabalho de direção de ate de Dante Ferreti, velho colaborador de Scorsese, aliado a fotografia de Robert Richardson, que também trabalhou com o diretor diversas vezes, constroem muito bem o universo da ilha do título, tanto no que diz respeito a reconstituição da época, como na construção do ambiente de isolamento e claustrofobia do lugar. 

 ILHA DO MEDO, entretanto, acaba não conseguindo bancar as suas mais de duas horas de duração, com o filme perdendo um pouco do ritmo depois de sua primeira metade, com o desenrolar, climax e as diversas revelações do segundo ato parecendo ora apressadas demais, ora lentas demais. Mas ainda que esteja longe de figurar entre os melhores do Scorsa, ainda é um exercício interessante de gênero da parte do diretor ao se aventurar em uma seara que ele não visita muito, entregando um resultado que mesmo imperfeito, é elegante pra caramba.

 

Visto FRESH

 

Fresh - Filme 2022 - AdoroCinema

 

  Na trama, Noa (Daisy Edgar Jones) é uma mulher que não vem tendo sorte nos aplicativos de encontro. Certo dia, ela casualmente conhece o boa praça Steve (Sebastian Stan) em um supermercado, e os dois acabam se envolvendo. Mas logo, Noa descobre que o seu novo namorado guarda segredos extremamente sombrios, como um certo apetite por carne humana.

 Filme de estréia de Mimi Cave, que dirige a partir de um roteiro escrito por Lauryn Kahn, FRESH é um thriller de horror produzido diretamente para o Hulu, que mistura tematicas de sororidade e abuso em uma trama de canibalismo, que ainda encontra tempo para destilar algum humor macabro, ainda que nunca faça pouco do sofrimento das vítimas. O filme de Cave constrói a sua narrativa sem pressa, de fato levando mais de meia hora para construir as principais relações de sua protagonista, no caso com Steve e com a melhor amiga Mollie (Jojo T. Gibbs), onde a obra se desenvolve quase como uma comédia romântica, com o título e créditos iniciais só surgindo após Steve revelar a sua verdadeira natureza.

 A partir dai, FRESH se torna um filme de cativeiro, Com Stan mandando bem como o psicopata carismático de humor sombrio, enquanto Daisy Edgar Jones concede a sua protagonista uma vulnerabilidade que a torna bastante humana e relacionável diante da situação horrível em que se encontra, sem nunca soar fraca. Os dois atores, aliás, tem uma ótima química, se contrabalanceando para que o humor sombrio do filme funcione sem quebrar a sensação de ameaça e desconforto necessária para que a dinâmica dos personagens funcione. FRESH é um thriller morbidamente divertido, contando com um casal principal comprometido com seus papeis, e uma direção segura de Mimi Cave em sua estréia em longas. 

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On 12/30/2022 at 10:56 AM, Jorge Soto said:

 

 The Killing Tree é outra bobagem de terror natalino que parte de uma premissa esdrúxula, uma árvore de natal assassina (WTF!)..vai vendo, o plot é o mesmo do Brinquedo Assassino mas desta vez o killer reencarna numa árvore🤣...kkk...pior que tem cenas que sao tao ruins que dá risada, tipo a árvore "andando" atrás dos presuntos.. o foda é que a produção é porca e não sabe balancear quando usar cgi ou um cara fantasiado de árvore (sim, isso mesmo!) corretamente. Sem mais.. 7-10

The Killing Tree (2022) - IMDb
 

 

 

 Essa premissa me lembrou esse episódio de DOCTOR WHO. KKKK

 

 

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Visto O MISTÉRIO DAS GAROTAS PERDIDAS

 

Tem um Coelho no Cinema: Netflix - O Mistério das Garotas Perdidas (Sabaha)  (Svaha: The Sixth Finger)

 

  Na trama, o Pastor Park (Lee Jung Jae) possui uma ONG que se dedica a investigar e expor cultos religiosos charlatães que lucram com seus fieis. Park logo se envolve na investigação de um caso de assassinato seguido de suicídio, que parece ligado a um grupo religioso com ligações budistas conhecido como Deer Mount. Paralelamente, a adolescente Geum Hwa (Lee Jae In) acredita que a sua irmã gêmea, que nasceu com uma aparência bestial, e é mantida trancada no celeiro da familia, seja um diiabólico ser sobrenatural.

