Members silva Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Nunca se falou tanto de meia-entrada (mais especificamente, da falsificação de carteirinhas estudantis para pagar meia-entrada) como esse ano. Cada lado da discussão (aritistas, estudantes, donos de estabelecimentos), têm a sua opinião, com culpados e possíveis soluções, além de cada um defender o seu lado. Mas quem será o verdadeiro culpado dessa situação?? Não é de hoje que as pessoas reclamam dos preços para shows, peças de teatro e até mesmo o do cinema, mas porque eles ficaram tão caros?? E porque temos hoje em dia uma quantidade absurda de documentos falsificados circulando por aí??? Esse é um bom assunto para discutirmos.... Quote Link to comment
Members Dook Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Minha posição: círculo vicioso... A proliferação das falsas carteirinhas se deve ao aumento abusivo dos preços e os preços são aumentados abusivamente devido à proliferação das falsas carteirinhas. Quote Link to comment
Members rubysun Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 o círculo vicioso começa antes. a maior parte do público de cinemas, shows e afins é estudante [pelo menos é o que dizem], e a instituição da meia entrada acabou aumentando os preços. pelo menos o carro chefe, as sessões e shows que lotam. não que eu não concorde com a meia entrada em si, mas... se o público que paga a inteira for tão pequeno quanto aparenta, fica cada vez mais conveniente sair dessa patota e contribuir pro ciclo. em nova york, a entrada no cinema é em média 10 dólares, e não existe meia entrada. que é mais ou menos o preço da meia em alguns lugares por aqui [em r$]. não sei se eu concordo com isso, mas é o que ficou na minha cabeça quando li sobre o assunto. Quote Link to comment
Members Investigador L Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 20 reais a meia em um cinema? Quote Link to comment
Members Rafal Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Concordo com o que o Dook falou. Mas apenas quero salientar que mesmo com ingressos mais baratos,as pessoas continuaram falsificando. Não têm jeito,sempre que houver um modo de pagar menos,as pessoas o vou arrumar um modo de estar dentro dos que pagam menos. Isso vale para meia-entrada,passe-livre no ônibus,etc.... O ideal seria acabar com a meia.....o valor deveria ser um meio termo entre a meia e a inteira. Quote Link to comment
Members rubysun Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 20 reais a meia em um cinema? 10, se eu não tinha deixado claro. pelo menos é o que tá.rubysun2007-07-16 13:04:28 Quote Link to comment
Members J.McClane Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Acho que as carteirinhas de estudantes deveriam ser fornecidas pela escola, e não por qualquer empresa, como McDonalds, Jovem Pan e outras mais. Quote Link to comment
Members -THX-1341325107 Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Não é culpa de ninguém e independente de aumentarem ou não o preço, isso existe e continuará existindo. Quote Link to comment
Members Garami Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Existe, sim, o problema do preço. Alguns cinemas do centro de São Paulo, até onde me lembro, chegavam ao cúmulo de cobrar R$ 19,00 por uma sessão. Isso sem falar que outras formas de cultura (como shows e teatro) estão cada vez mais caras e restritas ao público com maior poder aquisitivo (sei que é um exemplo meio exagerado, mas um pacote especial para a apresentação do Cirque du Soleil aqui em Curitiba sai pela bagatela de R$ 375,00). Nada que justifique, claro, a falsificação dessas carteirinhas, mas acho que já tá na hora das distribuidoras, promotoras de eventos e afins começarem a repensar sua tabela de preços numa tentativa de adequá-la à realidade brasileira. Senão, infelizmente, ao invés da cultura ser de fácil acesso a todos, ela se tornará cada vez mais elitizada... Quote Link to comment
Members -THX-1341325107 Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Se o problema for o preço, no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos. Quote Link to comment
Members J.McClane Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos. [/quote'] THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00. Quote Link to comment
