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Forum Cinema em Cena

Não! Não Olhe! (Jordan Peele)


Jailcante
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Acho que isso de embargo ou coisa do tipo é mais uma estratégia para evitar divulgação do plot twist bobo do que o filme ser uma obra agradável mesmo. Isso de dizer que é filme para o cinema é justamente porque sabem que nos streams ou na tvum filme ruim fica mais despercebido ainda...

PArei de achar que um filme obra prima precisa de segredos, quando o Shyamalan que sabia bem alimentar essa expectativa com essa estratégia...

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  • Jailcante changed the title to Não! Não Olhe! (Jordan Peele - 25/08/22)
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Jordan Peele fala sobre a expectativa por Nope: "Eu penso nela como um presente"

Diretor fala ao Omelete sobre sua "grife" e o que aprendeu em seu novo filme

Omelete
4 min de leitura
24.08.2022, ÀS 17H36
ATUALIZADA EM 24.08.2022, ÀS 17H51
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Em Não! Não Olhe!, o diretor e roteirista Jordan Peele faz uma consciente defesa do poder transformador do cinema, e especificamente do cinema de entretenimento. Através do registro filmado de uma aventura com OVNIs, seus protagonistas são capazes não apenas de superar o horror do trauma mas também de consumar uma reparação histórica. Peele investe sua energia nisso e parece apenas justo que o longa tenha sido um razoável sucesso nos EUA, onde está em cartaz há um mês.

De todos os filmes originais (ou seja, que não são continuações nem adaptações ou franquias) lançados no cinema do país desde o começo da pandemia, Não! Não Olhe! teve a melhor bilheteria de abertura: US$44,4 milhões no fim de semana inicial, contra US$32,1 do segundo colocado, Elvis. Esse número fica abaixo do padrão Jordan Peele - cujo Nós abriu com US$71 milhões em 2019 - mas não deixa de atestar que o comediante, hoje sinônimo de instigantes filmes de horror, realmente transformou seu nome em grife. A Universal percebe isso e permitiu que o boca a boca funcionasse; deu a Não! Não Olhe! o privilégio de uma janela de exclusividade de 30 dias nos cinemas antes de lançar o longa no streaming (estratégia que a distribuidora hoje reserva apenas para os longas que abrem acima dos US$50 milhões) e ao longo deste mês a bilheteria do filme já acumula US$114 milhões. 

Em uma coletiva de divulgação do filme, Peele falou ao Omelete sobre como ele se sente com esse status privilegiado. “Eu só consigo ficar agradecido. Sinto que eu tenho um apreço pelo público que vem desde a comédia. Um comediante quer a sala inteira rindo, não basta ter só algumas pessoas no canto que entenderam suas piadas. Isso às vezes é bom também, mas no fundo você percebe que é engraçado mesmo quando a sala toda entra nessa. E eu não quero discriminar meu público. Eu assumo que eles amam filmes do mesmo jeito que eu amo”, diz.

Na entrevista, o diretor detalha: “Eu sempre tento procurar algo que não existia num filme antes e que eu gostaria de ver pela primeira vez. Neste caso, seria um filme de OVNI verdadeiramente horripilante - como em alguns dos meus filmes favoritos, em que somos imersos de fato em determinada situação. Quando escolho o que vou fazer, eu sinto que tenho uma responsabilidade com o cinema na hora de fazer um filme como este”.

Com dois filmes de horror do currículo - Corra! em 2017 e depois Nós em 2019 - Peele descobriu que, sim, poderia atrair o público apenas com a promessa de uma premissa instigante e boas viradas de suspense e horror. Em inglês, Não! Não Olhe se chama Nope - algo como “nem ferrando” em tradução literal - e a escolha desse título críptico e monossilábico é mais um atestado na confiança de Peele como uma grife que promove a si mesma sem precisar explicar muito do filme.

As expectativas não pesam sobre o diretor. “Eu penso nelas como um presente. Só consigo pensar assim, porque do contrário eu me sentiria sufocado e sempre me questionando. Ao tomar controle do que eu acredito serem essas expectativas, isso me dá um tipo de poder quando estou criando uma história, porque quanto mais eu sei sobre o que a audiência está pensando, mais eu tenho habilidade de entregar isso ou então de virar essa expectativa de cabeça para baixo”, diz Peele.

Num cenário em que a experiência do cinema se vê bombardeada por preocupações com streaming, assinantes e ações na Bolsa de Valores, um filme de brincadeiras metalinguísticas como Nope - que vai desde o primeiro registro fílmico de um jóquei sobre cavalo no século XIX até um product placement oportuno das câmeras IMAX em cena - parece reviver o interesse pela catarse na sala escura. O mistério que envolve Nope faz parte dessa experiência: “O mais desafiador sobre o medo é que é um sentimento muito pouco prazeroso, e a gente tende a suprimi-lo. E então, depois de um tempo, ele volta muito pior. E existe algo sobre se juntar com um monte de gente [no cinema] e encarar esses medos de um modo seguro, em que você se sinta em casa, e se sinta bem ao mesmo tempo. Seu corpo precisa soltar esse medo, e é por isso que filmes de horror funcionam”, diz o diretor.