  Escrito e dirigido por Jang Jae Hyun, O MISTÉRIO DAS GAROTAS PERDIDAS é um Thriller de terror sul coreano, que mistura em sua narrativa elementos de suspense policial, thriller teológico e horror sobrenatural. Ao longo de suas mais de duas horas de duração, a narrativa se divide em duas partes com atmosferas bastante distintas. A primeira, focada em Park (interpretado Lee Jae In, que recentemente ganhou projeçao mundial com a série ROUND 6) foca-se mais nos elementos investigativos da história em seu cenário urbano, ao mesmo tempo em que também fornece os alivios cômicos do filme, devido a personalidade meio debochada e malandra do pastor. Já os trechos estrelados pela jovem Geum Hwa se incliinam mais para o horror sobrenatural mais tradicional, usando elementos como a garota bestial, e o vilarejo isolado para criar essa sensação, inclusive contando com uma fotografia mais soturna e bem menos diálogos que o verborrágico núcleo do pastor. 

 Embora tenha trechos interessantes, a metade inicial de O MISTÉRIO DAS GAROTAS PERDIDAS revela-se bastante cansativa, primeiro por termos a sensação de estarmos assistindo a dois filmes completamente diferentes. Quem conhece o cinema sul-coreano,, sabe que eles são os maiores adeptos do cross-gênero que existem, com uma comédia pastelao, podendo se transformar em um thriller de ação, e então em drama familiar num piscar de olhos. Cineastas como Chan Wook Park e Joon Ho Bong estão ai pra provar que ninguém é melhor do que os sul coreanos no uso desse recurso. Mas talvez por contar com personagens diferentes, e narrativas desconexas entre esses dois núcleos em um primero momento, criam essa dissonância no filme de Jae Hyum. Além disso, o filme é pesado em termos de mitologia nos trechos urbanos, explicando os sistemas de religião e suas dissidências, o que é louvavel pelo evidente trabalho de pesquisa, mas torna-se enfadonho pela quantidade de informação que precisa ser entregue pelo texto.

 A partir da segunda metade, quando as duas linhas narrativas começam a se entrelaçar, o filme cresce bastante, tornando mais evidentes as suas discussões sobre fé (e falta dela), ao mesmo tempo em que o roteiro entrega uma série de subversões pra lá de interessantes, entregue por reviravoltas muito bem colocadas. A direção de Jang Jae Hyun também ganha mais destaque, ao articular os elementos mais sombrios e mais cômicos do filme com habilidade, sem prejudicar a profundidade de seus temas. Destaque também deve ser dado para a belíssima trilha sonora do filme, que combina perfeitamente com o tom etéreo e melancólico que a história assume na segunda metade. No geral, O MISTÉRIO DAS GAROTAS PERDIDAS é um thriller que vale a pena a conferida, e que fica com o espectador um bom tempo após o fim da projeção, ainda que prieiro seja preciso passar por seu arrastado primeiro ato pesado pela transmissao verborrágica de mitologia.

 

Visto SORRIA

 

Sorria - Filme 2022 - AdoroCinema

 

  Na trama, após testemunhar o suicídio de uma jovem que alegava estar sendo perseguida por uma entidade sobrenatural, a Dra. Rose Cotten (Sosie Bacon) passa a sofrer uma série de alucinações e eventos estranhos, envolvendo pessoas que sorriem de forma ameaçadora para ela. Logo, a psicóloga descobre estar amaldiçoada, e agora precisa correr contra o relógio para encontrar uma forma de quebrar a maldição, se não quiser ter o mesmo destino de sua paciente.

  A exemplo de filmes como MORTE INSTÂNTANEA, QUANDO AS LUZES SE APAGAM e MAMA, SORRIA é a chance de um diretor fazer a sua estréia em longas metragens ao ser convidado por um estúdio para expandir a história de seu próprio curta metragem de sucesso. O filme escrito e dirigido por Parker Finn, de fato funciona como uma sequência de seu curta metragem LAURA HASN'T SLEEP, e o que posso dizer é que Finn deveria ter ficado com o curta mesmo. Não se pode negar que Finn tenha alguma criatividade em explorar esteticamente os clichês do gênero, mas é muito pouco para suportar um roteiro tão óbvio e previsível quando este que é encontrado aqui.