Members -THX-1341325107 Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos. [/quote'] THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00. Aff Então retiro o que eu disse... Quote Link to comment
Members Garami Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 Se o problema for o preço' date=' no centro de São Paulo já vi entradas por até R$ 6,00 com 1/2 então fica por R$ 3,00. Então não tem desculpa para reclamar dos preços dos ingressos. [/quote'] THX, no centro mesmo, esses cinemas mais baratos sumiram, só resta um, o resto se transformou tudo em cine porno. Dependendo do cinema tinha meia de até 2,00. Fui uma vez a um cinema chamado Gemini, na Av. Paulista... realmente, cinema muito bom, preços acessíveis, mas... os filmes em cartaz não eram exatamente "lançamentos". Na época, estava passando "Manderlay", que já tinha saído de cartaz há mais de um mês de cinemas como o Frei Caneca e o Bristol. Quote Link to comment
Members rubysun Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 O Frei Caneca, o Bristol, o Espaço Unibanco, o Gemini nem são tão caros assim. Tem alguns cinemarks por aqui que cobram 20 ou mais. Quote Link to comment
Members Rafal Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 O cinema que vejo saí por R$ 7,00....Isso no final de semana E é dentro de um shoppingo o cinemaRafal2007-07-16 14:34:07 Quote Link to comment
Members Garami Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 No Cinemark, sessões iniciadas até às 14:00, em fins de semana, todo mundo paga meia... portanto, não me admira pagar R$ 7,00 em fim de semana em um cinema de shopping... Quote Link to comment
Members Dook Posted July 16, 2007 Members Report Share Posted July 16, 2007 OwNeD! Quote Link to comment
Members Rafal Posted July 17, 2007 Members Report Share Posted July 17, 2007 No Cinemark' date=' sessões iniciadas até às 14:00, em fins de semana, todo mundo paga meia... portanto, não me admira pagar R$ 7,00 em fim de semana em um cinema de shopping... [/quote'] Não, essa sessão que vejo é de noite..... Só que não é no Cinemark.....é no Siveriano Ribeiro(acho que é esse o nome) Quote Link to comment
Members Jorge Soto Posted July 17, 2007 Members Report Share Posted July 17, 2007 eu so falsifico a carteirinha (de exame medico) de ingresso a piscina do meu predio..e mais nada... Ja cinema? hummmm.. vou nos do centrao mesmo, na boca do lixo...onde o estilo ainda é meio Grindhouse.. e na saida ainda pego um peep-show ou uma das bunitinhas q fica te assediando la fora.. Quote Link to comment
Members Rafal Posted July 17, 2007 Members Report Share Posted July 17, 2007 Atestado médico eu arrumo fácil......minha mãe é enfermeira Quote Link to comment
Members The Keymaker Posted July 17, 2007 Members Report Share Posted July 17, 2007 Atestado médico eu arrumo fácil......minha mãe é enfermeira Opppaaaa...quanto vc quer pra conseguir um pra mim???? Quote Link to comment
Members silva Posted July 18, 2007 Author Members Report Share Posted July 18, 2007 Algumas reportagens sobre a meia-entrada (e todo o imbroglio que ela está causando) retiradas do globo.com: Quase metade dos internautas consultados já fraudou a carteira de estudante. E você? Publicada em 13/07/2007 às 09h40m Erika Azevedo - O Globo Online RIO - Nunca se falou tanto em meia-entrada quanto neste ano de 2007. Também, nunca foi tão fácil fraudá-la. É cada vez maior o número de jovens de classes média e alta que buscam manter o benefício da meia-entrada falsificando carteiras de estudante, forjando comprovantes de matrícula, ou até mesmo comprando documentos pelo Orkut. Com base na facilidade encontrada pela reportagem do Globo Online em obter uma carteira oficial pela internet apenas usando um certificado de matrícula fictício, perguntamos aos internautas se eles já fraudaram o documento. E você, já fraudou carteira de estudante para conseguir meia-entrada? Nos comentários da matéria, a dicussão em torno do polêmico tema é bastante acalorada. Há desde os "veementemente contra meia-entrada" - "fui jovem e nunca precisei desse benefício" - aos que atribuem as fraudes a uma questão ampla, relacionada aos padrões éticos do brasileiro: "O povo aceita a corrupção 'de cima' por que está