“Esse filme me ensinou muitas lições. Em termos de escopo e escala, eu aprendi que nada é inalcançável. É uma mensagem que eu diria para minha versão no passado e para qualquer pessoa tentando fazer um filme. Tudo é possível nessa mídia, se você tiver colaboração, sabe? Achar o time certo e trabalhar junto permite criar as mais grandiosas ilusões, as maiores desde, sei lá, que King Kong apareceu na tela sem ter nenhum dos recursos que temos hoje. É tudo sobre inovação”, diz Peele.

O filme estreia nesta semana  no Brasil. 

 

FONTE: OMELETE

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  • Jailcante changed the title to Não! Não Olhe! (Jordan Peele)
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Uma obra prima, pro meu gosto. (com Spoillers)

É o tipico filme que da para comparar com os filmes do Stanley Kubrick, não pela qualidade cinemática da obra, porque desconheço o assunto a fundo para poder fazer uma constatação dessa, mas comparável aos filmes de Kubrick no sentido do entretenimento do filme está não nas ações, no drama, no roteiro, e nem mesmo no segredo revelado, o entretenimento do filme está na experiência de indagar sobre o objeto do qual o filme se debruça, é o tipico filme experiência investigativo.

Muita gente não vai gostar mesmo desse filme, assim como não é todo mundo que gosta dos filmes do Kubrick, porque para isso é preciso comprar a ideia do filme, imergir, se preocupar com os personagens, prestar atenção na história ali contada, embora o que está sendo contado ali não é bem a história.

É é por isso que o filme, BRILHANTEMENTE, alguns momentos do filme (spoiler alerta), vai para o momento que o Chimpanzé surta e mata os atores na gravação de um epísodio de um seriado, porque o que está sendo contado ali diz muito a respeito de fazer filme: ora, você se aproveita dos sentidos de visão e audição da espécie humana e a nossa tendência a se motivar a prestar atenção no que outros tem a contar ou em situações-eventos-histórias que estão expostas a ela para passar uma mensagem, para atrair espectadores pro seu filme, e aqui a importância de entender a regra que todo o animal tem que muito bem espõe o tratador de cavalos.

É importante notar que o filme, ao mesmo tempo que fala desses códigos de comunicar com os animais, apresenta cavalos treinados e cavalos não treinados, e isso pode passar despercebido, mas é elemento central da trama, do que extamente o filme está querendo abordar e explorar, esgarçar (que não é exatamente a trama).

E ai vamos ao mistério, o mistério consegue discernir o que é gente do que é bandeiras de plástico, cavalos de cavalos de plástico, e em um momento importante do filme exita ao ver um boneco de plastico e a cena terá um desfecho, mas o segredo está ali, no mistério encarando o boneco inflável de plastico como que se em dúvida do que se trata aquilo.

E voltando pros cavalos, um dos primeiros cavalos que é vitima do mistério é o cavalo que não aceitou ser treinado, e legal de perceber que o filme coloca o cavalo que aceitou o treinamento como cavalo que entendeu a lógica do perigo e se abrigando em algum local com que ofereça um teto que sirva de barreira pra o predador que vem de cima. 

Juntando essa capacidade de aprender novos truques para resolver situações de risco quando passa por experiências em que teve que aprender truques com a capacidade de discernir o que é presa do que é objetos indesejados, de antever os movimentos da presa (há uma cena que o predador antecipa a ação do personagem principal, pegando um atalho e chegando ao ponto onde imaginou que o personagem iria, assim como na cena do chimpanzé surtando que ao ver um dos atores do seriado fugindo, também antecipou os seus movimentos indo para um local que futuramente a pessoa iria estar, sim os animais tem a capacidade de antever situações futuras), nota-se aqui que o filme diz que essas criaturas não está ali bestialmente, realizando coisas indiscriminadamente, mas sim, agem conforme aquilo que discrimina para tal do qual os seus sentimentos geram o impulso que o motiva para, com base nos códigos de relação com os demais e com o meio.

E é aqui que o caso do surto do Chimpanzé e a cena do personagem principal, o adestrador de cavalos, preocupado com o seu cavalo em um set de filmagens no momento da gravação de uma cena, culminando num coice do cavalo porque, dentro desse momento de stress que o animal estava submetido, um código de conduta foi ultrapassado, que foi a sensação de estar sendo olhado por alguém, por algum rival ou predador, gerado por um aparelho de filmagem colocad a frente do animal por algum assistente de filmagem. 