Todos os clichês dos filmes de maldição estão aqui sem tirar nem por, e não de uma forma inteligente ou minimamente empolgante. Os personagens também não tem um pingo de carisma, sendo portanto difícil se importar com os seus destinos. Mas talvez o mais frustrante em SORRIA seja perceber que o filme dá quinhentos giros apenas para terminar exatamente onde começou, reforçando a idéia de que a premissa não tinha realmente escopo pra segurar um longa metragem. Curiosamente, este filme foi o longa metragem mais lucrativo de 2022, superando franquias consagradas como PÂNICO e nomes consagrados como Jordan Peele e seu NOPE. Deve ter sido uma ótima campanha de marketing mesmo, por que filme que é bom...

 

Visto PREDADOR: A CAÇADA

 

O Predador: A Caçada' ganha cartaz nacional INCRÍVEL; Confira! | CinePOP  Cinema

 

  Na america do século 16, Naru (Amber Mitthunder) é uma jovem nativo-americana da tribo comanche, deseja se tornar uma caçadora, embora poucos acreditem na sua capacidade. Quando uma criatura alienígena vem a Terra para caçar as presas mais perigosas que conseguir encontrar, Naru terá que usar todas as suas habilidades para proteger a sua tribo de uma ameaça mortal.

 PREDADOR de 1987, dirigido por John McTiernan e estrelado por Arnold Schwarzenegger se tornou um clássico da açao ao apresentar um conceito simples, mas fascinante sobre um alienígena que vem a terra caçar guerreiros que considera dignos. O visual da criatura e de seus apetrechos entraram para o imaginário popular, colocando o Predador no hall dos grandes vilões do gênero, mas a franquia nunca conseguiu se estabelecer depois de seu debute. As continuações tentaram explorar novos cenários; expansões da mitologia do alienígena, e até mesmo dois crossovers com a franquia "Alien", mas nenhum deles conseguiu fazer com que a franquia tivesse grande impacto entre crítica ou público, vide os desempenhos fracos de PREDADOR 2, PREDADORES e do pavoroso O PREDADOR de 2018.

 PREDADOR: A CAÇADA dirigido por Dan Trachtenberg do elogiado RUA CLOVERFIELD 10 a partir de um roteiro escrito pelo estreante Patrick Aison conceitualmente promove um retorno ao básico da franquia, ou seja, o Predador caçando as suas vítimas em uma floresta, sem grandes desnudes da mitologia do personagem. O filme aponta que ele veio do espaço e que é perigoso, e isso é tudo o que precisamos saber. A novidade está na trama de época, que substitui o militarismo contemporâneo tão associado a franquia, e no protagonismo dado aos nativo-americanos, que é extremamente raro no cinemão hollywoodiano (ainda que tecncicamente este seja um filme de Streaming).

 Essa volta as raizes foi muito bem a franquia, com PREDADOR: A CAÇADA sendo provavelmente o melhor da franquia desde o original (ainda que o desafio não fosse herculeo). Dan Trachtenberg já havia provado com RUA CLOVERFIELLD 10 que tem uma ótima mão para a construção de suspense, e isso se repete aqui, com o diretor conseguindo criar tensão mesmo em cenas que não envolvem a criatura, vide a sequência em que os comanches caçam um leão da montanha. Mas o diretor também se revela muito bom nas sequências de ação tão importantes para os filmes do Predador com as cenas de combate transmitindo a violência e intensidade dos confrontos. 

 O roteiro de Patrick Aison, embora não surpreenda em suas batidas dramátics, é muito bem construído, trabalhando bem o arco dramático de sua protagonista. Gosto também de como a narrativa trabalha uma série de foreshadows e rimas visuais de modo tanto a frisar o desenvolvimento dos personaens como em subverter expectativas, iincluindo ai o conhecimento prévio do público sobre a franquia. É importante também o respeito que o texto tem com a cultura comanche. Claro, nem tudo são flores. O texto, em alguns momentos, é um pouco didático demais em sua mensagem de superação feminina (mas longe de ser a "lacração ofensiva" que alguns lacrofóbicos alardeiam), e a protagonista nem sempre é capaz de entregar a intensidade que a personagem pede, além do sangue em CGI do filme nunca conseguir substituir os efeitos práticos. Mas são pecadilhos em um filme divertido pra caramba, e que vale a conferida.