corrompendo também". Comente ! Para demonstrar como é simples fraudar a meia-entrada, a reportagem do Globo Online conseguiu obter uma carteira de estudante apresentando um comprovante de uma faculdade que sequer existe, sem encontrar qualquer dificuldade. Também entrevistamos pessoas que fazem - ou já fizeram - carteiras de estudante ilegalmente, e a motivação de todos é a mesma: não aceitam pagar o preço cobrado pelos eventos culturais. Os produtores, por sua vez, alegam que os preços poderiam ser menores se não houvesse tanta gente pagando meia-entrada . - O preço dos ingressos hoje é tão absurdo que eu me vejo obrigado a usar a carteira de estudante. Se eu não fizer isso, meu padrão de vida não vai me permitir ir ao cinema e, muito menos a shows, que hoje custam R$ 150. Para quem tem família, não dá. Eu lembro da época em que o cinema era acessível. Hoje, é proibitivo - diz o advogado E., 31 anos, formado desde 1999 e que admite usar carteiras de estudante fraudulentas desde 2005. “ Acho um absurdo que cobrem tanto pela inteira. Mas eu entendo.Realmente, os produtores não têm como cobrir o custo de um evento sem saberem quanto vai receber. Eu falsifico como protesto para que mude a lei da meia-entrada ” Para conseguir uma carteira de estudante, a reportagem do Globo Online fez uma solicitação via internet para a Jovem Pan, uma das empresas que têm convênio com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) para a emissão dos documentos. A STB- Student Traveal Bureau é outra empresa privada conveniada às entidades. Para obter a carteira, é solicitado um comprovante de matrícula, uma foto 3x4, uma cópia de documento de identidade e o pagamento de uma taxa de R$ 33,50. Nossa reportagem preparou, então, num simples editor de texto, um tosco "comprovante de matrícula" da fictícia Escola de Comunicação Marquês de Pombal. Uma semana depois do envio dos documentos solicitados, a carteira (oficial) chegou à redação. Questionada, a Estepe, empresa responsável pelas carteiras emitidas através do convênio UNE-Jovem Pan, ressaltou que a prática da fraude, se comprovada, pode levar a um processo judicial. - É muito antiético usar um comprovante falso para fazer carteira de estudante. É crime de estelionato e podemos processar você por isso. É igual a sair matando e não ser preso. Se você vai a um banco e leva um documento falso, você faz o que você quiser. Você é quem é o criminoso. O documento falsificado merece processo e denigre a imagem de empresas idôneas que querem prestar um bom serviço. Se você tivesse feito uma carteira sem comprovante, eu teria que me explicar. Mas se você usou um comprovante falso, isso é antiético e desonesto - argumentou a gerente de produto da Estepe, Rosecler Fonseca. A carteirinha obtida pelo Globo Online foi inutilizada logo após a chegada à redação. Com o crescimento das denúncias de fraude, os emissores vêm tentando, como podem, aumentar o rigor na emissão. - Lógico que é possível fraudar, mas está ficando cada vez mais difícil porque estamos apertando o cerco. Estamos estudando a possibilidade de o estudante dar entrada no pedido na UNE e retirar a carteira na universidade. Mas só isso não resolve o problema. É preciso mudar a lei - argumenta o presidente da UNE, Gustavo Petta, que deixa o cargo em agosto. O resultado, aos poucos, começa a ser sentido. - No ano passado, fiz minha carteira no McDonald's com um boleto de pagamento antigo, que tinha mais de um ano. Agora, estão exigindo um comprovante e eu nem cheguei a tentar fazer. Hoje, quase não vou mais ao cinema e a shows, acho muito caro. Se o preço dos ingressos fosse mais baixo, eu nunca teria tirado a carteira falsa - conta o analista de sistemas E., de 29 anos. A adulteração dos comprovantes de matrícula e boletos de mensalidade é a prática mais comum entre os fraudadores. O designer A., 25 anos, formado há três, é um dos que continuaram fazendo carteirinhas de estudante depois que saíram da faculdade. Sua técnica, porém, é mais "sofisticada": ele conta que muda a data do comprovante de matrícula original em um programa de edição de imagens, e emite a carteira na própria sede da UNE. - Eu faço o falso virar o oficial. E, como minha carteira é da UNE, nunca tive problema - explica o