E dai se faz a conexão com o código de não olhar que normalmente os animais tem como regra que pode indicar ameaça ou alerta daqueles que o estão interagindo. É contado em uma parte do filme sobre o cavalo que não aceitava treinamento ser também o que não aceita ser encarado olho no olho, tratando isso como um desafio. E aqui o filme faz um link com a forma com que um de seus vizinhos, dono de um estabelecimento de entretenimento com temática de cowboy e que compra cavalos do protagonista, e que foi um ator mirim um dos que sobreviveu ao surto do chimpanzé, em que esse vizinho pegava os cavalos que ele comprava e os soltava ao campo livre para atrair o grande predador do céu como forma de entrentenimento para quem quisesse pagar e ver o espetáculo, e isso fez com que se estabelecesse um código entre o predador e a comunidade em que ali era sinonimo de alimento, que tinha alimento e, portanto, era uma área para se apoderar como território.

Pode parecer que eu estou dando spoiler, mas o spoiler mesmo eu vou dar agora, porque não é essa a história do filme, a história do filme é que assim como os cavalos e o chimpanze foram explorados, utilzando suas percepções e códigos para treina-los a ser bonecos de espetáculos cinemáticos, o primeiro filme feito, a primeira imagem em movimento registrada (segundo o filme, não sei se isso tem alguma base com a realidade)foi de um homem negro montado em um cavalo, cujo os treinadores e donos do cavalo eram os homens negros, enquanto que a história do cinema estadunidense foi feita com a imagem de homens brancos sentados em cavalos como os conquistadores, e homens indígenas e negros como barbaros selvagens.

Assim como você se aproveita da percepção e biologia do bicho para extrair a carne ou a imagem para um filme, o filme faz a mesma coisa com pessoas para criar novas tecnologias ou novas fronteiras de ação na realidade, e para passar mensagens, é o ser humano pegando a percepção e biologia do próprio humano para a construção do cinema e para a construção de uma imagem das pessoas não brancas, construção de uma ideia de nação, construção de histórias e narrativas que cativam e atraem multidões,....

E aqui é interessante notar que, ao abordar  tecnologias recentes de cameras e internet, com tecnologias, o filme aborda que uma época eram cowboys sentados em cavalos, depois vieram as motos e os carros, e a juventude transviada, transgressora,...

Foi com a exploração de corpos e mentes humanas que permitiu que uma maravilha da arte humana fosse possível de ser criada, que é o cinema, do qual o diretor, um representante desses corpos cujo o cinema corriqueiramente passou a imagem de ser um selvagem, tanto ama e dedica sua vida e carreira.

A pessoa pode agir como agiu o cavalo que não quis ser domado, e é legal essa provocação que o filme faz, primeiro apresenta o personagem principal, e fala do cavalo indomável. A primeira instância a gente nem nota que o filme está fazendo ai um paralelo, não entre o animal e as pessoas, mas entre as impressões que temos de pessoas como a do personagem principal e a do cavalo indomável.

Ao mostrar que o cavalo indomável não realizou que ficar em um abrigo com teto que gerasse um impecilio para a ameaça que vem do céu pode nos parecer que esse cavalo é burro, é pura besta, puro instinto, e não tem a capacidade de discernimento que o cavalo que aceitou o treinamento tem que o permitiu sacar que em locais com teto, diminui as chances da ameaça o pega-lo.

Mas ai que está a pegadinha, ao apresentar um personagem timido, que não demonstra interesse em conhecer os modos de lidar com as coisas do mundo do qual está ai envolto do mundo dele, o que o filme tá dizendo é que podiamos muito bem não querer esse treinamento, em contrapartida, não teriamos tido a experiência que é importante para aprender a lidar com situações subjacentes a esse mundo do qual o cinema, o entretenimento com temática de cowboy do vizinho que sofreu um trauma na infância, justamente em uma situação em que se exploram os corpos para gerar entretenimento...

Não é que o cavalo que não aceitou treinamento não soube se livrar da ameaça que vinha do céu por ser burro, não ter a capacidade de discernimento, de ser uma besta indomável, mas sim porque ao não aceitar lidar com o treinamento, e com as "regras de conduta" que envolve a relação com os humanos, o cavalo "indomável" simplesmente não teve a oportunidade de aprender as coisas que estão atreladas a esse convívio com os humanos que lhes poderia ser util na  sua defesa contra o predador do céu (é importante notar que uma parte do filme que fala da indomabilidade desse cavalo, fala justamente dele como um cavalo que fica mais tempo longe do estaleiro, ora, a falta de experiência de ficar constantemente dormindo, e aprendendo a gostar ou ver como natural, estar sob um abrigo, o impediu de conhecer a natureza desse abrigo, as suas características físicas, de modo que poderia lhe servir nesse momento que a ameaça vinha do céu e era gigante, como foi o caso do cavalo que aceitou o adestramento).