 

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 Visto PÂNICO 6

 

Pânico 6 - Cineplus

 

 Na trama, um ano se passou desde que as irmãs Sam (Melissa Barrera) e Tara (Jenna Ortega) sobreviveram a onda de assassinatos promovidas pelo namorado de Sam e sua amante, e agora vivem em Nova York, junto com mais dois sobreviventes, onde tentam reconstruir as suas vidas. Mas uma vez mais, alguém assumiu o legado do assassino Ghostface, colocando a vida de Sam e de todos ao seu redor em risco.

 A frânquia "Pânico" é uma das cinesséries mais amadas e lembradas do cinema de terror, tendo conquistado uma legiao de fãs por seus filmes de ritmo ágil, boa construção de suspense, bom humor e personagens cativantes, sempre com um comentário espirituoso sobre o gênero do terror na ponta da lingua. Criada pelo roteirista Kevin Williamson, e pelo icônico diretor Wes Craven (responsável por filmes como QUADRILHA DE SÁDICOS e A HORA DO PESADELO), o PÂNICO original de 1996 reinventou o subgênero Slasher, e ditou as regras do gênero na segunda metade da década de 90 com PÂNICO 2, de 1997 e PÂNICO 3 de 2000, fechando uma trilogia, que poderia ter reinventado a história. A primeira tentativa de reviver a franquia se deu em 2011 com o subestimado PÂNICO 4 de Craven, que embora bem recebido por fãs e críticas, não rendeu retorno financeiro. Foi só em 2022, quando PÂNICO (informalmente chamado de PÂNICO 5), comandado pela dupla Matt Bettinelly Olpin e Tyler Gillet (do ótimo READY OR NOT) caiu novamente nas graças do público, ao promover uma "sequência legado" cheia de elementos nostalgicos, onde o elenco clássico passava o bastão para uma nova geração de sobreviventes, em um filme abraçado por crítica, fãs e publico em geral.

 O sucesso fez com que um novo filme ganhasse sinal verde quase imediatamente, com a garantia de retorno de todos os envolvidos, ou quase. Uma grande polêmica durante a pré-produção foi a saída de Neve Campbell, a eterna Sidney Prescott, que recusou retornar a franquia após não concordar com o salário que lhe foi oferecido, segundo ela abaixo da personagem simbolo de uma franquia milionária, em uma demanda bem justa, na minha opinião. Por outro lado, a saída de cena de Campbell parecia permitir que as novas protagonistas da série assumissem o seu espaço, já que a passagem de bastão já havia sido estabelecida pelo filme anterior. Esse potencial, entretanto, parece ser cumprido apenas em certa medida, já que apesar de ainda ser uma entrada bastante eficiente da franquia, PÂNICO 6 parece ainda preso em um processo de passagem de bastão e certa auto indulgência que o impede de alçar vôos mais altos.

 Escrito por James Vanderbilt (ZODIACO) e Guy Busick (READY OR NOT), mesma dupla responsável pelo filme anterior, PÂNICO 6, abre com uma sequência de abertura que brinca com as expectativas daqueles familiarizados com os tropos da série, em uma passagem que explora de forma competente a proposta oferecida pelas ações de Ghostface se darem agora em uma grande metrópole ao invés de uma cidade pequena (mesmo que em tese o assassino mascarado já tenha passado por Los Angeles no divisivo PÂNICO 3). A idéia que o texto apresenta é que a cacofonia e a apatia de uma cidade grande seja tão ou ainda mais vantajosa para as ações do vilão mascarado do que o isolamento de uma pequena comunidade, em uma proposta que a direção sbe aproveitar na maior parte do tempo. Também é digno de nota o quano o texto dedica tempo a trabalhar a relação e a dinâmica entre os quatro sobreviventes dando tempo para que esses personagens respiram e se desenvolvam de uma forma que a franquia talvez não tivesse feito antes com seus personagens principais, em conflitos simples e até obvios, mas ainda assim bem executados. Em contrapartida, o elenco de novos personagens acaba sendo um dos mais genéricos da série, não servindo para muito mais do que vítimas ou suspeitos em potencial. Ainda que a Sidney de Neve Campbell não retorne, temos o retorno de duas veteranas, Kirby Reed (Hayden Panetierre) que havia roubado a cena em PÂNICO 4, e Gale Weathers (Courtney Cox), agora  a única constante da franquia ao lado de Roger L. Jackson, que dá voz ao Ghostface.