falso estudante, que porta a mais aceita das carteirinhas. No Orkut, também é possível comprar carteirinhas por até R$ 5. Na maioria dos casos, nenhum comprovante é solicitado: bastam os dados de identidade e uma foto. - Tirei na internet uma carteira para o Bin Laden, uma para o Pateta e outra para o Fernandinho Beira-Mar. A gente não tem como controlar porque não tem como saber se são falsas ou não. Os emissores são legalizados - desabafa Maria Juçá, diretora do Circo Voador. O promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro Rodrigo Terra reforça que fraudar carteira de estudante é um crime tão grave quanto falsificar carteira de motorista ou de identidade. - Cada vez mais pessoas vêm engrossando esse percentual de público que, na verdade, não tem direito à meia-entrada, mas que comete crime de estelionato. Porque a utilização de um documento falso para obter uma vantagem patrimonial indevida caracteriza um crime – explica. Quem lança mão desses artifícios sabe dos riscos que está correndo, mas isso não intimida a prática da fraude. - Acho um absurdo que cobrem tanto pela inteira. Eu já ouvi várias vezes que os produtores cobram o preço do ingresso dobrado para quem não tem carteira de estudante. Mas eu entendo. Realmente, os produtores não têm como cobrir o custo de um evento sem saberem quanto vão receber. Eu falsifico como protesto para que mude a lei da meia-entrada - justifica o designer A.. Por protesto ou não, o fato é que falsificar documentos para obter vantagens é crime de estelionato, previsto no Artigo 171 do Código Penal. A pena é de um a cinco anos, além do pagamento de uma multa. < ="#" name="frmdadosmateria" method="post"> < name="categoria" value="Cultura" =""> < name="titulo" value="Quase de dos internautas consultados já fraudou a carteira de estudante. E você?" =""> < name="autor" value="Erika Azevedo - O Globo Online" =""> < name="dtcriacao" value="11/07/2007 19:02:29" =""> < name="dtenvio" value="13/07/2007 09:40:31" =""> < name="id" value="296736824" =""> < name="habilitaComentarios" value="1" =""> > Problema da meia-entrada virou 'bola de neve'. É a 'lei do engana-que-eu-gosto' Publicada em 12/07/2007 às 09h34m Erika Azevedo - O Globo RIO - Produtores culturais e exibidores de cinema resolveram botar a boca no trombone para tentar reverter uma situação que, segundo eles, está esvaziando teatros, shows e salas de cinema: o uso ilegal das carteiras de estudante no Brasil. O problema virou uma "bola de neve": os preços das entradas aumentam porque a alta quantidade de ingressos para estudantes diminui a renda dos produtores, ao mesmo tempo em que cada vez mais pessoas "aderem" à carteirinha alegando que os ingressos estão caros demais. Dessa forma, saem prejudicados produtores, que têm seu público reduzido, o consumidor comum, que paga caro ou deixa de ir aos eventos, e o estudante, que acaba vítima de uma meia-entrada inflacionada. - É a lei do engana-que-eu-gosto. O estudante finge que paga meia, a gente finge que dá desconto e os deputados fingem que estão legislando pelo bem do cidadão. Enquanto isso, o consumidor comum está deixando de ir a teatro, cinema e shows porque não tem dinheiro para pagar o ingresso, que está realmente custando o dobro. Ou ele vira um ilegal, um falsificador, ou ele não vai. O preço caro não é bom para ninguém. Se eu estivesse ganhando com isso, não estaria aqui reclamando - desabafa Ricardo Chantilly, presidente da Associação Brasileira dos Empresários Artísticos. A questão do uso das carteiras de estudante é complexa. Segundo um levantamento nacional da rede Severiano Ribeiro, em 1997, apenas 13,8% dos ingressos de cinema vendidos eram de meia-entrada. Em 2006, esse número passou para 61% na média nacional. Só no Rio, em cinemas como o São Luiz e o Leblon, a proporção alcança os 72%. Na Bahia é ainda mais grave: as salas da rede UCI chegam a ter 90% de seus ingressos vendidos pela metade do preço. Comportamento semelhante é encontrado nas bilheterias de shows e teatros, forçando produtores e exibidores a inflacionarem artificialmente seus preços para conseguir cobrir custos. Mas o que mudou nesses dez anos? De acordo com dados do Ministério da Educação, em 2000 havia cerca de 2,6 milhões de estudantes de nível