Veja, o filme está dizendo que o fazer filme foi um "treinamento" das pessoas que sim, que explorou-as para extrair o que queria, uma reação e uma imagem das massas de forma geral, criar costumes e mercado, conquistar novas áreas de mercado a ser explorado, em outros continentes, disseminar ideias que subjulgavam umas pessoas enquanto veneravam outras, explorar o cinema como o próprio mercado, como entrentenimento, como circo, como coliseus, ...

Mas foi sofrendo esse "adestramento" que as pessoas puderam adquirir também a oportunidade de conhecer a "física" de tudo que envolve isso, que pode ser criada essa maravilha da arte do qual o próprio Jordan Peele, e que é preciso tomar posse de forma madura dessa criação que foi feita de maneira coletiva. 

O que o filme diz é que o cinema é uma obra coletiva, e tudo isso, que o cinema é um "adestramento" e um pdoruto de ações coletivas de diversos povos, é, de forma brilhante, colocado de forma expositiva no próprio filme, com todo dilema da trama não consistindo em eliminar o mistério, mas sim em gravar e revelar o mistério para todo o mundo como forma de documentário, servindo como arma de conquista da atenção do mundo todo para algo que iria quebrar os paradigmas do planeta, ganhando poder e perspectivas de relevância na história mundial.

E é bem maneiro como o filme explora a tentativa de capturar a imagem desse mistério, fazendo uma alusão aos documentários de animais, semelhando-se muito com a forma com que os documentáristas exploram a percepção, os sentimentos, a consciencia, e biologia dos bichos para atraí-los para onde eles querem de forma que possa ser feita a filmagem (e aqui me vem a mente as cenas de gravação de documentários da Dian Fossey com os gorilas da montanha, não que os gorilas sejam predadores e ameaça, mas é que o código de apresentação deles é o costas pratiada ameaçando com um ritual de demonstração de força que se você não baixar a cabeça e ficar paradinho, queto, a coisa pode ficar feia, mas se você demonstra submissão total, você será bem vindo no grupo).

E o filme frisa que o cinema é um resultado de ação coletiva da nossa espécie e que precisamos olhar para ele com um olhar maduro se realmente amamos essa arte, ao  justamente colocar um documentarista homem branco que é conhecido justamente por fazer essas cenas com animais, entregando sua vida para atrair o predador, estimula-lo a sair do seu esconderijo e mostrar-se pra as cameras. É uma mensagem sutil que diz que o cinema precisa ser explorado também em detrimento da vida e biologia de homens brancos, e não em favor deles, já que amamos tanto essa arte, que aceitemos estar susceptível a ter nossos corpos explorados em busca de uma grande história. 


 

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6 hours ago, Gustavo Adler said:

Uma obra prima, pro meu gosto.

É o tipico filme que da para comparar com os filmes do Stanley Kubrick, não pela qualidade cinemática da obra, porque desconheço o assunto a fundo para poder fazer uma constatação dessa, mas comparável aos filmes de Kubrick no sentido do entretenimento do filme está não nas ações, no drama, no roteiro, e nem mesmo no segredo revelado, o entretenimento do filme está na experiência de indagar sobre o objeto do qual o filme se debruça, é o tipico filme experiência investigativo.

Muita gente não vai gostar mesmo desse filme, assim como não é todo mundo que gosta dos filmes do Kubrick, porque para isso é preciso comprar a ideia do filme, imergir, se preocupar com os personagens, prestar atenção na história ali contada, embora o que está sendo contado ali não é bem a história.

É é por isso que o filme, BRILHANTEMENTE, alguns momentos do filme (spoiler alerta), vai para o momento que o Chimpanzé surta e mata os atores na gravação de um epísodio de um seriado, porque o que está sendo contado ali diz muito a respeito de fazer filme: ora, você se aproveita dos sentidos de visão e audição da espécie humana e a nossa tendência a se motivar a prestar atenção no que outros tem a contar ou em situações-eventos-histórias que estão expostas a ela para passar uma mensagem, para atrair espectadores pro seu filme, e aqui a importância de entender a regra que todo o animal tem que muito bem espõe o tratador de cavalos.

É importante notar que o filme, ao mesmo tempo que fala desses códigos de comunicar com os animais, apresenta cavalos treinados e cavalos não treinados, e isso pode passar despercebido, mas é elemento central da trama, do que extamente o filme está querendo abordar e explorar, esgarçar (que não é exatamente a trama).

E ai vamos ao mistério, o mistério consegue discernir o que é gente do que é bandeiras de plástico, cavalos de cavalos de plástico, e em um momento importante do filme exita ao ver um boneco de plastico e a cena terá um desfecho, mas o segredo está ali, no mistério encarando o boneco inflável de plastico como que se em dúvida do que se trata aquilo.