A personagem de Kirby é reintroduzida em um contexto interessante, agora uma agente do FBI, que investiga o legado dos crimes que marcaram a sua vida, e que por não ter um peso tão grande para  a franquia quanto outros veteranos, se encaixa de forma mais orgânica com o novo elenco, mesmo que a história não se aproveite da personagem como poderia. Já a presença da Gale de Cox é completamente dispensável, servindo como um mero fan service, e regredindo o arco da personagem visto ao longo de toda a franquia para que ela se encaixe de alguma forma na nova trama, deixando claro que realmente não havia qualquer nova história para se contar com a personagem, com a sua presença soando mais como insegurança sobre a capacidade da franquia se manter sem os seus rostos mais conhecidos do que outra coisa.

 Essa insegurança do roteiro, entretanto, parece se estender a outros aspectos da narrativa. É nitido que os realizadores parecem ter idéias que visam levar a série para caminhos completamente diferentes, vide a relação de Sam com a memoria de seu pai, Billy Loomis (Skeet Ulrich), o Ghostface original. Entretanto, o arco que a personagem percorre neste filme é basicamente o mesmo, com menos sutileza que o percorrido no filme anterior, encerrando-se inclusive com indefinição semelhante, mostrando que a questão da renovação dos personagens não é o unico ponto onde os realizadores se mantém inseguros. Além disso, ainda que tente vender a idéia de um filme onde tudo pode acontecer, a reticência da obra em eliminar de fato certos personagens tira a sensação de peso que a narrativa poderia ter. Não que "Pânico" seja uma franquia desapegada, não á toa, as personagens de Campbell e Cox sobreviveram a inumeros ciclos de assassinato, mas a brutalidade de certos ataques vistos aqui acaba jogando contra a credibilidade de certas sobrevidas.

 E se cada filme da franquia "Pânico" parecia lançar um olhar determinado para o terror e para o cinema em geral, discutindo tópicos como o terror gênero, sequencias, trilogias, remakes e sequências nostálgicas, e através disso jogar com temáticas como fascínio da violência, sistema predatório de Hollywood, culto a celebridades e fandons tóxicos, parece faltar a PÂNICO 6 um tema para chamar de seu que não seja apenas a auto indulgência pela própria história da série. Há um esboço bem rabiscado mesmo de discussão sobre Fake News e teorias conspiratórias de internet, mas nada realmente significativo.

 Mas apesar de todas essas críticas PÂNICO 6 ainda é um ótimo Slasher, e muito disso se deve a excelente direção de Vanderbilt e Olpin, que dão ao filme um ritmo frenético, fazendo com que mal se sinta as mais de duas horas de projeção. Os diretores são muito bons em construir assequências de suspense, com passagens como a situada em um metrô, e o ataque ao apartamento de Sam e Tara, deixando o público na ponta da cadeira. A dupla também sabe se utilizar do Gore para explicitar a brutalidade dos ataques do Ghostface, auxiliados pelo bom desenho de som, e pela excelente montagem de Jay Prychidny, além de aproveitarem muito bem os Set Pieces para tirar o máximo das famosas sequências de perseguição e confronto envolvendo o assassino mascarado. Devido crédito também deve ser dado a direçao de fotografia de Brett Jutkiewicz (colaborador habitual dos diretores) e a direção de arte de Michele LaLiberte, que concedem ao projeto uma atmosfera sombria e sufocante, e transformam Montreal em uma dublê convincente de Nova York. Apenas a trilha de Bryan Tyler que parece não conseguir espaço para brilhar, não conseguindo criar nada que se compare ao trabalho realizado por Marco Beltrami nos quatro primeiros filmes.

 Também não há como não dar os devidos créditos ao quarteto protagonista, que demostram grande carisma  e química de cena. Melissa Barrera mostra-se muito mais confortável e segura na pele de Sam, dando credibilidade aos traumas que a personagem carrega,e segurando o coração dramático da obra. Jenna Ortega, que estourou definitavente em 2021 em uma série de trabalhos dentro e fora do gênero que culminaram no sucesso pop da série WANDINHA, mostra mais uma vez que é uma grande atriz de sua geração ao transformar Tara na personagem mais relacionável do projeto, transitando com desenvoltura entre força, fragilidade e ternura de modo absolutamente natural, roubando a cena co uma personagem que talvez nas mãos de uma atriz menos capaz, não tivesse esse potencial. E se Jasmin Savoy Brown continua a esbanjar carisma como Mindy, ocupando o papel por aficcionada pelo cinema que já foi ocupado por personagens como Kirby e Randy (Jamie Kennedy) no passado, ela acaba sendo sabotada por ter que entregar alguns dos momentos de alívio cômico mais deslocados da projeção, embora não possa ser responsabilizada por isso.