superior no Brasil. Em 2005, no último censo consolidado feito pelo MEC, o número quase dobrou, chegando a 4,4 milhões. - Tudo bem que o número de estudantes duplicou nesse tempo, mas a venda de meia-entrada quintuplicou! O que existe é uma fraude, que não é feita por quem não tem dinheiro e não pode pagar: é por jovens das classes média e alta – argumenta o vice-presidente da Federação Nacional de Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), Luiz Gonzaga De Luca. “ Isso tem um reflexo direto no direito do consumidor, que passou a, evidentemente, ter que arcar com o ônus dessa prática fraudulenta que é a utilização da carteira de estudante por quem, na verdade, não tem o direito ao desconto ” Ao contrário do que se poderia imaginar, não há embate aparente entre produtores culturais e entidades estudantis. Entre os dois grupos há o consenso de que a “derrama” de carteiras de estudante está diretamente ligada à entrada em vigor da Medida Provisória 2208, editada durante o governo Fernando Henrique, em 2001, que possibilitou a abertura da emissão de carteiras a quaisquer entidades de ensino e representações estudantis, agora não mais restrita a UNE e Ubes. A lei abriu margem para a fraude na confecção, já que não há controle ou regulamentação sobre a produção. Na prática, qualquer um pode criar uma agremiação estudantil. Para isso, basta registrar uma ata de fundação e um estatuto em cartório. Enquanto isso, movimentos como UNE e Ubes encontraram em convênios com empresas privadas, como a rádio Jovem Pan e o STB, uma forma de se colocar na mídia e manter a renda das carteiras, principal fonte de custeio dos movimentos. - O fato de repassar o poder de emitir as carteiras a empresas privadas, como McDonald's, Ibis e Skol me parece gravíssimo, justamente por induzir a emissão fraudulenta desse documento. Isso tem um reflexo direto no direito do consumidor, que passou a, evidentemente, ter que arcar com o ônus dessa prática fraudulenta que é a utilização da carteira de estudante por quem, na verdade, não tem o direito ao desconto – explica o promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro Rodrigo Terra. As divergências entre produtores e estudantes aparecem quando se discute sobre a melhor maneira de resolver o problema. As propostas são conflitantes mesmo dentro de uma mesma categoria. Entre os produtores culturais, por exemplo, há uma maioria que defende a limitação da venda dos ingressos com desconto para 30% ou 40%, mas outra parte afirma que essa medida seria apenas um paliativo, não uma solução, já que não resolve o problema da fraude na emissão. Nesta sexta-feira, o Globo Online apresenta o conjunto de soluções apresentadas pelos grupos envolvidos. Você poderá conhecê-las e votar na que jugar mais eficiente. Confira e participe. Casa da Moeda está pronta para emitir carteiras de estudante. Solução sai este ano Publicada em 16/07/2007 às 10h05m Erika Azevedo - O Globo Online RIO - Dentro do Governo Federal há uma contagem regressiva para a proposição de uma nova legislação para a meia-entrada ( entenda melhor o problema ). O Ministério da Educação pretende, até o fim deste ano, encaminhar um projeto para ser votado em substituição à atual Medida Provisória 2208, de 2001, que permitiu qualquer estabelecimento de ensino ou entidade estudantil produzir a carteira. Segundo o assessor de Juventude do Ministério da Educação, Rafael Oliveira, a Casa da Moeda já afirmou ter condições de unificar a produção de carteiras de estudante no Brasil, mas a questão vem sendo discutida também em outros âmbitos: considera-se seriamente ampliar o direito à meia-entrada para todos os jovens. Qual seria a melhor solução para o problema da meia-entrada? - A lei vigente hoje, na verdade, não regulou nada, só desregulou o que já havia. Recebi representantes de ditas entidades estudantis de Goiás, das quais nunca ouvi falar, que tinham mais cara de empresários do que de estudantes - conta Oliveira. O Ministério da Educação é responsável por elaborar a proposta da nova lei. Para isso formou, no início do ano, um grupo de trabalho com representantes de todos os setores envolvidos com a questão - desde produtores culturais, mediados pelo Ministério da Cultura, a entidades estudantis e de