E voltando pros cavalos, um dos primeiros cavalos que é vitima do mistério é o cavalo que não aceitou ser treinado, e legal de perceber que o filme coloca o cavalo que aceitou o treinamento como cavalo que entendeu a lógica do perigo e se abrigando em algum local com que ofereça um teto que sirva de barreira pra o predador que vem de cima. 

Juntando essa capacidade de aprender novos truques para resolver situações de risco quando passa por experiências em que teve que aprender truques com a capacidade de discernir o que é presa do que é objetos indesejados, de antever os movimentos da presa (há uma cena que o predador antecipa a ação do personagem principal, pegando um atalho e chegando ao ponto onde imaginou que o personagem iria, assim como na cena do chimpanzé surtando que ao ver um dos atores do seriado fugindo, também antecipou os seus movimentos indo para um local que futuramente a pessoa iria estar, sim os animais tem a capacidade de antever situações futuras), nota-se aqui que o filme diz que essas criaturas não está ali bestialmente, realizando coisas indiscriminadamente, mas sim, agem conforme aquilo que discrimina para tal do qual os seus sentimentos geram o impulso que o motiva para, com base nos códigos de relação com os demais e com o meio.

E é aqui que o caso do surto do Chimpanzé e a cena do personagem principal, o adestrador de cavalos, preocupado com o seu cavalo em um set de filmagens no momento da gravação de uma cena, culminando num coice do cavalo porque, dentro desse momento de stress que o animal estava submetido, um código de conduta foi ultrapassado, que foi a sensação de estar sendo olhado por alguém, por algum rival ou predador, gerado por um aparelho de filmagem colocad a frente do animal por algum assistente de filmagem. 

E dai se faz a conexão com o código de não olhar que normalmente os animais tem como regra que pode indicar ameaça ou alerta daqueles que o estão interagindo. É contado em uma parte do filme sobre o cavalo que não aceitava treinamento ser também o que não aceita ser encarado olho no olho, tratando isso como um desafio. E aqui o filme faz um link com a forma com que um de seus vizinhos, dono de um estabelecimento de entretenimento com temática de cowboy e que compra cavalos do protagonista, e que foi um ator mirim um dos que sobreviveu ao surto do chimpanzé, em que esse vizinho pegava os cavalos que ele comprava e os soltava ao campo livre para atrair o grande predador do céu como forma de entrentenimento para quem quisesse pagar e ver o espetáculo, e isso fez com que se estabelecesse um código entre o predador e a comunidade em que ali era sinonimo de alimento, que tinha alimento e, portanto, era uma área para se apoderar como território.

Pode parecer que eu estou dando spoiler, mas o spoiler mesmo eu vou dar agora, porque não é essa a história do filme, a história do filme é que assim como os cavalos e o chimpanze foram explorados, utilzando suas percepções e códigos para treina-los a ser bonecos de espetáculos cinemáticos, o primeiro filme feito, a primeira imagem em movimento registrada (segundo o filme, não sei se isso tem alguma base com a realidade)foi de um homem negro montado em um cavalo, cujo os treinadores e donos do cavalo eram os homens negros, enquanto que a história do cinema estadunidense foi feita com a imagem de homens brancos sentados em cavalos como os conquistadores, e homens indígenas e negros como barbaros selvagens.

Assim como você se aproveita da percepção e biologia do bicho para extrair a carne ou a imagem para um filme, o filme faz a mesma coisa com pessoas para criar novas tecnologias ou novas fronteiras de ação na realidade, e para passar mensagens, é o ser humano pegando a percepção e biologia do próprio humano para a construção do cinema e para a construção de uma imagem das pessoas não brancas, construção de uma ideia de nação, construção de histórias e narrativas que cativam e atraem multidões,....

E aqui é interessante notar que, ao abordar  tecnologias recentes de cameras e internet, com tecnologias, o filme aborda que uma época eram cowboys sentados em cavalos, depois vieram as motos e os carros, e a juventude transviada, transgressora,...

Foi com a exploração de corpos e mentes humanas que permitiu que uma maravilha da arte humana fosse possível de ser criada, que é o cinema, do qual o diretor, um representante desses corpos cujo o cinema corriqueiramente passou a imagem de ser um selvagem, tanto ama e dedica sua vida e carreira.

A pessoa pode agir como agiu o cavalo que não quis ser domado, e é legal essa provocação que o filme faz, primeiro apresenta o personagem principal, e fala do cavalo indomável. A primeira instância a gente nem nota que o filme está fazendo ai um paralelo, não entre o animal e as pessoas, mas entre as impressões que temos de pessoas como a do personagem principal e a do cavalo indomável.

Ao mostrar que o cavalo indomável não realizou que ficar em um abrigo com teto que gerasse um impecilio para a ameaça que vem do céu pode nos parecer que esse cavalo é burro, é pura besta, puro instinto, e não tem a capacidade de discernimento que o cavalo que aceitou o treinamento tem que o permitiu sacar que em locais com teto, diminui as chances da ameaça o pega-lo.