 PÂNICO 6 mantém o bom nível da franquia, entregando um Slasher Whodunit envolvente e emocionante, e personagens com quem realmente nos importamos, o que em uma série de terror que chega ao seu sexto capítulo, quer dizer alguma coisa. Por outro lado, apesar da bem vinda mudança de ambiente, do talentoso elenco e da direção inspirada, é inegavel sentir que esta sexta jornada de sangue de Ghostface parece reticente em subir nas bases construídas pelo PÂNICO de 2022, e realmente seguir o próprio caminho, ao repetr promessas do filme anterior, o que é um pouco decepctionante.

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 Video interessante do Whatculturehorror com as Final Girls que deveriam ter morrido.

 

 

 

 Discordo só do caso do ESCAPE ROOM, que acho que tem uma boa Final Girl, e do TRUTH OR DARE cuja sacada é justamente o niilismo da pessoa mais escrota do grupo sobreviver. Mas os exemplos do PAGUE PARA ENTRAR, REZE PARA SAIR e do ARMY OF THE DEAD são totalmente justos. kkkk

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10 hours ago, Questão said:

Visto PÂNICO 6

taí uma franquia que nunca despertou minha atenção...acho que só vi o primeiro no século passado e não achei lá tudo isso... quem sabe me anime a assistir o segundo pra ver se maratono isso de uma vez...só falta vontade..🤣

 

Filhos do Privilégio é um terror alemão teen ruinzinho que é um samba-do-crioulo-doido em sua proposta, prontofalei! O filme até começa bem indo numa direção, mas depois ele atira pra todo lado que não se sabe se é filme de possessão, de paranóia, de seita satânica, home invasion e até de exorcismo. Como disse, o melhor ta no começo porque depois de meia hora o filme dessando por completo, quiça devido a dupla direçao do longa. Uma pena porque até tinha boa proposta e umas alemazinhas piriguetes que vou te contar.. No entanto isso nao basta pra elevar a nota deste filme sem foco, que se torna desinteressante e tedioso na última metade. 7-10

The Privilege (TV Movie 2022) - IMDb

 

M3gan é um terror light razoável mas com muitas limitações dentro de sua proposta, que bebe da fonte atualizada de Brinquedo Assassino, com homenagens ao mesmo em várias cenas. Superficial, previsível e enxuto em seus 90min, o filme demora pra engrenar pois fica enchendo linguiça por quase uma hora, pra somente na meia hora final dizer a que veio. A boneca tecnológica assassina é bem concebida e tem bons momentos de ação contorcionista dignos de O Exorcista, mas parece que fica só nisso mesmo. O filme poderia ter ousado mais em seus conceitos bacanas, dos Ceos de empresas tecnológicas, etc e tal. E o desfecho é xerox do primeiro Terminator..🤣  Sim, dá pra ver de boas, mas ta longe de ser tudo aquilo que andam falando. Ainda assim, ainda não chega nem no dedo mindinho do eterno Chucky, que ainda reina absoluto do panteão dos killer toys. 7,5-10

M3GAN 2 | Sequência de James Wan pode acontecer após a fusão da Blumhouse e  com Atomic Monster

 

Mad Heidi é um razoável exploitation que avacalha clichês e estereótipos alpinos. Vai vendo, uma mistureba de filme de vingança feito Kill Bill com nudes gratuitos, gore, porradaria e droga em formato de queijo suiço. Quem ja assistiu Machete, Iron Sky, Fist of Jesus ou Kung Fury ja sabe o que esperar tanto da estética quanto conteúdo. Diverte, mas apesar da boa e criativa premissa do inicio desta Suiça distópica, parece que o longa gasta seu gás na metade, onde tudo se torna quase entediante. Dá pra ver mas com muitas ressalvas, pois percebe-se o amor de quem fez isto aqui, uma vez que foi financiado via crowdfunding. 8-10

MAD HEIDI | Official Poster – Fine Art Print

 