juventude. - Ainda não há uma conclusão. Existem algumas questões que são consenso e outras, não. Mas a meta é que, antes do fim de 2007, exista uma nova regulamentação que seja votada pelo Congresso Nacional. “ A emissão seria centralizada e a regulação seria feita por um conselho federal, com representantes dos setores de educação, cultura, Justiça, produtores, artistas, exibidores e estudantes ” No momento, existem duas fortes correntes entre as propostas discutidas. Há o consenso de que, até os 15 anos, a meia-entrada seria obrigatória, já que, segundo o MEC, mais de 90% dos jovens dessa idade freqüentam a escola atualmente. As divergências existem quando se questiona o que seria feito depois dessa idade. Uma corrente defende que haja a necessidade da comprovação da condição de estudante, entre os 15 e os 29 anos, com uma carteira de identificação de modelo nacional e único - a que seria fabricada pela Casa da Moeda. Depois dos 29 anos, a pessoa só voltaria a ter direito à meia-entrada a partir dos 65 anos, de acordo com o Estatuto do Idoso. - A Casa da Moeda foi consultada pelo Ministério da Educação e afirmou que tem plenas condições de emitir carteiras nacionalmente a um baixo custo. Com isso, a emissão seria centralizada e a regulação seria feita por um conselho federal, com representantes dos setores de educação, cultura, Justiça, produtores, artistas, exibidores e estudantes - explica. Nestas condições, qualquer grêmio estudantil poderia requerer a permissão de distribuir as carteiras, através de um sistema informatizado. Dessa forma, não existiria mais o recebimento imediato da carteira. A solicitação seria feita, encaminhada para a Casa da Moeda, e as carteirinhas seriam entregues nas instituições. - O custo disso não é alto. Não fica muito acima do que hoje as entidades dizem ter. Mas também queremos que as instituições continuem a emitir as carteiras de estudante próprias. Para isso, criaríamos um selo para evitar a falsificação e dar o direito à meia-entrada - complementa. A outra corrente, que, no entendimento do MEC, seria menos excludente, seria de que todo jovem de até 29 anos tivesse direito à meia-entrada. - Temos 50,5 milhões de pessoas entre os 15 e os 29 anos no Brasil. Mas, do ponto de vista sócio-econômico, um terço está alijado de qualquer processo econômico e social. Outra grande parte não está nos grandes centros urbanos e não têm acesso aos principais produtos culturais. Então, o número de meias-entradas em relação a isso ia cair muito - explica. Segundo Oliveira, para o Governo Federal é mais interessante garantir um direito amplo para a juventude, visando a atender também quem tem que deixar a escola para entrar no mercado de trabalho. - Para poder constituir esse tipo de política pública, você pressupõe que o indivíduo não tem como custear um bem cultural. Entendemos que os 29 anos seriam a faixa de corte ideal. Ao contrário do que as outras categorias defendem, Oliveira afirma que o problema das fraudes nas carteiras de estudante não é causado pelos convênios das entidades estudantis com empresas privadas. - O problema, na verdade, é de regulação e controle, não é a parceria. O que não pode é abrir um quiosque no shopping e vender carteirinha para qualquer um - afirma. Quote Link to comment
Members Dook Posted July 18, 2007 Members Report Share Posted July 18, 2007 Bom, parece meio consenso que muitos fraudam por causa dos preços abusivos... Curioso que, quanto mais se aumenta o preço, o movimento nas salas de cinema também aumenta... Sinceramente, restrinjam a emissão das carteiras apenas para as instituições de ensino sem intervenção da UNE e boa... Era assim antes... Quote Link to comment
Members Rafal Posted July 18, 2007 Members Report Share Posted July 18, 2007 Sobre essa lei do me engana que gosto: estudo na estácio de sá,e lá,a carteirinha não vêm com foto.....logo,o cinema deveria pedir minha identidade,mas nem todos fazem isso,porque?Porque a meia é uma mera ilusão Quote Link to comment
Members Dook Posted July 18, 2007 Members Report Share Posted July 18, 2007 Ou seja, vc que paga meia tá pagando o preço REAL e aqueles que pagam inteira estão pagando a mais? Quote Link to comment
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