Mas ai que está a pegadinha, ao apresentar um personagem timido, que não demonstra interesse em conhecer os modos de lidar com as coisas do mundo do qual está ai envolto do mundo dele, o que o filme tá dizendo é que podiamos muito bem não querer esse treinamento, em contrapartida, não teriamos tido a experiência que é importante para aprender a lidar com situações subjacentes a esse mundo do qual o cinema, o entretenimento com temática de cowboy do vizinho que sofreu um trauma na infância, justamente em uma situação em que se exploram os corpos para gerar entretenimento...

Não é que o cavalo que não aceitou treinamento não soube se livrar da ameaça que vinha do céu por ser burro, não ter a capacidade de discernimento, de ser uma besta indomável, mas sim porque ao não aceitar lidar com o treinamento, e com as "regras de conduta" que envolve a relação com os humanos, o cavalo "indomável" simplesmente não teve a oportunidade de aprender as coisas que estão atreladas a esse convívio com os humanos que lhes poderia ser util na  sua defesa contra o predador do céu (é importante notar que uma parte do filme que fala da indomabilidade desse cavalo, fala justamente dele como um cavalo que fica mais tempo longe do estaleiro, ora, a falta de experiência de ficar constantemente dormindo, e aprendendo a gostar ou ver como natural, estar sob um abrigo, o impediu de conhecer a natureza desse abrigo, as suas características físicas, de modo que poderia lhe servir nesse momento que a ameaça vinha do céu e era gigante, como foi o caso do cavalo que aceitou o adestramento).

Veja, o filme está dizendo que o fazer filme foi um "treinamento" das pessoas que sim, que explorou-as para extrair o que queria, uma reação e uma imagem das massas de forma geral, criar costumes e mercado, conquistar novas áreas de mercado a ser explorado, em outros continentes, disseminar ideias que subjulgavam umas pessoas enquanto veneravam outras, explorar o cinema como o próprio mercado, como entrentenimento, como circo, como coliseus, ...

Mas foi sofrendo esse "adestramento" que as pessoas puderam adquirir também a oportunidade de conhecer a "física" de tudo que envolve isso, que pode ser criada essa maravilha da arte do qual o próprio Jordan Peele, e que é preciso tomar posse de forma madura dessa criação que foi feita de maneira coletiva. 

O que o filme diz é que o cinema é uma obra coletiva, e tudo isso, que o cinema é um "adestramento" e um pdoruto de ações coletivas de diversos povos, é, de forma brilhante, colocado de forma expositiva no próprio filme, com todo dilema da trama não consistindo em eliminar o mistério, mas sim em gravar e revelar o mistério para todo o mundo como forma de documentário, servindo como arma de conquista da atenção do mundo todo para algo que iria quebrar os paradigmas do planeta, ganhando poder e perspectivas de relevância na história mundial.

E é bem maneiro como o filme explora a tentativa de capturar a imagem desse mistério, fazendo uma alusão aos documentários de animais, semelhando-se muito com a forma com que os documentáristas exploram a percepção, os sentimentos, a consciencia, e biologia dos bichos para atraí-los para onde eles querem de forma que possa ser feita a filmagem (e aqui me vem a mente as cenas de gravação de documentários da Dian Fossey com os gorilas da montanha, não que os gorilas sejam predadores e ameaça, mas é que o código de apresentação deles é o costas pratiada ameaçando com um ritual de demonstração de força que se você não baixar a cabeça e ficar paradinho, queto, a coisa pode ficar feia, mas se você demonstra submissão total, você será bem vindo no grupo).

E o filme frisa que o cinema é um resultado de ação coletiva da nossa espécie e que precisamos olhar para ele com um olhar maduro se realmente amamos essa arte, ao  justamente colocar um documentarista homem branco que é conhecido justamente por fazer essas cenas com animais, entregando sua vida para atrair o predador, estimula-lo a sair do seu esconderijo e mostrar-se pra as cameras. É uma mensagem sutil que diz que o cinema precisa ser explorado também em detrimento da vida e biologia de homens brancos, e não em favor deles, já que amamos tanto essa arte, que aceitemos estar susceptível a ter nossos corpos explorados em busca de uma grande história. 


 

Gustavao, coloca spoiler ja no comeco do texto pq vc ta entregando de cara gde "surpresa" da bodega..  em tempo, achei o filme marromenos apenas (ja tinha visto semanas atras)..arrastado demais, com meia hora fiinal eletrizante...sò..o diretor ja fez melhor. Pretensao demais em seus subtextos e metaforas..