Não Me Mate é um terrorzinho italiano bem fraquinho que começa prometendo, mas depois começa a se desenhar uma drama romântico fantástico feito um Crepúsculo daquele país, onde até o par principal tem muita semelhança física com a Bella e o Edward!! Na boa, é um filme sem foco direito, não se resolve se é terror (o que eu esperava!), drama ou romance.. é preciso muita suspenção da descrença pra engolir muita coisa, tipo, personagem que entra e sai sem dizer a que veio! Roteiro e mitologia bem confusos, até agora não sei o que a atriz é, se é vampira, zumbi ou os dois juntos!? Pena, porque a atriz se empenha e manda bem, mas o conjunto todo não desce redondo não.. Pior que tem deixa pra sequência, que eu vejo difícil ocorrer diante da ruindade deste troço.. A Italia ja fez coisa melhor no gênero.. 6-10

Non mi uccidere-: un viaggio nella più cupa oscurità ~

 

Quatro Histórias de Fantasmas é uma antologia de terror indiana bem fraquinha composta por quatro curtas de meia hora que tratam de temas diversos. Na verdade, pode se dizer que nem terror é a menos que o conceito de terror pros indianos seja outro. Ta mais pra drama sobrenatural e mesmo assim não dá nenhum cagaço.. O legal deles é a incorporação dos costumes e superstições indianas no decorrer da metragem, e só.. As reviravoltas dos curtas são bem previsíveis, e os jump scares, fraquinhos.. De longe, o melhor curta é o terceiro, que é mais convencional e se limitar a ser um survival de um cara fugindo de zumbis numa vila.. e só. Recomendaria a algum fã do gênero? Não. 6-10

Quatro Histórias de Fantasmas - Limão Mecânico

 

Knock at the Cabin é a boa incursão do Shy no subgênero "home invasion", porém com um toque apocalíptico diferenciado. O legal é que a tensão e a dúvida do que tá rolando ele consegue manter do início ao fim, mesmo a trama se passando num único ambiente. A alegoria da pandemia, da empatia e negacionismo estão bem escancarados no decorrer da trama e funcionam dentro daquilo que nos é jogado na tela. As atuações estão boas, mas quem se destaca de longe é, pasmem, o Drax Bautista como um "gigante gentil". Aqui não tem a tradicional reviravolta ou surpresa narrativa típicas do diretor, apenas um bom desfecho que consegue amarrar razoavelmente a estória, pelo menos é melhor que seu último filme, "Tempo". Sim, não chega aos pés de clássicos do diretor, mas pelo menos é o mais decente de seus últimos trampos. 8-10

Knock at the Cabin' Official Poster Asks You to Make a Dreadful Choice -  Bloody Disgusting

 

As Bestas é um bacanudo thriller rural espanhol com pegada meio de documentário. É um filme onde a tensão de tretas entre vizinhos (um francês e um espanhol) são cozinhadas a fogo brando até o ponto onde a panela finalmente explode por varios motivos.. inveja, xenofobia, frustrações, etc. Visualmente é lindo pois as escarpas da geografia acidentada do lugarejo definem o caráter ilhado de cada personagem ali, a semelhança dos Banshes de Inisherim, mas aqui com uma tragédia anunciada desde o primeiro frame. O elenco ta fabuloso, com destaque pra personagem da francesa Marina Frois, que carrega todo peso da trama nos ombros. Os "vilões" também estao muito bem.. e a "vítima" a gente sente pena.. sinal que o filme sim, funcionu. 8,5-10

As Bestas': Cartel final en exclusiva de lo nuevo de Sorogoyen

 

Re/Member é um terror japonês que tem como plot um loop temporal a semelhança de A Morte lhe dá Parabéns, mas aqui tudo é elevado a enésima potência, onde um grupo de jovens repete (e morre) indefinidamente uma cena atrás de um assassino. É um filme que entretêem dentro de sua proposta, mas que tem um problema de tom: tem muitos momentos onde não se decide se é um terrorzão frenético ou um dorama docinho e fofo!? Aqui as duas coisas se misturam e não dá muita liga, manja? Não há continuidade de tensão quando aparece um casal embalado numa música melosa de adolescente.. quiça seja cacoete oriental, mas aqui eu pelo menos não engulo muito bem essa mistura, que permeia boa parte de metade do filme. No entanto, a meia hora final resgata o tom dark inicial elevando a nota deste trem. 8-10

Pôster do filme Re/Member - Foto 1 de 1 - AdoroCinema

 