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15 hours ago, Jorge Soto said:

Gustavao, coloca spoiler ja no comeco do texto pq vc ta entregando de cara gde "surpresa" da bodega..  em tempo, achei o filme marromenos apenas (ja tinha visto semanas atras)..arrastado demais, com meia hora fiinal eletrizante...sò..o diretor ja fez melhor. Pretensao demais em seus subtextos e metaforas..

Oopa Soto, brigadão pela dica, tinha posto o alerta onde achava que era importante, mas realmente, acho prudente já começar alertando rs
Aliás, a partir daqui tem spoiler:
E realmente, é arrastado para quem não se entretem com os subtextos. 

Mas ai é que está, o filme desde o começo é eletrizante, porque "as cenas de ação" ali são as metáforas, e já começa no início, com o surto do chimpanzé (será que é spoiler falar da cena que abre o filme e do qual é base citada e referênciada na obra inteira por ser justamente o assunto que o filme trata?).

Engraçado notar que o evento do surto do chimpanzé é abordado tal qual uma tese de mestrado ou doutorado, parecia que eu tava vendo um artigo dizendo: "como no evento da gravação para a xx episódio da temporada y do seriado H, onde um chimpanzé passou a atacar o set de gravação e as pessoas ali, atores e assistentes, a partir do momento que certa ação perpetrada por aguém despertava reação agressíva no animal..." O filme é isso, uma tese sobre o tema, muitos filmes abordam temas igualmene complexos sem perder o dinamismo, sem ficar arrastado, mas, ao mesmo, perde a característica de ser uma tese, uma abordagem investigativa sobre o tema. Acredito que há espaço para esse tipo de abordagem do filme aborda, há pessoas que se entretem com esse tipo de conteúdo, que convida o espectador a ter uma experiência que o levará junto com o filme a se questionar o que é aquilo que o filme está propondo a questionar!


Olha ai o Thiago Romariz teve uma sensação semelhante a minha 
 

 

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NÃO! NÃO OLHE: CONHEÇA A HISTÓRIA REAL POR TRÁS DO CHIMPANZÉ GORDY

Algo muito similar aconteceu na vida real

image.png.81238a3eba8e1860dfe10c42236bc90a.png

A cena de flashback presente em Não! Não Olhe! de Jordan Peele causou certa confusão no público. Em um tweet do diretor, Peele revelou que a ideia para a cena veio por conta de um sonho, mas nem tudo parece ter sido criado no campo onírico. Mesmo que o evento não seja diretamente inspirado em eventos reais, uma situação similar aconteceu em 2009 com o primata Travis e Charla Nash.
A sociedade do espetáculo e forma como a humanidade explora outros indivíduos e espécies em prol do entretenimento e lucro são dois dos principais pilares de Não! Não Olhe. Por esse mesmo motivo, mesmo sem confirmação do diretor, é impossível não conectar essas duas histórias.

O que acontece no filme?

image.thumb.png.6f23fc3fffe13d6a5be64a1d72488014.png

No longa, durante a gravação de um episódio da sitcom ficcional Gordy’s Home (Casa do Gordy em tradução direta), o chimpanzé e astro da série se assusta após um balão de gás estourar. Sua reação ao som alto e repentino é então atacar todo o elenco da série.
O único sobrevivente ileso é Ricky “Jupe” Park, na época uma criança, mas interpretado posteriormente por Steven Yeun. Diferente de Mary Jo Elliott, a co-estrela da sitcom que pode ser vista em uma das apresentações do parque temático Jupiter’s Claim. Em seu caso, a garota teve seu rosto desfigurado após o ataque.

Qual a história real por trás?

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Peele não confirmou ter se inspirado em Travis e Charla Nash, mas, existem diversos paralelos entre as duas histórias. Separado de sua mãe durante a infância, o chimpanzé Travis fez diversas aparições em programas de televisão e comerciais de marcas como Coca-Cola e Old Navy. Seus donos na época, Sandra e Jerome Herold, tinham uma profunda ligação emocional com o animal. De acordo com Sandra, eles até chegavam a dormir juntos na mesma cama.
Por muito tempo, Travis tinha a reputação de ser um animal amigável. Mas, em 2009, o símio atacou e mutilou uma amiga do casal, Charla Nash. O ataque de Travis foi marcado como um dos mais brutais de todos os tempos, causando deformações no rosto de Charla e a perda de alguns membros.
Após o ataque, Herold esfaqueou Travis e ligou para a emergência implorando por ajuda. A princípio, não acreditaram na história, fazendo com que Sandra alegasse que o chimpanzé estava “comendo” Charla para convencer os policiais.
Com a chegada da polícia na casa, Travis se aproximou do carro e tentou abrir a porta. Frustrado por não conseguir, quebrou as janelas. Nesse momento, o oficial Frank Chiafari atirou nele várias vezes. O animal recuou e, mais tarde, foi encontrado morto ao lado de sua jaula.
A polêmica ao redor do ataque causou um alvoroço no comércio de animais. A família de Charla chegou a abrir um processo de cinquenta milhões de dólares com os Harold, além de ter tentado processar o estado de Connecticut em 2013, alegando que os oficiais do estado sabiam que o animal era perigoso.