Vikingulven é um filme norueguês mediano de lobisomem que dá pro gasto pra passar o tempoo e mais nada. Na verdade assisti pois os países nórdicos mandam bem neste gênero quando querem fazer algo original, mas aqui não é o caso pois o filme é genérico até o sabugo da unha. É um mix Lobisomem Americano em Londres com Teen Wolf passado em paisagens lindas de morrer, que poderia ser melhor do que é pela mitologia que expõe. O filme começa feito thriller policial e demora pro lobão dar as caras, mas quando dá se tem duas percepções: os ataques e a tensão em cena é bem boa, te prende na tela...mas quando mostra o bicho você broxa totalmente porque os efeitos digitais são bem fracos... poderiam ter caprichado melhor em efeitos práticos ou ter colocado um cara fantasiado que era mais convincente! 7,5-10

Viking Wolf (2022) - Posters — The Movie Database (TMDB)

 

 

The Strays é um bom suspense psicológico inglês que, numa narrativa apresentada por capítulos, bebe muito da fonte do terror racial apresentado pelo Jordam Peele em Corra e Nós. No decorrer da trama ficamos preso ao que realmetne ta acontecendo em tela, quem será de fato a protagonista e quais suas intencões. Quando surgem dois novos personagens tudo vira do avesso e as definições vítima/vilão mudam constantemente até o poderoso e melancólico desfecho. É daqueles filmes que quanto menos se souber, melhor. As atuações da protagonista e seus filhos estao muito bem cassadas e sustentam bem a narrativa de sua enxuta hora e meia. É uma produção sobre escolhas, busca de identidade e fuga do passado. O filme pode parecer pequeno, mas sua ótima sacada final eleva e muito a nota dele. Curti. 9-10

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Cocaine Bear é um filme de premissa absurda, vai vendo: um urso cheira um carregamento de pó jogado de um avião por traficantes e sai apavorando geral num parque ianque!! Pois é, mas o filme demora a engatar pois algo que foi vendido com um urso matando geral precisa corresponder as espectativas, o que não ocorre! Demora muito pro ursão digital aparecer, tem muita enrolação na primeira hora com muito blábláblá, mas quando aparece é com gosto..mano, parece um Kung Fu Panda live action🤣!! Tem gore,tem.. tem cenas bizonhas.. Mas o ritmo dele não me agradou, parece uma especie requintada de Sharknado filmada pelos Irmaos Coen.. antes fosse filmada pelo Joe Dante ou Alejandro Aja, que mandam bem neste subgênero! Mas o filme dá pro gasto, diverte mesmo assim..mas com algumas ressalvas. Ultimo filme do canastrão Ray Liotta😢. 8-10

Image gallery for Cocaine Bear - FilmAffinity


 

Girls with Balls é uma bobagem de terrir belga que tenta emular seus similares ianques, com resultado que fica no meio termo. Espécie trash de Amargo Pesadelo com elementos de Massacre da Serra Elétrica, a premissa de ver um bando de gostosas sendo perseguidas por caipiras sádicos é bastante atraente (sim, confesso que me amarro num shortinho atochado em rabo de muié!😍) mas aqui o diretor não sabe dosar tudo que tem em mãos. Sim, tem gore, cabeças voando, mãos decepadas, etc.. Sim, tem momentos hilários.. Sim, tem fetichização sexy do corpo femenino de monte (atente á cena do açougue!) Mas o diretor não sabe emendar tudo isso aí de forma satisfatória, esse é o ponto! Do elenco desconhecido, fico me perguntando o que levou o sempre ótimo Denis Levant a encarar iss aí.. 7-10

Girls with Balls (2018) - IMDb

 

Infinity Pool é uma boa e diferenciada produção que ainda tô engolindo, pois tem o sobrenome Cronneberg na direção e quem conhece o homi sabe o conteúdode seus filmes. Aqui no caso é o filho do diretor, que honra bem o legado do pai com muito body horror. O filme fala de moralidade, ética e principios da sociedade pra subvertê-los em perversidade humana em cenas bem biznhas e grotescas, não é pra qualquer um. A mensagem é direta, mas não é pra qualquer um. Mas isso soé possivel pelas hipnóticas interpretações do casal principal, Alexander Saskgard e Mia Goth. É um filme dificil de digerir e um baita espetaculo visual..eu curti mas com ressalvas, pois muita coisa ficou no ar. Mas a só fato de ficar pensando nele depois de terminar já fez valer a pena. 8,5-10

Infinity Pool teljes filmadatlap | A legjobb filmek és sorozatok sFilm.hu

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