As semelhanças nas duas histórias

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As semelhanças vão além do ataque e surgem, também, na figura que Charla se tornou. Sendo a representação viva do ataque de Travis, Charla esteve em diversos documentários contando sua história com um véu sob o rosto, assim como Mary Jo no filme.
Além disso, a presença de Mary Jo no parque de Jupe é uma faca de dois gumes. Por um lado é um ato “caridoso” de um amigo que compartilhou o trauma da atriz, por outro também mostra como a sociedade está sedenta para documentar as consequências negativas de seus próprio atos.
No caso de Charla, sua imagem é exposta em diversos documentários e se torna o rosto do ataque de Travis. Já Mary Jo é uma presença quase fantasmagórica do passado da televisão americana.
Disponível apenas nos cinemas, Não! Não Olhe! ainda traz Keke Palmer, Daniel Kalluya, Brandon Perea, Barbie Ferreira e mais no elenco.

 

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Visto NOPE

Nope (2022) - Fio Condutor

 

  Na trama, os irmãos OJ (Daniel Kaluuya) e Emerald (Keke Palmer) tentam manter o negócio da família de adestração de cavalos para produção de filmes após a estranha morte de seu pai (Keith David). Mas logo eles passam a desconfiar que os céus de seu rancho está sendo rondado por algo alienígena, e decidem captar um registro em vídeo desta estranha presença.

  Desde que se lançou como diretor com CORRA de 2017, a carreira de Jordan Peele, até então conhecido por seu trabalho na comédia, deu uma grande guinada. Seu filme de estréia, um terror social sobre o preconceito racial foi sucesso de público e crítica; mostrou um cineasta que sabia utilizar o gênero para discutir temas relevantes. Seu filme seguinte, NÓS de 2019 indicou que o debute de Peele não foi um evento isolado, cimentando o nome de Peele como um dos nomes mais influêntes do gênero atualmente, refletindo-se em seu envolvimento em franquías clássicas, como o mais recente revival de ALÉM DA IMAGINAÇÃO e seu envolvimento como roteirista e produtor na retomada da cinesérie "Candyman". Assim, a expectativaa para o seu terceiro longa metragem, NOPE (prefiro não utilizar o escandaloso título nacional) era grande. Pois bem, após ter assistido ao filme, fiquei com sensações conflitantes, pois o filme parece ser ao mesmo tempo o longa metragem mais simples e mais complexo dirigido por Peele até o momento.

  Todas as assinaturas de Peele felizmente estão presentes no filme, desde o seu estilo característico de construção de suspense, passando por alivíos cômicos bem colocados (entregues aqui principalmente pela personagem de Keke Palmer), além de comentários sociais postos pelo texto de Peele de forma inteligente e mordaz. Entretanto,  CORRA e NÓS pareciam colocar as suas metáforas sobre preconceito racial e guerra de classes de forma bem mais destacada do que aquelas presentes em NOPE. Se nos filmes anteriores de Peele, era difícil que mesmo o mais desatento dos espectadores perdesse as temáticas dessas obras, NOPE quase pode se passar para este mesmo espectador mais desaatento por um filme de monstro mais convencional, mesmo por que, apesar de todo o mistério do marketing, não tem uma grande reviravolta pra servir de chamariz para os seus temas. De mais evidente está o comentário sobre a sociedade do espetáculo, que serve de motivação intrínseca para as ações de todos os personagens, assim como está presente no background dos mesmos.

 Mas essa simplicidade é apenas ilusória, pois abaixo da superfície, NOPE está discutindo bem mais do que a sociedade do espetáculo (que por si só já seria um bom tema). Essa discussão serve como ponto focal para outras questões como uma certa problematização do papel social do cinema como ferramenta de inclusão  e exclusão (que surge no forte diálogo visual que a obra mantém com o western, talvez um dos subgeneros mais simbólicos a esse respeito) a insistência do homem em tentar controlar coisas que não entende, e o fato de que aceitar esse descontrole (em nível antropológico e social)é a melhor solução. Assim, NOPE pode serr o filme mais tematicamente rico e ambicioso de Peele.

 Mas isso tem um certo preço. Toda essa discussão acaba fazendo com que o filme careça de certo foco presente nas obras anteriores de Peele, o que também acaba afetando o nosso envolvimento emocional com os personagens. Além disso, a obra parece ter certo problema de ritmo apresentando histórias e personagens que tem sim impacto, mas que entram e saem da narrativa de modo a parecer prejudicar o timing da mesma. Esse acaba sendo o filme de Peele que menos me envolveu, mas mantém o bom nível que o diretor vem apresentando nos últimos anos, ainda valendo a conferida.

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